CONSTRUÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

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Transcrição da apresentação:

CONSTRUÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Profº Dr. João Bosco Araújo da Costa Natal/RN, 30 de junho de 2006.

“Um Indicador Social é uma medida em geral quantitativa dotada de significa do social substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmico) ou programático (para formulação de políticas). É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma” (Jannuzzi, 2001, p.15).

Embora se possa citar os anos 20 e 30 do século XX como um marco conceitual sobre indicadores sociais, o desenvolvimento da área é recente. Ganha corpo científico nos anos 60 (séc. XX) na construção de sistemas mais abrangentes de acompanhamento de transformações sociais e impactos de políticas públicas sociais.

“Hoje é quase obrigatória a referência a indicadores de situação, de desempenho e de resultados para se poder propagandear qualquer programa ou atividade pública efetivada” (Jannuzzi, 2001). “Em uma perspectiva programática, o Indicador Social é um instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação das políticas públicas” (Jannuzzi, 2001, p. 15).

“Os indicadores sociais se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, possibilitam o monitoramento das condições de vida e bem-estar da população por parte do poder público e sociedade civil e permitem aprofundamento da investigação acadêmica sobre mudança social e sobre os determinantes dos diferentes fenômenos sociais”. (Jannuzzi, 2001, p. 15).

“Uma importante distinção entre, de um lado, os indicadores sociais, e de outro, as estatísticas públicas, levantadas nos Censos Demográficos, pesquisas amostrais ou coletadas nos registros administrativos de Ministérios, Secretarias de Estado e Prefeituras” (Jannuzzi, 2001, p. 16).

“A montagem de um sistema de indicadores envolve uma série de decisões metodológicas, agrupadas em etapas, a saber: A primeira etapa corresponde à definição operacional do conceito abstrato ou temática a que se refere o sistema em questão, elaborada a partir do interesse teórico ou programático referido; A partir dessa noção preliminar do conceito ou temática a que se refere o sistema de indicadores passa-se à especificação das suas dimensões, das diferentes formas de interpretação ou abordagem do mesmo, tornando-o, de fato, um objeto específico, claro e passível de ser “indicado” de forma quantitativo.

c. Definidas as dimensões a investir, a etapa seguinte consiste na obtenção das estatísticas públicas pertinentes, provenientes de Censo Demográficos, pesquisas amostrais, cadastros Públicos; d. Por fim, através da combinação orientada das estatísticas disponíveis computam-se os indicadores, compondo um Sistema de Indicadores Sociais, que traduz em termos mais tangíveis o conceito abstrato inicialmente idealizado”(Jannuzzi, 2001, p.18).

INDICADORES DESCRITIVOS/NORMATIVOS “A distinção entre indicadores descritivos e indicadores normativos é outra maneira de classificas os Indicadores Sociais. Os primeiros apenas ‘descrevem’ características e aspectos da realidade empírica, não são ‘fortemente’ dotados de significados valorativos, como taxa de mortalidade infantil ou a taxa de evasão escolar. Os indicadores normativos, ao contrário, refletem explicitamente juízos de valor ou critérios normativos com respeito à dimensão social estudada” (Jannuzi, 2001, p.21).

“A complexidade metodológica na construção do indicador ou, pelo menos a quantidade de informação usada para sua definição, também pode ser usada como critérios de diferenciação de dois conjuntos de indicadores: indicadores simples e compostos” (Jannuzzi, 2001, p. 22). “Uma classificação bastante relevante para a Análise e Formulação de Políticas Sociais é a diferenciação dos Indicadores Sociais quanto à natureza do ente indicado, se recurso (indicador-insumo), realidade empírica(indicador-produto) ou processo(indicador-processo)

Indicadores-produto: aqueles mais propriamente vinculados às dimensões empíricas da realidade social. Ex.: esperança de vida ao nascer, nível de pobreza. Indicadores-processos: são indicadores intermediários que traduzem em medidas quantitativas o esforço operacional de alocação de recursos humanos, físicos ou financeiros para obtenção de melhorias efetivas de bem- Estar.

“Outro sistema é aquele que diferencia os indicadores segundo os três aspectos relevantes da avaliação dos programas sociais: indicadores para avaliação da eficiência dos meios e recursos empregados, indicadores para avaliação da eficácia no cumprimento das metas e indicadores para avaliação da efetividade social do programa, isto é, indicadores para a avaliação dos programas em termos de justiça social, de contribuição para o aumento da sociabilidade e engajamento político, emfim, em efeitos do programa em termos mais abrangentes de bem estar para a sociedade” (Jannuzzi, 2001, p.24)

Propriedades desejáveis Relevância Social Validade Confiabilidade Cobertura Sensibilidade Especificidade Inteligibilidade de sua construção Comunicabilidade Factibilidade para obtenção Periodicidade ba atualização Desagregabilidade Historicidade

CONSTRUÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Profº Dr. João Bosco Araújo da Costa Natal/RN, 30 de junho de 2006.