PROF. MARIA CRISTINA A. SÁNCHEZ MENINGITE BACTERIANA PROF. MARIA CRISTINA A. SÁNCHEZ
Mais grave na infância do que em adultos MENINGITES Infecção grave que apresentam em alguns casos alta mortalidade e morbidade. Mais grave na infância do que em adultos
MENINGITES Adquirida pelo trato respiratório e depois via hematogênica através de infecção adjacente, traumatismo craniano malformações
PATOGENIA IVAS BACTEREMIA Infecção através do plexo coróide e a microvasculatura cerebral Espaço subaracnoideo
PATOGENIA Liberação dos componentes de membrana Espaço subaracnóideo Liberação dos componentes de membrana (Endotoxina, ácido teicoico) Ação inflamatória Células endoteliais Astrócitos e microglia Produção de citoquinas(IL 1 e FNT )
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 0 - 2 MESES E. coli; Estreptococo grupo B ; Outros: Klebsiella; Aerobacter; Proteus; Estafilococo;
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 0 - 2 MESES E. coli
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 0 - 2 MESES Estreptococo grupo B
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 0 - 2 MESES Estreptococo grupo B
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 0 - 2 MESES Listeria monocytogenes
FATORES PREDISPONENTES MENINGITE NEONATAL FATORES PREDISPONENTES 1- Relacionados à gravidez e o parto; 2- Relacionados à criança; 3- Relacionados com o meio ambiente neonatal; 4- Relacionados com o microorganismo.
MENINGITE NEONATAL QUADRO CLINICO INÍCIO PRECOCE: Predominam sinais de Sepse; Apnéia ; Distress Respiratório; Hipotermia; Icterícia; diminuição das mamadas.
MENINGITE NEONATAL QUADRO CLÍNICO INÍCIO TARDIO: Predominam sinais Neurológicos Estupor ; Coma; Convulsão; Abaulamento da Fontanela;
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 3 MESES - 5 ANOS Pneumococo Meningococo H. influenzae tipo b
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 3 MESES - 5 ANOS H. influenzae
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 3 MESES - 5 ANOS PNEUMOCOCO
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 3 MESES - 5 ANOS MENINGOCOCO
MENINGITE BACTERIANA AGUDA AGENTES ETIOLÓGICOS 3 MESES - 5 ANOS MENINGOCOCO
QUADRO CLÍNICO MENINGITE DO LACTENTE INESPECÍFICO: Febre; Anorexia; Vômitos; Irritabilidade; Apatia/Sonolência; Fontanela abaulada.
DOENÇA MENINGOCOCCICA Pode apresentar-se de 3 formas: Meningite Meningococcemia: Presença de lesões de pele, petéquias, purpuras que pode ser precedidas por exantema, tipo máculo-papular. A forma fulminante, tem evolução rápida associada a sinais de choque e CIVD. Meningite e meningococcemia
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
DOENÇA MENINGOCOCCICA
Pós - Procedimento Neurocirúrgico: Staphylococcus epidermidis; SITUAÇÕES ESPECIAIS Pós - Procedimento Neurocirúrgico: Staphylococcus epidermidis; Staphylococcus aureus; Bacilos gram-negativos. Pós - traumatismo craniano fechado: Pneumococo.
Pós - Procedimento Neurocirúrgico: SITUAÇÕES ESPECIAIS Pós - Procedimento Neurocirúrgico: Staphylococcus aureus;
Pós - Procedimento Neurocirúrgico: SITUAÇÕES ESPECIAIS Pós - Procedimento Neurocirúrgico: Staphylococcus aureus;
Pós - Procedimento Neurocirúrgico: SITUAÇÕES ESPECIAIS Pós - Procedimento Neurocirúrgico: Staphylococcus aureus;
Diagnóstico
EXAME FISICO Estado geral: presença ou não de toxemia Estado de hidratação: hidratado desidratado leve desidratado moderado choque
EXAME FISICO Presença de sinais meníngeos: Rigidez de nuca; sinais de Kernig; Brudzinsky ; abaulamento de fontanela;
EXAME FISICO Presença de petéquias ou sufusões hemorrágicas (retirar toda a roupa da criança ao exame) Sinais de choque: freqüência cardíaca, perfusão periférica*, pulsos, pressão arterial sistêmica (com manguito adequado para o tamanho do paciente), diurese
Sinais de insuficiência cardíaca: freqüência cardíaca, freqüência respiratória, hepatomegalia, estertores pulmonares Nível de consciência: ativo ou alerta / sonolento / torporoso / comatoso - utilizar escala de Glasgow
Pupilas (tamanho e fotorreatividadade) Sinais neurológicos localizatórios
SINAL DE KERNIG
SINAL DE BRUDZINSKI
CONTRA INDICAÇÕES DA PUNÇÃO LOMBAR Edema de papila; Coma ; Hipertensão arterial; Bradicardia; Bradipnéia ou irregularidade respiratória; Anisocoria ou pupila dilatada fixa;
CONTRA INDICAÇÕES DA PUNÇÃO LOMBAR Ausência do reflexo oculo-cefálico; Convulsão recente ou prolongada; Crise Tônica; Hemiparesia; Choque séptico; Plaquetopenia
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL LIQUOR
LCR Na prática clínica, frente a um L.C.R. duvidoso recomenda-se manter a criança em observação e se necessário repetir a punção em 6-12 h que poderá mostrar um predomínio de mononucleares. Se há comprometimento do estado geral, deve-se instituir antibioticoterapia.
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO BACTERIOSCOPIA: Meningites purulentas: + em 75 % CULTURA CONTRA IMUNOELETROFORESE: H.influenza Pneumococo Meningococo LATEX: H. influenza: 100% Pneumococo 88% Meningococo 60%
ANTES DE INICIAR TRATAMENTO L C R CRITÉRIOS DE REPUNÇÃO ANTES DE INICIAR TRATAMENTO Se houver dúvida quanto a etiologia viral ou bacteriana; 6 - 8 horas após a primeira punção pela possível viragem do LCR.
APÓS INICIAR TRATAMENTO L C R CRITÉRIOS DE REPUNÇÃO APÓS INICIAR TRATAMENTO 1- Se não houver evidência clínica de melhora após 24 - 72 horas; 2- Meningite Neonatal ; 3- Paciente imunodeprimido ou transferido de outro serviço.
Aumento da glicorraquia Viragem de celularidade LCR PARÂMETROS DE MELHORA Aumento da glicorraquia Viragem de celularidade
LCR Celularidade: < 30 - 50 mm3; Proteínas : < 50 - 60 mg %; CRITÉRIOS DE CURA Celularidade: < 30 - 50 mm3; Proteínas : < 50 - 60 mg %; Glicorraquia : 40 - 60 % da Glicemia ;
TRATAMENTO CORTICÓIDE - DEXAMETASONA Usado nas meningites bacterianas em crianças com idade superior a 2 meses Dose: 0,6mg/kg/dia E.V. 6/6h – 4d 0,8 mg/Kg/dia E.V. 12/12 – 2d Aplicar 15 a 20 minutos antes da primeira dose do antibiótico.
TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA EMPÍRICO 2m – 17 anos: Dexametasona 0,6mgkgd 6/6h 4d Ceftriaxone 80-100 mgkgd 12/12h- 24h/24h OU Cefotaxime 225-300mgkgd 6/6h-8/8h Vancomicina 60mgkgd 6/6h Aciclovir 10mgkgds 8/8h
TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA 0 - 2 MESES Ampicilina associado a Cefotaxima Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma
TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA 2 MESES - 5 ANOS Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, IM ou EV, 12/12horas ou 1x/dia, Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma
TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERAPIA Acima 5 anos Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, IM ou EV, 12/12horas ou 1x/dia, 10 a 14 dias. · Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma
Dose: 0,6mg/kg/dia E.V. 6/6h - 4dias 0,8 mg/Kg/dia E.V. 12/12 - 2 dias TRATAMENTO CORTICÓIDE - DEXAMETASONA Usado nas meningites bacterianas em crianças com idade superior a 2 meses Dose: 0,6mg/kg/dia E.V. 6/6h - 4dias 0,8 mg/Kg/dia E.V. 12/12 - 2 dias Aplicar 15 a 20 minutos antes da primeira dose do antibiótico.
TRATAMENTO EMPÍRICO 1mes – 17 anos: Dexametasona: 0,6mgkgd 6/6h 4d Ceftriaxone :80-100 mgkgd 12/12h- 24h/24h OU Cefotaxime 225-300mgkgd 6/6h-8/8h Vancomicina: 60mg/kgd/ 6/6h Aciclovir :20mg/kg/dose 8/8h < 12 anos Infect Dis Clin N Am 22 (2008) 33-52
TRATAMENTO Meningococo: 5-7 H.Influenzae: 7-10 Pneumococo: 10 a 14 Tempo de tratamento: Meningococo: 5-7 H.Influenzae: 7-10 Pneumococo: 10 a 14 S. agalactie: 14 a 21 Gram-negativos: mínimo 21
TRATAMENTO Clinical Infectious Diseases 2004; 39:1267-84.Evidencia A III
TRATAMENTO Clinical Infectious Diseases 2004; 39:1267-84.Evidencia A III
TRATAMENTO Clinical Infectious Diseases 2004; 39:1267-84.
TRATAMENTO
TRATAMENTO NEONATOLOGIA Meropenem 40mg/kg/dose 8/8 hs Cefepime < 14 dias 30 mg/kg/dose 8/8 hs 14 dias 50 mg/kg/dose 8/8 hs NEOFAX 2007/2008
COMPLICAÇÕES GERAIS 1- Secreção inapropriada HAD 2- Choque e CIVD 3- Artrite meningocócica 4- Cardíacas: Miocardite Pericardite
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS 1- Efusão Subdural; 2- Hidrocefalia; 3- Tromboflebite; 4- Ventriculite; 5- Empiema subdural; 6- Abscesso Cerebral;
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EDEMA CEREBRAL
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EFUSÃO SUBDURAL
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EFUSÃO SUBDURAL
EFUSÃO SUBDURAL FREQÜÊNCIA: 35% FATORES QUE SE ASSOCIAM: Baixa Idade; Leucopenia; Proteína elevada no LCR.
EFUSÃO SUBDURAL CLÍNICA Pode ser assintomatico; Febre persistente; Convulsão focal; Aumento do PC; Fontanela abaulada; Sinais neurológicos focais;
EFUSÃO SUBDURAL DIAGNÓSTICO Tomografia de Crânio
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ventriculite
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ventriculite
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ventriculite
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Ventriculite
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICA Hidrocefalia
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Hidrocefalia
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS Trombose Cerebral
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EMPIEMA SUBDURAL
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EMPIEMA SUBDURAL
COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS EMPIEMA SUBDURAL
TRATAMENTO DAS SITUAÇÕES AGREGADAS CONVULSÕES: Diazepam: 0,3 - 0,5 mg/kg/dose Fenobarbital :- ataque: 10 - 15mg/kg manutenção: 5mg/kg Fenitoína: ataque: 15 - 20 mg/kg manutenção: 4 - 8 mg/kg
TRATAMENTO DAS SITUAÇÕES AGREGADAS SECREÇÃO INAPROPRIADA HAD a) Restrição hídrica: 60 a 70% do plano básico b) Diurético : Furosemide c) Se Na < 120 mEq/l: Solução NaCl a 3%
TRATAMENTO DAS SITUAÇÕES AGREGADAS EDEMA CEREBRAL: 1- Hiperventilação: PCO2 30mm hg 2- Manter Na > 135 3- Uso da droga a) Furosemide 1mg/kg b) Manitol 0,25 - 0,5 mg/kg/dose
TRATAMENTO DAS SITUAÇÕES AGREGADAS EFUSÃO SUBDURAL: Se houver sinais de HIC ou sinais focais esta indicado a punção subdural
TRATAMENTO DAS SITUAÇÕES AGREGADAS HIDROCEFALIA CIRÚRGICO: D.V.P.
SEQUELAS NEUROLÓGICAS 1- Paralisia de pares cranianos II, III, IV, VII, VIII Déficit auditivo: 20 %
SEQUELAS NEUROLÓGICAS EPILEPSIA SEQUELA DE MENINGITE AUTISTA HEMIPLEGIA À ESQ WEST
SEQUELAS NEUROLÓGICAS Retardo Mental Déficit Motor: Hemiplegias, tetraplegias
FEBRE PERSISTENTE OU RECORRENTE 1- Droga 2- Flebite 3- Outras causas: Efusão subdural Abscesso cerebral Trombose de seio lateral Artrite Otite Mastoidite Oftalmite
QUIMIOPROFILAXIA MENINGOCOCO: RIFAMPICINA: 10MG/KG/DS 4 DOSES DE 12/12H. ( MÁXIMO DE 600MG/ds adultos). Indicada a todos os contatos íntimos(domiciliares e creches), para profissional de saúde que entra em contato com secreções salivares ( respiração boca-boca, intubação).
QUIMIOPROFILAXIA H.influenzae tipo B: RIFAMPICINA: 20mg/kg/dia DOSE ÚNICA DIA 4 DIAS; Indicada para contatos íntimos familiares menores de 4 anos; Em caso de creches, recomenda-se a profilaxia a todas as crianças e profissionais quando há 2 ou mais casos em período inferior a 60 dias.
ISOLAMENTO: Respiratório ou total se houver lesões de pele para todas as crianças portadoras de meningite bacteriana por H.Influezae e meningococo nas primeiras 24 horas de tratamento.
OBRIGADA