CEFALÉIA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Rosângela Carrusca Alvim

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Cefaléia do tipo Tensional
Advertisements

O Envelhecimento do SNC
AS CEFALÉIAS: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.
Causas, sintomas e tratamentos
DOR ABDOMINAL NA CRIANÇA
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Obesidade Rosângela Carrusca Alvim.
Doenças reumatológicas mais frequentes na infância
Rosângela Carrusca Alvim
Prof. Roosevelt de Carvalho Wanderley
Maíra Bagodi Batista da Silva 4º ano – medicina FAMEMA
CEFALEIAS PRIMÁRIAS Denise Marvulle Tan – 4ª série Medicina Famema Ambulatório de Neurologia da Famema – Prof. Dr. Milton Marchioli.
Cefaléias primárias Marília Aoki Settanni
Ambulatório de Cefaléia – FAMEMA Mateus Matos Mantovani 2010
Ambulatório de Cefaléia
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS
Cefaléias.
Migrânea Alunos: Lucas Herculano dos Santos Silva
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS
Cefaleias Secundárias
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Cefaléias Primárias Fabrício Castro de Borba
CEFALEIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
Liga Pernambucana de Emergência
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
HAS no exercício e no atleta
David Claro – 4ª série Medicina Ambulatório de Cefaléia – Famema 2013 Professor Dr. Milton Marchioli.
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Cefaleias Secundárias
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO
Caso clínico de Neurologia
O QUE CAUSA DOR DE CABEÇA
Manifestações Clínicas
PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NA INFÂNCIA
CEFALÉIA CERVICOGÊNICA
CRISE HIPERTENSIVA Francisco Monteiro Júnior
Professora Sandra Rejane
Tontura e Vertigem Matheus Silva Koike Pedro Henrique Pereira Alvim
O PAPEL DA MELATONINA NA ENXAQUECA E OUTRAS CEFALÉIAS
Cefaléias Dra Norma Fleming.
DEFINIÇAO  Migranea relacionada a menstruaçao: Ataques que ocorrem durante os dias -2 a + 3 do ciclo menstrual em pelo menos 2 de 3 ciclos menstruais.
CRISE FEBRIL Por Manuela Costa de Oliveira
Sandro Schreiber de Oliveira
“Cefaléia e DTM: O que é o que?” 18° CIORJ
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
TENOSSINOVITE D´QUERVAIN
SIC 2004 Cefaléia Primárias Cefaléia Secundárias Neuralgias Cranianas.
Classificação SIC Primárias Secundárias Sinais de Alerta Programa Padrões Evolução Migrânea Cefaléia Tensional Cefaléia em Salvas Neuralgia Cranianas Cefaléias.
Tratamento da Enxaqueca
Tratamento da Enxaqueca
CONVULSÃO FEBRIL Isadora Juncal – Internato de pediatria
Avaliação de cefaléias no adulto
Abordagem da Criança com Cefaleia
SÍNDROME do INTESTINO IRRITÁVEL
Cefaléias para o Clínico
Diagnóstico de Diferencial das Cefaléias e Algias Cranianas
Endocrinologia: Cushing
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALÉIAS
Neurologia 2009 Leonardo José de M Araújo
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Depressão.
BIZU!!!! PADRÃO TEMPORAL DA CEFALÉIA Cefaléia aguda emergente Cefaléia crônica recorrente Cefaléia crônica recorrente com mudança do padrão.
Maria Bethânia da Costa Chein
Cefaléias na infância e adolescência Aline Sacomano Arsie.
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM ENXAQUECA
Manejo da Dor em Oncologia Dra. Christiane Ramos Deringer.
Transcrição da apresentação:

CEFALÉIA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Rosângela Carrusca Alvim

.terceira forma de dor em crianças e adolescentes(Brasil: estudos epidemi- ológicos escassos; exterior: alta inci- dência) .primárias(a cefaléia é o principal sin- toma): enxaqueca(migrânia), cefaléia tensional .secundária(decorrente de doença as- sociada): traumas,tumores,infecções .mais frequentes:tensional,enxaqueca

Classificação das cefaléias: -aguda:duração de até 2meses;início abrupto ou gradual -crônica: recorrente ou contínua -podem ainda ser:progressiva ou não -Exemplos: .enxaqueca e tensional=crônica, re- corrente, não progressiva .HIC :crônica progressiva

Mecanismos de cefaléia: -inflamação: otites, sinusites, infla- mações dentárias e cervicais -contratura muscular : enxaqueca, dor cervical, causas psicogênicas -traumas: AVC, edema do SN -tração:abscessos,hematomas, tu -vasculopatias:enxaqueca,febre, hipertensão arterial,hematomas -causas psicogênicas

História Clínica e Exame Físico: -aspectos da dor: qualidade, localização, intensida- de, interferência nas atividades diárias, evolução, duração, fatores atenuantes/agravantes/desenca- deantes; abordagem -outros sinais/sintomas -história familiar -exame físico completo: incluir aferição da PA e fundoscopia

Diagnóstico diferencial: - é fundamental a história clínica - não são causas frequentes: erros de refração, estrabismo, sinusites crônicas - EEG: valor limitado às epilepsias - exames de imagem: úteis em malformações, infecções, traumas, tumores, vasculopatias - líquor: infecções do SNC.

Enxaqueca (migrânea): -muito frequente na infância e adoles- cência; formas clássicas e variantes -diagnóstico: critérios rigorosos -prevalência igual em ambos os sexos na infância; na adolescência: 3 X mais frequente nas mulheres -provável doença hereditária autossô- mica dominante -mais frequentes: sem aura, bilateral -

Fisiopatologia da enxaqueca: Vasodilatação extra e intracraniana, abertura de shunts arteriovenosos encefálicos, perda da auto-regula- ção vasomotora cerebral, liberação de serotonina plaquetária, redução da concentração plasmática de nor-adrenalina e do Mg cerebral, au- mento das concentrações liquóricas de GABA, lactose e ADP

Cefaléia tensional (funcional ou psicogênica): -diagnóstico: critérios rigorosos -é do tipo crônica não progressiva -causa frequente: depressão(outros sintomas e sinais presentes) -contração dos músculos cervicais e temporais isquemia localizada e dor -mais frequente na adolescência

Tratamento da enxaqueca/tensional: -esclarecimento e tranquilização -afastar fatores desencadeantes -Crise aguda de enxaqueca: .repouso, sono, redução de luz e som .medicação inespecífica (analgésicos comuns, AINES) .específicos: triptanos(o sumatriptano é o melhor tolerado); diidroergotamina (adolescentes); Neosaldina - enxaqueca: analgésicos comuns, ibuprofeno, amitriptilina(depressão associada),naproxeno,isometepteno (Neosaldina), outros

-Enxaqueca, tratamento profilático: .individualizado; critérios rigorosos para o uso; avaliar efeitos adversos e contra-indicaçoes .poucos estudos demonstrando efi-cácia na infância .flunarizina; propanolol; medicação adjuvante: antidepressivos, outros .abordagem não-farmacológica .tensional: abordagem plena . -

Referências bibliográficas: -Giannetti JG et al. Cefaléia na In- fância e Adolescência. In:Leão E et al. PediatriaAmbulatorial. Coop- med, B.Horizonte,5ed,2013,cap20, p.311-20. -Oliveira RG. Blackbook Pediatria, B.Horizonte,Blackbook Editora2011