Questões Ambientais e Salvaguardas

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Transcrição da apresentação:

Questões Ambientais e Salvaguardas GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS Questões Ambientais e Salvaguardas Marcelo Monteiro da Costa Núcleo de Monitoramento Programa Rio Rural

Introdução A avaliação ambiental do programa Rio Rural foi elaborada com o objetivo de atender às políticas de salvaguarda do Banco Mundial, que classificou o projeto na categoria “B”. Desta forma, o projeto foi considerado capaz de causar impactos ambientais adversos, porém localizados e, em sua maioria, reversíveis e passíveis de mitigação pela adoção de medidas já existentes ou que podem ser definidas com facilidade.

Diretrizes para a Avaliação Ambiental Salvaguardas Ambientais para o Rio Rural A Avaliação Ambiental do Projeto Rio Rural visa assegurar que o projeto seja ambientalmente viável e sustentável, bem como prover informações sobre eventuais riscos ambientais para orientar a tomada de decisão pelos executores. Diretrizes para a Avaliação Ambiental Impacto ambiental das intervenções apoiadas pelo Projeto deve ser avaliado previamente à sua execução, conforme procedimentos sugeridos no MOP; A legislação ambiental vigente deve ser rigorosamente observada, inclusive no que se refere ao licenciamento de atividades previsto nas normas legais; As eventuais condicionantes de licenças ambientais e as medidas mitigadoras definidas no devem ser integralmente observadas; As responsabilidades pela avaliação ambiental e pela execução de medidas mitigadoras devem ser explicitadas, assegurando-se que as instituições e técnicos envolvidos estejam adequadamente capacitados para tanto; Os técnicos executores e os produtores beneficiados devem ser sensibilizados e capacitados para a importância da conservação dos recursos naturais e da execução das medidas mitigadoras previstas; As informações produzidas no âmbito do projeto devem ser rigorosamente registradas para acompanhamento e monitoramento, inclusive pelo público interessado.

Avaliação de Impacto Ambiental Diferença entre a situação do meio ambiente (natural e social) futuro modificado pela realização do projeto e a situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto. (Bolea,1984) Visa identificar, prever, interpretar e prevenir as conseqüências ou efeitos ambientais que determinadas ações, planos, programas ou projetos podem causar à saúde, ao bem estar humano e ao entorno. (Bolea,1984)

Medida Mitigadora Ações propostas com a finalidade de reduzir a magnitude ou a importância dos impactos ambientais adversos. (Sanchez, 2006) Adicionalmente as medidas preventivas e mitigadoras aplicadas aos impactos adversos, devem ser também sugeridas medidas para a otimização dos impactos positivos, além de ações de monitoramento participativo com o beneficiário do projeto.

Na avaliação ambiental do Projeto Rio Rural levou-se em conta a sobrecarga imposta ao ambiente pelas intervenções analisadas em decorrência da emissão de poluentes, indução de processos erosivos, supressão de habitats, geração de resíduos e efluentes, consumo de água, dentre outros fatores, bem como a vulnerabilidade do ambiente em que serão realizadas, que depende do seu estado de conservação e da sua importância. Considerou-se, assim, que a mesma atividade poderá causar impactos maiores ou menores em diferentes locais.

Avaliação Ambiental no Plano Individual de Desenvolvimento Posteriormente à avaliação da situação econômica da propriedade, a avaliação ambiental das práticas indicadas na parte de planejamento do Plano Individual de Desenvolvimento (PID), se desenvolve através das seguintes etapas: Etapa 1 – Identificação dos impactos Etapa 2 – Identificação da legislação ambiental incidente Etapa 3 – Análise dos impactos Etapa 4 – Hierarquização de impactos e classificação das atividades

Etapa 1: Identificação dos Impactos Identificam-se os impactos ambientais provocados por cada prática, separados em impactos positivos e impactos negativos. O técnico executor deverá então, através do conceito de impacto ambiental, observar todas as alterações no meio natural e social que acontecerão com a realização da atividade, e que não aconteceriam sem esta.

Fase:: Elaboração do subprojeto Para executar a AA é necessário conhecer as informações a seguir, as quais deverão constar do subprojeto. Atividades envolvidas na implementação do subprojeto em suas fases de implantação e operação; Características do local onde será implantado o projeto (meios físico, biótico e sócio econômico nos quais se desenvolverão as atividades propostas); Alternativas tecnológicas para execução da mesma atividade e justificativa para a adoção de uma delas; Identificação de eventuais áreas e atributos naturais, culturais e históricos especialmente protegidos existentes nas áreas de influência do projeto a ser encaminhado às instâncias decisórias (COGEM/COREM/SEP). OBS.: Esta etapa deve ser executada pelos técnicos executores responsáveis pelas microbacias, os quais deverão preencher a lista de verificação que deverá ser anexada ao projeto.

Fase: Identificação e categorização dos impactos ambientais. Nesta fase é necessário identificar e prever os impactos ambientais potencialmente causados pela ação e desenvolvimento em todas as fases do projeto. Deverão ser considerados os seguintes atributos: Vulnerabilidade do ambiente em que a atividade será realizada: normal, frágil ou muito frágil; Abrangência do impacto: Local/restrita à propriedade, microbacia ou regional; Magnitude do impacto: baixa, média ou alta; Permanência do impacto: Temporário ou reversível, permanente e mitigável ou permanente e não mitigável; Frequência ou probabilidade de ocorrência do impacto: eventual, raro ou frequente; Percepção dos executores e stakeholders acerca da importância do impacto: não registrada, eventual ou frequente. Sendo esta fase uma das mais importantes no processo de avaliação ambiental, o roteiro a seguir mostra passo a passo, com exemplos retirados das tabelas de AA constante no Anexo 27 do Volume II do MOP.

Movimentação de solo (na execução) Assoreamento de corpos d'água Exemplo de Impactos potenciais Movimentação de solo (na execução) Assoreamento de corpos d'água Intervenções em APP Perda de habitat, impedimento da regeneração natural, assoreamento Aumento da infiltração de água Aumento da disponibilidade de água na microbacia Redução do carreamento de solo Redução do aporte de sedimentos e assoreamento de corpos d'água Supressão de vegetação Perda de habitat Geração de efluentes e resíduos Poluição de corpos d'água e do solo Supressão de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração

Exemplos

Exemplo de Atividades não permitidas Atividades e obras capazes de gerar impactos ambientais significativos, exceto aquelas consideradas de utilidade pública ou interesse social, devidamente licenciadas, após elaboração de estudo de impacto ambiental; Atividades que impliquem corte ou exploração de Mata Atlântica primária ou secundária em estágio avançado de regeneração, exceto em casos excepcionais previstos em lei e devidamente autorizados pelo órgão competente; Atividades que impliquem supressão de vegetação secundária de Mata Atlântica para exploração de madeira ou lenha ou para uso alternativo do solo sem autorização do órgão competente; Atividades ou obras que impliquem intervenções em áreas de preservação permanente, assim definidas pelo Código Florestal, exceto no caso de utilidade pública ou interesse social e desde que devidamente autorizadas pelo órgão competente; Atividades em Unidades de Conservação de Proteção Integral; Instalação e operação de atividades, empreendimentos e obras sem licença ambiental legalmente exigível; Introdução e disseminação de espécies invasoras; Implantação de monocultura agrícola ou florestal em áreas contíguas superiores a sem prévia avaliação de impacto.

Etapa 2: Identificação da legislação ambiental incidente Considera-se a exigibilidade de licenciamento e/ou existência de medidas de controle das atividades e dos impactos ambientais em avaliação. Desta maneira, deve-se observar a necessidade de licenciamento e/ou medidas de controle da atividade em questão, para o posterior enquadramento do impacto em sua devida categoria.

Etapa 3: Análise dos impactos Nesta etapa, cada impacto identificado na etapa 1 é analisado separadamente, para a obtenção de suas respectivas pontuações. São observados os seguintes atributos: Vulnerabilidade do ambiente, abrangência, magnitude, permanência e freqüência do impacto. Vale ressaltar, novamente, que uma mesma atividade pode ocasionar impactos distintos em ambientes distintos, ou seja, cada atributo deve ser analisado dentro do contexto da atividade em avaliação.

Exemplos

Etapa 3: Análise dos impactos – Critérios de pontuação Para a pontuação dos atributos citados anteriormente, adotou-se o seguinte critério: 1 ponto para relação fraca; 2 pontos para relação média; 4 pontos para relação forte. Os atributos Vulnerabilidade do ambiente e Permanência do impacto, por serem considerados mais relevantes, recebem peso dobrado (x2). São multiplicados, então, os pontos de todos os atributos, obtendo-se a pontuação final de cada impacto.

Etapa 3: Análise dos impactos Vulnerabilidade do Ambiente É a vulnerabilidade ou importância do ambiente em que a atividade será realizada, o que pode fazer um mesmo impacto ser mais ou menos relevante dependendo do ambiente em questão. Vulnerabilidade do Ambiente Exemplos Normal (1) Áreas com relevo pouco acidentado, sem vegetação nativa, sem sinais de erosão, não protegidas pela legislação. Frágil (2) (x2) Áreas inseridas em APA ou em Zona Envoltória de UC de Proteção Integral, áreas com processos erosivos leves. Muito Frágil (4) (x2) Áreas de preservação permanente, áreas úmidas, solos muito suscetíveis à erosão, áreas com altas declividades, áreas ocupadas por populações tradicionais

Etapa 3: Análise dos impactos Abrangência do Impacto É o raio de ação do impacto ou o tamanho da área que este pode alcançar. Abrangência do Impacto Exemplos Local (Restrita à propriedade) (1) Perda ou aumento na renda do produtor, contaminação do agricultor devido à utilização de agrotóxicos. Microbacia (2) Assoreamento de curso d’água, aumento da infiltração de água no solo. Regional(4) Formação de corredores de biodiversidade, disseminação de espécie invasora.

Etapa 3: Análise dos impactos Magnitude do Impacto É a estimativa qualitativa ou quantitativa do porte ou extensão do impacto, ou seja, é a grandeza ou importância deste impacto. Magnitude do Impacto Exemplos Baixa (1) Perda ou aumento na renda do produtor, redução da quantidade de água infiltrada em pequena escala. Média (2) Supressão de vegetação sucessora em estágio inicial de regeneração, redução de assoreamento devido à adequação de estradas internas. Alta (4) Supressão de vegetação sucessora em estágio avançado de regeneração, redução da contaminação dos solos, ar, água, fauna e flora por agrotóxicos e fertilizantes.

Etapa 3: Análise dos impactos Permanência do Impacto (Para Impactos Positivos) Reflete o período de tempo que o impacto, se ocorrer, deverá durar e a possibilidade de sua maximização. Permanência do Impacto Exemplos Temporário (1) Aumento da renda do produtor provocada por atividade temporária. Permanente e Não-Maximizável (2) (x2) Redução dos riscos à saúde pela eliminação do uso de agrotóxicos. Permanente e Maximizável (4) (x2) Aumento da disponibilidade de água e redução de erosão/assoreamento com recuperação/reflorestamento de APPs.

Etapa 3: Análise dos impactos Permanência do Impacto (Para Impactos Negativos) Reflete o período de tempo que o impacto, se ocorrer, deverá durar e a possibilidade de sua reversão, ou, quando esta não é possível, sua mitigação. Permanência do Impacto Exemplos Temporário ou Reversível (1) Aumento da erosão/assoreamento durante a execução de obras. Permanente e Mitigável (2) (x2) Poluição atmosférica por emissão de fumaça e material particulado, poluição da água e do solo pela geração de resíduos sólidos orgânicos e efluentes. Permanente e Não-Mitigável (4) (x2) Redução da biodiversidade, destruição da paisagem.

Etapa 3: Análise dos impactos Frequência do Impacto Reflete a periodicidade da ocorrência do impacto, isto é, a regularidade com que este acontece. Frequência do Impacto Exemplos Esporádica (1) Aumento da erosão/assoreamento durante a execução de obras, supressão de vegetação para execução de obras. Cíclica (2) Aumento ou redução da renda do produtor em atividades temporárias. Contínua(4) Poluição atmosférica por emissão de fumaça e material particulado, poluição da água e do solo pela geração de resíduos sólidos orgânicos e efluentes.

Etapa 4: Hierarquização de impactos e classificação das atividades Após a análise dos impactos, a categoria final da atividade será aquela que corresponde a pontuação do impacto mais restritivo, relativo à esta atividade. Os impactos adversos que recebem maior pontuação são os mais importantes na escala do projeto, portanto são objeto de medidas mitigadoras ou preventivas específicas.

Categoria das Atividades Reúne ações para as quais se espera a geração de impactos positivos considerados importantes na escala do projeto. Categoria 2 Contempla intervenções que, por seu baixo potencial de geração de impactos (pontuação menor do que 64), não demandam medidas de controle específicas. Mesmo para este caso serão indicadas ações preventivas para garantir a condição de baixo potencial de baixo impacto. Categoria 3 Reúne as ações cujos impactos adversos são objeto de legislação específica, tanto aqueles decorrentes de atividades passíveis de licenciamento ambiental quanto aqueles para os quais a legislação define condicionantes ou medidas de controle, com pontuação menor que 64 pontos. Independente das determinações dos órgãos ambientais, deverão ser adotadas medidas mitigadoras previstas no PGA e outras práticas ambientais que venham a ser determinadas pela coordenação técnica do projeto. Categoria 4 Contempla as intervenções cujos impactos adversos receberam maior pontuação (igual ou maior que 64 pontos) e são também passíveis de licenciamento ambiental, portanto considerados mais importantes na escala do projeto. Esta categoria constitui o principal objeto do Plano de Gestão Ambiental, no qual serão previstas medidas mitigadoras ou preventivas específicas.

Exemplos Impacto mais restritivo, que define a categoria da prática

Exemplos

Exemplos de medidas mitigadoras – Produção Vegetal Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras Redução da diversidade de espécies da fauna e da flora. - A conservação dos elementos típicos da paisagem, com a conservação dos principais biótopos, considerando a necessidade de manutenção da Reserva Legal e das Reservas Ecológicas, em especial das matas de galeria, conservando assim a biodiversidade local. - A escolha da cultura adequada ao ecossistema da propriedade. - A utilização de práticas de cultivo de acordo com as características naturais do lugar. Contaminação dos solos, ar, água, fauna e flora por agrotóxicos e fertilizantes. - A utilização da rotação de culturas, de variedades geneticamente resistentes, do controle biológico e integrado de pragas, evitando ao máximo a utilização de agrotóxicos e a conseqüente contaminação das águas, dos solos, ou seja, dos ecossistemas da propriedade e vizinhos.

Exemplos de medidas mitigadoras – Produção Animal Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras Deterioração da fertilidade e das características físicas do solo devido à eliminação da vegetação pelo superpastoreio e à compactação do solo pelo pisoteio intensivo. Redução na capacidade de infiltração da água no solo devido à compactação. - Executar rotação de pastos. - Limitar o número de animais por área. - Controlar a duração do pastoreio. - Mesclar espécies para otimizar o uso da vegetação. - Implementar o replantio e a produção de forragem. - Restringir o acesso dos animais às áreas instáveis como,por exemplo, encostas. - Adotar medidas de controle da erosão. Riscos de contaminação do ar, das águas e dos solos no sistema de confinamento. - Localização adequada dos estábulos, especialmente com a adoção de distâncias adequadas de assentamentos humanos. - A adoção de medidas de armazenamento, tratamento,utilização e disposição adequada dos resíduos líquidos e sólidos gerados com a concentração de excrementos. - Adoção de medidas de higiene como a desinfecção.

Exemplos de medidas mitigadoras – Agroindústria Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras Alteração com perda de perfil do solo e da flora, com modificação dos recursos naturais, culturais e sítios arqueológicos. Alteração da drenagem superficial durante a implantação e operação do projeto. - Localizar a unidade distante de áreas pantanosas, úmidas e outros habitats frágeis e ecologicamente importantes, com a finalidade de reduzir e/ou concentrar os efeitos ambientais potenciais sobre o meio ambiente. - A vazão dos cursos d’água e/ou do manancial subterrâneo deve ser suficiente para abastecer a unidade e diluir os efluentes tratados (manancial superficial), sem comprometer os demais usos do manancial, ou em condições geológicas de menor possibilidade de contaminação (ex. existência de falhas geológicas que possibilitem a infiltração de efluentes).

Exemplos de medidas mitigadoras – Agroindústria Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras Contaminação das águas pela descarga de efluentes, e pela disposição inadequada dos resíduos sólidos. - Controlar a qualidade dos efluentes, especialmente da temperatura, pH, níveis de óleos e graxas, sólidos totais dissolvidos e suspensos, DBO e DQO. - Lançamento dos efluentes deve obedecer aos critérios legais estabelecidos em regulamentos (CONAMA – 020/86) e diretrizes do organismo ambiental. - No caso de tratamento por meio da reciclagem/fertirrigação, verificar as condições de absorção/ capacidade do solo. - Para o tratamento dos resíduos sólidos deve-se considerar: a capacidade do local em suportar o destino final, a existência de depósito nas proximidades (privados) ou de aterros sanitários públicos. - Procurar formas alternativas de reciclagem ou reutilização dos resíduos sólidos, nos processos ou por outras unidades (agrícolas, industriais) na região.

Referências Bibliográficas: Manual de Impactos Ambientais: orientações básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas / Banco do Nordeste; equipe de elaboração: Marilza do Carmo Oliveira Dias (coordenadora), Mauri César Barbosa Pereira, Pedro Luiz Fuentes Dias, Jair Fernades Virgílio. - 2ª ed. Fortaleza: Banco do Nordeste, 2008. Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro – SEAPEC, Superintendência de Desenvolvimento Sustentável - SDS; 2009. Avaliação Ambiental do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro (RIO RURAL). Publicação Eletrônica. Disponível em <http://www.microbacias.rj.gov.br/biblioteca_virtual.jsp >.