Agosto 2009 Farmacotécnica Especial.

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Transcrição da apresentação:

Agosto 2009 Farmacotécnica Especial

Dra. Valéria Maria de Souza Formada pelas Faculdades de Ciências Farmacêuticas Oswaldo Cruz Pós-graduada em Homeopatia pela Universidade de São Paulo (USP) Pós–Graduada em Acupuntura pelo CBES. Especialista em Manipulação Magistral pela Anfarmag Autora do livro Ativos Dermatológicos I,II,III,IV e V Ministrante dos cursos de Farmácia de Manipulação Básico,avançado e prático no Centro de Treinamento e Estudos da Botika .

Dra. Valéria Maria de Souza Integrante da comissão científica da Vitória Científica- Espírito Santo. Docente no Curso de Especialização em Farmácia Magistral no CBES em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. Docente de Fitocosméticos no Curso de Pós- graduação em Fitoterapia Funcional na VP Ensino e Pesquisa.

Dra. Valéria Maria de Souza Formada pela Universidade Ibero- Americana em tradutores e Intérpretes e Bacharel pela Faculdade de Letras e Ciências Humanas Habilitação inglês e Português. Especialista em Literatura Britânica e Norte Americana pela Brighton University. Sussex.

www.ativosdermatologicos.com.br valeriaeisabela@hotmail.com.br

Ementa Farmacotécnica aplicada à farmácia magistral, manipulação de formas farmacêuticas sólidas, líquidas e semi- sólidas, estabilidade e conservação de medicamentos. Farmacotécnica e suas interações com outras disciplinas, análise crítica de uma prescrição de medicamentos, formulações e excipientes na concepção dos medicamentos, incompatibilidades, RDC 67/2007.

Os recursos utilizados serão: Aulas expositivas dialogadas que incluem conceitos e fundamentos envolvidos nas preparações magistrais, cálculos e conversões envolvidos na utilização dos diferentes insumos farmacêuticos. Aulas práticas que incluem leitura e interpretação de receita médica, estudo crítico de formulações, apresentação de operações farmacêuticas envolvidas na manipulação de preparações magistrais. Grupos de estudos. Visitas técnicas em estabelecimentos farmacêuticos. Recursos áudio-visuais utilizados: aparelho de DVD e projetor multimídia.

Objetivos Gerais: Fornecer ao aluno os fundamentos teóricos e práticos para o desenvolvimento, preparo, conservação, dispensação e administração de formas farmacêuticas. Específicos: capacitar o aluno à manipular e dispensar medicamentos, com habilidades que envolvam conhecimento teórico e prático das formas farmacêuticas líquidas, sólidas e semissólida.

Plano de Ensino 1º aula: Apresentação da disciplina, critérios de avaliação, combinados, tópicos a serem abordados, bibliografia. Legislação ANVISA VIGENTE e códigos Oficiais. 2º aula: Estabilidade e Conservação de medicamentos.Conceitos, noções gerais sobre tipos de estabilidade, prazo de validade e especificações para limite de substância principal e produtos de degradação.

Plano de Ensino Principais fatores de degradação. Fatores que influenciam a estabilidade. 3ºaula: Meios de evitar ou controlar degradação (aspectos de formulação e estabilizantes, processos produtivos, materiais de acondicionamento e armazenagem) 4º aula: Soluções de administração oral: características, importância, componentes, técnica de preparo, estabilidade e acondicionamento.

Plano de Ensino 5ºaula: Cálculos Farmacotécnicos: Aula teórico-prática: estudo crítico e elaboração de xarope simples e de iodeto de K. 6º aula: Emulsões: características gerais, importância, componentes, equilíbrio hidrofílo-lipófilo, emulsificantes, preparação e estabilidade física.

Plano de Ensino 7º aula: equilíbrio hidrofílo-lipófilo, emulsificantes, preparação e estabilidade física. 8º aula: teórico-prática Estudo crítico e elaboração de emulsão escabicida, gel redutor criogênico e gel de hidróxido de alumínio. 9º aula: AVALIAÇÃO NP1

Plano de Ensino 10º aula: Suspensões: características gerais, importância, componentes, agentes suspensores e estabilidade física. 11º aula: Revisão NP1 12º aula: teórico-prática: estudo crítico e elaboração de pasta de zinco, pomada branca, pomada de óxido de zinco. 13ºaula: teórico-prática: estudo crítico e elaboração pomada idodada e pomada de nitrofurazona.

Plano de Ensino 14º aula: teórico-prática: talco antisséptico, granulado de gluconato de cálcio. 15º aula: Colírios: características gerais, importância, componentes. Acondicionamento. Requisitos: esterilidade, Ph e tonicidade 16º teórico-prática: cápsulas de cáscara sagrada, supositórios de glicerina, óvulos de glicerina e gelatina.

Plano de Ensino 17º aula: avaliação NP2 18º AULA: PROVA SUBSTITUTIVA 19º aula: Revisão NP2 20º aula: exame

Critérios de avaliação NP1 NP2 Institucional Frequência mínima: 75% Prova dissertativa e algumas questões de escolha.

Combinados Atrasos na entrada: Aceito os 10 primeiros minutos do início da aula teórica. Na aula prática: não há atrasos. Não usar “branquinho”. Não usar celular em aula ou provas. Saída das provas: somente após 1h e 30 minutos do início da prova. Revisão da prova: chamando de 5 em 5 alunos na mesa do professor.

Aulas Práticas Só será permitida o acesso do aluno ao laboratório quando o mesmo estiver devidamente paramentado: Avental, máscara e touca. Fazer desinfecção das bancadas e balanças com álcool 70% e papel toalha. OBS: ANTES DE APÓS O TÉRMINO DA MANIPULAÇÃO. Verificar se a vidraria se encontra limpa.

Aulas Práticas Se houver quebra de vidrarias, tal fato deve ser informado à técnica do laboratório ou ao professor responsável. Balanças devem ser cuidadosamente utilizadas, portanto, ao final de cada pesagem verifique se a balança está limpa e tome as devidas providências para deixá-la adequada ao próximo usuário.

Aulas Práticas Nunca deixar frascos de matérias-primas e solventes destampados. Após pesagem ou medida de volume, devolvê-los rapidamente ao local inicial para que outros alunos possam também utilizar.

Aulas Práticas Toda vidraria utilizada deve ser lavada e guardada seca pelo aluno. Ao final de cada aula prática, os alunos deverão apresentar suas preparações ao professor e só então, será creditada presença na aula.

Combinados: Proibido o uso de celular em laboratório. Proibido comer no laboratório. Evitar conversas paralelas que atrapalham a explicação. Comportamento em laboratório conta nota. Observe as normas de segurança do laboratório quanto à utilização de ácidos , inflamáveis, voláteis e fogo.

Todas as aulas: Os estudantes responderão 1 ou 2 questões sobre a aula do dia (teórica). Colocar nome,turma e data. Mínimo 15 linhas. Português será corrigido: erro vale 0,01. Letra: atenção e cuidado ao escrever. Será desconsiderada as questões de prova ou não, onde não se consiga ler o que está escrito. Letra mostra respeito ao leitor!

Todas as aulas: Procurar artigos que falem sobre saúde, medicamentos e trazer em sala de aula. Alguns serão selecionados para serem comentados no início da aula. Vale ponto por participação.

Seminários: Em grupo. O grupo deverá apontar como cada colega participou do trabalho. Serão distribuídos temas. Qual a intenção: Respeito ao grupo e para o grupo. Falar em público. Debater idéias. Semear pesquisa.

Seminários: Ampliar assuntos. Ajuda a sistematizar conteúdos: estudo.

Cursos, seminários, palestras... Mesmo que sejam de outros temas... Realizados no período do segundo semestre de 2009... Valem conceito!! Traga o certificado. Palavras de ordem: Respeito Motivação Interesse.

BIBLIOGRAFIA 1 – ALLEN Jr., L.V., POPOVICH, N.G., ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 776p (ISBN 978-85-363-0760-2). 2 - ANSEL, H.C., PRINCE, S.S. Manual de cálculos farmacêuticos. Porto Alegre: Artmed, 2005. 300p. (ISBN: 85-363-0525-8). 3 – THOMPSON, J.E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2006. 576p COMPLEMENTAR 1 - ANSEL, H.C., POPOVICH, N.G., ALLEN, L.V. Farmacotécnica. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. São Paulo: Premier, 2000. 2. ANSEL, H.C. & POPOVICH, N.G. Pharmaceutical dosage forms and drug delivery systems. 6 ª ed., Philadelphia: Lea & Febiger, 1995. 3 - AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 678p. (ISBN: 85-363-0152-x) 4 - CHARPENTIER, B., HAMON-LORLÉAC’H, F., HARLAY, A., HUARD, A., RIDOUX, L. Conceitos básicos para a prática farmacêutica. São Paulo: Organização Andrei Editora Ltda, 2002. 796p.

Bibliografia A.T Florence e D. Attwood, Princípios Físico – Químicos em Farmácia, pág. 198, 199, 213, 215, 216. ANTUNES JUNIOR, Daniel. Farmácia de Manipulação – Noções Básicas. São Paulo: Tecnopress, 2002. AUTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. BATISTUZZO J.A.O.; ITAYA M.; ETO Y. Formulário Médico Farmacêutico. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2006. BRANDÃO L. Índex ABC: Ingredientes para a Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. 2 ed. São Paulo: SRC, 2000. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC nº. 222, de 29 de julho de 2005. Formulário Nacional. Brasília, 2005.

Bibliografia Farm Bras IV ed., Capitulo IV-Generalidades, pág. IV.-5. FARMACOPEIA BRASILEIRA. 3 ed. São Paulo: Andrei, 1977. FARMACOPEIA BRASILEIRA. 4 ed. São Paulo: Atheneu, 1988. pt.1 e suplementos. FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 2 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2002. FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 3 ed. V. 1. São Paulo: Pharmabooks, 2008. FERREIRA, A. O. Preparações Orais Líquidas. 2 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2007. FlORENCE, A.T., A TTWOOD, D. Princípios Físico-Químicos em Farmácia. São Paulo: EdUSP, 2003. GIL, E. S. Farmacotécnica compacta. São Paulo: Pharmabooks, 2006. HELOU, J-H, CIMINO, J.S., DAFFRE, C. Farmacotécnica. São Paulo: Artpress, 1975. LACHMAN, L. LlEBERMAN, H.A., KANIG, J. L. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica. V. 1. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. LE HIR A. Noções de Farmácia Galênica. 6 ed. São Paulo: Andrei, 1997. LEONARDI, G. R. Cosmetologia Aplicada. São Paulo: Editora Medfarma. 2004. LUCAS, V. Formulário Médico-Farmacêutico Brasileiro. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Científica, 1959.

Bibliografia SOUZA M. V.; ANTUNES, D. J. Ativos Dermatológicos. V.4. São Paulo: Pharmabooks, 2006. SOUZA M. V.; ANTUNES, D. J. Ativos Dermatológicos. V.5. São Paulo: Pharmabooks, 2008. SOUZA M. Valéria. Ativos Dermatológicos. V. 1. São Paulo: Tecnopress, 2003. SOUZA M. Valéria. Ativos Dermatológicos. V. 2. São Paulo: Tecnopress, 2004. SOUZA M. Valéria. Ativos Dermatológicos. V. 3. São Paulo: Tecnopress, 2005. SWEETMAN, S. Martindale The complete drug reference. 35.ed. London: Pharmaceutical Press, The. 2007. VOIGT, H.R.; BORNSCHEIN, M. Tratado de tecnologia farmacêutica. Zaragoza: Editorial Acribia, 1982.   PERIÓDICOS: Revista Anfarmag Revista Pharmaceutical Compounding Revista Racine  

Farmacotécnica Quando pensamos em Ciências Farmacêuticas pensamos em farmacotécnica. A farmacotécnica reúne conhecimentos práticos e teóricos para aquele que é, sem dúvida, o maior objetivo do profissional farmacêutico: produzir medicamentos e cosméticos.

Farmacotécnica É a ciência do encantamento. É a ciência do conhecimento. Ao farmacêutico não cabe somente o conhecimento da sua realidade; ao farmacêutico cabe o conhecimento de muitos assuntos que se relacionam, de uma forma ou de outra, com o saber farmacêutico.

Farmacotécnica E quando se fala de medicamentos ou cosméticos fala-se de um produto que, por ser destinado à promoção da saúde e do bem estar, esta atrelado em definitivo a um rígido controle de qualidade. Pensando na técnica e tudo o que se relaciona à escolha da forma física do medicamento dependemos da química, da físico-química, química orgânica.

Farmacotécnica O conhecimento da físico-química leva a melhoria da técnica de preparo e nos orienta quanto à velocidade de absorção que se pretende atingir. A química orgânica subsidia questões críticas como estabilidade dos componentes de uma formulação e também suas incompatibilidades.

Farmacotécnica Daí, quando pensamos a que se destina o medicamento que está sendo preparado, temos que pensar em farmacologia, e então, na fisiologia, bioquímica, anatomia. Farmacognosia e química farmacêutica apresentam relação direta com o preparo de medicamentos, porque são responsáveis pela obtenção e o próprio desenvolvimento do princípio ativo e, portanto, relacionados à farmacotécnica.

Farmacotécnica Deontologia complementa a questão dos medicamentos nos aspectos legais e também em relação à ética. Patologia, Parasitologia e Microbiologia são pré-requisitos para a técnica farmacêutica.

E, portanto, Farmacotécnica é tudo e tudo é farmacotécnica É a ciência responsável pelo desenvolvimento e produção de medicamento Leva em conta o efeito terapêutico e a estabilidade do produto final, Condições de acondicionamento, transporte e armazenamento e a forma ideal de administração e dispensação.

ASPECTOS HISTÓRICOS Daniel & Valéria Primórdios da humanidade - interesse e necessidade em utilizar as formulações medicamentosas ou cosméticas (os óleos, ungüentos, loções, maquiagens, etc). Farmacêutico - recebeu inúmeros nomes (Sacerdotisas, Weledas, Alquimistas, Curandeiros, Pajés, Boticários, Químicos, Médicos e finalmente de Farmacêuticos). O conceito de beleza muda, de tempos em tempos, mas o conceito de cura é e sempre será único. Daniel & Valéria

Mundo Primitivo Mundo primitivo - considerável conhecimento terapêutico Utilizavam elementos empíricos, racionais, religiosos e mágicos. Período Paleolítico - interesse na flora, na variedade de plantas, ossos e chifres.

Mesopotâmia (Sumérios – 4000 a 200 AC; Babilônicos 2000 a 1350 AC; Assírios – 612 – 539 AC) - primeiro “Compêndio Farmacêutico”. A poção que foi traduzida consiste em uma série de fórmulas com modo de preparo, como por exemplo: “Pulverize a casca da macieira e a planta ‘Lua’; faça uma infusão e com vinho de Kushumma; deixe azeite e óleo de madeira cair sobre esta mistura.”

Mundo dos espíritos, demônios e forças malévolas. Antigo Egito Mundo dos espíritos, demônios e forças malévolas. Pessoa doente em desarmonia com este mundo, tendo irado os Deuses, a morte e os espíritos. O modo de cura era repleto de orações, encantamentos e rituais, assim quem se aproximava era o padre, o feiticeiro e o médico.

Antigo Egito O mais significante papiro encontrado é o Papiro das Ervas, escrito aproximadamente em 1500 AC. São 811 prescrições e há 700 drogas mencionadas. Colocynthis, a sene e o óleo de castor são exemplos de laxantes usados no antigo Egito. Cérebro de porco e asa de mosca são apenas algumas substâncias utilizadas nas preparações, combinadas com palavras mágicas e rezas.

O Farmacêutico era o “Senhor das Receitas Mágicas”. Antiga China O Farmacêutico era o “Senhor das Receitas Mágicas”. Sândalo e bambu - “Bases Botânicas da Pharmácia”. Este compêndio descreve 1000 plantas, 450 substâncias animais e 11.100 prescrições.

Antiga Índia A Índia antiga - matéria médica - Ayurveda - coleção Hindu de poemas religiosos. Os vegetais são os mais descritos, assim como a madeira sândalo, cravo, canela, asafoetida, pimenta e acônito.

Grécia Gregos - conceitos de liberdade e estética. Havia um templo onde Hipócrates e seus discípulos invocavam a ajuda divina de Apollo, Hygeia, Asclepios e Panacea. Mágicos e charlatães que tentavam praticar a medicina. Thales deduziu que o princípio básico era a água, o ar, fogo e a terra, substâncias primárias das quais todas as coisas derivam. São os chamados “Elementos Aristotélicos”. Hipócrates - Pai da Medicina - contribuição racional e empírica, em oposição a religião e a magia. “A boa saúde requer que os quatro humores estejam em harmonia: sangue, bile amarela, bile preta e catarro”.

Roma Organizaram o pensamento médico-farmacêutico e converteram teorias em regras e dogmas. Galeno, um Grego nascido em Pérgamo entre 129 ou 130 e morto em 199 ou200 d.C - médico experiente, confidente de Marcus Aurelius, Lucius, entre outros dirigentes da época. Classificou drogas pelo efeito farmacológico (continuação do conceito grego).

O islamismo desenvolveu Mundo Árabe O islamismo desenvolveu a ciência médica-farmacêutica escrevendo vários compêndios que incluíam xaropes, conservas, perfumes e condimentos. Avicenna, filósofo e médico, escreveu vários livros sobre tratamentos e poções além de compilar vários artigos vindos dos persas, dos indianos e dos gregos. A arte da Farmácia árabe se enriqueceu por estar próxima à alquimia, que após algum tempo desenvolveu seu próprio conceito filosófico: descobrir a pedra filosofal que transformaria metais em ouro e o elixir da vida.

Renascimento Modernidade: cânfora, ruibarbo, pimenta e drogas exóticas. Livros, compêndios, dispensários e inúmeras publicações surgiram nesta época.

Renascimento Jesus Cristo - Novo Testamento como Médico e Farmacêutico: “O Farmacêutico assumindo uma função especial, compondo drogas combinadas de qualidades espirituais e oferecendo recompensa espirituais”.

Brasil Brasil - Padre José de Anchieta. 1565 escreveu “Nossa casa é botica de todos; em poucos momentos está quieta a campainha da porta”. Estudioso sobre plantas, drogas e toxicidade dos alimentos. Os indígenas possuíam seus próprios meios de curas através dos pajés. Séculos XVII e XVIII - Farmácias se chamavam Boticas e os Farmacêuticos, Boticários. O profissional, às vistas do paciente, manipulava e produzia os medicamentos, de acordo com as Farmacopéias e as prescrições dos médicos. Farmácias - Verdadeiros centros culturais. Boticas - A sociedade reunia-se para discutir política, literatura, música , etc. Farmacêutico - Fase mais importante é um profissional respeitado e admirado. 1950 - Indústria - O Farmacêutico deixou uma lacuna social, permitindo que “oficiais de farmácia “ assumissem o seu lugar na Farmácia. Colegas interessados em retomar a Farmácia.

Estabilidade e conservação de medicamentos: Todo medicamento deve apresentar eficácia e segurança ao que se refere à manutenção de suas características físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas e toxicológicas. Prazo de validade é determinado por estudos de estabilidade do produto. Definido como: intervalo de tempo entre a fabricação e o acondicionamento até o momento em que a atividade química ou potência dos fármacos seja menor ...

Estabilidade e conservação de medicamentos: que os limites estabelecidos (95 a 100% ou de 90 a 110%) ou suas características físicas, químicas e microbiológicas não mudem (dentro de especificações). Ou que os produtos resultantes sejam conhecidos, estudados e que não aumentem ou alterem a toxicidade da formulação.

Estabilidade Segundo a ANVISA: ESTABILIDADE - É a capacidade de um produto manter inalterável suas propriedades e seu desempenho durante um tempo definido, de acordo com as condições previamente estabelecidas, relacionadas a sua identidade, concentração ou potência, qualidade, pureza e aparência física. Resolução - RDC nº 157, de 31 de maio de 2002

Prazo de validade: É a data após o qual a preparação não deverá ser usada, determinada a partir da manipulação do produto. (USP 30,2007) Período de tempo no qual o produto se mantém dentro dos limites especificados de pureza e qualidade; identificado na embalagem e estocado nas condições recomendadas. (ANVISA,2007)

Prazo de validade: Na prática, A preparação farmacêutica deve manter o teor do ativo veiculado intacto e disponível para atender sua ação terapêutica em um percentual mínimo de 90%.

Farmácia de manipulação Um medicamento manipulado mediante uma receita médica é personalizado. É feito exclusivamente para aquele paciente e deverá ser utilizado por determinado período de tratamento. Este é o princípio da preparação, extemporânea.

Farmácia de manipulação Portanto, devemos estudar a estabilidade do medicamento para garantir o seu efeito terapêutico. Devemos ressaltar que a legislação nos obriga a indicar claramente no rótulo, o período útil do produto ou o prazo de validade.

Farmácia de manipulação Geralmente nas Farmácias de Manipulação, este prazo não ultrapassa 6 meses; na Farmácia Homeopática pode durar de horas até 2 anos.

Estabilidade e conservação de medicamentos Na farmácia de Manipulação, o prazo de validade do medicamento manipulado deverá estar vinculado ao período de duração do tratamento. (ANVISA,2006). CABE AO FARMACÊUTICO: Determinar o prazo de validade Adotando critérios científicos e técnicas de manipulação De modo a garantir estabilidade durante o tratamento.

Estabilidade e conservação de medicamentos O farmacêutico deve: Evitar fazer uso de ingredientes e condições que possam de alguma forma resultar em deterioração física ou decomposição química da formulação.

Instabilidade e compatibilidade Elementos críticos em uma preparação, que afetam a segurança e a eficácia da farmacoterapia. o termo Instabilidade aplica-se para reações químicas que são incessantes, irreversíveis e resultam em produtos de degradação, que pode ser inativo ou tóxico.

Instabilidade e compatibilidade O termo incompatibilidade refere-se a fenômenos físicos e químicos como precipitação, turbidez, alterações na cor, viscosidade, efervescência ou formação de camadas separadas.

Assistência Farmacêutica Chega um paciente em sua farmácia e, mostrando um medicamento vencido, pergunta se pode continuar usando, uma vez que “o vidro está cheio”. Argumente de forma técnica, conforme visto até agora em nossa aula, porém, usando um vocabulário pertinente ao paciente, e desestimulando esta prática.

Termos que devem constar: Estabilidade Eficácia Características físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas e toxicológicas Inalterada Concentração e potência Pureza e aparência física

Próxima aula: Continuaremos Estabilidade. Solicito leitura de RDC 67 Quais os principais tópicos relacionados a boas práticas de manipulação? Como as boas práticas de manipulação podem melhorar a estabilidade e a conservação dos medicamentos? Treinamentos para funcionários.