SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA WILLIAM CORSARO ALBERTO ALBUQUERQUE GOMES

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Transcrição da apresentação:

SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA WILLIAM CORSARO ALBERTO ALBUQUERQUE GOMES

A estrutura da infância e as reproduções interpretativas Perspectiva estrutural: a abordagem baseia-se em três pressupostos centrais: Infância como forma estrutural; Infância exposta às forças sociais que atingem a idade adulta; As crianças como co-construtoras da infância e da sociedade. O autor defende que a produção infantil não é simples imitação ou apropriação direta do mundo adulto. As crianças se apropriam criativamente da cultura adulta para produzir suas próprias culturas.

X O que está em discussão aqui é a oposição entre O conceito de socialização primária: quando a criança aprende/ interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que pertencem de forma passiva. Conceito de crianças como atores sociais que se apropriam, reinventam,reproduzem, negociam, compartilham e criam culturas com os adultos e com seus pares negando o conceito de criança como receptáculo passivo. X

Infância como forma estrutural Três categorias gerais: Visão psicológica orientada para estudos sobre a personalidade; Visão psicanalítica da construção da personalidade; Abordagem longitudinal: ao longo da vida.

Efeitos das forças sociais sobre a infância Crianças afetam e são afetadas por grandes eventos e transformações sociais; As alterações demográficas interferem nas relações das crianças com adultos; A longevidade, os avanços médicos, a diminuição das taxas de natalidade alteram as relações das crianças com adultos;

A NOVA INFÂNCIA MUNDOS ADULTOS ALTERAÇÕES NA ALTERAÇÕES ESTRUTURA FAMILIAR ALTERAÇÕES DEMOGRÁFICAS AVANÇOS DA MEDICINA LONGEVIDADE MUNDOS INFANTIS

Evolução do trabalho infantil Trabalho agrícola nas sociedades pré-industriais; Trabalhos variados na transição do capitalismo industrial; Formalização da escolaridade: preparar para o futuro; moldada como principio de socialização (visão conservadora) Aumento das jornadas escolares e extra-escolares (escola como ambiente protetivo). Institucionalização do lazer infantil (lazer e consumo)

Razões para o aumento das atividades para as crianças Preocupações com a segurança infantil; Ampliação das atividades associada à ampliação dos cuidados; Aumento das atividades associado às alterações demográficas.

Infância como fenômeno social Crianças co-construtoras de seus mundos sociais Crianças contribuem para a cultura adulta Crianças se apropriam criativamente do mundo adulto para produzir sua própria cultura.

Em síntese Crianças se apropriam de forma criativa de informações e conhecimentos do mundo adulto; Crianças produzem e participam de uma série de culturas de pares; Crianças contribuem para a reprodução e extensão da cultura adulta; Crianças realizam ajustes secundários de forma cooperativa de elementos que não estão adequados à sua cultura.