Bases da Terapia Nutricional

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Terapia Nutricional no Ambulatório de Pediatria
Advertisements

Queda do nível de glicose circulante no sangue. menor que 50 mg/dl
Nutrição – aspectos gerais
Professora e enfermeira: Carla Gomes
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
Universidade Federal da Paraíba
Caso clínico Identificação: M.N.L., 06 anos, sexo feminino, residente em Salvador-Ba, data de nascimento 26/12/2003, peso: 24kg. História da doença atual:
Professor Cristofer A. Masetti
Nutrição Parenteral Dra. Marta D. Rocha de Moura Residência Médica
TERAPIA NUTRICIONAL Nutricionista Fabiana Nunes Ferreira
MENSAGEM DO DIA.
NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT)
Terapia Nutricional Enteral
Nutrição Perioperatória
NUTRIÇÃO ENTERAL Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada,
NUTRIÇÃO ENTERAL Profa. Aline Baroni.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Medicina da Bahia
Déficit de volume plasmático
DOR ABDOMINAL: Quando Chamar o Cirurgião?.
conceitos e informações farmacêuticas
Terapia Nutricional Enteral
Avaliação nutricional e rastreamento nutricional O que há de novo?
Terapia Nutricional Pontos Críticos Visão da Enfermagem.
II Curso de Aperfeiçoamento em TN
Tipos de Terapia Nutricional e suas indicações
AULA 6 DIABETES E DESNUTRIÇÃO 3º MEDICINA 2003.
Desidratação Luiz Arnaldo Ferrari.
NPT X NE: análise comparativa da eficácia dos métodos
VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular no qual.
Doença metabólica óssea da prematuridade: relato de 4 casos
Acompanhamento da Nutrição Parenteral e suas complicações
CASO CLÍNICO Neurologia infantil Doenças DESMINIELIZANTES
Suporte Nutricional Universidade Federal Fluminense
NUTRIÇÃO PARENTERAL Ana Paula Tardivo Nutricionista – STND.
DESTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO
Avaliação Nutricional
Disciplina: Nutrição Aplicada à Enfermagem
NOME- Bruno do Amaral Rodrigues TURMA- 71 SÉRIE- 7 ª PROFESSOR(A)- Mariluce Campos.
Trichuris trichiura.
Diarréia aguda.
Avaliação Nutricional
AVALIAÇÃO CLÍNICA-NUTRICIONAL DE IDOSOS
Terapia de Reidratação Oral e Hidratação Venosa
Disciplina de Nutrição/ UNIFESP Unidade Curricular: Oncologia Clínica
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL E ENTERAL
Resolução Caso Prático Nutrição Artificial
TRO/Hidratação endovenosa
Pasta Clube de Nutrição de Alvalade.
Disenteria Bacilar.
OBESIDADE, DIABETES & Cª NUTRIÇÃO NA SÍNDROME METABÓLICA
MONITORIA DE BIOQUÍMICA E LABORATÓRIO CLÍNICO PROTEÍNAS TOTAIS
Terapia de Reidratação Oral e Venosa
SÍNDROME NEFRÓTICA.
Nutrição Enteral e Parenteral
CÁLCULO DE NECESSIDADE HÍDRICA DIÁRIA NHD Baseado na necessidade calórica diária NCD 3 a 10 Kg 100 ml/Kg/dia 11 a 20 Kg 1000 ml + 50 ml/Kg/dia >
TDE 2, Seminário e Atividade
SUPORTE NUTRICIONAL: impacto na evolução do paciente grave
Casos Clínicos Prof. Luciene Rabelo.
Terapia nutricional no cuidado do paciente
NUTRIÇÃO PARENTERAL - NP
Prof. Luciene Rabelo Pereira Dietoterapia II
Avaliação nutricional no paciente enfermo
O Paciente com Insuficiência Renal crônica
Prof. Dra. Ana Cecilia Sucupira Novembro 2008
Componente Curricular: Educação Física Hidratação Professor Irapuan Medeiros de Lucena.
DIETAS ENTERAIS CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH
Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Pancreáticas Nutti.MSc Maria de Lourdes Marques Camargo Nutrição/UBM.
Processo de Assistência Nutricional
Transcrição da apresentação:

Bases da Terapia Nutricional PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL E ENTERAL M. Cristina G. Barbosa e Silva 2006

Prática Caso 1 Sr. S., sexo masculino, 70 anos Previamente saudável Desconforto abdominal 3 – 4 meses Perda de apetite

Prática Exame físico Ictérico Peso atual = 62 kg Peso habitual = 75 kg Altura = 176 cm IMC = 20 kg/m2

Prática Achados laboratoriais Aumento de bilirrubinas, TGO, TGP e fosfatase alcalina Albumina = 2,4 g/dl

Prática Tomografia Tumor de cabeça de pâncreas

Prática Ingestão alimentar = < 600 kcal (náuseas e vômitos)

Prática Ingestão alimentar = < 600 kcal (náuseas e vômitos) Está indicado terapia nutricional neste paciente? Sim Não Paciente com > 10% de perda de peso, candidato a tratamento cirúrgico, com risco nutricional.

Prática Que tipo de terapia nutricional estaria indicada? Nutrição oral Nutrição enteral Nutrição parenteral Uma vez que o paciente apresenta náuseas e vômitos, a NPT é a melhor forma de terapia nutricional.

Prática Qual a necessidade calórica e distribuição de macronutrientes (proteínas, glicose e lipídeos) deve ser ofertada? 1550 a 1860 kcal (25 a 30 kcal/kg/d) 74,4 a 93 g Aa (1,2 a 1,5 g Aa/kg/d 310 a 465 kcal / 372 a 558 kcal de gordura (20 a 30% das NCT)

Prática Prescreva o volume das soluções de Aa, glicose e lipídeo para uma NPT que forneça 30 kcal/kg/d, com 1,2 g de Aa/kg/d e 30% da NCT na forma de lipídeo

Prática 1860 kcal 74,4 g Aa = 744 ml de Aa 10% = 298 kcal 558 kcal de gordura = 507 ml de Lipídeo 10% ou 279 ml de lipídeo a 20% 1860 – 298 – 558 = 1004 kcal / 4 = 251g de glicose = SG50% 502 ml 744 ml de Aa + 279 ml de lipídeo 20% = 1023ml Com SG50% = 1023ml + 502 ml = 1525 ml Proteínas 16% (298/1860) Lipídeo 30% (558/1860) (36% kcal não protéicas – 558/1562) Carboidrato 54% (1004/1860) (64% calorias não protéicas – 1004/1562)

Prática Na cirurgia, o paciente realizou gastroduodenopancreatectomia, sendo colocado uma sonda de jejunostomia, além de sonda nasogástrica. Como deve ser a terapia nutricional deste paciente no período PO? Manter a NPT Suspender a NPT e usar apenas a jejunostomia Iniciar a NE por jejunostomia, mantendo a NPT enquanto for necessário

Prática Que modificações você faria na prescrição PO? Aumentaria a oferta protéica (1,5 g/kg/d) e diminuiria a oferta calórica (25 kcal/kg/d) Aumentaria a oferta proteica (1,5 g/kg/d) e calórica (35 kcal/kg/d) Diminuiria a oferta proteica (1 g/kg/d) e a oferta calórica (25 kcal/kg/d)

Prática Caso 2 Sra L., sexo feminino, 40 anos 1981: dor abdominal difusa, diarréia crônica, muco e sangue nas fezes Diagnóstico: Doença de Crohn

Prática Caso 2 Tratamento clínico sem efeito Desenvolvimento de fístula entero-cutânea e abcesso Indicado tratamento cirúrgico

Prática Caso 2 Nos anos seguintes, novas cirurgias Colectomia total Ressecção de ileo, com 1 m de jejuno Jejunostomia: débito de 1,5 – 2 l/d

Prática Caso 2 Incapaz de absorver nutrientes ou líquidos de maneira adequada Má-absorção e desidratação Internações repetidas para NPT

Prática Caso 2 Colocação de cateter de longa duração (Hickman)

Prática Caso 2 Recebimento das soluções em casa

Prática Caso 2 Faça a composição desta NPT (macronutrientes).

Prática Caso 2 Composição da NPT 60 g de Aa = 600 ml de solução Aa 10% = 240 kcal 2000 kcal – 240 kcal = 1760 kcal 50% 1760 kcal = 880 kcal Lipídeos = 880 kcal = 440 ml de lipídeos 20% Glicose = 880 kcal = 220 g de glicose 440 ml de SG 50% Análise da solução final 12% proteína (240kcal/2000kcal) 44% de carboidratos e lipídeos (880kcal/2000kcal) Calorias não protéicas 1760 kcal (50% CH e 50% lip)

Prática Caso 2 Controles e evolução

Prática Caso 2 Qualidade de vida e integração social