100 dias do Governo Serra Finanças e Desenvolvimento Econômico.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Proposta Orçamentária do RS (2008) Análise feita pela Assessoria Econômica da FEDERASUL
Advertisements

Os Municípios das Capitais e a Reforma Tributária Seminário sobre Receitas Públicas – 40 anos CTN Livraria Cultura Paço da Alfândega – Recife-PE 01/12/2006.
1.
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS MARÇO/2010 BRASÍLIA, ABRIL DE 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM 2008.
RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS 2012
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS 2010 Brasília, janeiro de 2011 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS Novembro/2010 Brasília, dezembro de 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS MAIO/2010 BRASÍLIA, JUNHO DE 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS setembro/2010 BRASÍLIA, OUTUBRO DE 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
Aumento sistemático dos juros como única arma de combate à inflação -Círculo vicioso: investimentos em títulos do governo e não em atividades produtivas.
Indicadores de Performance Macroeconômica
Retirada dos gastos com saúde da lei de responsabilidade fiscal
Comissão de Assuntos Econômicos Subcomissão Temporária de Avaliação da Política Fiscal Cleber Oliveira Agosto de 2011.
Renegociação de dívidas rurais MP 432 de 27/05/2008
A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL
Evolução da dívida fundada do estado do RS,
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM MARÇO/2005 BRASÍLIA,
Matemática Financeira – Unidade 2
Governo do Estado de Sergipe Secretaria de Estado da Fazenda AUDIÊNCIA PÚBLICA 3º Quadrimestre 2008 Fev/ AUDIÊNCIA PÚBLICA Avaliação do Cumprimento.
República Federativa do Brasil Reforma do Estado, Investimento e Poupança Públicos MINISTRO GUIDO MANTEGA São Paulo, 14 de setembro de 2004 I FÓRUM DE.
Balanço da Atuação do Governo
Ministério da Fazenda A Administração da Dívida Interna: Resultados, Desafios e Perspectivas Eduardo R. Guardia Secretário do Tesouro Nacional Câmara de.
AVALIAÇÃO E CUMPRIMENTO DAS METAS FISCAIS 1º QUADRIMESTRE DE 2013 AUDIÊNCIA PÚBLICA.
Assessoria Econômica da FEDERASUL Proposta Orçamentária 2008 do Rio Grande do Sul.
Grupo de Gestores das Finanças Estaduais - GEFIN GT DÍVIDA PÚBLICA MARÇO DE 2011.
ANÁLISE DA PORTARIA MF Nº 306/2012
Perfil da dívida O que devem os Municípios:
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM ABRIL/2007.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM FEVEREIRO/2005.
Caso 3 – política fiscal e monetária
1 Governo do Estado do Pará Situação Fiscal do Estado do Pará Fevereiro – 2009.
Clique aqui para iniciar!aqui ESC interrompe a apresentação Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Contingenciamento do Orçamento 2003 Ministério.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM DEZEMBRO/2005 BRASÍLIA,
Reajuste salarial e Incorporação das gratificações
RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM FEVEREIRO/2010 BRASÍLIA, MARÇO DE 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social Ministério.
Tributação da Exportação nas Empresas optantes pelo Simples Nacional
GESTÃO FISCAL E FINANCEIRA E BALANÇO GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA 2009 Alexandre Sobreira Cialdini Secretário de Finanças de Fortaleza.
ANDES - Brasília, 4 de abril de 2014 Transparência no acesso à informação pública: investigação e divulgação ao público de dados das unidades federativas.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM OUTUBRO/2005 BRASÍLIA,
O BRASILEIRO PAGA CADA VEZ MAIS IMPOSTOS
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM FEVEREIRO/2007.
Política Tucana em São Paulo Diagnóstico Financeiro e Orçamentário Assessoria Técnica Liderança do PT na ALESP.
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
1 RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS 2013 Brasília, janeiro de 2014 SPPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM JUNHO/2006.
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica 1 A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL Nelson Barbosa Secretário de Política Econômica 2 de.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM AGOSTO/2004 BRASÍLIA,
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM NOVEMBRO/2007.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM 2007.
Economia Brasileira GOVERNO LULA.
Retrospectiva de 2009 e Expectativas para Cenário Externo Impacto da Crise no PIB e Comércio Mundial.
RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM 2009 BRASÍLIA, JANEIRO DE 2010 SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social Ministério.
Ano IV – JUN/JUL 2010 Balanço Brasil - Estoque inicial, produção, importação, suprimento, consumo e exportação brasileira (Milhões de t). Balanço Mundial.
Slide 1 Assessoria Econômica da FEDERASUL Análise de Conjuntura Econômica.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 3º QUADRIMESTRE DE 2009 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município Secretaria.
AUDIÊNCIA PÚBLICA 2º QUADRIMESTRE 2013 OURO PRETO – MG 25/09/2013.
AUDIÊNCIA PÚBLICA (Artigo 9º § 4º da LRF) 1º QUADRIMESTRE DE 2010 Elaborado pela: Controladoria Geral do Município Controladoria Geral do Município MUNICÍPIO.
AUDIÊNCIA PÚBLICA 1º QUADRIMESTRE 2013 OURO PRETO – MG 29/05/2013.
Prefeitura Municipal de Taubaté
Audiência Pública em 27/02/2015
Slide 1 Assessoria Econômica da FEDERASUL Análise de Conjuntura Econômica.
Dívida Pública e Déficits Orçamentários
DÍVIDA PÚBLICA ESTADUAL
MECANISMOS DE INTERVENÇÃO NA ECONOMIA
Relatório de Governança Especial Balanço Orçamentário Versão Resumida.
GEAD: AS ESTRUTURAS E MEIOS DO ESTADO – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO DESEQUILÍBRIO DO ESTADO.
“O índice de cálculo para atualização monetária das dívidas dos Estados e Municípios” Audiência Pública – Senado Federal Comissão de Direitos Humanos e.
1 AUDIÊNCIA PÚBLICA 1° QUADRIMESTRE/2014 LC 101/ RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL SEGUNDO QUADRIMESTRE 2014.
Transcrição da apresentação:

100 dias do Governo Serra Finanças e Desenvolvimento Econômico

Limites ao desenvolvimento do ESP A falsa imagem do Ajuste Fiscal no ESP. Baixos investimentos e operações de crédito. Alternativas de financiamento dos investimentos. Primeiras medidas dos 100 dias de Serra.

A falsa imagem do Ajuste Fiscal no ESP

Privatizações De 1996 (início das privatizações) a 2007 o “tucanato” terá vendido cerca de R$ 37,7 bilhões em termos nominais, ou em valores reais (pelo IGP-DI), mais de R$ 77,5 bilhões.

Evolução do Estoque da Dívida Pública do ESP A dívida pública total do Estado de São Paulo atingiu a cifra de R$ 139 bilhões em 2005, um crescimento de 309,5% em termos nominais (ou 33% em termos reais) desde Resuma suas questões. Conclua de forma relevante para o público. Conclusão: Estoque da dívida estadual cresceu acima da inflação.

Composição da Dívida Pública Interna do ESP A dívida com a União respondia por 95,99% de toda a dívida interna do Estado de SP em Conclusão: Dívida Interna com a União representa quase a totalidade da dívida do Estado. Dívida Externa foi equacionada por conta da política econômica do Governo Lula.

O Acordo da Dívida: A operação de refinanciamento das dívidas do ESP com a União feita em 1997 (Res.118/97 do SF) – Lei 9496/97 – é o símbolo maior do ajuste fiscal e financeiro imposto aos Estados e Municípios brasileiros nos anos 90.

Termos do Acordo: Compromissos do Estado: Manter trajetória da dívida financeira total do Estado em relação à receita líquida real decrescente até Neste ano, deveria atingir a relação 1=1. Esta trajetória é mais rigorosa do que a da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas foi sendo flexibilizada em repactuações sucessivas, já que não seria atingida. gerar superávits primários; reformas que remetessem às privatizações e concessões de serviços públicos; redução das despesas com pessoal; observar limites rígidos para o investimento (abaixo de 5% da Receita Líquida Real) e para as operações de crédito. Ambas foram flexibilizadas para cima, mas o governo seguiu investindo menos do que as novas metas e contraindo menos operações de crédito. O Acordo da Dívida:

Termos do Acordo: Benefícios do Estado: teria direito ao refinanciamento da dívida pelo prazo de 30 anos; taxas de juros de 6% ao ano; correção pelo IGP-DI; amortização mensal pela tabela price; As parcelas mensais das despesas com o serviço da dívida (amortização e juros) não poderiam comprometer mais do que 13% da Receita Líquida Real (RLR) mensal; Os valores que ultrapassassem este limite teriam seu pagamento postergado, constituindo um ‘resíduo’, incidindo sobre ele as mesmas condições do contrato. O Acordo da Dívida:

Evolução do Resíduo da Dívida do ESP com a União: Encargos da dívida acima dos 13% da Receita Corrente Líquida levaram a um aumento do resíduo da dívida, que teve crescimento de 1.215,44% no período, atingindo em 2005 a cifra dos R$ 34,3 bilhões Conclusão: Crescimento do Resíduo revela que o Estado não vem conseguindo pagar os encargos da dívida à União.

Evolução do Estoque de Precatórios do ESP Precatórios atingem a cifra de R$ 12,9 bilhões em Conclusão: Governo Estadual represou o pagamento de precatórios para fazer caixa.

Resultado Orçamentário e Resultado Orçamentário Corrigido: Conclusão: se os precatórios fossem pagos o superávit estadual viraria déficit.

Evolução do Estoque da Dívida Ativa do ESP O estoque da dívida ativa do Estado atingiu a cifra de R$ 88,8 bilhões em Conclusão: governo estadual não vem cobrando devedores, mas concedendo anistia fiscal.

Baixos investimentos e operações de crédito.

Investimentos do Setor Público Paulista por Fonte de Recursos (em milhões de R$ - valores reais deflacionados pelo IGP-DI). De 1998 a 2004, os investimentos com recursos do Estado apresentaram queda constante. Os investimentos com recursos próprios do Estado atingiram a cifra de R$ 4,4 bilhões em 2005, valor inferior a 1997, 1998, 1999 e Conclusão: governo estadual tem baixa capacidade de investimentos.

Projetos Estratégicos 2006 Ações com baixa execução orçamentária (ou menos de 65% dos recursos previstos) (valores em milhões de reais)

Projetos Estratégicos 2006 Ações com alta execução orçamentária (ou mais de 65% dos recursos previstos) (valores em milhões de reais)

Projetos Estratégicos 2006 Total (valores em milhões de reais) Ações comparáveis através do SIGEO / Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária Requerimento de informações não foi respondido Conclusão: os projetos estratégicos também tiveram baixa execução.

Operações de Crédito As operações de crédito efetuadas pelo governo estadual em 2006 foram de apenas R$ 386,7 milhões, o menor valor dos últimos três anos. Em relação à Receita Corrente Líquida/RCL, o percentual também vem caindo, atingindo a cifra insignificante de 0,62%. Em 2005 já havia sido de apenas 0,66% e em 2004 de 1,11%. Quando comparamos com os limites máximos definidos pelo Senado Federal (32% das RCL), vemos que o Estado de São Paulo não vem utilizando-se de recursos externos para financiar os investimentos, situando-se muito abaixo dos limites previstos. Conclusão: governo estadual realiza poucas operações de crédito.

Alternativas de financiamento dos investimentos

“Fazer caixa” bloqueando investimentos e repasses do Tesouro Estadual para empresas estatais; Buscando novas Operações de Crédito (para a linha 4 do Metrô, por exemplo); Utilizando-se de novas concessões de lotes de estradas para repassar investimentos em rodovias (caso da duplicação da Tamoios); Recursos Federais através do PAC (para Saneamento, Habitação e Transportes); Privatizações / Alienação de Bens – repasse de R$ 2 bilhões da Nossa Caixa para o Tesouro Estadual (para investimentos em estradas vicinais e no transporte das regiões metropolitanas); PPP´s;

Primeiras medidas dos 100 dias de Serra.

Principais ações Tributárias: Continuidade da Guerra Fiscal; Orçamentárias: Contingenciamento ou Bloqueio dos Investimentos e Encerramento dos Projetos Estratégicos; Financeiras: acumular recursos no caixa do Tesouro Estadual, renegociar os termos do Acordo da Dívida com a União e ampliar as possibilidades de investimentos através de novas operações de crédito;

Medidas Tributárias: Continuidade da Guerra Fiscal Decreto n o , de 29/01/2007: revogou parte da política tributária instituída por Alckmin e reeditou as normas legais, quando não garantidas em lei anterior, através da publicação de diversas portarias, visando tornar sem efeito as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIN´s) junto ao STF impetradas pelo Governo do Estado do Paraná.

Medidas Orçamentárias: Bloqueio dos Investimentos Decreto n o , de 09/03/2007, contigenciou o Orçamento Estadual em R$ 2,3 bilhões e acabou com os Projetos Estratégicos. Despesas Valores em bilhões de R$ Orçado (1)Bloqueado (2)% (2/1) Pessoal35,40,00,00% Outros custeios37,00,41,27% Dívida6,60,00,00% Investimentos3,30,722,75% Inversões Financeiras 2,61,041,04% Total85,12,32,72%

Medidas Orçamentárias: Bloqueio dos Investimentos Governo Serra bloqueou mais recursos que Governo Lula em Valores em bilhões de R$ Orçado (1)Bloqueado (2)% (2/1) Orçamento Estadual ,12,32,7 % Orçamento Federal ,616,41,9 %

Medidas Financeiras: Acumular recursos em caixa Bloqueio dos repasses para Universidades e Empresas Estatais (através das inversões financeiras), excessos de arrecadação e repasse de R$ 2 bilhões da Nossa Caixa permitem o acúmulo de recursos no caixa do Tesouro Estadual. Receitas – 1o. Bimestre de 2007 Valores em bilhões de R$ Previsto (1) Arrecadado (2) Excesso de arrecadação % excesso (2/1) Receitas Correntes 15,7016,470,764,89% Tributárias 13,0213,700,675,21% Patrimoniais 0,320,350,039,27% Transferências Correntes 1,321,380,064,53% Outras Receitas Correntes 0,300,26-0,03-12,54 Receitas de Capital 0,110,07-0,04-36,73% Total 15,816,50,724,59%