Fimca – Curso de Farmácia

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Transcrição da apresentação:

Fimca – Curso de Farmácia VÍRUS HEPATOTRÓPICOS Prof.Msc. Alcione O dos Santos

Hepatite Pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), Doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas).

Hepatite Crônica Reação inflamatória do fígado. As principais causas de Hepatites virais crônica são: Hepatite B Hepatite B + Hepatite D Hepatite C

HEPATITE B

Histórico da hepatite B 1947- hepatite de transmissão parenteral 1965- antígeno no soro de um aborígine australiano (Baruch Blunberg) 1968- recebendo o mesmo o nome de antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) 1970-visualizada pela primeira vez (partícula de Dane) 1988-foi identificada a sequência completa de nucleotídeos do genoma do HBV. O termo hepatite B foi introduzido em 1947 para definir a hepatite de transmissão parenteral, hepatites soro-homóloga, hepatite sérica e hepatite de longo período de incubação (Maccallum, 1946). Em 1964, um geneticista americano chamado Baruch Blumberg e colaboradores, estudando anticorpos contra lipoproteínas séricas em pacientes que tinham recebido transfusão de sangue, ou seja, com objetivos completamente diferentes dos objetivos iniciais e achados finais da pesquisa, identificaram no soro pertencente a um aborígine australiano a presença de um antígeno que reagia como o soro de dois doentes hemofílicos politransfundidos. O referido antígeno descoberto foi denominado pelos autores como Antígeno Austrália (AgAu), em razão da origem da amostra do paciente e publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) em 1965, com o título “A New antigen in Leukemia sera” (Blumberg et al., 1965; Fonseca, 2006). A associação desse antígeno com a hepatite B foi feita em 1968, recebendo o mesmo o nome de antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) (Prince et al., 1968), nome que perdura até hoje

Epidemiologia

AGENTE ETIOLÓGICO Gênero: Orthohepadnavirus Família: Hepadnaviridae Possui como material genético DNA circular de fita dupla (incompleta). A fita incompleta é de polaridade positiva. Já a fita completa é de polaridade negativa, sendo complementar ao RNA mensageiro.

GENOMA VIRAL

VARIABILIDADE GENÉTICA -Variabilidade de 8% no genoma - De 4% na região S -8 genótipos A-H -Subgenótipos -os genótipos do HBV ainda não são utilizados na rotina clínica

DISTRIBUIÇÃO GENOTÍPICA F E H

GENÓTIPOS DO HBV EM RONDÔNIA

Genótipos no Brasil Genótipo A Genótipo B Genótipo C Genótipo D Genótipo F Sitnik et al (2004); Rezende et al (2005); Lyra et al. (2004); Conde et al. (2004) Bertolini et al (2009)

CICLO REPLICATIVO 100 vezes + infectante que o HIV e 10 vezes + que o HCV

Montagem e desabrochar Produção do HBsAg: independente da replicação VHB - Replicação Exportação Entrada do vírus “Uncoating” Montagem e desabrochar ER HBsAg Importação nuclear Slide 16 - part 4 Transcrição 5’ 3’ 2.4/2.1 kb RNA 5’ 3’ Translação 3.5 kb RNA Encapsidação Produção do HBsAg: independente da replicação

TRANSMISSÃO Parenteral Sexual Vertical Horizontal Principais Concentração baixa Sangue Sêmen Fluído vaginal Urina Fezes Suor Lágrimas Leite materno Saliva Parenteral Sexual Vertical Horizontal

Hepatite B aguda (Fonte: Brasil, Ministério da Saúde. 2012.)

Hepatite B crônica (Fonte: Brasil, Ministério da Saúde. 2008.)

Hepatite B oculta Alguns autores classificam a OBI como infecção causada por vírus mutante derivado do vírus da hepatite B (HBV) nos quais não se consegue detectar o HBsAg (Shafritz, Lieberman et al., 1982; Pinho, 2005). Em 2008 especialistas internacionais redefiniram a infecção oculta pelo HBV como a presença de HBV DNA no fígado (com ou sem HBV DNA detectável no soro) em indivíduos com testes para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg) negativo e geralmente com carga viral muito baixa Gerlich Virology Journal 2013, 10:239 Presença de HBV DNA no fígado em indivíduos com testes para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg) negativo e geralmente com carga viral muito baixa.

Icterícia. Pele e olhos amarelados por deposição de bilirrubina.

DIAGNÓSTICO Marcadores bioquimicos da lesão necro-inflamatória e da função hepatica: - Testes de função hepatica AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase), antigamente chamada de TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e TGP (transaminase glutâmica pirúvica), respectivamente. - Biópsia hepática Avaliar a necessidade da terapia antiviral, servir como base para a avaliação da progressão da doença em biópsias futuras, ajudando nas decisões terapêuticas, e excluir a presença de cirrose A dosagem de aminotransferases (ALT e AST) deve ser realizada para orientação do seguimento e para decisão terapêutica. Porém esses testes de função hepática, apesar de serem indicadores sensíveis do dano do parênquima hepático, não são específicos para hepatite B. Conduto ocorre uma elevação, geralmente acima de 10 vezes o limite superior da normalidade, habitualmente com predomínio da ALT sobre AST

DNA VHB: presença do VHB DIAGNÓSTICO Sorologia Antígenos: HBsAg: presença do VHB HBcAg HBeAg: replicação viral Anticorpos: anti-HBs: cura anti-HBc: contato - VHB anti-Hbe:  replicação Biologia molecular DNA VHB: presença do VHB

PROFILAXIA

OBJETIVOS DO TRATAMENTO Diminuir ou cessar a replicação viral Induzir: portador inativo (Perda do AgHBe / seroconversão anti-HBe) Erradicar a infecção. Clareamento do DNA –VHB Perda do AgHBs Normalizar as enzimas e a histologia Diminuir inflamação e fibrose Evitar a integração do HBV-DNA

Portaria 2.561/GM de 28 de outubro de 2009 MS Fármaco Ano de aprovação Interferon-alfa 1992 Interferon- alfa peguilado 2005 Lamivudina Tenofovir 2008 Entecavir Adefovir 2002