Aula 3: Projeto do produto Parte 1 Administração da Produção Prof. Eduardo Batman Jr.

Projeto do produto Olá Pessoal! Nessa terceira aula vamos definir muitos conceitos relacionados a projetos de produto. Toda empresa tem um produto ou serviço que deve atender às necessidades de seus clientes. Seu sucesso estará diretamente relacionado à sua capacidade de satisfazer ou superar as expectativas desses clientes. Dessa forma o projeto do produto, seja um bem tangível ou um serviço, adquire alta relevância nos dias de hoje. Estudos demonstram que a maioria dos problemas de qualidade decorrem do projeto do produto e não dos processos produtivos. Desenvolver novos produtos é um desafio constante. No mundo em transformação em que vivemos, a empresa que não se antecipar às necessidades de seus clientes, com produtos e serviços inovadores, estará condenada ao desaparecimento.

Design for assembly – DFA Facilidade para montagem Características que afetam o tempo de manuseio são: Tamanho; Espessura; Peso; Fragilidade; Flexibilidade; Fluidez; Aderência; Necessidade de instrumentos óticos e Necessidade de assistência mecânica. Agora vamos ver algumas técnicas para o projeto de produtos: A facilidade de montagem ou DFA (design for assembly) é uma prática quem tem o objetivo de projetar um produto de modo que possa ser facilmente montado. Assim, o DFA procura tornar a montagem do produto o menos custosa e mais otimizada possível. De acordo com o DFA, o processo de montagem manual pode ser dividido em duas áreas distintas: manuseio e inserção e união (juntar uma peça com outra ou com grupo de peças). O DFA prevê regras que facilitam o manuseio e a inserção. Regras para um fácil manuseio: Desenhar peças com simetria de ponta à ponta e simetria rotacional sobre o eixo de inserção; Desenhar peças que quando não podem ser feitas simetricamente, têm partes obviamente assimétricas; Fornecer características que irão prevenir “emperramento” de peças que tendem a se prender quando guardadas em grandes volumes; 4. Evitar características que permitam o nó de peças quando guardadas; Evitar peças que colam umas nas outras, ou são escorregadias, delicadas, flexíveis, muito pequenas, muito grandes ou que sejam perigosas (p.ex afiadas) para quem as manuseia. Segundo o DFA, as características que afetam o tempo de manuseio são: tamanho, espessura, peso, fragilidade, flexibilidade, fluidez, aderência, necessidade de instrumentos óticos e necessidade de assistência mecânica.

Design for assembly – DFA Facilidade para montagem Características que influenciam na inserção e união são: Acesso ao local de montagem; Facilidade de operação da ferramenta; Visibilidade do local da montagem; Facilidade de alinhamento e posicionamento durante a montagem e Profundidade da inserção. Regras para uma fácil inserção (na hora da montagem): Desenhar peças de modo que haja pouca ou nenhuma resistência para inserção e fornecer guias para a inserção de duas peças; Padronizar usando peças, processos e métodos comuns para todos os modelos; Usar montagem em pirâmide que permite montagem progressiva sobre um eixo de referência. Em geral é melhor montar de cima para baixo; 4. Evitar a necessidade de segurar as partes dos componentes para manter sua orientação durante a manipulação de submontagens ou durante a colocação de outra peça; Desenhar de modo que a peça precise ser centralizada antes de ser solta; E as características que influenciam na inserção e união são: acesso ao local de montagem, facilidade de operação da ferramenta, visibilidade do local da montagem, facilidade de alinhamento e posicionamento durante a montagem, profundidade da inserção.

Design for manufacture – DFM Facilidade para fabricação Projetar utilizando um número mínimo de componentes; Projetar componentes para serem multifuncionais; Utilizar componentes e processos padronizados; Desenvolver uma abordagem de projeto Modular; Eliminar parafusos, molas, roldanas, chicotes de fios; Eliminar ajustes; Procurar padronizar materiais, acabamentos e componentes; Ter sempre em mente as possibilidades de automação; Utilizar e promover o trabalho em equipe. O DFM traduz a busca durante o projeto, em tornar mais fácil a manufatura do produto. As diretrizes básicas do DFM envolvem a simplificação das operações, pelos processos repetitivos e bem compreendidos, sem manuseio excessivo e uso de ferramentas. Existem algumas regras de boa conduta sugeridos pelo DFM: Projetar utilizando um número mínimo de componentes; Projetar componentes para serem multifuncionais; Utilizar componentes e processos padronizados; Desenvolver uma abordagem de projeto Modular; Eliminar parafusos, molas, roldanas, chicotes de fios; Eliminar ajustes; Procurar padronizar materiais, acabamentos e componentes; Ter sempre em mente as possibilidades de automação; Utilizar e promover o trabalho em equipe.

Design for disassembly – DFD Facilidade para desmontagem O objetivo do DFD é projetar produtos facilitando a sua desmontagem, isto é, tornar ágeis e econômicos o desmembramento das partes componentes e a separação dos materiais, facilitando, conseqüentemente: a manutenção; a reparação; a atualização e a reciclagem dos produtos. O DFD, também conhecido na literatura como projeto para desmontagem, surgiu a partir de legislações ambientais que demandam que fabricantes sejam responsáveis pelo descarte dos seus próprios produtos. Esta técnica busca avaliar a facilidade de desmontagem de conceitos de produtos. Como questões ambientais estão em foco, ao facilitar o processo de desmontagem visando a reciclagem ou até mesmo o reaproveitamento de peças, empresas estarão atendendo legislações correntes e futuras, além de ganhar a simpatia de consumidores por estarem trabalhando a favor do meio ambiente. O objetivo do DFD é projetar produtos facilitando a sua desmontagem, isto é, tornar ágeis e econômicos o desmembramento das partes componentes e a separação dos materiais, facilitando, conseqüentemente: a manutenção; a reparação; a atualização e a reciclagem dos produtos.

Design for disassembly – DFD Facilidade para desmontagem Minimizar e facilitar as operações para a desmontagem e separação; Usar sistema de junção removíveis; Quando usar sistemas de junção permanente, que estes sejam de fácil extração; Prever tecnologias e equipamentos específicos para a desmontagem destrutiva; Uso de materiais que possam ser facilmente separados após a sua trituração; Uso de insertos metálicos que possam ser facilmente separados antes da trituração dos materiais. Existem algumas regras de boa conduta sugeridos pelo DFD: Minimizar e facilitar as operações para a desmontagem e separação. Usar sistema de junção removíveis. Quando usar sistemas de junção permanente, que estes seja de fácil extração. Prever tecnologias e equipamentos específicos para a desmontagem destrutiva. Uso de materiais que possam ser facilmente separados após a sua trituração. Uso de insertos metálicos que possam ser facilmente separados antes da trituração dos materiais .

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Redução do uso dos recursos naturais: Simplificação da forma; Agrupar funções; Evitar superdimensionamentos; Diminuir volume; Diminuir peso; Diminuir uso de água; Usar materiais encontrados em abundância na natureza. O objetivo do DFE é projetar e entregar produtos minimizando os impactos ambientais diretos e indiretos em qualquer possível oportunidade. Vejamos algumas estratégias do DFE:

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Redução do uso de energia: Reduzir energia na fabricação do produto; Reduzir energia no transporte; Usar fontes de energia alternativas.

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Redução de geração de resíduos: Utilizar materiais reciclados; Utilizar materiais vindos de fontes abundantes; Evitar material que produza emissões tóxicas.

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Projetar para reutilização: Facilitar desmontagem; Prever atualizações tecnológicas; Projetar intercâmbio das peças.

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Projetar para a reciclagem: Facilitar desmontagem; Identificar diferentes materiais; Agregar valor estético aos materiais reciclados.

Design for environment – DFE Adaptabilidade ao meio-ambiente Planejar o fim da vida útil dos materiais/produtos: Utilizar materiais biodegradáveis em produtos de vida útil ou breve; Utilizar materiais que possam ser incinerados para a geração de energia sem que produzam emissões tóxicas. Bom pessoal, chegamos ao final desta terceira aula. Um abraço!