XVI FIEALC ANKARA/TURQUIA. CAMINHAR BRASILEIRO NA GERAÇÃO DE ELETRICIDADE NA AMÉRICA LATINA.

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Transcrição da apresentação:

XVI FIEALC ANKARA/TURQUIA

CAMINHAR BRASILEIRO NA GERAÇÃO DE ELETRICIDADE NA AMÉRICA LATINA

Elaine Cristina Silva Santos Marcelo Micke Doti Paulo Alves de Lima Filho Sinclair Mallet Guy Guerra Professora, doutoranda no CES/Universidade de Coimbra, Portugal Professor doutor do Centro Estadual Paula Souza na Fatec/Mococa Professor/pesquisador do PGEN/CECS/UFABC, Santo André (SP).

O artigo, extrato de pesquisa desenvolvido por seus autores a respeito de novas formas de imperialismo, agora não mais por meio de invasões marítimo-militares, como no passado, mas sim por meio de acordos ditos legais, mas que não deixam de ser invasivos procura mostrar seu lado moderno. Para tal não deixa de recuperar preceitos teóricos dos estudiosos pioneiros.

CONCEITUALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (Podemos encontrar) “… no termo imperialismo todos os fenômenos do capitalismo moderno: cartéis, impostos protecionistas, poder financeiro e política colonial. Entendido desse modo o imperialismo é naturalmente uma necessidade vital para o capitalismo, Mas, essa interpretação não é senão uma frágil tautologia, que não nos diz outra coisa a não ser que o capitalismo não pode existir sem capitalismo.” (K. Kautsky, ).

A FORÇA DA ENERGIA ELÉTRICA Destaque-se, primeiramente, o papel da energia elétrica como fator de reprodução e acumulação do sistema econômico vigente. Sua complexidade e interdependência de insumos constitutivos dão força a tais fatores.

O processo de globalização com seu fundamental corolário – privatização – pelo qual passa todo o mundo e, no presente caso, a América Latina é mais que confirmador de ações decorrente para firmá-lo.

A força econômica da energia elétrica passa, principalmente a partir do governo que se instala em 2003, a exercer forte papel imperialista, como se verá. Para termos noção dessa força MIELNICK e NEVES (1988) [5] destacam a convergência de três processos de atividades produtivas: i) Estudos preliminares e projetos ; ii) Construção civil da barragem e iii) Fabricação dos equipamentos elétricos

O PODER FINANCEIRO: O IMPERIALISMO TOMA FORMAS NOVAS Mesmo sendo encarada como pleonasmo, a expressão “globalização mundial” é de importante menção por se tratar de um movimento de capitais substancialmente internacionalizados cuja única característica é a de serem voláteis e apátridas. A partir do momento em que o processo de privatização impõe-se no país a indústria de energia elétrica passa a ser encarada como mais uma mercadoria sua forma de reprodução deve atender aos desígnios de seus controladores, e não mais da Sociedade como até então.

Ainda que demande longa explanação, deve ficar clara a predominância do chamado capital financeiro. E tal forma de reprodução e acumulação dar-se-á com base nele, como predominante sendo outra característica do novo mundo da globalização e das formas novas, tentaculares, formando redes do imperialismo em “novo estilo”.

O ASPECTO GEOPOLÍTICO O Brasil tem hoje em construção, financiadas com recursos subvencionados pelo BNDES, obras em sete países da América do Sul e Central. Isso sem mencionar, por ser anterior a presente vaga, Itaipu, bi-nacional entre Paraguai e Argentina, a segunda maior UHE do mundo com capacidade de gerar 12 GW.

A Eletrobrás, empresa holding da indústria brasileira de energia elétrica, intenta acrescentar 18 GW de geração ao sistema até 2020 por meio de UHE além fronteiras. A demanda interna de energia elétrica projetada para esse mesmo período é de 70 GW, com 25% vindo do exterior.

O ESTADO BRASILEIRO NO NOVO MUNDO O governo que emerge em 2003 toma a si a tarefa de inserir o país nesse novo mundo, o da globalização, dentro daquilo que lhe é possível. Um dos caminhos é, aproveitando-se de conjuntura altamente favorável, utilizar a pujança que a indústria brasileira de construção civil vinha gradativamente tendo em anos anteriores, inclusive com obras no exterior.

Internamente tais empresas vinham, nesses anos recentes, adquirindo renome, principalmente, com as obras de construção de grandes usinas hidrelétrica. Fatores, também importantes para a expansão de tais empresas, foram a disponibilidade de capitais estatais financiadores de tais atividades e a necessidade interna de ampliar a geração, mesmo que em outros países, de energia elétrica.

Fatores, também importantes para a expansão de tais empresas, foram a disponibilidade de capitais estatais financiadores de tais atividades e a necessidade interna de ampliar a geração, mesmo que em outros países, de energia elétrica.

É totalmente impossível deixar-se de lado a questão de criação e expansão das antigas ideias de integração latino-americana. Vários programas foram tentados ao longo da história econômica brasileira latino- americana, com sucesso limitado tanto regional quanto temporalmente.

É totalmente impossível deixar-se de lado a questão de criação e expansão das antigas ideias de integração latino-americana. Vários programas foram tentados ao longo da história econômica brasileira.

A grande exceção, ainda que trôpega, passa a ser o Mercosul. Nesse, destaca-se a questão energética cuja maior e mais importante contribuição foi de propiciar a entrada e expansão da indústria do gás natural no país, majoritariamente em mão do grande capital internacional.