Em busca de uma metodologia de design de interação materialista-dialética Frederick van Amstel Mestrando do PPGTE - UTFPR Instituto Faber-Ludens fred@usabilidoido.com.br.

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Em busca de uma metodologia de design de interação materialista-dialética Frederick van Amstel Mestrando do PPGTE - UTFPR Instituto Faber-Ludens fred@usabilidoido.com.br

Por que materialista-dialética? Participação popular na Web 2.0 Reconfiguração de papéis de produção/uso Psicologia Cognitiva não dá conta

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Norman & Draper. User Centered System Design, 1986. Como separar designers de usuários em tais sistemas? Se as pessoas quem usam e as que projetam são as mesmas, como separar os modelos mentais de design e de uso? Papéis não são rígidos Modelo mental coletivo não existe

Idealista Positivista Lógico Individualista Duas praxis de Design. A primeira se baseia no diagrama anterior, a segunda no materialismo-dialético. Idealista Positivista Lógico Individualista Materialista Crítico Dialético Coletivo

O perfil do autor no Orkut, website de relacionamento e rede social

Experiência fluida do Orkut Felipe Memória (2005): Foco total numa tarefa (flow) Elemento comunidade num website = efeito álcool numa festa Problemas são relevados pelos usuários, mas devem ser evitados pelos designers

Contradição em redes sociais Danah Boyd (2004): Sensação de maior controle sobre a negociação da identidade Busca por uma identidade única Indivíduo está, na verdade, se adequando para ser aceito

Para lidar com as contradições existe a dialética.

“Um homem não se banha no mesmo rio duas vezes.” Tudo está em mudança A mudança se dá pelos opostos Não existem verdades absolutas, a não ser o vir-a-ser Heráclito (VI a.C)

e não há uma terceira opção. O que é é, o que não é não é e não há uma terceira opção. Entendeu ou não entendeu? Se entendeu, entendeu. Se não entendeu, não entendeu. Não há meio termo. Lógica formal Essencialismo Aristóteles (IV a.C)

“A matéria é tanto uma composição de partículas separadas quanto um composto contínuo.” Tudo é composto de antimônios Impossibilidade de chegar à essência Kant (XVIII d.C)

Kant está certo e errado ao mesmo tempo.

Contrapostos, tese e antítese levam a uma terceira noção: a síntese que, por sua vez, tem a sua antítese. Verdade em movimento O pensamento é o motor da história A essência está no espírito Hegel (XVIII d.C)

“Em Hegel a Dialética está de cabeça para baixo “Em Hegel a Dialética está de cabeça para baixo. É necessário pô-la de cabeça para cima para obter a substância racional contida no invólucro místico.”

O concreto é a síntese de múltiplas determinações. Anti-essencialismo A luta de classes é o motor da história Karl Marx (XIX d.C)

Do todo para as partes Representação caótica do todo Análise das partes em separado, cada vez menores Perde-se as interrelações complexas

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Das partes para o todo Empírico Rica totalidade de determinações e relações diversas Desmistificação das contradições

O caminho de volta Conhecimento mais profundo e substancial dos fenômenos da realidade Abstrações baseadas no concreto

Trabalhos futuros Compreender melhor a atividade projetual (coletiva) Experimentar o design participativo

Obrigado! Frederick van Amstel Mestrando do PPGTE - UTFPR Instituto Faber-Ludens fred@usabilidoido.com.br