Como conhecemos o passado, segundo Lowenthal

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Transcrição da apresentação:

Como conhecemos o passado, segundo Lowenthal Introdução aos Estudos Históricos Aula 10 Unifesp, 30 de out de 2012

Programa David Lowenthal em seu tempo e espaço Memória, História e Relíquias Memória como processo Desconstrução de Lowenthal O ofício do historiador/a, segundo Lowenthal Sorteio dos dias dos seminários (04/12 e 11/12) e tarefas para 06/11 - esqueleto da desconstrução Grupos discutem os problemas da memória Referências

Lowenthal em seu tempo e espaço Nasceu nos EUA em 1923; Serviço militar na II Guerra Mundial; Formação e doutorado em História; Mestrado em Geografia; Graduação em Harvard; Doutorado de Wisconsin, em percurso invertido daquele de Turner...e tem uma perspectiva bem contrária dele; De 1972 a 1985, prof. de Geografia em Londres, onde se aposentou; Não aceita as divisões profissionais da universidade moderna ocidental – Autor de biografia e estudos de paisagens e o passado; Muito viajado - foi professor no Caribe, Inglaterra, Itália e várias faculdades nos EUA – por isso, menos nacionalista que o Turner; Premiado por suas transgressões das fronteiras acadêmicas, mas não pelos historiadores.

Memória, História e Relíquias “Como o passado é sentido e aceito”(67) – “o que ocorreu jamais pode ser verdadeiramente conhecido” mas “registros históricos e lembranças podem nos levar a supor que, afinal, eistiu um passado”(68); Artigo “transcenderá campos de especialização profissional” da psicologia, história e arqueologia. São “três fontes de conhecimento do passado” (66): Memória – armazém do passado recente / é muito individual; História – preserva interpretação do passado / é muito subjetiva; Fragmentos – inspira memórias do passado / são relíquias frágeis. “Diferentemente dos lugares geograficamente remotos que poderíamos visitar se fizéssemos um esforço, o passado está além do nosso alcance”(67) “como um país estrangeiro” onde “tudo é feito de modo diferente” (73).

Memória como processo “Toda consciência do passado está fundada na memória”(75) – “A erosão do tempo afeta tristemente o que resta das lembranças”(74) Tipologia de Atkinson e Shiffrin (1968) - Sensorial - Curto prazo - Longo prazo; Codificação – consolidação (hábitos)– armazenamento (recordação) – recuperação (mementos) (78); Pessoal e coletivo; sustenta nossa identidade; a’t onde pode verificar a veracidade das lembranças (77); “Esquecer [...] é inevitável”(96) – revisão e reordenamento são “naturais e necessárias” (99) – narrada como história, a memória é alterada para sempre (101); “A função [...] da memória” é de adaptar o passado “a fim de enriquecer e manipular o presente”(103) que nem a História.

Desconstrução de Lowenthal Objeto – o passado Estrutura – Memória, História e Relíquias – os três principais fontes da consciência do passado Forma – Sátira cômica Teoria – pós-moderna Método – Analise comparativa; Metodologia – levantamento bibliográfico de diversas literaturas sobre o objeto; Essencialmente uma História intelectual de ideias e das ciências de psicologia, história arqueologia. O passado é um país estrangeiro (1995)

O ofício do historiador/a, segundo Lowenthal Predominava na historiografia estadunidense positivismo desde o século XX, com forte base nacionalista, até os anos 1980, quando houve uma fragmentação das posturas teóricas; A obra de Lowenthal representa, em parte, esta fragmentação e procura uma compreensão mais universal, por todos os povos; A tese dele é que a necessidade de conhecer o passado é uma condição humana e que nosso conhecimento é formado da mistura de três fontes: memória, história e relíquias; Cada uma destas “fontes” apresenta bastante complexidade em si e ainda mais em interação com as outras - “Memória, história e fragmentos revivem continuamente nossa consciência do passado [...] O passado se foi; sua analogia com aquilo agora visto, relembrado ou lido jamais pode ser provada” (67). “A necessidade de comprovação, frequentemente, leva-nos da memória para a história; relíquias e reordenamento dão vida à história ao retraduzi-la para a memória”(167); “Memória, história e fragmentos oferecem caminhos para o passado que se percorrem melhor quando combinados”(166). 7

Sorteio dos dias dos seminários Grupos Dias e tarefas Dia 4/12 – (5 grupos) Dia 11/12 – (4 grupos) Subdivisão do Lowenthal Grupos do dia 4/12 fariam “História” (p. 104 a 148) Grupos do dia 11/12 fariam “Relíquias” (p. 149 a 174) Tarefa – preparar um exercício para os outros grupos aprender. Caio Prado Jr (Mirna) Emilia Viotti (Gustavo) F. Braudel (Bruna) Heródoto (Dunga) István Jancso (Amanda) J. Monteiro (Alice) Marc Bloch (Heloisa) M. del Priore (Priscila) Sérgio B. (Gabriela)

Modelo para a desconstrução – Vamos checar sua preparação, 30 minutos, 11+ slides, todo mundo fala... Em seus grupos, buscam citações na obra para apoiar suas respostas das seguintes questões, indicando o número mínimo de slides: Título da apresentação com nome do grupo e seus membros- 1 Referencia bibliográfica da obra - 1 Autor/a em seu espaço e tempo - 1 Objeto e citações - 1 Estrutura e citações - 1 Forma retorica e citações- 1 Teoria e citações- 1 Método e citações - 1 Metodologia e citações - 1 Reflexão sobre a obra - 1 Avaliação do projeto - 1 9

Memória, segundo Lowenthal Nos grupos, explicita pelo menos três problemas de conhecer o passado pela memória e me passa um trabalho no papel com citações de Lowenthal para os ilustrar/descrever.

Referências DEBRETTS.com, Lowenthal, David. HALL, M. A conversation with David Lowenthal (2001). LOWENTHAL, D. Como conhecemos o passado (1998). LOWENTHAL, D. Personal Reflections on the State of Heritage. You Tube. (2012). MASTIN, Luke. The Human Memory. (2010).