FILOSOFIA.

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Transcrição da apresentação:

FILOSOFIA

Filósofos Clássicos: Sócrates Prof. Ricardo Lima

Sócrates Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em sociedade passa a ser uma questão importante. Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande importância, nesse período de expansão urbana da Grécia, por isso, a sua preocupação central é com a seguinte questão: como devo viver? As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência para o espaço da cidade que era um fenômeno relativamente novo na história da humanidade, diferente da vida do campo, com mais agitação política, comercial e social. Nesse sentido, debatiam questões importantes para o convívio em sociedade, ex: ética, fazer o bem, virtudes, política, etc.

Atenas, Grécia antiga

Atenas, na época de Sócrates

Sócrates Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores. Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados, praças, prédios públicos, etc.)e debatia com as pessoas interessadas sobre assuntos referentes a vida em sociedade. O conteúdo dos diálogos chegou até nós por meio de seus discípulos, especialmente de Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito.

Sócrates Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. Como atingir a sabedoria? Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe nada. Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.

Sócrates: maiêutica Maiêutica: método para chegar ao conhecimento. Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou a maiêutica. Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a perceber por si só sua própria ignorância sobre os assuntos tratados. Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade.

Sócrates: maiêutica Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as idéias, está se subentendendo que o conhecimento está dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o conhecimento. Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo, contemplara as idéias na sua essência, no mundo das Idéias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar. Conhecer é recordar. A objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E, aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai chegando a um conceito mais puro, mais correto.

APOLOGIA À SOCRATES Platão

Apologia de Sócrates Exprime a versão da defesa feita por Sócrates em seu próprio julgamento. Motivos do julgamento: Corromper a juventude Não aceitar os deuses que são reconhecidos pelo estado, Introduzir a crença em novas divindades. Para Platão, Sócrates era vítima do poder do discurso político que agiu contra o raciocínio filosófico. Uma vez que a filosofia é superiora à política, Sócrates não poderia ser condenado porque o que ele fazia era tão somente filosofar. A arte de filosofar encontrava-se justamente na atividade que foi suscitada pela sacerdotisa do Oráculo que Delfos que afirmou ser Sócrates o mais sábio de todos os homens.

A ignorância como ponto de partida A ignorância é a condição prévia para a busca do conhecimento. A expressão “sei que nada sei” é o reconhecimento de ignorância diante dos principais temas humanos e, ao mesmo tempo, é uma possibilidade de se estabelecer um diálogo. Cabe ao homem o exercício da dúvida com o propósito de fazer com que seus interlocutores percebam as falhas de seus argumentos e o seus conhecimentos falhos.

A moral socrática: conhecimento e virtude A moral na filosofia socrática está vinculada à superação das opiniões, das crenças e dos costumes (senso comum) pelo uso da razão. Em Sócrates, o conceito de areté é visto como virtude plena contida no conhecimento. A moral socrática: conhecimento e virtude Se a virtude está atrelada ao conhecimento, então ela deve ser explicada e justificada pela razão. Os valores morais possuem existência objetiva. O conhecimento do bem e a prática do mal são termos incompatíveis. A virtude torna-se, aqui, sinônimo de felicidade.

Todos os bens da alma vêm de uma mesma qualidade: virtude da sabedoria. A proposta socrática é a autonomia moral dos homens a partir do discernimento racional entre o certo e o errado, em sua autêntica areté, fundamentada na razão e na existência de valores morais em si.

Quem é virtuoso? É o homem que dedica sua vida na importante tarefa de encontrar a natureza da virtude. Para alcançar a virtude Sócrates estabelece o método da dialética, que consiste em mostrar, mediante o diálogo, um debate racional sobre qualquer tema, onde todos assumem uma posição de igualdade e com honestidade vão construir conjuntamente um conhecimento preciso acerca do tema da discussão. O método dialético tem como objetivo a libertação da alma do caminho da ignorância.

Passos para a dialética Tornar-se um aprendiz (sei que nada sei). Exortação (exigência de uma explicação mais plausível com aquilo que se debate. Indagação (lançar perguntas sobre o problema) Ironia (jogo de disfarces e fingimentos) Refutação (recusa de um pensamento que provoca o nascimento de uma ideia) Maiêutica (final do diálogo – gerar novas ideias)

O destino de Sócrates A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates. Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz: Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe.

Local do julgamento de Sócrates