Escola de Formação Fé, Política e Trabalho

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Transcrição da apresentação:

Escola de Formação Fé, Política e Trabalho Economia solidária: alternativa à crise do emprego ou nova cultura do trabalho? Profa. Vera Schmitz Agosto/2008

Iniciativas solidárias - A economia solidária nasce como uma proposta de inclusão social, como uma busca de alternativa coletiva de geração de trabalho e renda para o trabalhador e suas famílias. - Surge no Brasil a partir dos anos 80, originada de experiências ocorridas nos meios populares rurais e urbanos. Porém, é nos anos 90 que se generaliza e adquire maior espaço e reconhecimento.

Alguns aspectos da trajetória da Ecosol Projetos alternativos comunitários - PACs; Empresas recuperadas por trabalhadores; Alternativa de trabalho emancipado, de melhoria de renda e de inclusão social; Atividades econômicas associativas como alternativa ao “empreendedorismo individual”; Valorização de redes solidárias de produção, comercia-lização e consumo; Associativismo e cooperativismo na organização da agricultura familiar; Políticas públicas de economia solidária; Fóruns e redes de economia solidária.

O conjunto de atividades econômicas – de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito – organizadas e realizadas solidaria-mente de forma coletiva e autogestionária. “A economia solidária é o conjunto de atividades econômicas organizadas e realizadas solidaria-mente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma de autogestão” (ASSEBURG, 2006).

“... a economia solidária é uma forma da economia que se desenvolve através de empreendimentos autogestionados, uma forma coletiva e participativa em que os próprios trabalhadores são produtores, proporcionando uma distribuição mais justa da renda e estimulando relações sociais de produção e consumo baseadas na cooperação, na solidariedade e na satisfação e valorização dos seres humanos e do meio ambiente” (MELLO, p. 151-2, 2005).

“A Economia Solidária é uma prática regida pelos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano, tendo em vista um projeto de desenvolvimento sustentável global e coletivo. Também é entendida como uma estratégia de enfrentamento da exclusão social e da precarização do trabalho, sustentada em formas coletivas, justas e solidárias de geração de trabalho e renda” (SENAES)

VIABILIDADE ECONÔMICA Algumas características da Economia Solidária: COOPERAÇÃO VIABILIDADE ECONÔMICA SOLIDARIEDADE AUTOGESTÃO

Desenvolvem atividades econômicas nos setores de: produção de bens; - Constituem-se sob forma de grupos informais, associações, cooperativas, empresas de autogestão; Desenvolvem atividades econômicas nos setores de: produção de bens; prestação de serviços; finanças solidárias; comércio justo; consumo solidário.

O CAMPO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL Fóruns Estaduais SENAES Governo Federal Conselhos de Economia Solidária Organizações de Finanças Solidárias Empresas Recuperadas Governos Municipais e Estaduais Fórum Brasileiro de ES Instâncias de Políticas Públicas de ES Empreendimentos Econômicos Solidários - EES Cooperativismo popular Rede de Gestores Públicos Economia Solidária Redes de ES Associações, Clubes de Trocas, Grupos Redes de Empreendimentos Fóruns, Redes e Frentes UNISOL Frentes Parlamentares Entidades de Apoio e Fomento Igrejas e Pastorais Sociais ANCOSOL Ligas ou Uniões de EES ANTEAG Setoriais de Economia Solidária ONG’s, Oscips Incubadoras Universitárias de ES UNICAFES COCRAB MST Movimento Sindical Fonte: www.mte.gov.br

Quadro comparativo entre economia capitalista e EPS (Cáritas Brasileira, 2006) ASPECTOS ECONOMIA CAPITALISTA EPS Lógica Acumulação/lucro Ampliação da qualidade de vida Relações internas Patrão x empregado Autogestão cooperativa Protagonismo Representações empresariais Organizações do movimento da EPS Educação Para a competitividade/ individualista Para a solidariedade em rede Projeto de desenvolvimento Monopolista, explorador de meio ambiente e pessoas Desenvolvimento/ sociedade sustentável Políticas Excludentes e compensatórias Fortalecimento de redes e de suas representações Cadeias produtivas Rede de competição e exploração monopolista Rede de complementaridade solidária

Auto-organização política da Ecosol Redes: forma de organização dos movimentos asso-ciativos, estendendo-se em escalas locais, regionais, nacionais e internacionais. Geralmente são compostas por empreendimentos da Ecosol e instituições de fomento e apoio. Buscam trocar experiências, metodologias, formação, intercâmbio comercial, etc. - Fóruns: espaço de reunião dos atores, juntamente com instituições de apoio e poder público. Espaço para discutir problemas comuns e intervir na construção de políticas públicas, por meio de encaminhamentos. É o espaço de legitimidade do campo da Ecosol. Organizam-se em escala local, regional, nacional.

Alguns benefícios da economia solidária Geração de novos processos de inserção social e de desenvolvimento local; Responsabilidade coletiva no gerenciamento, definição de metas e correção de rumos; Estímulo moral e material; Troca de saberes e habilidades; - Expansão e articulação entre as experiências; Inclusão de mulheres no mercado de trabalho, de idosos, portadores de necessidades especiais, etc...

Algumas dificuldades da economia solidária - o exercício da autogestão e do trabalho coletivo; - falta de capacidade gerencial; rotatividade nos grupos; carência de capital de giro e crédito; dificuldades de comercialização; atrasos tecnológicos (perda de mercados); carência de fornecedores de matérias-primas, etc. calotes; ...

Bibliografia consultada ASSEBURG, Hans Benno, OGANDO, Cláudio Barcelos. A economia solidária no Rio Grande do Sul. San Jose/Costa Rica: Unesco, 2006. (Cartilha da Economia Solidária – resultados do primeiro mapeamento nacional) 25 anos de economia popular solidária/Cáritas Brasileira. Brasília: Cáritas Brasileira, 2006. MELLO, Sylvia Leser de. Economia Solidária e democracia. In: FÍGARO, Roseli (Org.) Gestão da comunicação no mundo do trabalho, educação, terceiro setor e cooperativismo. São Paulo: Atlas, 2005. SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.

Muito Obrigada!!! verasc@unisinos.br