Letícia Krauss (ENSP/FIOCRUZ) Setembro 2005 Avaliação Tecnológica em Saúde e a Incorporação de Tecnologias no SUS.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Gestão de Tecnologias em Saúde
Advertisements

Contexto Brasileiro na Incorporação de Novas Tecnologias
Prioridades e Desafios da Divisão de Informação – CONPREV para 2007 Oficina de operacionalização da Rede de Atenção Oncológica.
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Flávia Tavares Silva Elias
Uma visão teórica de um Sistema de Vigilância
Avaliação no Ciclo da Gestão Pública
CAMILA MARES GUIA BRANDI
Por uma regulação pública que viabilize a eficiência, a qualidade, o acesso equânime e o cuidado integral na atenção à saúde.
Modelo Assistencial Modelo assistencial (ou de atenção) é a representação simplificada da organização ideal dos serviços, combinando diversas formas de.
A Promoção da Prática Baseada em Evidências em Nível Global através da Pesquisa: como eliminar lacunas no financiamento e na publicação Moisés Goldbaum.
Questões sobre Avaliação e Incorporação de Tecnologias em Saúde
Avaliação de Tecnologias para Incorporação de equipamentos na área de Saúde Prof. Dr. Saide Jorge Calil Centro de Eng Biomédica Departamento de Eng. Biomédica.
Diretrizes para o Plano Quadrienal da ENSP 2005 – 2008 Em Busca de Maior Direcionalidade e Mais Responsabilidade.
A GESTÃO DA CLÍNICA EUGÊNIO VILAÇA MENDES.
Painel Ciência e Tecnologia e Saúde Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia Natal, 25 e 26 de fevereiro de 2010 Fernando Cupertino Assessor técnico do CONASS.
Auditoria Médica e sua importância nos Planos de Saúde.
PROJETO: DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA SECRETARIA.
XIX Congresso CONASEMS Construindo a atenção integral à saúde
Demandas Judiciais no Âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS
Seminário sobre Economia da Saúde
Regulamentação da Política de Gestão de Tecnologia
PROGRAMA AVANÇADO EM GESTÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA
Oficina “Desafios para incorporação da dimensão econômica na produção de informação para a gestão na SMS-SP" 06 de dezembro de 2012 Katia Cristina Bassichetto.
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO Brasil, 2007 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA Departamento Saúde Coletiva.
PROPOSTA DE REORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA - SNA
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
FÓRUM DA REDE GOIÁS Avaliação, instrumento estratégico no ciclo de gestão do PPA , Avançar Mais Dra. Maria das Graças Rua.
POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
OS DESAFIOS DA GESTÃO NA SAÚDE
Isaura Vieira INFARMED, I.P. Lisboa, 30 de Junho 2008
DISCIPLINA Pesquisa de Tecnologias Emergentes - PTE Profa. Eliane
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO SÉCULO XXI
GESTÃO ESTRATÉGICA DE MANUTENÇÃO
Gestão de Tecnologias em Saúde Rosimary Almeida GEATS/DIDES
REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
GESTÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE – A PERSPECTIVA DA ANS
Alfredo Scaff Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos
ATS NA ANS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE
Seminário Internacional ANS ATS e Qualificação dos Prestadores Contribuição para a qualidade da assistência à saúde 15 de julho de 2009 Incorporação.
DIRETRIZES CLÍNICAS COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA SUPLEMENTAR: O PAPEL DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE Margareth Crisóstomo Portela.
Marcus Tolentino DECIT/SCTIE/MS
Cooperação ENSP/ FIOCRUZ/ SES/ RJ
POLÍTICAS SANITÁRIAS e ÉTICA Paulo Antonio Fortes VIII Congresso Brasileiro de Bioética 25 de Setembro 2009.
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Avaliação como ferramenta de mudança na rede de atenção a saúde
Mestrados Profissionais em saúde: para que e para quem Moisés Goldbaum Departamento de Medicina Preventiva FMUSP Encontro Nacional de Pós-Graduação em.
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
DEMANDAS JUDICIAIS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM FACE DO SUS ENSP/FIOCRUZ RIO DE JANEIRO MARÇO/2012.
Pesquisa Operacional Conceitos básicos.
EPIDEMIOLOGIA E SERVIÇOS DE SAÚDE
Metodologias de Intervenção Psicológica
MODELO PARA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA NO ÂMBITO DA SAÚDE SUPLEMETAR
Antonio Garcia Reis Junior
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NEFROLOGIA/HUPE/UERJ
Comissão Farmacoterapêutica-SMS
Ministério da Saúde - MS Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães - CPqAM Departamento de Saúde Coletiva - NESC Laboratório de.
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMIENTO
Edital MCT – CNPq/MS – SCTIE – DECIT Nº 26/2006 Determinantes Sociais da Saúde, Saúde da Pessoa com Deficiência, Saúde da População Negra e Saúde da População.
Sistema de atenção suplementar no brasil
Avaliação da Política de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde Implementada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, no período.
P LANEJAMENTO DE SERVIÇO DE SAÚDE : PANEJA - SUS.
Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação de Acompanhamento e Avaliação Rio de Janeiro - RJ 12 de maio de 2005 Política.
1 - DIRETRIZES DE ATUAÇÃO DA VISA - PARANÁ 1 - Descentralização das ações de VISA para as regionais de saúde e municípios, de acordo com a realidade e.
PROJETO TERRITÓRIOS. PROJETO PARCERIAS G H M DAE/CAMC DAB DARA GESTORES ESF NASF USUÁRIOS HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA.
Sistema Informatizado para Apoio a Plano de Ação de Emergência
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS  Estímulo à produção de conhecimento.
RETROSPECTIVA DO M&A DA APS EM MATO GROSSO Cuiabá 2011.
Brasil - junho de 2004 GESTÃO ESTRATÉGICA DE MANUTENÇÃO Manutenção.
Transcrição da apresentação:

Letícia Krauss (ENSP/FIOCRUZ) Setembro 2005 Avaliação Tecnológica em Saúde e a Incorporação de Tecnologias no SUS

Processo atual de incorporação de tecnologias no setor saúde - alta intensidade - substituição não é a regra - falhas importantes (baixa eficácia, falta de indicação e falhas de performance) com resultados positivos para a saúde gerando crise no setor

Três questões críticas que podem ser respondidas pelas avaliações tecnológicas em saúde: - qualidade da atenção - crise orçamentária - equidade em saúde

Esquema do Planejamento e Gestão de Serviços de Saúde Diagnóstico de problemas de Saúde (necessidades) e Serviços de Saúde Intervenção ( procedimentos, tecnologias) para a melhoria da Qualidade dos serviços de saúde Avaliação da Intervenção

Números e taxas de Tomógrafos em países desenvolvidos: No. TomógrafosTomógrafos p/milhão hab País USA Japan France West Germany Netherlands England Números e taxas de Ressonâncias Magnéticas em países desenvolvidos: USA Japan France West Germany Netherlands England No. RMs RMs por milhão hab. País

Modelo de Utilização de Serviços de Saúde, Saúde e Alocação de Recursos $$$ Oferta Necessidade Percepção da Demanda Utilização de Saúde Necessidade ? Saúde

COBERTURA EFETIVA EQUIDADE COBERTURA CUSTO-EFETIVA Cobertura com tecnologias efetivas Cobertura com tecnologias críticas EFETIVIDADE NA COBERTURA EFICIÊNCIA NA COBERTURA

A Lógica da Produção de Serviços vs a Lógica da Produção de Saúde Aumento da alocação de recursos ou da produção de serviços não implica em aumento do nível de saúde. (idem para equalização) - c/ produção de saúde a. Já gasto - s/ produção de saúde $ Setor Saúde b. A ser investido ? Saúde

AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA é a síntese do conhecimento produzido sobre as implicações da utilização das tecnologias médicas. SÍNTESE JUÍZO DECISÃO

Fonte: Adaptado de Banta e Luce,1993 Ciclo de Vida das Tecnologias Médicas

Um fluxograma parcial da Avaliação Tecnológica em Saúde AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA EM SAÚDE Decisões sobre Registro e Financiamento Elaboração de Diretrizes Clínicas Efeitos na Saúde Custos da atenção à saúde

AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA SÍNTESE! Dimensões Eficácia (terapia)/ Acurácia (diagnóstico) Segurança / Efeitos Adversos Efetividade ( e “grande efetividade”) Custo - efetividade Impacto (população) Equidade Ética Outros valores sociais

PROCESSO DE AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA  Seleção de Tecnologias Prioritárias para Avaliação (monitoramento do horizonte tecnológico; critérios)  Identificação/Seleção de Estudos (procedimentos)  Síntese (metodologias) Revisão Sistemática (metanálise) Análise de decisão e Análises Micro-Econômicas (custo-efetividade/utilidade)

O QUE CARACTERIZA UMA AVALIAÇÃO ECONÔMICA ? Intervenção B Escolha Intervenção A Conseqüências e Custos 1. Considera não apenas os custos das intervenções mas também suas conseqüências (benefícios, problemas de segurança). Ca - Cb/Ea - Eb 2. Considera alternativas, que são comparadas, assumindo escassez de recursos.

Política de Cobertura O processo de (registro e) inclusão na Tabela de Procedimentos cobertos (financiamento) deve utilizar critérios ou metodologias de ATS pré- estabelecidos no sentido de constituir uma política de cobertura baseada em evidências

A política de incorporação e difusão de tecnologias do MS, visando maximizar ganhos potenciais de equidade e eficiência, deve ser baseada em evidências científicas, considerar o ponto de vista da sociedade contemplar não só os mecanismos de registro e financiamento mas também a elaboração/difusão/ implementação de diretrizes clínicas, e ter em conta as barreiras políticas e operacionais associadas a esses processos. Política de incorporação de tecnologias baseada em evidências

Seleção de Projetos a serem desenvolvidos pelo Núcleo Critérios: - relevância em termos de saúde e de custos (SES); -disponibilidade de pesquisadores sobre o tema, inclusive para buscar financiamentos para os projetos; -Possibilidade de formação de RH.

Projetos a serem desenvolvidos pelo Núcleo 1. Prevenção do Parto Prematuro: marcadores biológicos e probióticos (ENSP/IFF e centros colaboradores) Letícia Krauss (coord) Ma. Elizabeth Moreira (IFF) Ignez Elsas (IFF) Fernando Guerra (IFF) Financiamentos: PDT-SP/Fiocruz; Faperj/Decit/MS

2. Avaliação da Eficácia e estimativa de custo-efetivi- dade de Neurolépticos selecionados (coord. Evandro Coutinho – ENSP/FIOCRUZ) 3. Efetividade e Custo-efetividade de Procedimentos de Adiamento da fase final da Doença Renal Crônica (coord. Rachel Bregman - UERJ)

4. Avaliação tecnológica em saúde de desfibriladores cardíacos. Avaliação da incorporação do uso de trombolíticos (Instituto de Cardiologia Edson Saad/ UFRJ (coord. Nelson A. Silva Souza - UFRJ)