GRUPO 9 : FÁBIO GABRIEL JENNIFER MATHEUS VANESSA

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Transcrição da apresentação:

GRUPO 9 : FÁBIO GABRIEL JENNIFER MATHEUS VANESSA “ Ensaio sobre o homem”- Introdução a uma filosofia da cultura humana, de Ernst Cassirer. GRUPO 9 : FÁBIO GABRIEL JENNIFER MATHEUS VANESSA

- PREFÁCIO - PARTE I- O QUE É HOMEM? CAP. II - PARTE II- O HOMEM E A CULTURA; CAP. VI, CAP. IX, CAP. XII;

Prefácio * Autor explica e ilustra sua teoria: Filosofia Das Formas Simbólicas, escrita à mais de 25 anos. - Novos problemas= visto de outros ângulos deu origem ao novo livro, mais curto e que discute poucos pontos. * O novo livro se ocupa de questões psicológicas, ontológicas e epistemológicas. - Temas aparentemente divergentes que tem como base citações amplas e detalhadas das obras básicas, divididos em capítulos tais como: * Mito e religião; - Linguagem e arte; * Ciência e história;

- O autor tem como um dos objetivos tratar todos os temas como um só; * Caminhos diferentes levando ao mesmo centro, através de uma filosofia de cultura; - O livro é de interesse geral e não apenas dedicado aos estudiosos e filósofos pois trata dos problemas fundamentais da cultura; * Leitores em posição de julgamento;

Parte I- Capítulo II “A Natureza do homem : O símbolo” -Sistemática biológica de Uexkull * Uexkull – idealista/fenomenalista/empirista (exclui menções psicológicas e subjetivas) “Conhecendo a estrutura anatômica de uma espécie animal, possuímos todos os dados necessários para reconstruir seu modo especial de experiência” - O círculo funcional (sistema receptor e sistema efetuador);

Ernst Cassirer – O sistema simbólico “Será possível fazer uso do esquema proposto por Uexkull para uma descrição e caracterização do mundo humano?” - respostas humanas são claramente diferentes de meras reações orgânicas * existência de um “complicado processo de pensamento” - valor agregado da “realidade material” * homem racional X homem simbólico

- Mais importante que a “veracidade” ou não dos fatos, seria a influência dos mesmos sobre o “sujeito” * e suas experiências, determinante da sua realidade simbólica. * Símbolo como produto de toda ação e produção humana (determinado e determinante)

Parte II- Capítulo VI “A definição do homem nos termos da cultura humana” - Nesse capítulo o autor aborda o conceito de homem pensando nas suas criações: linguísticas, artísticas, religiosas, políticas e sociais.

Parte II- Capítulo XI “A ciência” - A ciência é a última etapa do desenvolvimento mental do homem, e pode ser vista como a mais alta e mais característica façanha da cultura humana.  * É a ciência que nos proporciona a garantia de um mundo constante. "Deem-me um ponto de apoio e eu moverei o universo” Arquimedes - O processo científico leva a um equilíbrio estável, a uma estabilização e consolidação do mundo de nossas percepções e pensamentos.  

- O homem vivia em um mundo objetivo muito antes de viver em um mundo científico, dotados de conceitos míticos ou linguísticos. * A ciência é a busca de simplificação e do estabelecimento de padrões lógicos capazes de apreender os fenômenos naturais. - A linguagem é a primeira tentativa do homem no sentido de articular o mundo e suas percepções sensórias. "No processo de atribuição de nomes testemunhamos a tendência inerradicável, e muito útil, de ver a parecença e expressar similitude nos fenômenos através da similitude nos nomes."

* Mas o que a ciência procura nos fenômenos é muito mais que a similitude, é a ordem. - O que é feito inconscientemente na linguagem é pretendido e metodicamente realizado no processo científico.   * Na época de Pitágoras, a filosofia grega havia descoberto uma nova linguagem, a dos números. Essa descoberta marcou o momento do nascimento da nossa moderna concepção de ciência. - Aqui encontramos os primeiros traços de ordem geral na natureza.

* Quando Pitágoras fez sua primeira grande descoberta, descobriu a dependência da altura do som em relação ao comprimento das cordas vibrantes, não foi o fato em si, mas a sua interpretação q se mostrou decisiva para a futura orientação do pensamento matemático e filosófico. - Se a beleza q sentimos pode ser reduzida a uma simples razão numérica, é o número que nos revela a estrutura fundamental da ordem cósmica. * Que esse universo fosse um novo universo de discurso, que o mundo do número fosse um mundo simbólico, era uma concepção inteiramente estranha à mente dos pensadores pitagóricos. O símbolo não só explicava o objeto, o símbolo era o objeto.

- O conjunto da teoria pitagórica do número foi subitamente posto em cheque por um fato novo. * O aparecimento dos números irracionais. - Nesse caso fica evidente q com a introdução de novas classes de números, não criamos novos objetos mas novos símbolos. * A física, por exemplo, tendeu para um único e mesmo ponto, tentou colocar os fenômenos naturais sob o controle do número. - Na física quântica o simbolismo puro do número substitui e oblitera o simbolismo da fala comum.

- Devemos referir nossas observações a um sistema de símbolos bem ordenados para poder torná-las coerentes e interpretáveis em termos de conceitos científicos.   * A epistemologia moderna não sustenta mais essa teoria pitagórica e platônica do número. não considera a matemática como estudo das coisas, visíveis ou invisíveis, mas como um estudo de relações e tipos de relações. - O que queremos expressar é que o número é um instrumento para a descoberta da natureza e da realidade. * O cientista age com base no princípio de que até nos casos mais complicados acabará conseguindo encontrar um simbolismo adequado que permita descrever suas observações em uma linguagem universal e de compreensão geral.

- Na linguagem, na religião, na arte e na ciência, o homem não pode fazer mais do que construir seu próprio universo simbólico que lhe permite entender e interpretar, articular e organizar, sintetizar e universalizar sua experiência humana.

Sumário e considerações finais - Uma filosofia da cultura parte do pressuposto de que o mundo da cultura humana não é um mero agregado de fatos dispersos e separados. Procura entender esses fatos como um sistema, como um todo orgânico...  * Mas teremos sido capazes de provar esse ponto essencial?   -Não terão todas as nossas análises individuais mostrado precisamente o contrário?  “Os homens não entendem”, disse Heráclito, “de que modo aquilo que é puxado para direções diferentes entra em acordo consigo mesmo.

* Se existe um equilíbrio na cultura humana, só pode ser descrito como dinâmico, e não estático; resulta de uma luta entre forças opostas;   -A definição do homem por Aristóteles como um “animal social” não é suficientemente abrangente...

Linguagem:Mito, Arte, Religião, Ciência * Todo aperfeiçoamento que um organismo possa obter no curso de sua vida individual fica confinado à sua própria existência, e não influencia a vida da espécie. Nem o homem é uma exceção a essa regra biológica geral... - Em todas as atividades humanas vemos uma polaridade fundamental, que pode ser descrita de várias maneiras. Podemos falar de uma tensão entre estabilização e evolução, entre uma tendência que leva as formas fixas e estáveis de vida e outra que rompe esse esquema rígido.

O homem fica dividido entre essas duas tendências, uma das quais procura preservar as formas antigas, enquanto a outra esforça-se para produzir novas formas. Há uma luta incessante entre a tradição e a inovação, entre forças reprodutivas e criativas. Esse dualismo é encontrado em todos os domínios da vida cultural;

* No mito e na religião primitiva, a tendência à estabilização é tão forte que supera totalmente o polo oposto. Esses dois fenômenos culturais parecem ser os poderes mais conservadores da vida humana. O pensamento mítico, por sua origem e princípio, é pensamento tradicional, pois o mito não tem meios de entender, explicar e interpretar a forma presente da vida humana, a não ser remetendo-a a um passado remoto. Aquilo que tem suas raízes nesse passado mítico, que tem sido desde então,e, que existiu desde tempos imemoriais, é firme e inquestionável; - Para a mente primitiva não há nada mais sagrado que a sacralidade da idade. * É a idade que confere a todas as coisas, aos objetos físicos e às instituições humanas, seu valor, sua dignidade e seu mérito moral e religioso. Para que seja possível manter essa dignidade, torna-se imperativo preservar a ordem humana na mesma ordem inalterável...  

Da premissa do mítico “Mediocribus esse poetis non di, non homines, non concessere columnae” diz Horácio em sua Ars Poetica ( “ a mediocridade dos poetas não é permitida, nem pelos Deuses, nem pelos homens, nem pelos pilares que sustentam as lojas dos livreiros”)   - Em nossas teorias estéticas, a diferença entre os poderes conservador e produtivo de que depende a obra de arte foi sempre sentida e expressada. Em todas as épocas houve sempre uma tensão e um conflito entre as teorias da imitação e da inspiração... “O gênio”, diz Kant em sua Crítica do Juízo, “é a disposição mental inata (ingenium) através da qual a natureza dá a regra à Arte”...

* A relação entre subjetividade e objetividade, individualismo e universalidade, não é de fato a mesma na obra de arte e na obra do cientista...   - Tomada como um todo, a cultura humana pode ser descrita como o processo da progressiva autolibertação do homem. A linguagem, a arte, a religião e a ciência são várias fases desse processo. Em todas elas o homem descobre e experimenta um novo poder, o poder construir mundo só dele, um mundo “ideal”.

“O dissonante está em harmonia consigo mesmo; os contrários não são mutuamente exclusivos, mas interdependentes: harmonia na contrariedade, como no caso do arco e da lira”.

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