1.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Diagnóstico da Violência no Trânsito
Advertisements

Indicadores.
Aids no Brasil 1980 – 2007 Novembro, 2007
Selo de Qualidade da Informação
Indicadores Socioeconômicos – IDB/RIPSA
ENGENHARIA DE MÉTODOS Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Violência 2ª Série EM Prof. Márcio.
Medidas de associação II: tratamento. Estudo dirigido
Modelo de Estimativa de Risco de Incidência de Tuberculose em Municípios Brasileiros Mineração de Dados Cleiton Lima Eric Ferreira.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO E INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE DADOS
Fórum Saúde da Mulher século XXI
Programas de Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama
Para cada criança Saúde, Educação, Igualdade, Proteção FAZENDO A HUMANIDADE AVANÇAR.
Atenção ao Câncer do Colo do Útero
Fontes de Dados Demográficos
Lógica Epidemiológica
Vigilância do Óbito por Causas Mal Definidas
ESTATÍSTICAS DE MORTES EM ACIDENTES DE TRÂNSITO
Metodologia Científica Medidas de Frequência e Associação
65 + Quantos somos, quem somos e como estamos?
Universidade Federal do Maranhão
“Aplicação da Análise Multivariada para um grande volume de dados”
Epidemiologia e Saúde Ambiental
Medidas de Freqüência e de Associação em estudos clínicos
Estudos de prognóstico
UFF/MEB Curso: Medicina Disciplina: Epidemiologia - II
Marcio Pochmann Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Porto Alegre, 31 de janeiro de Rio Grande Sul.
Estudos de Caso-Controle
Estudo caso-controle Hjm jul-2001.
Medidas de freqüência e de risco 4. Mede a proporção de indivíduos que é afetada por uma condição (casos existentes) num dado ponto do tempo. PREVALÊNCIA.
4 Medidas de freqüência e de risco.
PLANO DE ENFRENTAMENTO DAS DCNT DE PALMAS-TO
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - UFMA
Aula 19 – Método Gespública MPOG Prof Júlio Andrade Fonte: MPOG – GesPublica, “Guia de Indicadores”, Brasília – DF, 2010.
3º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo
INDICADORES DEMOGRÁFICOS
Geografia Humana e Econômica
Hepatites Virais em Florianópolis
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA
Projeção da população por sexo e idade: Brasil
Análise de sobrevida.
Universidade Federal do Maranhão
Aula 11 - Teste de hipóteses, teste de uma proporção
MARCELA ARAUJO NOVEMBRO,2012
Violência e seu enfrentamento
Epidemiologia de Medicamentos – Mortalidade e Morbidade
EXERCÍCIOS 1) No Município de Boa Esperança, Estado de São Paulo, no ano de 1980, foram registrados 70 casos de sarampo e, no ano de 1997, 90 casos. Qual.
Análise de sobrevida 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Disciplina de Epidemiologia I Faculdade de Saúde Pública da USP
Mas como medir a saúde da população?
Mário F G Monteiro (IMS-UERJ) Leila Adesse (IPAS - Brasil) Jacques Levin (IMS-UERJ) Mulheres Negras e a Mortalidade Materna no Brasil TRABALHO APRESENTADO.
Medidas de mortalidade
INDICADORES DE SAÚDE Profa. Priscilla Indianara Di Paula Pinto Taques.
INTRODUÇÃO Entre os mais importantes problemas de saúde pública.
Avanços e desafios para a infância e a adolescência no Brasil
estudos longitudinais
Indicadores de exposição aos riscos e de vulnerabilidade
ESTUDOS DE COORTE E CASO-CONTROLE
A violência é um problema que tem idade, cor/raça e território no Brasil Homens jovens, negros e pobres são as maiores vítimas de homicídio no Brasil.
Noções Básicas Data 00/00/00 Mudanças no Perfil Demográfico da População Brasileira com base no CD Meio século de mudanças 24ª Oficina de Trabalho.
Homicídos no Brasil: número total e taxas por habitantes (1980 a 2009) Source: Datasus/Ministério da Saúde.
VIGILÂNCIA DE AIDS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Entre 1982 e 2014, o ERJ registrou : casos de Aids, sendo: casos (SINAN) SISCEL/SICLOM.
HISTÓRICO LUTAMOS DESDE 1990 PELOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES EM TODO BRASIL Nasceu da sensibilização de um grupo de empresários do setor.
Objetivos O Programa de Redução da Violência Letal tem como objetivos: mobilizar e articular a sociedade em torno do tema dos homicídios construir mecanismos.
Jarbas Barbosa da Silva Jr. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Tuberculose e HIV/aids 19/08/2013.
Fontes de Dados Demográficos São José dos Campos 7 de maio de 2007 Ricardo Ojima Conceitos fundamentais e formas de acesso.
Medidas de ocorrência de eventos em saúde Agosto de 2011 Prof. Marcia Furquim de Almeida e Zilda Pereira da Silva Prof as. Marcia Furquim de Almeida e.
VIÉS. VIÉS Distorção dos resultados de uma pesquisa em decorrência de erros sistemáticos (não aleatórios).
CPI do ASSASSINATO de JOVENS Senado Federal Brasília, 18 de maio de 2015.
Transcrição da apresentação:

1

Índice de Homicídios na Adolescência Laboratório de Análise da Violência (UERJ) Parceiros: Observatório de Favelas UNICEF SEDH

Violência Letal Não se distribui aleatoriamente: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade, área de residência Pico mais elevado costuma estar entre os 20 e 24 anos, mas as dinâmicas que levam a esse resultado começam bem antes

Criação de Indicadores de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens Monitoramento do fenômeno, comparação no tempo e no espaço Instrumento de mobilização social: impacto e dramaticidade Fácil de calcular e de compreender Calculável periodicamente a partir de dados disponíveis Aplicável a áreas de abrangência diferente Descentralizável Passível de decomposição em faixas

Criação do Índice de Violência Letal Baseado no modelo da Tábua de Mortalidade Interpretação: número de pessoas perdidas (mortas por homicídio) entre a idade inicial e a idade final, para cada coorte de 1.000 pessoas na idade inicial Interpretação transversal (incidência no ano) e longitudinal (vítimas esperadas em 7 anos, se as condições persistirem)

Etapas na Criação do Índice Estimação do número de vítimas de homicídio residentes na área durante o ano de interesse, por idade; Estimação da população residente na área e ano de interesse, por idade; Cálculo das taxas de homicídio específicas para cada idade; Aplicação iterativa das taxas específicas de homicídio a uma coorte inicial de 1.000 crianças, adolescentes ou jovens, idade a idade; Somatório, idade a idade, do número esperado de adolescentes mortos por causa dos homicídios.

Fontes para a Criação dos Índices – DATASUS – Ministério da Saúde ( www.datasus.gov.br) Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, baseado nas Declarações de Óbito; Dados sobre mortalidade de residentes – 1979 a 2006. – IBGE (www.ibge.gov.br) Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA;  Levantamento Censitário: Censo 2000 Estimativa Anual de População por Município

Criação do Banco de Homicídios Ano 2006 Unidade de Análise: Municípios Municípios de mais de 100.000 hab. no ano de 2006 Banco contém todos os registros individuais de mortes por homicídio (agressão) Para Causas de Morte em que não são contemplados 100% dos casos (ver tabela anterior) foram selecionados aleatoriamente, para cada município, os casos que correspondiam à proporção fixada

Fatores de Correção Para evitar a subestimação decorrente da falta de dados Para evitar que municípios com dados de pior qualidade sejam ‘beneficiados’ (subestimados) Suposto: os óbitos sem informação numa certa variável se distribuem da mesma forma do que aqueles sobre os quais a informação está disponível São multiplicativos em relação ao valor obtido sem correções

Estimativa das Populações em 2006 Estimativa da população total de cada município em 2006 (DATASUS): - Aplicando a distribuição por sexo e idade do Censo 2000 à população estimada pelo IBGE para 2006 nesse município 10

Elaboração do Índice de Homicídio na Adolescência A estes sobreviventes que chegaram à idade de 13 anos, aplicou-se a taxa específica de homicídio dos 13 anos, resultando em um novo número esperado de homicídios e de sobreviventes aos 14 anos; Aplicou-se o procedimento acima descrito iterativamente até que se alcançasse a idade final definida: 18 anos. A soma de todos os mortos esperados, idade a idade, representa, para uma coorte de 1.000 indivíduos, o número de adolescentes de 12 anos de idade que terão morrido, por causa dos homicídios, antes de completar 19 anos. 11

IHA para os municípios 12

IHA para os municípios 13

IHA para os municípios 14

IHA para as capitais 15

IHA para os municípios 16

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

IHA para os municípios

Comparação dos Homicídios com outras Causas Externas de Mortalidade na Adolescência

Homicídio: Riscos Relativos Risco Relativo pode ser definido como uma razão entre a probabilidade de ser vítima de homicídio de dois grupos diferentes, definidos de acordo com uma variável. (Exemplo: RR por sexo: quociente das taxas dos homens e das mulheres.) O risco relativo permite avaliar a força da associação entre um fator e o risco de sofrer violência letal. Em geral, colocamos o grupo de maior risco relativo no numerador, de forma que o valor final seja superior a 1. A interpretação pode ser feita assim: quantas vezes é maior o risco de homicídio para o primeiro grupo em comparação com o segundo.

Riscos Relativos

Resumo dos Riscos Relativos 31

Risco Relativo por Cor 32

Risco Relativo por Meio Utilizado 33

Risco Relativo por Meio Utilizado 34

Risco Relativo por Meio Utilizado 35

Risco Relativo por Meio Utilizado 36

Risco Relativo por Meio Utilizado 37

Riscos Relativos por Meio Utilizado Arma de Fogo (numerador) vs. Outros Meios Observando conjuntamente o IHA e o risco relativo por arma de fogo, encontra-se uma associação entre o risco relativo do uso de armas de fogo e o índice de homicídios na adolescência. O coeficiente de correlação de 0,45 é positivo, moderado e estatisticamente significativo. Deste modo, municípios com maior número de adolescentes perdidos tendem a apresentar maiores riscos de que estas mortes tenham como instrumento uma arma de fogo. Esse resultado frisa, mais uma vez, a importância das armas de fogo no fenômeno da violência letal contra adolescentes e jovens. 38

Riscos Relativos por Meio Utilizado 39

Outras Ações PRVL Ações de mobilização sobre o problema Levantamento de Programas de Prevenção existentes no Brasil (11 regiões metropolitanas) Escassez de programas específicos para redução da violência letal, ainda mais contra adolescentes e jovens Violência Letal não é uma prioridade – afeta aos setores mais desfavorecidos da população – é preciso mudar isso Importância de um diagnóstico local: a etiologia da violência não é igual em todos os lugares e o diagnóstico não pode ser centralizado Criação de um Plano de Prevenção Local com todos os atores – estamos trabalhando para produzir um guia para os municípios 40