PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO A IDADE ESCOLAR

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Transcrição da apresentação:

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO A IDADE ESCOLAR CAISM Psiquiatria Infantil

A CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR 7 a 11/12 anos Período de relativa “acalmia”. Sucede uma “crise” e antecede outra... A crise dos sete anos: segundo passo para a autonomia O primeiro: descoberta do “eu familiar”; agora: o “eu social”. E no terceiro passo para a autonomia: crise de posição e emancipação social. Após a crise – período difícil, lutas, instabilidades, oposições, inquietação... E decepção: ‘descobriu que os pais não são perfeitos, onipotentes e oniscientes’... avanço, novas necessidades, descoberta do ‘desconhecido’ com ampliação do seu mundo.

A CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR 7 a 11/12 anos Impulsionado pelo desejo de crescer e pela identificação com os pais identidade: “já é um homenzinho” autoconfiança: “tem personalidade” Argumentador: diferente em casa e na escola

Piaget - operações concretas ou lógicas: Pensamento Piaget - operações concretas ou lógicas: PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO Do pensamento lógico para o mágico; da fantasia para o mundo REAL. Emergência das capacidades cognitivas básicas para elaborar futuro raciocínio abstrato. Raciocínio: curioso em saber como se monta e como se constrói;

Piaget - operações concretas ou lógicas: Pensamento Piaget - operações concretas ou lógicas: PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO A representação do mundo ultrapassa a própria percepção; noção de partes que compõe um todo admite transmutação e conservação da substância, ‘permanência’; a representação mental adquire movimento; o objeto observado é comparado com outros ou com ele mesmo em outras situações e é transformado mentalmente;

Piaget - operações concretas ou lógicas: Pensamento Piaget - operações concretas ou lógicas: PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO Capacidade de: classificação: agrupar idéias, objetos, conceitos; composição e combinação: duas séries podem ser associadas e formar uma 3ª série; associação: combinação de diferentes ordens não muda o resultado; reversibilidade: capacidade de voltar ao ponto inicial de um processo; adquire noção de duração de tempo, velocidade, volume, peso, massa

Piaget - operações concretas ou lógicas: Pensamento Piaget - operações concretas ou lógicas: PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO Noção de causalidade; não mais explicações animistas. Faculdades lógicas: se...então, já que...; silogismos; Coordenação das relações: não apenas justaposição dos fatos ou mesmo sucessão (por ex.: transposição de líquido de um para outro frasco diferente...) Necessita estar apoiado em objetos concretos (presentes ou experimentados anteriormente)

Pensamento Piaget - operações concretas ou lógicas: PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO O mundo passa a ser ordenado e previsível; As ações e os resultados podem ser realizados mentalmente, pode-se retornar ao ponto de partida e integrar essa operação a outras operações mentais (contar, resolver problemas, pensar o que o outro pensa, e refazer o próprio pensamento). Capaz de argumentar e exigir respostas lógicas e coerentes

O despertar tardio da inibição voluntária Início da capacidade de concentração por períodos maiores (mas não ainda por uma hora!) Ainda é difícil o domínio pleno dos impulsos motores... “mais de quatro horas por dia, não conseguia ficar parado! (pelo menos até início da adolescência)

Os primeiros passos na vida social Normal X conflitos E. Erikson: capacidade X inferioridade Vida social normal = fator de expansão: a sociabilidade é o fator marcante desse período, com a maturação cognitiva. Jogos coletivos, regras simples para mais complexas; transição da regra obrigatória para a regra desejada e aceita: aquisição da autonomia, com liberdade de escolha. Em princípio integração sem choques na coletividade, mas: Conflitos familiares e escolares: inibição reflexa, fuga ‘física’ ou ‘intelectual’ (mundo da lua, fracasso escolar) ou ‘afetiva’ (isolamento)

Social – Moral A escola é o centro organizador da vida; o professor adquire importância Os pais não podem participar das brincadeiras; quer ficar sozinho. O centro de interesses se desloca dos pais para a escola e os amigos. (Parte do relacionamento com os pais permanece como modelo e limite nas situações de dúvida e insegurança)

Social – Moral Interessado em - meninos: jogos, construções, coleções, esportes - meninas: moda, boneca, coleções, conversas Brinca com outras crianças; Competição e comparação com os amigos; ‘amigo do peito’, ‘melhor amigo’ Formam grupos por sexo, interesses, competências; obediência à lei do grupo. Sensíveis à críticas e derrotas colocam-se no lugar do outro. Gostam de regras, têm noção de certo e errado, mentira e verdade A obediência antes era por amor e por medo de perder; agora pode ser por compreensão e acordos

Afetividade e senso moral S. Freud: Fase de Latência Já ocorreu ou está por findar, a resolução do complexo de Édipo Processo atual: maturação do superego, aperfeiçoamento das funções egóicas. ‘Eclipse parcial’ da afetividade e da imaginação; “moratória” psicossexual Sublimação dos impulsos e desejos sexuais: investimento nos estudos, nos esportes, nos relacionamentos sociais

Afetividade e senso moral Identificação com o pai e abandono da mãe; por algum tempo precisa desrespeitar e desvalorizar a figura feminina; O interesse sexual existe porém aparece secretamente, é sentido como proibido, vergonhoso, sujo (piadas e gozações)

FINAL DA IDADE ESCOLAR Regras sentimentos de justiça e lealdade Pais deixam de ser perfeitos Pensamento abstrato