TRANSTORNOS PSICÓTICOS EM EMERGÊNCIA

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Transcrição da apresentação:

TRANSTORNOS PSICÓTICOS EM EMERGÊNCIA

São transtornos caracterizados pela pela presença de sintomas psicóticos que produzem um disturbio da percepção da realidade( esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo,esquizofreniforme,delirante ou paranoide). Estão compreendidos, no CID10 entre F 20 e F 29 Prevalência de cerca de 0,8% anual no Brasil, sendo responsável por cerca de 45% das internações psiquiátricas. O quadro mais grave é a esquizofrenia, diagnóstico com evolucao desfavorável , com períodos de piora e com frequência irão a serviços de emergência.

DIAGNÓSTICO Diagnóstico sindrômico , muitas vezes , é de maior utilidade. Muitas vezes a pressa em estabelecer diagnóstico pode ser prejudicial, ter cautela é importante principalmente quando o paciente não possui história de quadro psicótico anterior ou quando os dados da história pregressa sao imprecisos.

ESQUIZOFRENIA Pode ser diagnosticada quando o paciente apresenta por um período mínimo de 1 mês, delírios e alucinações e, pelo menos 1 dos seguintes sintomas: a) eco,inserção,bloqueio ou irradiação do pensamento. b)delírios de controle ,influencias ou passividade, claramente relacionados ao movimento do corpo, membros ou pensamentos, ações ou sensações específicas, percepção delirante. c)vozes alucinatórias comentando o comportamento do paciente ou discutindo entre elas sobre o paciente ou outros tipos de vozes alucinatórias vindo de alguma parte do corpo. d)delírios persistentes de qualquer modalidade, quando são culturalmente inapropriados e completamente impossíveis, tais como identidade política ou religiosa ou poderes e capacidades sobre-humanas. Ou pelo menos 2 dos seguintes sintomas: e) alucinações percistentes de qualquer modalidade, quando acompanhadas por delírios superficiais ou parciais,sem claro conteudo afetivo, ou por idéias sobrevalorizadas persistentes, ou quando ocorrem todos os dias durante semanas ou meses continuamente.

f) intercepções ou interpolações no curso do pensamento resultando em discurso incoerente ,irrelevante ou neologismos. g)comportamento catatonico, negativismo,mutismo e estupor. h)sintomas “ negativos”. i) uma alteração significativa e consistente na qualidade global de alguns aspectos do comportamento pessoal e social.

FATORES DE RISCO PARA QUADROS PSICÓTICOS Dificuldades de ajustamento social Adolescência e adultos jovens História familiar de transtorno psicótico Personalidade vulnerável( esquizotípica ou esquizóide) TCE prévio QI baixo História de complicações obstétricas Eventos de vida estressante Abuso de drogas Alterações funcionais e subjetivas na pessoa

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Transtornos mentais organicos: - demencia vascular ou na doenca de Alzneimer -intoxicação por drogas não psicotropicas( propanolol,anti-hipertensivos) -doenças endocrinas( p.ex.Cushing, hiper ou hipotireoidismo) -transtornos metabólicos( p.ex. Hipoglicemia) -doencas tropicais e infecciosas(p.ex. Tripanossomíase) -tce, lupus, encefalite, etc. Transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas Transtornos de humor: -mania com sintomas psicóticos - depressão com sintomas psicóticos Transtorno de personalidade: - paranóide - borderline

MANEJO Diferenciação na abordagem do paciente no primeiro surto , monitoramento de pessoas que estejam apresentando sintomas prodrômicos, para evitar intervenções tardias. Aspectos que devem ser considerados na decisão de admitir o paciente no pronto-socorro: 1) risco de hetero ou auto-agressividade 2) comportamento desorganizado ou inadequado 3) incapacidade de cuidados básicos como alimentação, abrigo e vestuário 4) existência de comorbidades 5) rede de apoio 6) disponibilidade de tempo da rede de apoio 7)orientação da rede de apoio com relação ao transtorno 8) impossibilidade ambulatorial de estabilizar medicação ou obter diagnóstico mais preciso

MEDICAÇÕES Alivio dos sintomas. Antipsicóticos típicos ou atípicos. Pacientes que necessitem de observação ( haloperidol-5mg e prometazina-50mg Im) Na literatura doses de ate 45mg em 24hs podem ser administradas, também a administração de 5mg, de 30 em 30min, até o controle dos sintomas ou ate a dose de 30mg. Benzodiazepínicos podem ser utilizados se necessário. Paciente deve ficar monitorado e, passada a agitação, a medicação pode passar para V.O. e o paciente poderá ser liberado para casa.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A MEDICAÇÃO PARA PACIENTES QUE FAZEM TRATAMENTO EM CASA: -Pacientes que nunca receberam medicações antipsicóticas devem iniciar com doses mais baixas, que podem ser tão eficazes quanto as doses iniciais, e pela incidência menor de efeitos colaterais aumenta a aderência. - A utilização de anticolinérgicos , nas primeiras semanas de tratamento, principalmente se os pacientes estão recebendo doses diárias superiores correspondente a 2mg de Haloperidol.Biperideno 2mg VO pela manhã ou prometazina 25mg à noite. Doses de Haloperidol costumam variar de 5 a 15mg VO ao dia, Risperidona a dose efetiva varia de 4 a 8 mgVO ao dia. - Não existe comprovação de que o uso de superdosagens ou polifarmácia sejam justificáveis. - A utilização de benzodiazepínicos pode ser útil para produzir sedação para descanso do paciente, principalmente nas primeiras semanas. Clonazepam 2mg ou correspondentes. - Fornecer oralmente e por escrito as orientações sobre a medicação e possíveis efeitos colaterais . Orientar o retorno ao OS em caso de piora.

MEDICAÇÃO DEPOT NO PONTO-SOCORRO: Devem ser evitados em virtude da demora na estabilização do quadro. Pacientes com deficit cognitivo e não aderidos ao serviço, correm o risco de serem repetidamente medicados. Tal medida não produz melhora imediata, e pode evoluir com sintomas extrapiramidais com o decorrer do tempo.