Trabalhar e viver no campo 3º bimestre – 7º ano

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Transcrição da apresentação:

Trabalhar e viver no campo 3º bimestre – 7º ano Capítulo 8 (da página 142 a página 161) Professora: Maria Christina

AGRICULTURA BRASILEIRA O Brasil é um país de contrastes no campo. Na figura 1 ao lado observa-se a agricultura mecanizada, que utiliza produtos químicos produzidos pela indústria. A figura 2 mostra o trabalhador rural revolvendo a terra com enxada.

A industrialização no Brasil Ultrapassou os limites das cidades e se alastrou pelo campo. A agricultura foi se tornando cada vez mais industrial, e, portanto, altamente especializada. Antigas fazendas foram ou estão sendo transformadas em modernas empresas rurais, movidas pelas necessidades da produção industrial.

A INDUSTRIALIZAÇÃO DO CAMPO Nas empresas rurais, a prática agrícola é controlada por grandes grupos empresariais, que plantam, coletam, armazenam, beneficiam e distribuem os produtos, fornecem equipamentos e técnicas necessárias para o desenvolvimento da agricultura. Essa cadeia de produção chama-se complexo agroindustrial.

O processo de modernização da agricultura ocorreu de maneira desigual no território brasileiro. Os estados de São Paulo e Minas Gerais ocupam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugar em valor de produção agropecuária no Brasil. Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assim como Goiás e Mato Grosso, na região Centro- Oeste, e a Bahia, no Nordeste, também ocupam posições importantes. Veja o gráfico

O COMPLEXO AGROINDUSTRIAL NO BRASIL Os estados de São Paulo e Minas Gerais fornecem bons exemplos de complexos agroindustriais no Brasil. Sozinha, a cana-de-açúcar representava 69% do valor da produção agropecuária entre as cultuas temporárias de São Paulo em 2003. Ela fornece matéria-prima para as usinas de açúcar e de álcool, situadas no interior de grandes propriedades canavieiras. Os complexos agroindustriais também respondem por outros tipos de produto. É o caso da laranja, ela é cultivada em pequenas e médias propriedades, que abastecem as indústrias processadoras. Com a implantação de indústrias de suco concentrado, o Brasil tem participado ativamente do mercado internacional de suco de laranja.

Em Minas Gerais, por sua vez, destacam-se as modernas fazendas de café. Já na região Sul a produção agropecuária do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina fornece matéria-prima para diversos tipos de indústrias, tais como as fábricas de óleo vegetal, de vinhos, ração animal, de massas, de cigarro e de calçados. Na região Centro-Oeste há uma cadeia produtiva de soja, principal produto agrícola da região. A soja avança sobre os cerrados do Brasil Central. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A pecuária O destaque maior fica para Minas Gerais, que abriga o maior rebanho bovino do país. A pecuária sofreu profundas transformações com a industrialização do campo. O desenvolvimento de vacinas e técnicas de controle de doenças, a incorporação de tecnologia de nutrição, reprodução e melhoramento das espécies pelas pesquisas de laboratório foram responsáveis, em parte, pelo aumento da produção de frangos e porcos. O Brasil é o segundo maior exportador de frango do mundo, e o estado do Paraná aparece como um dos grandes produtores.

Aumentando a produção A expansão das atividades agropecuárias vem ocorrendo no Brasil pelo aumento da produtividade e pelo avanço da fronteira agrícola, ou seja, pelo avanço das terras agrícolas sobre terras com cobertura vegetal natural. O aumento da produtividade acontece quando se consegue produzir mais em uma mesma quantidade de terras e com um menor número de empregados. A produtividade aumenta pelo uso de máquinas, adubos químicos e sementes selecionadas e mais resistentes às pragas. Os principais responsáveis pela expansão da fronteira agrícola, e portanto pelo desmatamento, são os grandes produtores rurais que objetivam produzir cada vez mais. Eles estimulam a ocupação das áreas limítrofes às naturais e depois as ocupam para criar gado ou plantar soja.

A propriedade rural no Brasil A produção agrícola pode ser diferenciada pelo tipo e pelo tamanho da propriedade rural. Os donos das empresas rurais (grandes propriedades modernizadas) têm prioridade à produção de cana- de-açúcar, soja, laranja e à pecuária bovina para corte ou produção de leite. Esses produtos, muitas vezes, destinam-se aos mercados externos. Esses empreendimentos recebem a maior parte dos incentivos e empréstimos do governo. Os pequenos proprietários são os responsáveis pelos principais cultivos de alimentos, como o milho, o feijão e a mandioca

Os donos da terra e os sem-terra A distribuição de terras no Brasil sempre foi muito desigual. Desde o início de sua formação territorial, o Brasil foi marcado pela concentração de terras nas mãos de poucos e poderosos proprietários.

Os conflitos no campo Os conflitos e a luta pela terra produziram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Originado no Rio Grande do Sul, o MST criou uma forma de luta em que se ocupam terras improdutivas de grandes propriedades para pressionar o governo a distribuir terras para a agricultura. As terras conquistadas pelos trabalhadores rurais, quando reconhecidas pelo governo, são chamadas de assentamentos.

Os pequenos proprietários que conseguem obter empréstimos nos bancos os riscos são enormes. Na maior parte dos casos, suas terras servem como garantia do pagamento da dívida. Quando não conseguem um bom preço para sua produção, acabam perdendo a propriedade. A expulsão de trabalhadores rurais da terra tem sido um dos processos mais violentos no Brasil A agricultura no Brasil é um tema político de grande destaque nos meios de comunicação. Produtores rurais costumam organizar, por exemplo, manifestações públicas nas cidades para chamar atenção para suas reivindicações.

A REFORMA AGRÁRIA Segundo a Constituição brasileira, o governo pode desapropriar as terras improdutivas – ou seja, aquelas pouco aproveitadas para a produção – e realizar uma reforma agrária, beneficiando os trabalhadores rurais sem terra. Entretanto, não é nada simples provar que uma propriedade rural é improdutiva. Muitos latifundiários, donos de grandes extensões de terra, protegem-se da lei “tomando emprestadas” algumas cabeças de gado das propriedades vizinhas. Quando chega a fiscalização, o pasto está cheio: assim, a fazenda é considerada produtiva e o governo não pode fazer nada. Outros exigem que o governo pague grandes somas em indenizações pelas benfeitorias construídas em suas terras, tais como açudes, moradias e mesmo desmatamentos.

Além de buscar a distribuição justa de terras, a reforma agrária busca descentralizar e democratizar a estrutura fundiária, favorecer a produção de alimentos e a partir deles obter-se comida e renda, diversificar o comércio rural, reduzir a migração e promover a cidadania e a justiça social. O governo através de desapropriações e compras de terras tenta erradicar os latifúndios (propriedades improdutivas) para distribuí-las de forma que se tornem fonte de sustento e renda. Cabe ao governo todo o processo de reforma agrária através de um órgão federal chamado INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Ao contrário do que muitos pensam, a reforma agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade privada e os direitos constituídos. Não visa apenas distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos agricultores, condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando renda e melhores condições de vidas para as famílias assentadas. Você sabia? - No dia 30 de novembro comemora-se o Dia da Reforma Agrária