Curso de Graduação em Enfermagem PUC Coração Eucarístico – 4° Período

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Transcrição da apresentação:

Curso de Graduação em Enfermagem PUC Coração Eucarístico – 4° Período O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA Curso de Graduação em Enfermagem PUC Coração Eucarístico – 4° Período Professora: Poliana Renata Cardoso Disciplina: Cuidar em Enfermagem Clínica Amanda Ferreira Celina Caldeira Izabella Marques Lorena Melo Marcela Rodrigues

O papel da avaliação inicial simplificada no prognóstico da O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA O papel da avaliação inicial simplificada no prognóstico da pancreatite aguda CARNEIRO,Márcio Cavalcante, et. al. O papel da avaliação inicial simplificada no prognóstico da pancreatite aguda. Rev. Col. Bras. Cir.; v.33; n.3; p. 161-168; Rio de Janeiro, Maio/Jun, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912006000300007>; Acesso em: 28 Out. 2009.

O QUE É PANCREATITE AGUDA(PA)? O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA O QUE É PANCREATITE AGUDA(PA)? A PA é uma condição inflamatória aguda do pâncreas, podendo envolver os tecidos peripancreáticos e mesmo órgãos à distância. Pode ser causada por litíase biliar; alcoolismo; traumatismos, que originam PA traumática; alterações metabólicas; tumores pancreáticos ou da papila de Vater; medicamentos como furosemida, sulfonamida, tetraciclina...

O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA INTRODUÇÃO A grande atenção dada ao entendimento da fisiopatologia, diagnóstico, classificação e tratamento da PA resultou na diminuição da mortalidade. Ainda assim surge um grande questionamento: “Por que um número de pacientes evolui com a forma grave da doença e outros não?”

O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA INTRODUÇÃO A dificuldade para entender e classificar a PA reflete na variedade de terminologias destinadas a classificá-la. Um consenso foi estabelecido no Simpósio de Atlanta em 1992 e há 10 anos tem sido aceito. Diante da dificuldade em estabelecer prognósticos da PA, pergunta-se: “Existe algum método eficaz em diagnosticar precocemente a possibilidade do paciente evoluir com a forma grave desta doença?”

O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA OBJETIVO Avaliar o perfil dos pacientes com PA atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho(HUCFF), assim como estudar o papel da avaliação clínico-laboratorial inicial simplificada e sua relação com a gravidade e a presença de necrose.

Critérios de inclusão: O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA MÉTODO Estudo retrospectivo dos pacientes internados no HUCFF com PA com alta ou óbito entre 01/01/1990 até 09/08/2002. Foram obtidos 293 prontuários, mas 164 atendiam aos critérios de inclusão, sendo aproveitados. Critérios de inclusão: PA com quadro clínico compatível e amilase pelo menos 3x acima do normal(referência: até 220 U/L);

PA confirmada pela Tomografia Computadorizada(TC); O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA MÉTODO PA confirmada pela Tomografia Computadorizada(TC); Achado operatório compatível com PA. Os pacientes foram divididos em 3 grupos: PA branda; PA grave sem necrose; PA grave com necrose.

Foram utilizados os seguintes métodos para comparação entre os grupos: O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA MÉTODO Foram utilizados os seguintes métodos para comparação entre os grupos: Teste de Qui- Quadrado; Teste de Análise de Variância de Kruskal-Wallis; Teste de Comparações Múltiplas.

53,7% dos pacientes foram do sexo masculino e 46,3% do sexo feminino. O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA RESULTADOS 53,7% dos pacientes foram do sexo masculino e 46,3% do sexo feminino. PA grave: em 45,1% dos pacientes. PA branda: em 54,9% dos pacientes. Quanto à etiologia: 25% alcoólica; 43,9% biliar(maior em PA branda); 31,1% outras.

O tratamento operatório foi realizado em 53% dos pacientes. O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA RESULTADOS O tratamento operatório foi realizado em 53% dos pacientes. Complicações pós-cirúrgicas: necrose (34.5%); abcessos (20,7%); pseudocistos (9,2%); coleção sem cápsula (4,6%). 18,3% dos pacientes foram internados em CTI. Mortalidade: PA branda: 3,3%; PA grave sem necrose: 34,3%; PA grave com necrose: 65,7%.

O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA RESULTADOS Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/rcbc/v33n3/n3a06t2.gif

Nível de glicemia: maior em PA grave e necrose. O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA RESULTADOS 47% dos pacientes fizeram TC, sendo 35% com administração de contraste. Nível de glicemia: maior em PA grave e necrose. Nível de uréia sérica: maior em PA grave com e sem necrose. Nível de creatinina sérica: maior em PA grave com e sem necrose. Nível de potássio sérico: maior em PA grave sem necrose.

Sistema de avaliação de gravidade de PA utilizado: APACHE II. O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA DISCUSSÃO Sistema de avaliação de gravidade de PA utilizado: APACHE II. A análise precoce do quadro clínico visa antever as complicações clínicas e promover o tratamento das intercorrências reduzindo o nível da taxa de mortalidade. É necessário que haja um método que avalie o prognóstico e não somente as complicações da doença.

O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA DISCUSSÃO De acordo com os resultados o principal determinante da mortalidade é a presença de necrose pancreática. Presença de coleção pancreática e insuficiência orgânica sem necrose também apresentam mortalidade significativa. A avaliação inicial simplificada ainda tem espaço, embora limitado, na avaliação prognóstica do paciente com PA.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA O PAPEL DA AVALIAÇÃO INICIAL SIMPLIFICADA NO PROGNÓSTICO DA PANCREATITE AGUDA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARNEIRO,Márcio Cavalcante, et. al. O papel da avaliação inicial simplificada no prognóstico da pancreatite aguda. Rev. Col. Bras. Cir.; v.33; n.3; p. 161-168; Rio de Janeiro, Maio/Jun, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912006000300007>; Acesso em: 28 Out. 2009.