Profª. Christianne Perali

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Transcrição da apresentação:

Profª. Christianne Perali PIE II - Planejamento Sustentável do Agronegócio Desenvolvimento Sustentável Profª. Christianne Perali

Segundo Caporal (1998), a Extensão Rural Agroecológica é um processo de intervenção de caráter educativo e transformador, baseado em metodologias participativas que permitem o desenvolvimento de uma prática social mediante a qual os sujeitos do processo buscam a construção e a sistematização de conhecimentos que os levem a atuar conscientemente sobre a realidade.  

Agroecologia A Agroecologia é o campo de conhecimentos que proporciona as bases científicas do processo de transição do modelo de agricultura convencional para estilos de agricultura ecológica ou sustentável.

A Agroecologia tem sido assumida como uma ciência ou uma disciplina científica, um campo de conhecimentos de caráter multidisciplinar, com princípios, conceitos e metodologias que permitem estudar, analisar, construir, orientar e avaliar agroecossistemas.   Há inúmeros pesquisadores trabalhando nessa área (por exemplo, Altieri, Gliessman, Noorgard, Sevilla Guzmán).

Em essência, o enfoque agroecológico corresponde à aplicação de conceitos e princípios da Ecologia no manejo e no desenho de agroecossistemas sustentáveis, uma orientação cujas pretensões e contribuições vão além de aspectos meramente tecnológicos ou agronômicos da produção, incorporando dimensões mais amplas e complexas que incluem tanto as variáveis econômicas, sociais e ambientais, como as variáveis culturais, políticas e éticas da sustentabilidade (CAPORAL; COSTABEBER, 2000).  

O objetivo na agroecologia é alcançar um modelo de desenvolvimento socialmente eqüitativo e ambientalmente sustentável, adotando os princípios teóricos da Agroecologia como critério para o desenvolvimento e a seleção das soluções mais adequadas e compatíveis com as condições específicas de cada agroecossistema e do sistema cultural das pessoas implicadas em seu manejo.

Nos agroecossistemas, são considerados como a unidade fundamental desse tipo de estudo e vistas e analisadas em conjunto os seguintes pontos: os ciclos minerais, as transformações energéticas, os processos biológicos e as relações socioeconômicas e culturais.

Os objetivos da pesquisa agroecológica não são a maximização da produção de uma atividade particular, mas a otimização do agroecossistema como um todo, o que implica a necessidade de uma maior ênfase no conhecimento, na análise e na interpretação das complexas relações existentes entre as pessoas, os cultivos, o solo, a água e os animais.

Segundo Gliessman (2000), podemos distinguir três níveis fundamentais no processo de transição ou conversão para agroecossistemas sustentáveis: 1º Nível: Diz respeito ao incremento da eficiência das práticas convencionais para reduzir o uso e consumo de inputs externos caros, escassos e daninhos ao meio ambiente. Esta tem sido a principal ênfase da investigação agrícola convencional, resultando disso muitas práticas e tecnologias que ajudam a reduzir os impactos negativos da agricultura convencional.

2º Nível: Se refere à substituição de inputs e práticas convencionais por práticas alternativas. A meta seria a substituição de insumos e práticas intensivas em capital, contaminantes e degradadoras do meio ambiente por outras mais benignas sob o ponto de vista ecológico. Neste nível, a estrutura básica do agroecossistema seria pouco alterada, podendo ocorrer, então, problemas similares aos que se verificam nos sistemas convencionais.

3º (e mais complexo) Nível: É representado pelo redesenho dos agroecossistemas, para que estes funcionem com base a um novo conjunto de processos ecológicos. Nesse caso, se buscaria eliminar as causas daqueles problemas que não foram resolvidos nos dois níveis anteriores.

Em termos de investigação já foram feitos bons trabalhos em relação à transição do primeiro para o segundo nível, porém estão recém começando os trabalhos para a transição ao terceiro nível, quando se estaria mais próximo de estilos de agriculturas sustentáveis. (Gliessman, 2000).

Como resultado da aplicação dos princípios da Agroecologia, pode-se alcançar estilos de agriculturas de base ecológica e, assim, obter produtos de qualidade biológica superior.

Mas, para respeitar aqueles princípios, esta agricultura deve atender requisitos sociais, considerar aspectos culturais, preservar recursos ambientais, apoiar a participação política e o empoderamento dos seus atores, além de permitir a obtenção de resultados econômicos favoráveis ao conjunto da sociedade, com uma perspectiva temporal de longo prazo, ou seja, uma agricultura sustentável

A agricultura sustentável, sob o ponto de vista agroecológico, é aquela que, tendo como base uma compreensão holística dos agroecossistemas, seja capaz de atender, de maneira integrada, aos seguintes critérios: a) baixa dependência de inputs comerciais; b) uso de recursos renováveis localmente acessíveis; c) utilização dos impactos benéficos ou benignos do meio ambiente local;

d) aceitação e/ou tolerância das condições locais, antes que a dependência da intensa alteração ou tentativa de controle sobre o meio ambiente; e) manutenção a longo prazo da capacidade produtiva; f) preservação da diversidade biológica e cultural; g) utilização do conhecimento e da cultura da população local; e h) produção de mercadorias para o consumo interno e para a exportação. (Giessman, 1990)

AS PRINCIPAIS CORRENTES DO MOVIMENTO ORGÂNICO E SUAS PARTICULARIDADES Desde o final do século XIX, existia na Europa um movimento por uma alimentação natural que preconizava uma vida mais saudável. Esse movimento fazia parte de uma corrente de pensamento que contestava o desenvolvimento industrial e urbano da época.

No início do século XX, mais especificamente na década de 1920, surgiram as primeiras correntes alternativas ao modelo industrial ou convencional de agricultura. O avanço lento destes movimentos e suas repercussões práticas ocorreu em função do forte lobby da agricultura química, ligada a interesses econômicos de uma agricultura moderna em construção.

A agricultura orgânica da atualidade representa a fusão de diferentes correntes de pensamento. Basicamente, podemos agrupar o movimento orgânico em quatro grandes vertentes: agricultura biodinâmica, agricultura biológica, agricultura orgânica e agricultura natural.

Em 1924, o filósofo austríaco Dr Em 1924, o filósofo austríaco Dr. Rudolf Steiner apresentou uma visão alternativa de agricultura baseada na ciência espiritual da antroposofia, lançando os fundamentos do que seria a agricultura biodinâmica. As idéias de Steiner foram difundidas para vários países do mundo, com a colaboração de outros pesquisadores

Agricultura Biodinâmica (ABD) PRINCÍPIOS BÁSICOS É definida como uma "ciência espiritual", ligado à antroposofia, em que a propriedade deve ser entendida como um organismo. Preconizam-se práticas que permitam a interação entre animais e vegetais; respeito ao calendário astrológico biodinâmico; utilização de preparados biodinâmicos, que visam reativar as forças vitais da natureza; além de outras medidas de proteção e conservação do meio ambiente.

PARTICULARIDADES Na prática, o que mais diferencia a ABD das outras correntes orgânicas é a utilização de alguns preparados biodinâmicos (compostos líquidos de alta diluição, elaborados a partir de substâncias minerais, vegetais e animais) aplicados no solo, planta e composto, baseados numa perspectiva energética e em conformidade com a disposição dos astros.

Agricultura Biológica (AB) PRINCÍPIOS BÁSICOS Não apresenta vinculação religiosa. No início o modelo era baseado em aspectos socioeconômicos e políticos: autonomia do produtor e comercialização direta. A preocupação era a proteção ambiental, qualidade biológica do alimento e desenvolvimento de fontes renováveis de energia. Os princípios da AB são baseados na saúde da planta, que está ligada à saúde dos solos. Ou seja, uma planta bem nutrida, além de ficar mais resistente a doenças e pragas, fornece ao homem um alimento de maior valor biológico.

PARTICULARIDADES Não considerava essencial a associação da agricultura com a pecuária. Recomendam o uso de matéria orgânica, porém essa pode vir de outras fontes externas à propriedade, diferentemente do que preconizam os biodinâmicos. Segundo seus precursores, o mais importante era a integração entre as propriedades e com o conjunto das atividades socioeconômicas regionais. Este termo é mais utilizado em países europeus de origem latina (França, Itália, Portugal e Espanha). Segundo as normas uma propriedade "biodinâmica" ou "orgânica", é também considerada como "biológica".

Agricultura Natural e permacultura (AN) PRINCÍPIOS BÁSICOS O modelo apresenta uma vinculação religiosa (Igreja Messiânica). O princípio fundamental é o de que as atividades agrícolas devem respeitar as leis da natureza, reduzindo ao mínimo possível a interferência sobre o ecossistema. Por isso, na prática não é recomendado o revolvimento do solo, nem a utilização de composto orgânico com dejetos de animais. Aliás, o uso de esterco animal é rejeitado radicalmente.

Em meados da década de 1930, o filósofo japonês Mokiti Okada fundava uma religião baseada no princípio da purificação, hoje Igreja Messiânica, que tinha como um de seus alicerces a chamada agricultura natural. Essa religião defende que a purificação do espírito deve ser acompanhada pela purificação do corpo, daí a necessidade de evitar o consumo de produtos tratados com substâncias tóxicas.

PARTICULARIDADES Na prática se utilizam produtos especiais para preparação de compostos orgânicos, chamados de microrganismos eficientes (EM). Esses produtos são comercializados e possuem fórmula e patente detidas pelo fabricante. Esse modelo está dentro das normas da agricultura orgânica.

O princípio dessa proposta é o de que as atividades agrícolas devem potencializar os processos naturais, evitando perdas de energia no sistema. Suas idéias foram reforçadas e difundidas internacionalmente pelas pesquisas de Masanobu Fukuoka, que defendia a idéia de artificializar o menos possível a produção, mantendo o sistema agrícola o mais próximo possível dos sistemas naturais.

Na Austrália, essas idéias evoluíram nas mãos do Dr Na Austrália, essas idéias evoluíram nas mãos do Dr. Bill Mollison e deram origem a um novo método conhecido como permacultura que significa um sistema evolutivo integrado de espécies vegetais e animais perenes (de onde vem o nome) ou autoperpetuantes úteis ao homem.

Agricultura Orgânica (AO) PRINCÍPIOS BÁSICOS Não tem ligação a nenhum movimento religioso. Baseado na melhoria da fertilidade do solo por um processo biológico natural, pelo uso da matéria orgânica, o que é essencial à saúde das plantas. Como as outras correntes essa proposta é totalmente contrária à utilização de adubos químicos solúveis. Os princípios são, basicamente, os mesmos da agricultura biológica.

PARTICULARIDADES Apresenta um conjunto de normas bem definidas para produção e comercialização da produção determinadas e aceitas internacionalmente e nacionalmente. Atualmente, o nome "agricultura orgânica" é utilizado em países de origem anglo-saxã, germânica e latina. Pode ser considerado como sinônimo de agricultura biológica e engloba as práticas agrícolas da agricultura biodinâmica e natural.

Em termos empíricos, podemos dizer que as propostas técnicas da agricultura biológica e orgânica são idênticas. Atualmente, a diferenciação está mais no sentido da origem da palavra do que em termos de normas de produção e comercialização.

Agricultura alternativa, agroecologia e agricultura sustentável Nos anos 70, o conjunto das correntes vistas anteriormente passou a ser chamado de agricultura alternativa. O termo surgiu em 1977, na Holanda, quando o Ministério da Agricultura e Pesca publicou um importante relatório, conhecido como "Relatório Holandês", contendo a análise de todas as correntes não convencionais de agricultura, que foram reunidas sob a denominação genérica de agricultura alternativa. Dessa forma, este termo não constitui uma corrente ou uma filosofia bem definida de agricultura, apenas é útil para reunir as correntes que se diferenciam da agricultura convencional.

A partir dos anos 80, uma disciplina de base científica conhecida como agroecologia passou a ser empregada para designar, sobretudo, um conjunto de práticas agrícolas alternativas, mesmo que seus precursores (Dr. Miguel Altieri e Dr. Stephen Gliessman da Universidade da Califórnia, EUA) insistissem sobre um conceito mais amplo, que incorporava um discurso social. Seus autores destacam que no enfoque da agroecologia troca-se a ênfase de uma pesquisa agropecuária direcionada à disciplinas e atividades específicas para tratar de interações complexas entre pessoas, culturas, solos e animais.

Por fim, já no final dos anos 80 e durante a década de 1990, o conceito amplamente difundido, foi o de agricultura sustentável. Este conceito muito amplo e repleto de contradições deve ser considerado mais como um objetivo a ser atingido do que, simplesmente, um conjunto de práticas agrícolas. Entretanto, segundo a Instrução Normativa que dispõe sobre as normas para produção de produtos orgânicos, o conceito de sistema orgânico de produção agropecuária abrange também o termo agricultura sustentável.

Desta forma, as várias correntes citadas (biodinâmica, biológica, natural, permacultura, ecológica, agroecológica, regenerativa e em alguns casos, a agricultura sustentável) são consideradas como uma forma de agricultura orgânica, desde que estejam de acordo com as normas técnicas para produção e comercialização, apesar das pequenas particularidades existentes.

Em síntese, podemos destacar que o ponto comum entre as diferentes correntes que formam a base da agricultura orgânica é a busca de um sistema de produção sustentável no tempo e no espaço, mediante o manejo e a proteção dos recursos naturais, sem a utilização de produtos químicos agressivos à saúde humana e ao meio ambiente, mantendo o incremento da fertilidade e a vida dos solos, a diversidade biológica e respeitando a integridade cultural dos agricultores.

Biodiversidade biodiversidade é a riqueza da vida no planeta, ou seja, é o total de genes, espécies e ecossistemas de uma região. A biodiversidade pode ser classificada em três categorias: Diversidade genética: refere-se à variação dos genes dentro das espécies, envolvendo diferentes populações da mesma espécie (como no caso de milhares de variedades tradicionais do arroz indiano) ou a variação genética dentro de uma população.

Diversidade de espécies: refere-se à variedade de espécies existentes dentro de uma região, onde o número de espécies numa região corresponde à riqueza de suas espécies e a relação das espécies entre si trata-se da diversidade taxonômica. Diversidade dos ecossistemas: trata-se de uma categoria de difícil mensuração, pois os limites das comunidades (= associações de espécies) e os ecossistemas não estão bem definidos. Todavia, desde que se use um conjunto coerente de critérios para definir comunidades e ecossistemas, seu número e distribuição podem ser medidos.

Além da diversidade de ecossistemas, muitas outras expressões da biodiversidade podem ser consideradas, como: abundância de espécies, distribuição de idade de populações, estrutura das comunidades de uma região, variação na composição das comunidades ao longo do tempo e até mesmo processos ecológicos como predação, parasitismo, mutualismo, etc.