Estimulação precoce

“...as crianças são seres em construção, maleáveis nas suas capacidades e com uma inteligência que pode se expandir à medida que o ambiente a estimule” (Maria Del Carmen Ordóñez Legarda y Alfredo Tinajero Miketta).

A estimulação precoce é feita através da convivência e de brincadeiras dos pais com os filhos e de educadores com os educandos. Não é uma abordagem do desenvolvimento simplesmente intelectualista. Envolve a presença do aspecto afetivo, que constitui o elemento central para o desenvolvimento nos primeiros anos de vida.

O objetivo da estimulação precoce não é a criação de gênios, mas de pessoas felizes e seguras, base para uma vida emocional saudável. Constitui um importante recurso para o desenvolvimento, pois os primeiros cinco anos de vida correspondem ao período em que se formam 90% das conexões sinápticas, que são as ligações entre os neurônios. Os resultados da estimulação precoce são benéficos a curto e longo prazo.

Oferecemos a seguir algumas diretrizes com inspiração no inventário HOME (HOME FOR OBSERVATION MEASURMENT OF ENVIROMENT), para assegurar o desenvolvimento adequado da criança.

Na casa deve haver brinquedos, materiais de leitura e espaço para brincadeiras. A estimulação da linguagem. O ambiente físico. A relação com os pais. Os pais devem estimular o comportamento acadêmico dos filhos. Os pais devem oferecer uma estimulação variada à criança. Pelo menos uma refeição diária deve ser feita na presença de um dos pais. Os pais devem evitar a aplicação de castigos físicos.

"Um aviso aos pais: bater em crianças pode causar danos cognitivos piores do que se imaginava. Estudo recente aponta que as surras diminuem o Q.I de crianças. O quociente de inteligência de crianças entre 2 e 4 anos que receberam palmadas regulares de seus pais caiu mais de cinco pontos no decorrer de quatro anos, comparado com o de crianças que não levaram palmadas. A pesquisa foi realizada pela Universidade de New Hampshire, em Durham, juntamentre com o Centro de Pesquisa e Prevenção em Berkeley, na Califórnia". Fonte: Revista Psique, ano V, n° 54. p. 18.

“Estudos feitos na década de 1970-1980 demonstraram que os vínculos são formados desde a etapa intra-uterina e que, imediatamente após o nascimento, o seio materno e o contato pele a pele são fundamentais para o seu fortalecimento” (p.17). Quando este vínculo não ocorre no primeiro ano de vida o desenvolvimento cognitivo, afetivo e perceptivo será afetado (idem).

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA LEGARDA, Maria Del Carmen Ordóñez; MIKETTA, A. Tinajero. Estimulação precoce: inteligência emocional e cognitiva, v. 1. São Paulo: Cultural, s/d. Revista Psique, ano V, n° 54. p. 18. SNOWLING, Margaret; STACKHOUSE, Joy [ET AL.]. Dislexia, fala e linguagem: um manual do professional. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Fábio Alexandre Pereira Psicopedagogo