Aconselhamento em Dependência Química Profª Carla Eloá Ferraz

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Transcrição da apresentação:

Aconselhamento em Dependência Química Profª Carla Eloá Ferraz TABACO Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC Disciplina: Tópicos Especiais em Psicologia I – Aconselhamento em Dependência Química Profª Carla Eloá Ferraz

Folha do tabaco , Inalada, Mascada e Aspirada - Cigarro - Charuto - Cachimbo - Fumo-de-rolo - Rapé

Dependência do “tabaco” Considerada o maior problema de saúde pública número um. A nicotina é o agente causador da dependência. Maior causa de morbidade e mortalidade em muitos países. Mais de 200 mil pessoas morrem por ano pelo fumo.

Nicotina: Aumenta o ritmo cardíaco Aumenta a pressão arterial Aumenta o depósito de colesterol Aumenta a força das contrações cardíacas Aterosclerose ( CO e Nicotina) Diminui o calibre dos vasos sangüíneos

Doença coronariana (25%) Doenças pulmonares (85%) Angina e infarto do miocárdio Doenças pulmonares (85%) Bronquite e enfisema Câncer (30%) Pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, estômago e fígado Doença cerebrovascular (25%) Derrame cerebral (AVC) Outras doenças associadas ao tabagismo hipertensão arterial, infecções respiratórias, leucemia, catarata, menopausa precoce, disfunção erétil, etc.

Efeitos a médio e longo prazo Efeitos a curto prazo Irritação nos olhos Manifestações nasais Tosse e cefaléia Aumento dos problemas alérgicos e cardíacos Efeitos a médio e longo prazo Redução da capacidade respiratória Risco aumentado em até 50% para infecções respiratórias em crianças Aumento do risco de aterosclerose Risco aumentado em 24% para infarto do miocárdio que os não fumantes não expostos à PTA; Risco aumentado em 30% para câncer de pulmão que os não fumantes não expostos à PTA.

Leis para conscientizar sobre os malefícios do tabagismo Leis para regular a disponibilidade dos produtos do tabaco. Leis para garantir a proteção à saúde, direito e bem-estar dos não-fumantes

não incluir a participação de crianças ou adolescentes. Lei Federal n.º 9.294/1996, sobre restrições ao uso e propaganda de derivados de tabaco e Lei Federal n.º 10.167/2000, que altera a anterior. a propaganda comercial dos produtos fumígenos só poderá ser efetuada através de pôsteres,painéis e cartazes na parte interna dos locais de venda. não associar o uso do produto à prática de atividades esportivas, olímpicas ou não. não incluir a participação de crianças ou adolescentes. ao infrator desta lei aplicam-se multa de R$ 5.000,00 a R$ 100.000,00

O que faz as pessoas se tornarem fumantes? Publicidade Aceitação social Fácil acesso Modelos de comportamento Suscetibilidade individual 90% dos Fumantes começaram a fumar até os 19 anos

Por que as pessoas continuam a fumar? “Para relaxar, pelo sabor, para preencher o tempo, para fazer alguma coisa com as mãos. Mas na maioria dos casos, as pessoas fumam porque sentem que deixar de fumar é muito difícil” Phillip Morris:apresentação interna, 1984

Estabelecendo a dependência física no médio de cigarros fumados por adolescen-tes ( 9 /dia) no médio de cigarros fumados por adultos (18 a 20/dia) Tolerância Necessidade crescente de nicotina para atingir o efeito desejado

Estabelecendo os condicionamentos Busca e auto-administração de nicotina Associações automáticas: após as refeições atividades intelectuais após cafezinho ao beber ao dirigir Os processos comportamentais podem ser divididos em 2 categorias: Automáticos e não automáticos Não automático ou processo controlado – processo relativamente lento deliberado, consciente, associado com um sentimento de ação desejada. Automáticos - processos incorporados, que não requerem consciência, atenção deliberada ou controlada. Quando um estímulo específico existe, um processo automático é desencadeado sem requerer atenção consciente ou grandes recursos cognitivos. Por exemplo, quando dirigimos, nós não nos damos conta que estamos passando a marcha. Muitas vezes um estímulo nos faz frear instintivamente. No dia a dia do fumante, o fumar é visto como um processo que requer pouca consciência ou controle deliberado do ato de pegar um maço de cigarro, acender e fumá-lo O uso da nicotina passa ser associado a estímulos ambientais e assim se criam CONDICIONAMENTOS, que levam o indivíduo a acender um cigarro, na maioria das vezes sem perceber. Quantos fumantes não se dão conta muitas vezes de que acendeu um cigarro sem sequer perceber, estimulados por uma situação de estresse, por um cafezinho, a visão de alguém fumando. Dessa forma, o processo associado com a busca da nicotina e a auto-administração são automáticos. Processos não automáticos são necessários para se sobrepor ou resistir a processos automáticos. Portanto, existem apenas 2 tipos de situações onde o processo não automático é requerido para lidar com o fumar: .quando o fumante precisa vencer obstáculos para fumar. .quando o fumante está tentando deixar de fumar.

Manutenção do ato de fumar Condicionamentos Tentativa de evitar a síndrome de abstinência Aceitação social Dependência psicológica

Gatilhos

SITUAÇÕES PONTENCIAIS PARA UTILIZAÇÃO DO APOIO MEDICAMENTOSO Somente os grandes dependentes físicos de nicotina se beneficiam com o apoio medicamentoso. Assim, as situações potenciais para sua utilização devem seguir pelo menos um dos seguintes critérios: Pacientes que fumam 20 ou mais cigarros por dia. Pacientes que fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam, no mínimo 10 cigarros por dia. Pacientes com Teste de Fagerström igual ou maior do que 5. Pacientes que tentaram parar com abordagem cognitivo-comportamental, e não conseguiram devido a sintomas de abstinência insuportáveis. Não haver contra-indicações clínicas.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO REPOSIÇÃO DE NICOTINA GOMA DE MASCAR ADESIVO TRANSDÉRMICO BUPROPIONA NORTRIPTILINA

TERAPIAS Comportamentais, grupos de educação e suporte, hipnose, auto-ajuda, psicodinâmica,etc. A principal e de comprovada eficácia é a terapia cognitivo-comportamental. A terapia combinada oferece tratamento para a síndrome de abstinência e desenvolve habilidades para não fumar. Ela aumenta consideralmente o número de pessoas que param de fumar, quando comparada a tratamentos isolados.

REFERÊNCIAS http://medjunior.vilabol.uol.com.br/falando.htm. Figlie N. B, Bordin S., Laranjeira R., Aconselhamento em dependência química, São Paulo: Roca, 2004