Projeto de Inclusão de Pacientes Portadores de HIV/AIDS Aparecida do Carmo Miranda Campos. Assistente Social Hospital de Clínicas UNICAMP

Os direitos do portador de HIV/AIDS: o instituído. Movimento ativista: a busca de ampliar a proteção social. As conquistas: acesso ao tratamento com garantias de medicação; exames de carga viral e CD4; liberação do FTGS; auxílio doença com um mês de contribuição; estabilidade no emprego; transporte urbano gratuito para tratamento; transporte intermunicipal na região metropolitana de Campinas.

Instituinte.... Grupo social de portadores de HIV/AIDS são, no geral, vulneráveis, com acentuado indicadores de pobreza. Estigma e preconceito como mecanismo de exclusão social. Em muitos casos a doença acomete a família nuclear.

O projeto de Inclusão Direitos do portador de HIV/AIDS e LOAS: o que garantir? A alimentação como direito. A busca de parceiros- NUVOHC e Secretaria de Desenvolvimento, Inclusão e Assistência Social da Prefeitura Municipal de Campinas. Grupo como estratégia coletiva de acessar direitos: ação afirmativa.

Estratégias Grupo formado a partir da demanda por alimentos com 30 pessoas. Contrato estabelecido a partir do Grupo: presença nos encontros mensais; comparecimento a exames e consultas agendados; retirada de medicação regularmente. Proposta de discussão de temas associados ao diagnóstico;oficina de trabalho como atividade auto-sustentável.

Resultados Projeto tem 2 anos de funcionamento; Adesão ao tratamento; Melhoria da auto-estima; Mudança nas relações sociais do grupo, ampliação da cidadania; Oficina de artesanato e comercialização.

Total de reuniões 22 pacientes em média por reunião; 25 reuniões; Composição do grupo: 40% de mulheres e 60% homens. 8 pacientes sairam e foram incluídos 8 novos: saídas por trabalho (3), óbito (1) e abandonos (4).

Depoimentos “To muito feliz, ganhando meu dinheirinho para pagar a conta de luz e água”. Mulher 57 anos “Foi uma benção de Deus estar fazendo isso, pois melhorou 100% minha vida. Não venho mais chorando como eu vinha, arrasada. Melhorou meu agir ..uma porta se abriu para mim”. Mulher 57 anos.

Depoimento Participar do Grupo tem me fortalecido muito... Vocês conseguiram me animar..trago meu netinho direitinho nas consultas e exames.( Avô, 59 anos) Não tomava a medicação por falta de leite.. E depois ia comer o que? Melhor não tomar medicação..Hoje pode perguntar ao Dr.. Tomo tudo direitinho, me sinto uma nova pessoa( Homem, 46 anos)

Finalizando “ É possível o combate a pobreza e a exclusão social no Brasil, mediante uma atividade objetivada e consciente no processo de trocas sociais o indivíduo pode e deve tornar-se sujeito autônomo. Isto é cidadania” ( Vera M. S. Nacif - Pronager Nacional, MI/FAO)