Centro de Referência de Assistência Social Ouro - SC RELATO DE EXPERIÊNCIA Grupo de PAIF Famílias, comunidade de Santa Lúcia

O município Ouro – SC : Situado no meio oeste. Pequeno Porte I, com habitantes.

Santa Lúcia: Comunidade distante 25km do perímetro urbano; População flutuante; Subsistência a partir do trabalho informal no plantio e corte de erva mate; Alto índice de violência.

Mapeamento territorial Visita em todas as casas; 281 moradores na comunidade (76 residências, média de 3,69 moradores por casa); Verificação de que as informações recebidas procediam; Perfil para atendimento e acompanhamento traçado;

Identificação da separação entre “italianos” e “brasileiros”; Empregos informais e em condições precárias; Negligência materna; Muitos homens detidos; Moradores em casas de lonas, sem banheiros; Não havia convivência comunitária, embora muitos fossem parentes! Principal demanda.

Exigências técnicas: Espaço físico; CRAS apenas com os três serviços da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; Atendimento: horário diferenciado (7h às 13h, em razão da distância); Início do trabalho junto com o rompimento do assistencialismo municipal (dificuldade em razão do histórico clientelismo e ações segmentadas).

O Grupo

Início do grupo Apenas mulheres participavam (homens detidos, ou em acampamentos – em sua maioria); Pouca participação no início; Cerca de 20 usuários participavam (sendo estas pessoas com histórico de violência entre elas); Grupo composto por apenas duas famílias biológicas (conflituosas – brigas com pedras, tiros, facões, dentre outros).

RECURSOS HUMANOS

Parceiros

Dinâmica de acompanhamento: Teve duração de 03 anos, com participação assídua dos usuários; As sextas-feiras, das 09h às 10h30min; Com lanche; Atenção em grupo, e particularizada.

Metodologia de execução do trabalho: Atendimento no domicílio; Atendimento particularizado; Busca ativa; Viagens; Trocas intergeracionais; Oficinas; Piqueniques; Rodas de conversas...

Estratégias extras de criação de vínculos: Visitas domiciliares noturnas; Grupos noturnos; Encontros aos finais de semana; “Premiação” aos usuários com participação assídua (piquenique para família, visita a museu, cinema, conhecemos a praia, mergulho em alto mar, visita às Cataratas do Iguaçú, templo budista...).

Resultados assegurados aos usuários: Convivência familiar melhorada (incluindo família extensa); Retorno e construção de alguns vínculos; Prevenção de situações de agressividade; Formação de rede de solidariedade; Acesso a direitos (saúde, educação, habitação...); Maior participação das atividades de CRAS; Sentimento de pertença e cuidado com o CRAS.

Organização de Trabalho (preventivo, protetivo e proativo): 2012 – Convivência comunitária (livros infantis, e dinâmicas de grupo); 2013 – Convivência Familiar (livros infantis, oficinas, resgate de memórias); Garantia de direitos, protagonismo, fortalecimento família e comunidade.

Avaliação técnica do Grupo: Exitoso; Superou as expectativas; Dificuldade de desligar as pessoas (usuários justificam que somos os únicos a dar atenção continuada, e por isso, não querem ser desligados - confiança).

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