SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Síndrome Nefrótico Síndrome NEFRÍTICO
Advertisements

Síndrome Nefrótica Gustavo Alkmim Set/2011.
Prevenção da Insuficiência Renal Crônica
FACULDADE NOBRE DE FEIRA DE SANTANA
Dra. Denise Marques Mota FAMED 2009
HEMODIÁLISE Conceitos Básicos
SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA
ANATOMIA RENAL.
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
CUIDADOS COM O PACIENTE PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Rosângela Carrusca Alvim
Abordagem da criança com Doença Renal (CRM)
Hematúrias na Infância (CRM)
INFECÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
NEFROTOXICOLOGIA.
Doença Renal Crônica Orientação aos pacientes atendidos no ambulatório especializado de Doença Renal Crônica do Hospital das Clínicas de Pernambuco.
DOENÇA RENAL CRÔNICA -DRC- PANDEMIA DE GRAVES CONSEQUÊNCIAS
REFLUXO VESICOURETERAL Nefropatia do refluxo fatores prognósticos
12 March 2009.
Doenças Renais Prof. Marlon Santos..
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
O que é a doença renal crónica?
Glomerulonefrites associadas à Infecção
FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA RENAL
Monitores: Monitoria de Laboratório Clínico
Sd Clínicas de origem renal
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA RESIDÊNCIA EM NEFROLOGIA Tratamento Conservador das Glomerulopatias Primárias MR1: Tacyano Tavares.
Rim e Diabetes Mellitus
Síndrome nefrótica Definições Classificação Epidemiologia
SÍNDROME NEFRÍTICA AGUDA
GESF colapsante não associada à infecção pelo HIV
Acometimento renal na Síndrome de Sjögren
Nefrotoxicidade induzida pela ciclosporina em transplante cardíaco
EVOLUÇÃO E TRATAMENTO DA GNDA NO ADULTO
Discussão Anátomo-Clínica Portal da Sociedade Brasileira de Nefrologia
Insuficiência Renal Aguda na Síndrome Nefrótica
DOENÇA RENAL ATEROEMBÓLICA
Envolvimento Renal nas Doenças Neoplásicas
ENVOLVIMENTO RENAL NA INFECÇÃO PELO HIV.
GLOMERULONEFRITE PÓS INFECCIOSA
Anatomia e Fisiologia do Sistema Renal
C.M. é uma mulher de 24 anos de idade com DM1 desde os 10 anos de idade, quando teve cetoacidose diabética. À época do diagnóstico, observou-se que a paciente.
Quais são as funções do rim?
Escola S/3 São Pedro | Vila Real
Doença Renal Crônica.
PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NA INFÂNCIA
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
Os Rins Para que servem?.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA grupo
A unidade intermediária e a criança com problemas geniturinários
Patologia do Sistema Urinário II
Avaliação paciente com nefropatia
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Químico
Glomerulonefrite Adriana Conceição Bruna Grimaldi
Glomerulonefropatias
Avaliação Clínica e Laboratorial da Função Renal
TESTES LABORATORIAIS PARA AVALIAR A FUNÇÃO RENAL.
GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA GNDA
Síndrome Nefrótica Secundária a Anti-inflamatórios Não Esteroidais Giordano F. Ginani Disciplina de Nefrologia HCFMUSP.
Importante!!! Amanhã – Quarta-feira – 14/06/2010 – 13:30
Síndrome nefrítica aguda. Definição Síndrome caracterizada pela conjunção de hematúria,hipertensão arterial,oligúria,déficit de função renal e edema.
Diabetes Mellitus X Insuficiência Renal Crônica
Dr. Luiz Barros. Introdução 1. A doença renal crônica consiste em lesão e perda progressiva e irreversível da função dos rins. A doença renal crônica.
Insuficiência Renal Crônica.
Curso de Patologia Renal Anno II
Patologia Renal Doenças tubulo-intersticiais
Insuficiência Renal Aguda (Lesão Renal Aguda)
DIAGNÓSTICO, MONITORIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transcrição da apresentação:

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS Orientação geral DOUGLAS DE MORAIS GARCEZ GBENIN GEX EXECUTIVA CANOAS - INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS Se podes ver, olha. Se olhares, repara.( visum et repertum). Ao reparar, faça-se notar. Descreva, registre. Ao registrar, seja breve, mas, não demais. Seja pertinente, não invente. Estabeleça relação entre as limitações e a atividade habitual. Fundamente, criteriosamente, e conclua. Revise.

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS ?

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS – CIDS NÃO ENCONTRADOS RELACIONADOS A TRANSPLANTE RENAL N16.5 Transt renais tubulo-interst rej transpl T86 Falha rejeicao orgaos e tec transpl T86.1 Falencia ou rejeicao de transplante de rim T86.8 Outr insuf rejeicao outr org tec transpl T86.9 Falencia rejeicao transpL orgao tec NE Y83.0 Interv cirurg transplante todo o orgao Z00.5 Exame de doador potencial de orgao e tec Z52 Doadores de orgaos e tec Z52.4 Doador de rim Z52.9 Doador de orgao ou tec NE Z94 Orgaos e tec transpl Z94.0 Rim transplantado Z94.8 Outr orgaos e tec transpl Z94.9 Orgao e tec NE transplantado

CONCEITOS DE INCAPACIDADE: SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS – CIDS NÃO ENCONTRADOS RELACIONADOS A TRANSPLANTE RENAL CONCEITOS DE INCAPACIDADE: Limitações funcionais ocasionadas pela doença/ agravo impedem o exercício da atividade habitual. Ex. sequelas AVC; ICC; CI; LER/DORT. O exercício da atividade habitual está contraindicado por risco de agravamento da doença/agravo ou pelo tratamento indicado ( QT, RT). Ex. dermatite de contacto, leucopenia, saturnismo, epilepsia, neoplasias. DOENÇAS DO APARELHO URINÁRIO Agudas – Usualmente não dizem respeito à perícia médica. Crônicas – são do âmbito da perícia médica

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS SINDROME NEFRÓTICA Proteinúria maior que 50 mg/ kg peso 24 horas ( > que 3,5 g/ 24 h)‏ Causas: Glomerulopatias primárias- GESF,alt. Glomerulares mínimas, glomerulonefrite membranosa,glomerulonefrite mesangio- capilar Glomerulopatias secundárias- Diabetes, LES, amiloidose, artrite reumatóide, neoplasias, uso drogas, infecções bacterianas, virais e por protozoários, alergias, imunizações, venenos; outras – gestação, rejeição crônica, sarcoidose Complicações: derrame pleural, ascite, hipovolemia, hipercoagualação, tromboembolismo, infecções, ^ VLDL e LDL, redução HDL. LIMITAÇÕES: Fase aguda, diagnóstico ( investigação, PBR, etc.)‏ Evolução da doença de base, COMPLICAÇÕES ( HIPOALBUMINEMIA), congestão Cronificação – perda sustentada da função renal > DRC, diálise

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS NEFRITE ( GLOMERULONEFRITE)‏ SINDROME NEFRíTICA Déficit de função renal súbito, com hematúria, edema, hipertensão, diminuição do débito urinário e da filtração glomerular. Causas: INFECCIOSAS: GNDA, endocardite, pneumonia pneumocócica, meningococcemia, bacteremia estafilocócica, leptospirose, toxoplasmose, febre tifóide, infecções virais. NÃO INFECCIOSAS: LES, Púrpura de Henoch-Scoenlein, nefrite familiar, vasculites, glomerulonefrites ( IgA, mesangio- proliferativa). NEFRITE TÚBULO-INTERSTICIAL 33 % necessitam suporte dialítico Febre, rash cutâneo, artralgias, oligúria e perda da função renal. Causas: induzida por DROGAS – antibióticos, AINE, ilícitas, outras– 71 % - INFECÇÕES – bacterianas, virais, espiroquetas – 15 % D. SISTÊMICAS – LES, Sjoegren, sarcoidose – 8 % IDIOPÁTICAS – 6 % LIMITAÇÕES: Fase aguda, diagnóstico ( investigação, PBR, etc.)‏ Evolução da doença de base Cronificação – perda sustentada da função renal > DRC, diálise

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO SINTOMÁTICAS ASSINTOMÁTICAS BAIXA / ALTA COMPLICADA – alterações estruturais do trato urinário ( obstrução, congênitas, gestação, em homens adultos)‏ NÃO COMPLICADA DE REPETIÇÃO OU RECORRENTE: recidiva ou reinfecção, cicatrizes > Pielonefrite crônica. LIMITAÇÕES: gestação, quadros recorrentes tóxicos, com HAS secundária e perda de função renal > DRC, diálise.

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS CALCULOSE , LITÍASE Apresentação: DOR, cólica renal, hematúria, náuseas e vômitos. PPL +. Isolada ou única De repetição, múltipla. CAUSAS: hipercalciúria, hiperoxalúria, hiperuricosúria, hipocitratúria, infecção urinária, acidose tubular renal, cistinúria, alterações estruturais do trato urinário LIMITAÇÕES: Fase aguda Obstrução do trato urinário Procedimentos – sonda, duplo J, nefrostomia Complicações – pielonefrite crônica, perda da função renal – DRC.

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS INSUFICIENCIA RENAL AGUDA – IRA Etiologia: pré-renal - hipovolemia absoluta ou relativa, estenose artéria renal – 55-60 %. renal ou intrínseca – vascular, glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial aguda, necrose tubular aguda- 35-40 %. pós-renal ou obstrutiva – obstrução trato superior bilateral ou de rim único, obstrução de trato inferior - < 5 %. LIMITAÇÕES: Fase aguda, Evolução da doença de base Cronificação – perda sustentada da função renal > DRC, diálise

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS DOENÇA RENAL CRÔNICA Causas mais frequentes: Diabetes mellitus Hipertensão Arterial Sistêmica – Nefropatia hipertensiva Pielonefrite cronica Glomerulopatias primárias Glomerulopatias secundárias Nefropatia obstrutiva – Litíase, RVU Rins policísticos Nefropatia tóxica Doenças congênitas

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS DOENÇA RENAL CRÔNICA Estágios: DCE Creat 1. Dano renal FG normal > 90 1-2 2. Dano renal FG levemente dim 60-89 2- 4 3. Red. moderada FG ou laboratori 30-59 4-6 4. Redução grave da FG 15-29 6-8 TERMINAL OU GRAVE < 15 > 8 Cockroft D, Gault MH: : DCE = 1.03*peso*(140-idade/ creatinina)‏

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS DOENÇA RENAL CRÔNICA TRATAMENTO: Conservador Diálise peritonial ambulatorial crônica - Hemodiálise Transplante LIMITAÇÕES: EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE BASE - Diabetes Doença e complicações – anemia, imunodeficiência, osteodistrofia, polineuropatia, circulatório, dislipidemia. Procedimento e complicações – acesso vascular ( fistula AV, cateter central, catéter peritonial); DPAC , contínua, HD 3 xx por semana; corpo estranho ( catéter central, peritonial), hipotensão, cãimbras, astenia, náuseas, vômitos; peritonite, infecção acesso ( peritonite, bacteremia); ferro e eritropoietina IV; HCV, HbsAg.

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS TRANSPLANTE RENAL DOADOR VIVO RELACIONADO DOADOR CADAVÉRICO LIMITAÇÕES: EVOLUÇÃO DA DOENÇA DE BASE Procedimento e complicações – cirúrgicas; clinicas – rejeição, infecções por fungos, protozoários, bactérias, virus. Uso de drogas – imunodepressores, quimioterápicos, antibióticos. Incapacidade por um ano após o transplante – prazo estimado para recuperação cirúrgica, controle clinico e medicamentoso; estabilização do quadro Creatinina sérica em torno de 2,0 mg/dl, parametros clinicos e hematológicos normais Doador – incapacidade relacionada ao ato cirúrgico - nefrectomia

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS Social Security Disability Benefits for Kidney Disease, Other Disorders of the Urinary Tract, and Reproductive Organs SSA USA      Impairment of renal function, due to any chronic renal disease expected to last 12 months (e.g., hypertensive vascular disease, chronic nephritis, nephrolithiasis, polycystic disease, bilateral hydronephrosis, etc.) will be found disabling if it meets one of the following criteria: Chronic hemodialysis or peritoneal dialysis necessitated by irreversible renal failure, or Kidney transplant. Consider under a disability for 12 months following surgery, or Persistent elevation of serum creatinine to 4 mg. per deciliter (100 ml.) or greater or reduction of creatinine clearance to 20 ml. per minute (29 liters/24 hours) or less, over at least 3 months, with one of the following: Renal osteodystrophy manifested by severe bone pain and appropriate radiographic abnormalities (e.g., osteitis fibrosa, marked osteoporosis, pathologic fractures); or A clinical episode of pericarditis; or Persistent motor or sensory neuropathy; or Intractable pruritus; or Persistent fluid overload syndrome resulting in diastolic hypertension (110 mm. or above) or signs of vascular congestion; or Persistent anorexia with recent weight loss with persistent weight below the level listed in the charts at the bottom of this article ; or Persistent hematocrits of 30 percent or less   Nephrotic Syndrome, with significant anasarca, persistent for at least 3 months despite prescribed therapy will be considered disabling if it meets one of the following criteria. Serum albumin of 3.0 gm. per deciliter (100 ml.) or less and proteinuria of 3.5 gm. per 24 hours or greater; or Proteinuria of 10.0 gm. per 24 hours or greater

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS EXAMES COMPLEMENTARES Exame de urina – densidade ( isostenúria), proteinúria, sedimento Proteinúria 24 horas Hemograma – Hematócrito, hemoglobina – alvo 32-36 %, 9 a 12 g/dl Uréia – Sintomas - > 100 mg/dl Creatinina - < 4 mg/dl Albumina – inferior a 3,0 g/dl Ecografia – tamanho, forma, cálculos, dilatação, obstrução

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCIA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS

SEMIOLOGIA NEFROLÓGICA EM PERÍCA MÉDICA DO INSS Obrigado. Douglas de Morais Garcez GBENIN GEX Canoas S duglas.garcez@previdencia.gov.br douglasg@via-rs.net