Professora : Janine Fernandes

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Transcrição da apresentação:

Professora : Janine Fernandes DISLIPIDEMIAS

Dislipidemia Alterações no metabolismo das lipoproteínas plasmáticas, levando a defeitos no transporte dos lipídios (colesterol e triglicérides). Na SM, a dislipidemia caracteriza-se pela presença de níveis baixos de HDL-c e níveis elevados de TG

Lipídios Plasmáticos São substâncias que servem como fonte de energia para os processos metabólicos do corpo. As duas principais gorduras do sangue são: Colesterol, Triglicerídeos (TG).

Colesterol endógeno - 70% Colesterol exógeno - 30% (Síntese celular – fígado/acetilCoA) Colesterol exógeno - 30% (Dieta – enzima colesteril esterase – forma livre) Precursor: aldosterona, cortisol, estradiol, progesterona, testosterona.

Insolúvel (água/sangue). Transporte ----- Complexo Lipoprotéico a) Low-Density Lipoproteins ou LDL “mau” Fígado ---- Tecidos (pequenas e densas ----- endotélio: ateroma). b) High-Density Lipoproteins ou HDL “bom” Excesso no sangue ----- Fígado.

VALORES

DOSAGEM DE LIPÍDIOS 1. Jejum de 12 hs. 2. Manter estado metabólico, dieta e peso ao menos nas duas semanas anteriores. 3. Esperar até três semanas em caso de doenças leves, mudanças dietéticas recentes.

DOSAGEM DE LIPÍDIOS 4. Traumas, Cirurgias, Infecções por bactérias, Doenças crônicas: alteram o perfil lipídico (Aguardar 3 meses). 5. Não fazer atividade física nas 24 h anteriores ao exame. 6. Não ingerir álcool nas 72 h anteriores ao exame.

DOSAGEM DE LIPÍDIOS 7. Dosagens seriadas sempre no mesmo laboratório. 8. Evitar estase venosa prolongada (> 2 minutos) durante a coleta. Pode causar hemoconcentração e elevação de todos os elementos do perfil lipídico.

DOSAGEM DE LIPÍDIOS COLESTEROL (TOTAL) SÉRICO Todo o colesterol – lipoproteínas. Exibe variação diária. Diminui em até 10% - Posição ereta, Decúbito dorsal. Diminui em certas patologias – IM agudo (24 a 48h). Persiste (6 a 8 semanas).

DOSAGEM DE LIPÍDIOS COLESTEROL (TOTAL) SÉRICO Aumenta – Cirrose biliar, hipotireoidismo, Sídrome nefrótica, Gravidez.

DOSAGEM DE LIPÍDIOS TRIGLICERÍDEOS Utilizar amostras de soro. Exibe variação diária. Aumenta – Obesidade, IM agudo, Glicocorticóides.

Classificação das Dislipidemias As dislipidemias primárias compreendem quatro tipos bem definidos: Hipercolesterolemia isolada – LDL-Colesterol  160mg/dL; Ex.: ateromas (LDL oxida e se aloja nas paredes do endotélio, formando placas de ateromas). Hipertrigliceridemia isolada – TG  150mg/dL; Hiperlipidemia mista (é a mais grave) – valores aumentados de ambos LDL-C e TG; HDL Colesterol baixo – redução isolada do HDL-C (homens <40mg/dL e mulheres <50mg/dL) ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG. IV Dir. Bras. 2007

TIPOS DE DISLIPIDEMIAS PRIMÁRIA Doença Defeito Genético Hipercolesterolemia Familiar Número reduzido de receptores de LDL Hipertrigliceridemia Familiar Defeito Genético . Hiperlipidemia combinada Familiar Defeito Genético. Deficiência de Lipoproteína Lipase Número reduzido de receptores de LPL Deficiência de Apo CII Incapacidade de síntese da Apo CII

Diagnóstico Laboratorial das Dislipidemias Perfil lipídico (Colesterol e frações, Triglicerídeos), Glicemia em jejum, Creatinina, Ácido úrico, Potássio, TSH, TGO ou AST TGP ou ALT e CPK ou CK.

COMO É FEITO O TRATAMENTO? Os níveis de lipídios (colesterol e triglicérides) no sangue podem ser reduzidos com o uso de modificações de estilo de vida, medicações e combinações dos dois. Em certos casos, o médico pode recomendar uma tentativa com mudanças dos hábitos de vida (cuidados com a alimentação, exercícios físicos, perda de peso) antes de resolver prescrever alguma medicação.

Tratamento Medicamentoso As metas terapêuticas são muito variáveis e dependem de fatores como risco para doença aterosclerótica, diabetes, HA e obesidade central. Por exemplo, em aterosclerose manifesta, a diretriz brasileira preconiza MEV (mudança de estilo de vida) + tratamento farmacológico e meta de LDL-C  70mg/dL.

MEDICAÇÕES UTILIZADAS? As principais classes de medicamentos são: a) Estatinas; b) Fibratos; C) Ácido nicotínico ou vitamina B3

DISLIPIDEMIAS EM GRUPOS ESPECIAIS Idosos (>70 anos) Atenção especial às dislipidemias secundárias. Estatinas mostram alta eficácia nessa faixa etária. Prevenção primária, dados ainda não disponíveis.

Aspectos Gerais A doença aterosclerótica é a principal causa de mortalidade no Brasil e a dislipidemia é uma dos seus principais fatores de risco. DM, hipertensão, alcoolismo e hipotireoidismo evoluem com hiperlipidemia. Os lípidios mais importantes são os fosfolípides, o colesterol, os triglicérideos e os ácidos graxos. As lipoproteínas são responsáveis pela solubilização e transporte dos lípidios no plasma.

Obesidade Definição adotada pela OMS: “Condição de acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, numa extensão em que a saúde pode ser prejudicada.” Garrow, 1988

Tipos de Obesidade Generalizada; Andróide, superior ou tipo “maçã” – gordura concentrada no tórax e abdômen; aumento da mortalidade; aumenta a morbidade (metabólicas e cardiovasculares); Ginecóide, inferior ou tipo “pêra” – A gordura está mais concentrada nos quadris e membros, mais associada a problemas articulares, circulatórios periféricos e estéticos.

Classificação pelo IMC - Obesidade - Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do Índice de Massa Corporal (IMC), padrão utilizado pela OMS, que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. IMC = Peso em Kg (Altura em m)2

Circunferência Abdominal Risco Elevado > 102 cm > 88 cm

Epidemiologia A prevalência da obesidade tem aumentado muito, constituindo num dos maiores problemas atuais de saúde pública, principalmente nos grandes centros urbanos. É o maior fator de desenvolvimento de DM-2 e está associada a HAS e a dislipidemia - fatores de risco importantes de DCV. PRADO, F.C.; RAMOS, J.; VALLE, J.R.; 2003

Etiologia e Fisiopatologia A obesidade tem sido atualmente considerada uma síndrome com múltiplos fatores etiológicos: genético; endócrino; psicológico; nutricional; neuroquímico; imunológico; cultural; social... Reconhecer e tratar essa condição é fundamental. PRADO, F.C.; RAMOS, J.; VALLE, J.R.; 2003

IMC e Magnitude de Risco Tipo de obesidade Moderado 25 e 29,9 Sobrepeso Alto 30 e 34,9 Obesidade grau I Muito Alto 35 e 39,9 Obesidade grau II Extremo Acima de 40 Obesidade grau III “mórbida” Consenso Latino Americano de Obesidade – 1998 www.abeso.org.br

Comorbidades Associadas a Obesidade

Tratamento da Obesidade É importante considerar a obesidade dentro da síndrome metabólica (obesidade, hipertensão, hiperinsulinismo, intolerância à glicose, hiperlipidemia) e também como fator de risco de doença coronariana (maior no sexo masculino). O objetivo não se restringe à perda ponderal, mas deve incluir o tratamento de doenças associadas, assim como das complicações relacionadas ao excesso de peso. PRADO, F.C.; RAMOS, J.; VALLE, J.R.; – 2003

Modalidades De Tratamento Dieta hipocalórica Implementação de atividade física Tratamento farmacológico Procedimentos cirúrgicos (na obesidade I, II e III, conforme doenças associadas) Terapia comportamental Nós atualmente começamos a construir um conceito de abordagem multidisciplinar para o controle de peso e a introduzir os quatro principais elementos que devem ser contemplados no programa... PRADO, F.C.; RAMOS, J.; VALLE, J.R.; – 2003 30

“Se pudermos dar a cada indivíduo a quantidade exata de nutrientes e de exercício, que não seja insuficiente nem excessiva, teremos encontrado o caminho mais seguro para a Saúde.” Hipócrates (a.C. 460 – 377 a.C.)