Virtualização da Moeda

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Transcrição da apresentação:

Virtualização da Moeda 16 de Outubro de 2009

Introdução Neste trabalho iremos demonstrar a evolução da moeda como um todo, desde o início do comércio e das primeiras trocas realizadas com mercadorias até os dias atuais, onde o dinheiro em si é substituído por diversos outros meios. Para isso, passaremos brevemente pela história e “invenção” (se é que pode ser chamada assim) da moeda até chegarmos na definição do que é moeda e o que é sua virtualização. 16 de Outubro de 2009

Moeda Não se sabe precisamente qual foi o primeiro povo a aplicar a utilização de uma moeda em sua economia, mas a China mostra indícios de moedas cunhadas datadas antes do século VII a.C. As moedas apareceram de uma tentativa de organizar o comércio de produtos para substituir a troca simples de mercadorias. Durante muitos séculos a moeda possuiu um valor real, ou seja, seu valor dependia do metal ou substância de que fosse feita. Hoje, seu valor é calculado com duas variáveis: a quantidade de moeda existente e velocidade com que a moeda circula. De forma resumida, a moeda é o meio pelo qual são executadas as transações monetárias. 16 de Outubro de 2009

Virtualização da Moeda Definição: Virtualizar é a ação de transformar algo em potência ou faculdade, levando este algo para fora da realidade, fazendo que este “algo virtualizado” equivalha e faça as vezes do “algo real”. Sendo assim, podemos entender que a virtualização da moeda consiste em transformar a moeda ou o dinheiro como conhecemos (cédulas, moedas de metal) em um artifício que tenha seu mesmo valor e que substitua sua utilização. 16 de Outubro de 2009

História da Moeda Na época do descobrimento do Brasil, a “moeda” que utilizavam era o Pau-Brasil, que era trocado com os índios por espelhos, facas e outros utensílios domésticos... Durante a colonização, as moedas portuguesas entraram em circulação, e logo, com a invasão de outros países, outras moedas chegaram no território brasileiro. Mesmo com muitas moedas, elas não atendiam todas as necessidades da Colônia. E ainda no século XIX, grande parte das negociações ainda era feita com a troca de produtos como algodão, açúcar, fumo e aguardente. 16 de Outubro de 2009

História da Moeda Como se sabe, a moeda nem sempre existiu, e a maneira de se obter bens, era através da troca direta, ou seja, escambo. Ou seja, para se obter um bem de necessidade ou de desejo, um sujeito deve trocar um bem que possui pelo bem que deseja. Mas havia um problema, nem sempre o dono do bem que se quer, deseja a mercadoria que se tem disponível, mas ela é útil para um terceiro. Assim, para haver um acordo, seria necessário uma Coincidência de Desejos, o que nem sempre acontecia. 16 de Outubro de 2009

Tipos de Moedas Moeda Mercadoria - Consiste em definir um bem como intermediário numa troca de mercadorias, como é conhecido o Sal, a Farinha, etc... Moeda Metálica – A Moeda Mercadoria teve de ser substituída pois muitos bens eram produtos perecíveis e difíceis de se dividir. Surgiu então a Moeda Metálica. Moeda Papel – A Moeda Metálica teve outro problema. Em algumas trocas, era exigido uma grande quantidade de moeda, o que podia resultar em assaltos. Apareceram então as casas de custódia, que guardavam as moedas e devolviam certificados aos “depositantes”. 16 de Outubro de 2009

Tipos de Moedas Moeda Fiduciária - é um tipo de moeda que circula na confiança dos bancos (fidúcia = confiança), é conversível em metal, ouro por exemplo, por um valor parcial ao total do metal. Moeda Escritural - é o nome que se dá ao uso dos depósitos bancários usados como meio de pagamento. Moeda Virtual – é a moeda que é fundamentalmente escritural e, atualmente, existe e é trocada em formato digital. 16 de Outubro de 2009

Causas, Efeitos e Impactos na Economia Real Pierre Lévy insiste em dizer: “o virtual não está contraposto ao real”, ou seja, dizer que a moeda é virtual não é necessariamente dizer que ela não exista. Na verdade, ela deve existir, de fato. O papel moeda é a virtualização da moeda de metal e atualmente, o dinheiro representa uma parte bem pequena dos meios de pagamento que usamos. A moeda é fundamentalmente escritural e, atualmente, existe e é trocada em formato digital. 16 de Outubro de 2009

Causas, Efeitos e Impactos na Economia Real Com o grande avanço da tecnologia, o capital cresceu bastante com a virtualização. Boa parte da riqueza foi gerada como promessa de pagamento futuro. Mas o pagamento não ocorreu, os compradores não apareceram, e os que apareceram, não concordaram em pagar. Assim, as pessoas redescobrem que o que denominamos riqueza são contratos, virtualização de acordos e de compromissos sobre trabalho, serviços e produtos, materiais e imateriais. Muitos desses contratos são realizados no Mercado de Futuros e nada mais são do que apostas em algo que pode ou não acontecer. 16 de Outubro de 2009

Causas, Efeitos e Impactos na Economia Real Como não existe capitalismo sem crédito, é difícil pensar um capitalismo não-virtual, pois ele é insustentável sem instigar o consumo crescente, o que exige um sistema de crédito permanente, seja para produzir, seja para adquirir. Edward Castronova, professor de telecomunicações da Universidade Indiana Bloomington, diz acreditar que as moedas virtuais podem representar um perigo real às economias mundiais. "Conforme as moedas virtuais ganham mais e mais poder de compra, o controle sobre seu fornecimento sai das mãos do banco central e passa para os desenvolvedores de jogos". 16 de Outubro de 2009

Virtualização Empresas de diferentes setores têm enxergado nas moedas virtuais uma ferramenta de marketing de relacionamento eficaz para o incentivo e a fidelização de clientes, que acaba funcionando como elemento de diferenciação entre companhias concorrentes. Com os programas, os internautas acumulam moedas virtuais, chamadas de dotz ou bits, por meio de compras via Internet, utilização de serviços ou respondendo pesquisas de avaliações de lojas virtuais. Posteriormente, o valor acumulado pode ser trocado por produtos ou serviços. 16 de Outubro de 2009

Exemplos de Moedas Virtuais Além dos exemplos que já citamos, de instituições bancárias à jogos eletrônicos, há uma infinidade de moedas virtuais. Além disso, existem sites especializados na troca de dinheiro virtual por dinheiro real, como uma casa de câmbio. Alguns exemplos Nas páginas a seguir: 16 de Outubro de 2009

Exemplos de Moedas Virtuais No PartyPoker, você pode escolher entre jogos de apostas a dinheiro virtual, onde você pode jogar gratuitamente, ou jogos apostados com dinheiro real, onde você pode realmente ganhar uma grana. 16 de Outubro de 2009

Exemplos de Moedas Virtuais Nele você poderá trocar, vender e comprar moedas virtuais. Eles trabalham com as seguintes moedas virtuais: e-gold, PayPal, AlertPay, Liberty Reserve, c-gold, Webmoney e Perfect Money. 16 de Outubro de 2009

Conclusão Cheques, cartões de crédito, internet banking, pontos em sites de jogos e em sites de compras, são formas de virtualizar a moeda e transferir seu valor para um outro artifício. Além de deixar a transação e o porte da riqueza mais seguros, a virtualização indiscutivelmente torna o gerenciamento da riqueza mais fácil e confortável. Exemplificando, é muito melhor ter R$10.000 em sua conta corrente e utilizar-se do cartão de débito ou de cheques do que armazenar os 10 mil na carteira. Obviamente é necessário um cuidado muito grande para que a economia não infle e a “bolha não exploda”, já que uma quantidade muito grande de dinheiro virtual pode trazer malefícios para a economia real, caso que pudemos comprovar na crise financeira mais atual. 16 de Outubro de 2009

LÉVY, Pierre; Livro “O que é o Virtual?”, de 2001. Referências LÉVY, Pierre; Livro “O que é o Virtual?”, de 2001. PITCHU, Carlos; Em entrevista à Folha, de agosto de 2008. SILVEIRA, Sérgio Amadeu; Em artigos sobre a crise econômica, de outubro de 2008. KURZ, Robert; “Die Virtualisierung der Ökonomie”, traduzido por José Marcos Macedo, de 1999. GOUVEIA, L; “Apontamentos de Economia Virtual”, de 2001. BORGES, Luís Manoel; Em sua tese de doutorado “Economia Virtual com a crescente utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação para a mediação do negócio”, de 2002. e-BIT - Comércio Eletrônico; www.ebitempresa.com.br 16 de Outubro de 2009

Grupo Gabriel Nóvoa Orlando Fontoura Rubens Pereira 16 de Outubro de 2009