SOCIOLOGIA POLÍTICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA PROF. JAIR JOSÉ MALDANER.

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Transcrição da apresentação:

SOCIOLOGIA POLÍTICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA PROF. JAIR JOSÉ MALDANER

POLÍTICA ela é uma atividade específica de alguns profissionais da sociedade ou concerne a todos nós, porque vivemos em sociedade?

Afinal, a pol í tica é uma profissão entre outras ou é uma a ç ão que todos os indiv í duos realizam quando se relacionam com o poder? A pol í tica se refere à s atividades de governo ou a toda a ç ão social que tenha como alvo ou como interlocutor o governo ou o Estado?

17/1/2016Práticas Judiciárias4 política: três significados principais inter-relacionados: 1- o significado de governo, entendido como direção e administração do poder público, sob a forma do Estado. GOVERNO: diz respeito a programas e projetos que uma parte da sociedade propõe para o todo que a compõe. ESTADO: é formado por um conjunto de instituições permanentes que permitem a ação dos governos.

17/1/2016Práticas Judiciárias5 2. o significado de atividade realizada por especialistas – os administradores – e profissionais – os políticos -, pertencentes a um certo tipo de organização sociopolítica – os partidos -, que disputam o direito de governar, ocupando cargos e postos no Estado. SENSO COMUM: A política é feita “por eles” e não “por nós”, ainda que “eles” se apresentem como representantes “nossos”;

17/1/2016Práticas Judiciárias6 3. o significado, derivado do segundo sentido, de conduta duvidosa, não muito confiável, um tanto secreta, cheia de interesses particulares dissimulados e freqüentemente contrários aos interesses gerais da sociedade e obtidos por meios ilícitos ou ilegítimos.

17/1/2016Práticas Judiciárias7 VISÃO PEJORATIVA: Esta aparece como um poder distante de nós (passa-se no governo ou no Estado), exercido por pessoas diferentes de nós (os administradores e profissionais da política), através de práticas secretas que beneficiam quem as exerce e prejudicam o restante da sociedade.

17/1/2016Práticas Judiciárias8 Onde está o paradoxo? Na divergência entre o primeiro e o terceiro sentido da palavra política, pois o primeiro se refere a algo geral, que concerne à sociedade como um todo, definindo leis e costumes, garantindo direitos e obrigações, criando espaço para contestações através da reivindicação, da resistência e da desobediência, enquanto o terceiro sentido afasta a política de nosso alcance, fazendo-a surgir como algo perverso e maléfico para a sociedade. A divergência entre o primeiro e o terceiro é provocada pelo segundo significado, isto é, aquele que reduz a política à ação de especialistas e profissionais.

17/1/2016Práticas Judiciárias9 Tomemos um exemplo recente da história da política do País. Em 1993, durante o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do pedido do ex-presidente da república, Fernando Collor de Mello, de não-suspensão de seus direitos políticos, ouvimos, em toda a parte, a afirmação de que o Poder Judiciário (do qual o Supremo Tribunal Federal é o órgão mais alto) só teria sua dignidade preservada se o julgamento do pedido não fosse um “julgamento político”.

17/1/2016Práticas Judiciárias10 Mais paradoxal, ainda, foi o modo como os juízes, após o julgamento, avaliaram seu próprio trabalho, dizendo: “Foi um julgamento legal e não político”. Ora (e nisso reside o paradoxo), a lei não é feita pelo Poder Legislativo? Não é parte da Constituição da República? Não é parte essencial da política? Como, então, separar o legal e o político, se a lei é uma das formas fundamentais da ação política?

17/1/2016Práticas Judiciárias11 Na verdade, quando se insistia em que o julgamento “não fosse político” e se elogiava o julgamento por “ter sido apenas legal”, o que estava sendo pressuposto por todos (sociedade e juízes) era a identificação costumeira entre política e interesses particulares escusos, contrários aos da maioria, que por isso deve ser protegida pela lei contra a política. O paradoxo está no fato de que uma forma essencial da política – a lei – aparece como proteção contra a própria política.

17/1/2016Práticas Judiciárias12 1- a política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco. INVENÇÃO DA POLÍTICA

17/1/2016Práticas Judiciárias13 2- A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou rejeitar as ações que dizem respeito a todos os seus membros. Como explicar, então, que seja percebida como algo que não nos concerne, mas nos prejudica, não nos favorece, mas favorece aos interesses escusos e ilícitos de outros?

17/1/2016Práticas Judiciárias14 As pessoas que, desgostosas e decepcionadas, não querem ouvir falar em política, recusam-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho políticos, afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas, mesmo tais pessoas, com seu isolamento e sua recusa, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem como estão e, portanto, que a política existente continue tal qual é. A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política.

17/1/2016Práticas Judiciárias15 vocabulário usado em política: democracia, aristocracia, oligarquia, tirania, despotismo, anarquia, monarquia são palavras gregas que designam regimes políticos; república, império, poder, cidade, ditadura, senado, povo, sociedade, pacto, consenso são palavras latinas que designam regimes políticos, agentes políticos, formas de ação política.

17/1/2016Práticas Judiciárias16 A palavra política é grega: ta politika, vinda de polis. Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (politikos), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar).

17/1/2016Práticas Judiciárias17 Civitas é a tradução latina de polis, portanto, a Cidade como ente público e coletivo. Res publica é a tradução latina para ta politika, significando, portanto, os negócios públicos dirigidos pelo populus romanus, isto é, os patrícios ou cidadãos livres e iguais, nascidos no solo de Roma.

17/1/2016Práticas Judiciárias18 Polis e civitas correspondem (imperfeitamente) ao que, no vocabulário político moderno, chamamos de Estado: o conjunto das instituições públicas (leis, erário público, serviços públicos) e sua administração pelos membros da Cidade. Ta politika e res publica correspondem (imperfeitamente) ao que designamos modernamente por práticas políticas, referindo-se ao modo de participação no poder, aos conflitos e acordos na tomada de decisões e na definição das leis e de sua aplicação, no reconhecimento dos direitos e das obrigações dos membros da comunidade política e às decisões concernentes ao erário ou fundo público.

17/1/2016Práticas Judiciárias19 Polis e civitas correspondem (imperfeitamente) ao que, no vocabulário político moderno, chamamos de Estado: o conjunto das instituições públicas (leis, erário público, serviços públicos) e sua administração pelos membros da Cidade. Ta politika e res publica correspondem (imperfeitamente) ao que designamos modernamente por práticas políticas, referindo-se ao modo de participação no poder, aos conflitos e acordos na tomada de decisões e na definição das leis e de sua aplicação, no reconhecimento dos direitos e das obrigações dos membros da comunidade política e às decisões concernentes ao erário ou fundo público.

17/1/2016Práticas Judiciárias20 A POLÍTICA E O ESTADO POLÍTICA = GOVERNAR A CIDADE (GREGOS) POLÍTICA: OBTENÇÃO, EXERCÍCIO E MANUTENÇÃO DO PODER ( MAQUIAVEL)

17/1/2016Práticas Judiciárias21 NO PÓS GUERRA NASCE A TEORIA DOS SISTEMAS. ADMINISTRAÇÃO. ENFOQUE NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES OU PROCESSO DECISÓRIO.

17/1/2016Práticas Judiciárias22 PORTANTO, TRÊS TENDÊNCIAS: GOVERNO DA CIDADE PODER TOMADA DE DECISÕES

17/1/2016Práticas Judiciárias23 POLÍTICA: PROCESSO PELO QUAL OS VÁRIOS GRUPOS DE INTERESSE E DE IDÉIAS DIFERENTES, FAZENDO USO DE SEUS PODERES, CHEGAM ÀS DECISÕES QUE GOVERNAM A SOCIEDADE.

17/1/2016Práticas Judiciárias24 ESTADO: TERRITÓRIO DEFINIDO, IDIOMA COMUM. PAÍS: HABITADO POR UMA POPULAÇÃO, CONCEITO MERAMENTE ESTATÍSTICO. POVO: CONCEITO JURÍDICO – ENGLOBA OS CIDADÃOS DE UM ESTADO, MOREM ELES OU NÃO EM SEU TERRITÓRIO.

17/1/2016Práticas Judiciárias25 CIDADANIA: ATRIBUÍDA POR NASCIMENTO OU NACIONALIDADE DOS ASCENDENTES. OU, ADQUIRIDA POR NATURALIZAÇÃO. NAÇÃO: CONCEITO CULTURAL OU AFETIVO. PÁTRIA: CONCEITO AFETIVO ASSOCIADO A UM TERRITÓRIO. É REGIÃO DA TERRA QUE UMA NAÇÃO JULGA SER, DE DIREITO, A SUA. EX. CONFLITO ISRAELENSES E PALESTINOS.

17/1/2016Práticas Judiciárias26 O PODER DO ESTADO REQUER A QUALIDADE DA SOBERANIA SOBERANIA: ??? A ÚLTIMA PALAVRA EM SEU TERRITÓRIO PERTENCE AO SEU GOVERNO. GLOBALIZAÇÃO, BLOCOS ECONÔMICOS X SOBERANIA

17/1/2016Práticas Judiciárias27 AUTORIDADE: MAX WEBER: DERIVA DA LEGITIMIDADE, OU SEJA, O CONSENTIMENTO DOS SUBORDINADOS QUANTO AO SEU EXERCÍCIO. SEM LEGITIMIDADE PODE EXISTIR FORÇA OU PODER, MAS NÃO EXISTIRÁ AUTORIDADE. AUTORIDADE X AUTORITARISMO

17/1/2016Práticas Judiciárias28 UM ESTADO DEMOCRÁTICO SE FUNDAMENTA NUMA CONSTITUIÇÃO QUE ESTABELECE AS REGRAS DO JOGO POLÍTICO E PROTEGE OS CIDADÃOS CONTRA OS EXCESSOS DO PODER DO ESTADO. CONSTITUIÇÃO – LEI MÁXIMA DE UM PAÍS, A QUAL DEVEM DEVEM SE SUBMETER TODAS AS DEMAIS LEIS.

17/1/2016Práticas Judiciárias29 ELEIÇÕES QUANTO MAIS AUTÊNTICO O SISTEMA ELEITORAL, MAIOR A DEMOCRACIA. TIPOS DE VOTO: ABERTO OU SECRETO RESTRITO OU UNIVERSAL OBRIGATÓRIO OU FACULTATIVO DIRETO OU INDIRETO MAJORITÁRIO OU PROPORCIONAL.