DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos. Constituição da República Federativa do Brasil - de 1988, inovou na.

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Transcrição da apresentação:

DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos. Constituição da República Federativa do Brasil - de 1988, inovou na ordem jurídica, reconhecendo expressamente a possibilidade de reparação do dano moral e pacificando questão que desafiava controvérsia no Judiciário nacional. Liberdade de expressão é garantida – com responsabilidade de reparar o dano causado.

DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos Comunicação Atual: integração da fala, texto, vídeo, áudio e telecomunicações eletrônicas; acelera as relações sociais e jurídicas; Relações, quase instantâneas;

DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos Comunicação Atual: Tempo urgente, urgentíssimo, do jornalista para apurar a notícia e passar a informação; Necessidade de maturação que o juiz deve ter para o julgamento de qualquer causa; O “tempo” de um é diferente em relação ao do outro, surgindo daí muita desinformação a respeito e gerando enorme área de atrito

DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos Comunicação Atual: Alguns magistrados entendem que as decisões judiciais proibindo a divulgação ou circulação de informações se baseiam na Constituição Federal, que prestigia os direitos à privacidade e de imagem, em detrimento da notícia ou informação. (Luis Felipe Salomão).

DIREITO E JORNALISMO Tema: Justiça e imprensa – Responsabilidade Civil e conflitos - Comunicação Atual: Para muitos juízes, não há censura quando se preserva princípios assegurados no texto constitucional e ainda mais quando a decisão pode ser impugnada com os recursos típicos do processo, situação muito diferente do censor do tempo da ditadura, que percorria as redações e, ao seu sabor e conveniência, ditava o que podia ou não ser publicado. (Luis Felipe Salomão) Jornalistas alegam que há uma “indústria da indenização”. Juízes afirmam que, sem matéria-prima, não se pode falar em “indústria.

DIREITO E JORNALISMO Bourdieu: “...a televisão, ela causa o que nós, os críticos literários, chamamos de efeito de real, que é poder de fazer ver e fazer crer naquilo que se faz ver. Esse poder de evocação tem efeitos de mobilização. Ela pode fazer existir ideias ou representações, mas também grupos. As variedades, os incidentes ou os acidentes cotidianos podem estar carregados de implicações políticas, éticas, capazes de desencadear sentimentos fortes, frequentemente negativos, como racismo, a xenofobia, o medo, o ódio e a simples narração, o fato de relatar implica uma construção social da realidade, capaz de exercer efeitos sociais de mobilização ou de desmobilização”.

DIREITO E JORNALISMO Papel do Judiciário: Atua no controle da atividade da comunicação social, sempre que às suas portas bate um interessado, o que deve ser levado em conta é a “ponderação de valores”. Existindo a aparente colisão de direitos fundamentais, cabe ao juiz avaliar, sopesar, estabelecer quais valores a preponderar, se a relevância da notícia e informação, ou o direito à privacidade e intimidade. Equação difícil de solucionar e que depende muito do exame do caso concreto.

DIREITO E JORNALISMO Responsabilidade civil dos jornalistas e das fontes Questão fundamental - veracidade da informação. A verdade deve ser objetiva, com adequação fiel do que foi narrado ao ocorrido; O que se deve verificar: o interesse social com a verdade subjetiva, vale dizer, a crença, por parte do jornalista ou do órgão de imprensa, naquilo que acredita ser real?

DIREITO E JORNALISMO Responsabilidade civil dos jornalistas e das fontes A tendência da jurisprudência é exigir a verdade objetiva, por isso a importância de serem obtidas fontes confiáveis, com absoluta responsabilidade na apuração da notícia. Busca observar: A ponderação de valores, entre o dever de noticiar, ensejando o direito da sociedade de estar bem informada, e o resguardo ao direito à intimidade e ao sigilo.

DIREITO E JORNALISMO Responsabilidade civil dos jornalistas e das fontes A matéria noticiosa necessita ser verdadeira; O interesse público na veiculação dos fatos deve preponderar; O jornalista ou órgão de imprensa deve usar o princípio da razoabilidade na forma como os fatos são noticiados

DIREITO E JORNALISMO Responsabilidade civil dos jornalistas e das fontes Enunciados 221 e 284 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça: “Enunciado São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.” “Enunciado A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa.”

DIREITO E JORNALISMO Características de uso da imagem (tratamento complexo e diferenciado): vedação ao aproveitamento econômico da imagem de uma pessoa, seja alguém público ou desconhecido, sem o seu consentimento; possibilidade de utilização da imagem de alguém para fins comerciais, com seu consentimento e nos limites deste; possibilidade, em relação à imagem de pessoas públicas ou notórias, não havendo exploração comercial, publicação de informações acerca delas em contextos informativos, sem necessidade de consentimento.

DIREITO E JORNALISMO Características de uso da imagem (tratamento complexo e diferenciado): possibilidade de divulgação, mesmo sem consentimento da imagem de pessoas envolvidas em eventos públicos; desde que respeitado o limite da informação; prevalência do interesse da ordem pública e sobretudo cultural na divulgação de imagens; preservação do decoro e honra, sem invasão de privacidade, quando se noticiam fatos a envolver pessoas, podendo o abuso acarretar dano moral.