Processos Fermentativos Industriais

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Misturas e Soluções.
Advertisements

GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
Processos Bioquímicos
Bioprocessos Aula 2.
Bioprocessos Programa de Graduação em Biotecnologia 2013/1.
Prof. MBA Renato Mariano QUÍMICA INDUSTRIAL III - UNILINS
Ácido glucônico e glucono-δ-lactona
BIOMASSA Energia alternativa.
Extração de DNA de Plantas.
1. História Evolutiva dos Fungos
Tópicos em processos fermentativos
Eng. Jonas Arantes Vieira Agro Industrial Tarumã Ltda.
Reino Monera Prof. M. Sc. Fábio Henrique Oliveira Silva fabio
MICRORGANISMOS DE INTERESSE INDUSTRIAL
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos
Fontes Nutricionais para o crescimento dos Microrganismos
Açúcar e Álcool.
Método Analítico para controle de qualidade microbiológico de produtos estéreis – TESTE DE ESTERILIDADE Conceitos Método de inoculação direto Método de.
Métodos de Purificação de Baixa Resolução
SIANNAH MARIA MAS DIEGO
Tecnologia dos Alimentos
Introdução a Bioprocessos
SEPARAÇÃO DE MISTURAS Os seguintes processos permitem a separação dos vários constituintes de uma mistura. Cada um destes processos tem uma utilização.
Preparo do Inóculo para o Processo Fermentativo Industrial
Introdução a Engenharia de Alimentos
BIOMASSA Letícia e Gabriela 2M2.
PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Metabolismo energético
Atividade da α-amilase (U/g quirera de arroz)
FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO Fermentação.
ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA
Ácidos orgânicos ou Ácidos carboxílicos
Formas de condução de um processo fermentativo
Fermentação, Destilação e Desidratação
arrastado pelo líquido Separação do ouro das areias auríferas
Ressuscitação Cardiopulmonar no adulto em ambiente hospitalar
TRATAMENTO DO LODO DE ETES
Produção de Ácido Cítrico
Concentração O meio de fermentação é uma mistura complexa de biomassa, macromoléculas dissolvidas, nutrientes e eletrólitos. Normalmente o produto desejado.
Preparo de meio (mosto) para fermentação
Fermentações Alimentares
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
Remediação de Compostos Fenólicos em Águas Residuárias a partir de Enzimas Oxidativas Extraídas de Cabeça de Camarão, Engenharia Química. Prof. M.Sc. Everton.
ESTERILIZAÇÃO CONTÍNUA
Complexo enzima-substrato
Produção de proteína microbiana (SCP)
COMPOSTAGEM.
INDÚSTRIAS MICROBIOLÓGICAS
Fatores que Afetam o Desenvolvimento Microbiano em Alimentos
Aplicações da Engenharia Bioquímica
INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE BIOPROCESSOS
PENICILINA.
FERMENTAÇÃO DESCONTÍNUA ALIMENTADA
Agitação e aeração Oxigênio na fase gasosa Oxigênio na fase líquida
Conservação de alimentos por fermentação
PROCESSOS ENERGÉTICOS: FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO
ESTERILIZAÇÃO.
Aspectos econômicos relativos à Separação e Recuperação de Bioprodutos Classificação dos bioprocessos -Bioprocessos REATIVOS -Bioprocessos EXTRATIVOS.
SECAGEM Remoção da água, por evaporação, de sólidos ou soluções, levando à imobilização de reagentes químicos e consequente interrupção da atividade biológica.
SEPARAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE BIOPRODUTOS Há uma grande variedade de produtos biotecnológicos, os quais podemos agrupar em três principais categorias: Insumos.

Bruna Pacheco Keldmy Obrownick
Conservação por redução de atividade de água
PRODUÇÃO DE AMINOÁCIDOS POR FERMENTAÇÃO
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS
Metabolismo energético II META Apresentar as reações envolvidas no metabolismo energético das células (exotérmicas e endotérmicas), bem como relacioná-las.
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
Wilson Roberto Santana
Preparo de meio (mosto) para fermentação
Transcrição da apresentação:

Processos Fermentativos Industriais Etanol Ácido cítrico Antibióticos Enzimas Fermento biológico

1- ETANOL 1.1 Microrganismos Saccharomyces cerevisiae (levedura) Zymomonas mobilis (bactéria) Processos industriais: Saccharomyces cerevisiae

1- ETANOL 1.2 Matérias-primas Matérias açucaradas Matérias celulósicas Cana de açúcar Beterraba açucareira Sorgo sacarino Melaços, mel de abelhas e frutas Matérias celulósicas Palhas Madeiras Resíduos agrícolas Resíduos sulfíticos de fábrica de papel Matérias amiláceas e feculentas Grãos amiláceos Raízes e tubérculos feculentos

1- ETANOL 1.2.1 Preparo do mosto Necessário obter: do Amido  glicose do melaço e caldo de cana  mistura de sacarose, glicose e frutose Nutrientes necessários: Nitrogênio na forma amoniacal, fósforo, enxofre na forma de sulfatos, sulfitos ou tiossulfato, potássio, magnésio, cálcio, sódio e outros elementos em quantidades diminutas 1.2.1.1 Mostos de melaços e de caldo de cana -Melaços diluídos entre 15 e 25º Brix Meio rico em sacarose e açúcares redutores 1.2.1.2 Mostos de materiais amiláceos -Necessário sacarificar (sacarificação) Método químico, biológico ou por ação direta de enzimas

1- ETANOL 1.3 Condições de Processo Inóculo: 10% volume total Temperatura: Faixa de 26 a 35 ºC pH: Mostos industriais na faixa de 4,5 a 5,5 Concentração de açúcares: 15 a 25 ºBrix Controle de contaminantes: Antibióticos Tempo de fermentação: 10 a 12 horas em processos descontínuos utilizando levedura Saccharomyces cerevisiae linhagem catanduva1

1- ETANOL 1.4 Sistemas de fermentação 1.5 Recuperação do produto – Fermentação alcoólica descontínua (cortes, reaproveitamento de inóculo (“pé de cuba”), cultura pura, reciclo de leveduras) – Fermentação alcoólica contínua 1.5 Recuperação do produto – Destilação contínua

2- ÁCIDO CÍTRICO 2.1 Microrganismo 2.2 Matéria-prima - Aspergillus niger (fungo filamentoso) 2.2 Matéria-prima - Depende do processo e utiliza-se: Farelo de trigo, bagaço de laranja, amido de batata, melaço de beterraba e xarope de cana com 30-35% de açúcar invertido (mistura de glicose e frutose)

2- ÁCIDO CÍTRICO 2.3.1 Processo Koji 2.3 Sistemas de fermentação Substrato sólido (farelos) pH entre 4-5 Umidade do farelo 70-80% Temperatura de 28º C O Farelo é distribuído em bandejas com profundidade de 3 a 5 cm Tempo de fermentação de 5 a 8 dias

2- ÁCIDO CÍTRICO 2.3.2 Processo em superfície Utilizam-se Substratos solúveis (sacarose, melaços de cana e de beterraba) Temperatura de 30 ºC pH inicial entre 5 e 6 O mosto é distribuído em bandejas rasas de alumínio com alto teor e pureza O micélio desenvolve-se sobre a superfície do líquido e é mantido flutuando durante todo o processo. Ar úmido é soprado sobre a superfície do mosto por 5-6 dias passando depois a utilizar ar seco até o final da fermentação (8-10 dias). No final do processo o mosto é drenado e substituído por outro novo.

2- ÁCIDO CÍTRICO 2.3.2 Processo submerso (mais utilizado) Exemplo - empresa Cargill Utilizam-se Substratos solúveis (melaço de cana) Temperatura de 30º C pH inicial 4 O mosto é esterilizado previamente Aeração contínua na taxa de 0,5 a 1,15 vvm sem agitação mecânica Tempo de fermentação de 5 a 7 dias Sistema descontínuo.

2- ÁCIDO CÍTRICO 2.4 Processo de separação Em todos os processos o meio é filtrado previamente Precipitação com adição de hidróxido de cálcio Citrato é filtrado e tratado com ácido sulfúrico para precipitar sulfato de cálcio O sobrenadante que contém o ácido cítrico é tratado com carvão ativado O ácido cítrico é desmineralizado por diversas vezes através de colunas com resinas de troca iônica. E finalmente é cristalizado por evaporação

3- ANTIBIÓTICOS 3.1 Microrganismos Bactérias (diferentes de actinomicetos) Ex. Bacillus brevis – antibiótico a tirotricina; gramicidina Actinomicetos (Grupo de bactérias Gram positivas que apresentam como características em comum a produção de filamentos ou hifas vegetativas) Ex. Gênero Streptomyces – antibiótico a estreptomicina Fungos Ex. fungos Penicillium chrysogenum e Penicillium notatum – Antibiótico a Penicilina e Penicillium chrysogenum – Antibiótico a ampicilina

3- ANTIBIÓTICOS 3.2 – Métodos de produção Meio de cultivo: Depende da cepa e geralmente consiste de: Água de milho, farinha de soja, extrato de levedura ou soro de leite. Utiliza-se também Glicose ou melaço - Penicilina G e penicilina V são produzidas por processos submersos Reatores de 40 a 200 m3 Dificuldade de aeração não permite tanques maiores Aeração na faixa de 0,5 a 1,0 vvm São usados agitadores tipo turbina na faixa de 120 e 150 rpm Temperatura ótima de 25-27 ºC pH constante em 6,5 Inóculo se inicia utilizando esporos liofilizados Tempo de fermentação entre 120 e 160 horas Extração : Utiliza-se um solvente orgânico altamente hidrofóbico, como o acetato de amila, para separação do antibiótico do meio de cultivo

4- ENZIMAS MICROBIANAS 4.1 – Microrganismos - Aplicação comercial: bactérias, fungos filamentosos e leveduras - Escolha do microrganismo: Produtor da enzima de interesse em grande quantidade, Estável; Não-patogênico e de Fácil manipulação Ex. Produção de enzimas extracelulares industriais: Bacillus e Aspergillus (80-85% do mercado de enzimas extracelulares)

4- ENZIMAS MICROBIANAS 4.2 – Processos de produção - Tempo de fermentação: 30 a 150 horas - depende do processo utilizado. - Sistemas de Cultivo: a) Superfície - Dificuldades de controle operacional; - Severos problemas de contaminação - Vantagens importantes em relação a transferência de oxigênio e recuperação do produto. A principal tecnologia de fermentação em superficie é a fermentação em estado sólido. E é empregada para produzir, em escala comercial, celulases, amilases fúngicas, pectinases, proteases fúngicas e lipases. Microrganismo: fungos filamentosos do gênero Aspergillus.

4- ENZIMAS MICROBIANAS b) Submerso: Descontínuo - O sistema mais empregado na produção de enzimas. - Algumas enzimas são relativamente instáveis depois da etapa de produção. Efeito das variáveis operacionais mais relevantes: pH e temperatura (compromisso entre os valores ótimos para produção e crescimento) Ex.: Produção de celulase de Trichoderma reesei em meio celulósico onde o pH ótimo de crescimento é 4,8, enquanto que o ótimo de produção é 3,5. Solução: valores intermediários ou alterações programadas de pH

4- ENZIMAS MICROBIANAS c) Submerso: Descontínuo alimentado - Fase descontínua seguida de alimentação de forma contínua ou intermitente até alcançar o volume final de operação dentro do reator. -Vantagens: Controlar a velocidade específica de crescimento do microrganismo; controlar a produção de metabólitos secundários, metabólitos sujeitos à inibição por alta concentração de substrato e metabólitos sujeitos a repressão catabólica por substratos altamente metabolizáveis Esta situação é aplicável à maioria das enzimas de interesse comercial.

4- ENZIMAS MICROBIANAS 4.3 – Recuperação do produto Etapas envolvidas na recuperação e processamento pós fermentação.

4- ENZIMAS MICROBIANAS 4.3 – Recuperação do produto Etapas de separação e purificação Finalidade: Remover substâncias tóxicas OBS.: Para a obtenção de preparação enzimática de uso farmacêutico, processos mais sofisticados de purificação, como as separações cromatográficas, são utilizados. - O caldo é resfriado a 5 ºC com o objetivo de assegurar condições de estabilidade do produto e evitar crescimento de contaminantes; pH ajustado para valor ótimo da atuação da enzima produzida. Separação das células: Pode ser feita: centrifugação;filtração. Fungos – centrifugação; Bactérias e leveduras – prévia floculação (cloreto de sódio); eficiente; baixo custo. A filtração, como alternativa a centrifugação – utilização de filtros prensa, filtros rotativos á vácuo Solução concentrada final – filtração em meio filtrante de celulose – preparado enzimático líquido – diluído e acondicionado com estabilizantes da atividade enzimática – embalado para comercialização.

5- FERMENTO BIOLÓGICO 5.1 – Microrganismos O que é fermento biológico? Fermento biológico ou levedura de panificação é um microorganismo vivo cuja denominação científica é Saccharomyces cerevisiae O fermento biológico promove o crescimento das massas de pães, bolos, etc., através da fermentação que ocorre antes do forneamento. A levedura “ingere” os nutrientes da massa e, como consequência, libera gases e substâncias aromáticas, responsáveis pelo volume, textura, aroma e sabor característicos dos produtos alimentícios.

5- FERMENTO BIOLÓGICO 5.2 – Processo de produção Melaço de cana é o substrato usado atualmente nos processos modernos Sistema descontínuo alimentado: Evita-se a repressão catabólica cultivando a levedura com baixas concentrações de glicose. Produção de leveduras para panificação ocorre entre 3 a 4 horas. Biotina é necessário quando na presença de oxigênio (suplemento) pH inicial 4,5 Temperatura de 30 ºC Aeração controlada Produção de 50 g de levedura seca para cada 100 g de sacarose