Visão Geral da Administração Financeira Administração Financeira I ADM 2006 Visão Geral da Administração Financeira Natureza e conteúdo da gerência financeira. Liquidez versus rentabilidade A empresa e seu ambiente
O que são Finanças ? No nível macro, as finanças são o campo de estudo de instituições financeiras e mercados financeiros e como funcionam dentro do sistema financeiro. No nível micro, as finanças são o estudo do planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação de fundos por empresas e instituições financeiras.
Nível macro Capital de giro Capital de giro Decisões de investimento Decisões de financiamento
Administração Financeira A administração financeira se preocupa com as tarefas do administrador financeiro de uma entidade. O administrador financeiro gere ativamente a área financeira de qualquer tipo de organização, seja ela pública ou privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos.
Classificação das entidades Sem fins lucrativos Com fins Lucrativos SOCIAIS, REGLIGIOSAS, ASSOCIATIVAS, ONGS, ETC POLÍTICO- ADMINISTRATIVAS ESTATAIS SETOR PRIVADO Financeiro Produtivo
Entidades públicas e de interesse público: Entidades sem fins lucrativos, político administrativas, categorizadas pelo código civil como entidades de direito público interno Pessoas de direito público interno (ART 40 Código Civil): I- a União; II - os Estados, o Distrito Federal; III - os Municípios; IV - as autarquias; V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. Pessoas de direito privado (ART 44 Código Civil): I- as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos.
Sociedades: Sociedade Simples (atv. econ. não organizada): Figura do não empresário Equivale ao autônomo (1 pessoa só) Registrada em cartório Sociedade Empresária: Figura do empresário Registrada na Junta Comercial
Empresário: a) Exerce atividade econômica e, por isso, destinada à criação de riqueza, pela produção de bens ou de serviços ou pela circulação de bens ou serviços produzidos; b) A atividade é organizada, por meio da coordenação dos fatores da produção – trabalho, natureza e capital – em medida e proporções variáveis, conforme a natureza e objeto da empresa; c) O exercício é praticado de modo habitual e sistemático, ou seja, profissionalmente, o que implica dizer em nome próprio e com ânimo de lucro.
Autônomo (ou não empresário): Não se considera empresário: aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Sociedade: Não é autônomo nem empresário (já que estes atuam individualmente), mas sim uma autêntica sociedade, quando mais de uma pessoa, com os mesmos propósitos e objetivos econômicos, se reúne para a realização de negócios em conjunto e a partilham os resultados entre si.
Sociedade Simples: É a reunião de duas ou mais pessoas (caso atue individualmente será considerada autônoma), que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário.
Espécies de Sociedade: 1. Sociedade em nome coletivo; 2. Sociedade em comandita simples; 3. Sociedade em comandita por ações; 4. Sociedade anônima; 5. Sociedade limitada. A Sociedade Simples possui regras próprias que a regulamenta, entretanto, o novo Código Civil prevê que ela poderá optar por um dos tipos acima mencionados, com exceção da sociedade anônima e sociedade em comandita por ações que serão sempre sociedade empresária.
Sociedade empresária: Não possui regras próprias, devendo, necessariamente, adotar uma das espécies mencionadas.
Sociedade em nome coletivo: Exclusiva de pessoas físicas. Possibilidade de limite de responsabilidade de cada sócio. O uso da firma pode ser limitado a quem detiver o poder para tal. Responsabilidade além do capital, ou seja, ilimitada.
Sociedade em comandita simples: Sócios comanditados: Pessoa Física com responsabilidade ilimitada. Sócios comanditários: obrigados pelo valor da sua quota. Não pode praticar ato de gestão, nem ter o nome na firma social. No restante, aplicam-se as regras da sociedade em nome coletivo.
Sociedade limitada: Cada sócio é responsável pelo valor da sua quota. Não pode praticar ato de gestão, nem ter o nome na firma social. A administração não está automaticamente associada à propriedade. Deve constar no contrato social ou ata A administração por não sócios depende de aprovação unânime, registrada em livro de atas da empresa. O capital é dividido em quotas. O documento principal é o contrato social.
Sociedade Anônima: Subscrição do capital, por, pelo menos, duas pessoas. Realização, de, no mínimo, 10% do valor subscrito, em dinheiro. Pode ter seu capital aberto ou fechado ao público. O capital é dividido em ações. Documento principal é o estatuto.
Sociedade Anônima: Sociedade anônima: De capital aberto: Os valores mobiliários são colocados em negociação na bolsa de valores Número ilimitado de sócios De capital fechado: Os valores mobiliários não são negociados em bolsa. Como conseqüência possui um número limitado de sócios.
Sociedade Anônima: Ata e convocação: publicados Demonstrações financeiras: publicadas Órgãos: Assembleia Geral Ordinária (A.G.O.): anualmente, nos 4 primeiros meses após o encerramento do exercício social. Conselho de Administração Diretoria Conselho Fiscal
A Função Financeira: O porte e a relevância da função de administração financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, a função financeira geralmente é desempenhada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a função financeira se transforma em um departamento separado, diretamente ligado ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro.
Relação com a Teoria Econômica: O campo das finanças está intimamente relacionado ao da economia. Muitas vezes, as finanças são chamadas de economia financeira. Os administradores financeiros precisam compreender o arcabouço econômico dentro do qual atuam para poderem reagir às mudanças de condições ou se anteciparem a elas.
Relação com a Teoria Econômica: O princípio econômico fundamental usado pelos administradores financeiros é a análise marginal, segundo a qual uma decisão financeira deve ser tomada apenas quando os benefícios adicionais superam os custos adicionais.
Relação com a Contabilidade: As atividades financeiras (tesoureiro) e contábeis (controller) estão intimamente relacionadas e com freqüência se sobrepõem. Em empresas de pequeno porte, o controller comumente ocupa a função financeira.
Relação com a Contabilidade: Uma diferença importante em termos de perspectiva e ênfase entre finanças e contabilidade é que os contadores geralmente usam o regime de competência, ao passo que as finanças se concentram em fluxos de caixa. A importância dessa diferença pode ser ilustrada com o exemplo a seguir.
Relação com a Contabilidade: Estas foram as atividades da Nassau Corporation no ano passado Compare as diferenças, em termos de desempenho, entre o regime de competência e o fluxo de caixa: Vendas $ 100.000 (um iate vendido, 100% a receber) Custos $ 80.000 (pagos integralmente aos fornecedores)
Relação com a Contabilidade: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO COMPETÊNCIA CAIXA Vendas $ 100.000 $ 0 Menos: custos (80.000) (80.000) Lucro (prejuízo) líquido $ 20.000 $(80.000)
Relação com a Contabilidade: Finanças e contabilidade também diferem no que diz respeito à tomada de decisões. Enquanto a contabilidade se preocupa basicamente com a coleta e a apresentação de dados financeiros, o administrador financeiro se interessa principalmente pela análise e interpretação dessas informações para fins de tomada de decisões. O administrador financeiro usa esses dados como ferramenta básica de tomada de decisões com relação a aspectos financeiros da empresa.
Atividades básicas do administrador financeiro:
Objetivo da empresa: Maximização do Lucro ? Não! Maximização da Riqueza do Acionista ? A maximização da riqueza do acionista leva adequadamente em conta os fluxos de caixa, a distribuição dos fluxos no tempo e seu risco, o que pode ser ilustrado por meio da seguinte equação de avaliação:
Objetivo da empresa: Preço da ação = Dividendos futuros Nível e distribuição de fluxos de caixa no tempo Preço da ação = Dividendos futuros Retorno exigido Risco de fluxos de caixa
Objetivo da empresa:
Objetivo da empresa: O valor contábil da riqueza do acionista que é o patrimônio líquido geralmente difere da avaliação calculada em cima de preço e retorno. Quando isso ocorre numa decisão investimento pode ocorrer ágio ou deságio.