O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS SURDAS

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Transcrição da apresentação:

O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS SURDAS FACULDADE DOM BOSCO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO “Lato Sensu” EM: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS SURDAS Inês Catarina Soeiro Terres CHAPECÓ – SC 2013

JUSTIFICATIVA Com o objetivo de enaltecer o conhecimento na área de Educação Especial adentrei no curso de pós-graduação em Atendimento Educacional Especializado. No decorrer do curso minha curiosidade sobre o processo de alfabetização e letramento de crianças surdas foi aguçada, despertando em mim o desejo de entender e compreender esse processo. Optou-se então pela escolha do tema, que é de suma importância para os educadores, não só para os de AEE, mas para todos, tendo-se em vista que os alunos com surdez frequentam a escola regular, nesse sentido, visa-se desenvolver capacidades com o trabalho com essas crianças.

PROBLEMA DE PESQUISA Como Alfabetizar Letrando Crianças surdas?

OBJETIVOS Objetivo geral: Analisar como alfabetizar letrando crianças surdas. Objetivos específicos: Reconhecer o processo de alfabetização e letramento de crianças surdas; Diferenciar os conceitos de alfabetização e letramento; Compreender a cultura e identidade surda para que aconteça o feedback durante o processo educacional; Obs: estão de acordo com os títulos dos capítulos? Estranhei esse último. O referencial teórico deu conta de responder o objetivo geral?

BASE METODOLÓGICA A presente pesquisa apresenta um estudo de cunho bibliográfico sobre o processo de alfabetização e letramento dos alunos com surdez, diversos autores foram estudados com o objetivo de se ampliar os conhecimentos e concepções acerca da educação de surdos . Procurou-se estabelecer uma metodologia que enxergue o aluno com surdez, de maneira total, alfabetizando, letrando, instigando e preparando para uma vida em sociedade. Compreendendo a realidade e interagindo de forma significativa, respeitando sua cultura, seus valores, suas especificidades, visando o pleno desenvolvimento educacional e social.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Busca-se nos diferentes autores base para a pesquisa: Quadros (2000), Sá(2006) entre outros, referem-se a cultura e identidade do deficiente auditivo. Com a colaboração dos autores: Soares (1998, 2001, 2003, 2004), Kleiman (1995), entre outros, aborda-se e diferencia-se a alfabetização de letramento. Soares (2001, 2003), Quadros (1997, 2000, 2004, 2005, 2006), Reily (2003), Fernandes (2008), ente outros, contextualizam a alfabetização e letramento das crianças surdas e pontuam sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais e que a aprendizagem do aluno surdo acontece predominantemente pelo visual e que a alfabetização ocorre através da memorização.

ALFABETIZAÇÃO Alfabetização não é um estado, mas um processo ALFABETIZAÇÃO Alfabetização não é um estado, mas um processo. A aquisição da escrita como sistema de representação envolve tanto o conhecimento que o aluno já tem sobre esse objeto ao chegar a escola, quanto a intervenção do adulto alfabetizado, na maneira de como vive e conduz esse processo. LETRAMENTO Resultado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais da leitura e da escrita. Inicia antes da entrada na escola e está em processo contínuo. Letramento determina a alfabetização.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DA CRIANÇA SURDA. Faz sentido o termo letramento com crianças surdas se significado por meio da Libras, assim a Língua Portuguesa terá suas funções sociais representadas. O bilinguismo busca captar o direito da criança surda em ser ensinada na língua de sinais, sua língua natural, adquirida de forma espontânea. O bilinguismo promove condições para que as pessoas com surdez possam criar ou ter oportunidade no convívio social. Somente depois da exposição da língua de sinais, a criança surda poderá desenvolver-se linguística e cognitivamente. O nível de fluência em Libras do aluno surdo refletirá na vida escolar, dando subsídios para não só ser alfabetizado na Língua Portuguesa, mas letrado.

Alfabetizar letrando vai além de promover o domínio do princípio alfabético, o objetivo é que as crianças usem a escrita como veículo para construção e troca de sentidos em sua interação social. A Libras é a porta aberta para o letramento. Os ouvintes se alfabetizam pelo som, porém as crianças portadoras de surdez se alfabetizam pelo visual. Representam pela escrita sua fala, que é a Língua de Sinais, que possuí características visuais, processam seus pensamentos através de sinais, para depois passar a escrita para a Língua Portuguesa. Os surdos se orientam pela visão, daí a necessidade de trabalhar textos com ilustrações , visionários. Desenhos, registros, gráficos, imagens fixados em materiais o que favorece a aprendizagem.

O letramento indica caminhos para o uso competente e constante do português, como segunda língua, nas destrezas da leitura e escrita. Se o discente surdo não for letrado, não somente em técnicas de escrever e ler, em seu saber,conhecimento e interpretação da realidade e do mundo, não chegaria à compreensão do mais simples conceito. O discente surdo pode ser alfabetizado e letrado, isso depende das escolhas feitas, não pelos alunos surdos, mas dos professores, dos órgãos de educação, no sentido de que se promova em tempo, a essas crianças o desenvolvimento da linguagem e a aquisição da Língua de Sinais, bem como, o acesso a uma proposta educacional bilíngue que vise à alfabetização e letramento. E o slogan da instituição? Pergunta: respondeu o objetivo geral?