JOVENS E ADULTOS COMO SUJEITOS DE CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM Marta Kohl de Oliveira

(jovens e adultos são, basicamente, "não crianças“) tema "educação de pessoas jovens e adultas" não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária, mas, primordialmente, a uma questão de especificidade cultural. (jovens e adultos são, basicamente, "não crianças“)

Quem sao estes jovens e adultos Quem sao estes jovens e adultos? Grupo relativamente homogêneo O adulto é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles E o jovem, relativamente recentemente incorporado ao território da antiga educação de adultos, não é aquele com uma história de escolaridade regular

Curriculos, métodos e programas pensados para os alunos da escola regular Ocasionando a evasão e repetência As questões socioeconômicas, o medo do novo, a dificuldade de aceitar a linguagem da escola também favorecem para e desistência.

Questionamento: Ha diferença no funcionamento psicológico e cognitivo em particular, de sujeitos pertencentes a d diferentes grupos culturais? A autora aponta três diferentes modos de pensar:

Um que afirma a existência da diferença entre membros de diferentes grupos culturais Um que nega a importância da diferença Um que recupera a idéia de diferença em outro plano

1. Afirma a existência da diferença entre membros de diferentes grupos culturais Segundo esta abordagem eles teriam peculiaridades em seu modo de funcionamento intelectual, devido a sua escolaridade anterior e também as características do modo de vida de seu grupo de origem. E relaciona de forma estática, determinista traços do psiquismo com fatores culturais que o determinariam.

2. Que nega a importância da diferença Se não nega explicitamente a existência de diferenças entre os indivíduos e grupos culturais, nega a relevância das diferenças para a compreensão do funcionamento psicológicos. Todas as culturas são aparentemente diferentes, mas, na verdade iguais ou equivalentes

3. Que recupera a idéia de diferença em outro plano Esta abordagem esta associada a teoria histórico-cultural, segundo a autora a mais fecunda para a compreensão das relações entre cultura e modalidades de pensamento. Psiquismo é construído ao longo de sua própria historia, numa complexa interação entre quatro planos genéticos: a filogênese, a sociogênese, a ontogênese e a microgênese. Não ha realidade psicológica preexistente

a filogênese: evolução da espécie a sociogênese: historia cultural onde o sujeito esta inserido a ontogênese: transformações do individuo a microgênese: formas de significação, cada fenômeno tem sua historia

A escola voltada à educação de jovens e adultos, portanto, é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas (cujo maior efeito é, muitas vezes, uma espécie de “domesticação” dos membros dos grupos pouco ou não escolarizados, no sentido de conformá-los a um padrão dominante de funcionamento intelectual) e, como qualquer situação de interação social, um local de encontro de singularidades.