Programa de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular

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Transcrição da apresentação:

Programa de Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular ESTENOSE AÓRTICA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Ricardo Adala Benfatti

INTRODUÇÃO. ESTENOSE AÓRTICA Orifício valvar; 2,5 a 3,5 cm2. Estenose aórtica severa: 0,5 cm2. Estenose aórtica moderada: 1 a 1,5 cm2. Estenose aórtica discreta: maior que 1,5 cm2.

2. ETIOLOGIA ESTENOSE AÓRTICA Congênita. Degenerativa. Reumática. Mais comuns em jovens com lesão valvar única. Valva aórtica bicúspide. Pequena porcentagem apresentam estenose severa ao nascer com necessidade de cirurgia.

2. ETIOLOGIA. ESTENOSE AÓRTICA 2.2. Degenerativa. Com lesão isolada, mais freqüente acometendo idosos (HAS e DM). Fibrocalcificação da valva aórtica – estenose. 2.3. Reumática. - No Brasil, etiologia mais freqüente .

3. FISIOPATOLOGIA. ESTENOSE AÓRTICA Estenose – aumento da força de contração - hipertrofia do VE – elevação da pressão diastólica do VE – elevação da pressão AE – hipertensão venocapilar pulmonar. Maior trabalho - maior fluxo coronariano – desproporcionalidade – isquemia miocárdica – angina – disfunção VE – queda FE - IC. Diminuição débito cardíaco – hipofluxo cerebral .

4. Sintomatologia. Dispnéia Angina Tontura Síncope Morte súbita ESTENOSE AÓRTICA 4. Sintomatologia. Dispnéia Angina Tontura Síncope Morte súbita

5. Diagnóstico 5.1. Exame Físico: ESTENOSE AÓRTICA Ictus desviado para esquerda, baixo e extensão aumentada. Sopro sistólico rude em crescente – decrescente (forma diamante), localizado no foco aórtico, manúbrio e fúrcula, com irradiação em forma de ampulheta para foco mitral. Abertura da válvula aórtica com alta pressão - clique protossistólico em foco mitral. Calcificações – A2 abafado, sopro diastólico curto. (válvula incompletamente fechada).

5. Diagnóstico 5.2. ECG: ESTENOSE AÓRTICA Sinais de sobrecarga ventricular esquerda. Alterações de segmento ST. Bloqueio de ramo esquerdo.

5. Diagnóstico 5.3. Radiografia de tórax: ESTENOSE AÓRTICA Aorta ascendente ectasiada. Calcificação valvar aórtica. - Área cardíaca normal - Cardiomegalia. Crescimento de AE. Congestão pulmonar.

5. Diagnóstico 5.4. Ecocardiograma: ESTENOSE AÓRTICA Identificação da estenose, com diagnóstico diferencial do nível da obstrução. Quantificação do grau de estenose ao Doppler. Medir gradiente pressórico VE-aorta. Verificar o tamanho do VE. Fração de ejeção. Porcentagem de encurtamento (ΔD%). Determinação da etiologia da estenose. Definição de outras lesões valvares.

5. Diagnóstico 5.5. Estudo hemodinâmico. ESTENOSE AÓRTICA Verificação do gradiente pressórico VE – aorta. Pressão diastólica do VE (Pd1 e Pd2). Ventriculografia. Estudo das coronárias. Estenose aórtica discreta: gradiente de 35 mmHg. Estenose aórtica severa: gradiente 80 mmHg.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Fisiopatologia. Aumento da pré-carga – refluxo de sangue da aorta – VE. Aumento da pós-carga – aumento da impedância aórtica. Sobrecarga de volume e pressão (dilatação e hipertrofia). Alterações estruturais protéicas do VE – adição em paralelos de novos sarcômeros – hipertrofia excêntrica (proporcionalidade: muscular, vascular e intersticial).

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Fisiopatologia. Muscular: acentuação do diâmetro dos miócitos e síntese de miosina. Vascular: aumento da superfície e da luz dos vasos. Intersticial: aumento de colágeno tipo I e III. Preservação da função sistólica e relação volume -massa.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Diagnóstico: 1.1. Exame físico: Sinais arteriais periféricos: Pulso de Corrigan: martelo d’água. Sinal de Musset: oscilações da cabeça p/ baixo e frente. Sinal de Minervini: pulsação na base da língua. Pistol shot: sensação de choque à ausculta de certas artérias. Sinal de Duroziez: duplo sopro auscultatório à compressão da femoral. Sinal de Traube: ausculta na artéria femoral de um primeiro ruído tipo pré-sistólico e um segundo ruído correspondente à 2ª bulha. Sinal de Hill: PA nas poplíteas > que braquiais.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Diagnóstico: 1.1. Exame físico: Pressão sistólica elevada e diastólica baixa. Ictus hiperdinâmico e impulsivo deslocado para baixo e esquerda. Sopro diastólico inicia-se na protodiástole, alta freqüência, caráter aspirativo decrescente, mais audível 3º EIE (FAoAc). Sopro de Austin Flint – IAo grave – vibrações da valva mitral - sopro mesodiastólico de baixa freqüência.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Diagnóstico: 1.2. Eletrocardiograma: Sobrecarga ventricular esquerda. Desvio do eixo QRS p/ esquerda. Alterações ST. 1.3. Radiografia de Tórax. Cardiomegalia – VE. Dilatação aórtica. Aumento de AE.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Diagnóstico: 1.4. Ecocardiograma. Avaliação e rastreamento da função do VE – diâmetros ventriculares, fração de encurtamento, relação massa-volume ventricular, cálculo do estresse sistólico. Doppler: método de escolha.

INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Diagnóstico: 1.5. Tomografia computadorizada. Estudo da aorta ascendente. Sensibilidade em torno de 90%. 1.6. Estudo hemodinâmico. Coronariografia. Aortografia.