PERFIL DE UMA POPULAÇÃO ESTOMIZADA INTESTINAL PROVISÓRIA E MOTIVOS DA NÃO RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL ADRIANA PELEGRINI SANTOS PEREIRA Janderson.

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Transcrição da apresentação:

PERFIL DE UMA POPULAÇÃO ESTOMIZADA INTESTINAL PROVISÓRIA E MOTIVOS DA NÃO RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL ADRIANA PELEGRINI SANTOS PEREIRA Janderson Cleiton Aguiar, Renata da Cunha, Maria Helena Pinto Nº do trabalho:

Diferente da facilidade técnica e baixo risco para a construção de estomas intestinais, a reconstrução do trânsito intestinal acarreta elevados índices de morbimortalidade. Não se encontra consenso, quanto ao tempo indicado para a reconstrução de trânsito, pois o período clássico de 8 a 12 semanas, deve ser analisado com grande senso crítico. Considera-se importante que o tempo entre a confecção de um estoma e a reversão do mesmo não seja longo com o intuito de prevenir complicações pós-operatória, reduzir o impacto na qualidade de vida do estomizado e minimizar gastos com equipamentos e adjuntos. Menezes, Santana, 2008; Cascais, Martini, 2007

 Identificar as características sociodemográficas e clínicas dos pacientes estomizados intestinais provisório de Rio Preto e região; e conhecer os motivos da não reconstrução do trânsito nos pacientes com estoma intestinal temporário de Rio Preto e região;

Estudo prospectivo, descritivo-exploratório, na vertente quantitativa. Serviço de atenção ao estomizado da SMS – SJRP, localizado no Ambulatório de Especialidades. Sujeito: Todos estomizados intestinais com estoma provisórios acima de 12 semanas cadastrados no serviço que residam em SJRP e micro região, totalizando 89 pacientes que atenderam os critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos; capacidade para compreender as instruções e de responder o questionário; e assinado o TCLE e a coleta de dados ocorreu após aprovação do CEP/Protocolo nº Para coleta de dados instrumento contendo dados sociodemográficos e clínicos e dados sobre os motivos da não reconstrução do trânsito intestinal. Os dados foram analisados por meio de técnicas de estatística descritiva.

Caracterização sociodemográfica -58,4% do sexo masculino; -média de idade de 55,66±14,14 anos -68,5 % casado; -80,9 % ensino fundamental completo; -53,9 % aposentado; -70,8% recebem até 2 salários mínimos; -53,9% interromperam atividades laborais após cirurgia Caracterização clínica -51,7% acometidos por câncer colorretal ; -76% possuíam colostomia; -36% possuíam estoma a mais de 6 anos; Motivos da não reconstrução - 31% complicações por outras patologias; -27% dificuldade de acesso ao serviço médico; -19% persistência da causa pré- cirúrgica Total de 89 pacientes RESULTADOS

Em nosso estudo a maioria dos pacientes possuíam um estoma com tempo de permanência de 6 anos a mais, indo de encontro as publicações que indicam tempo clássico de 8 a 12 semanas para a reconstrução de trânsito. Em relação as causas relacionadas ao paciente que dificultam a reconstrução 31,5% possuíam complicações por outras patologias. Estudos confirmam que fatores inerentes ao próprio indivíduo como idade, comorbidades associadas, uso crônico de medicações, motivo que levou a construção do estoma, condição clínica atual, bem como procedimento realizado na cirurgia inicial, suas complicações, a técnica cirúrgica a ser empregada e a experiência do cirurgião podem influenciar nesse processo. Silva et al., 2010; Silva et al.,2006; Bahten et al.,2006

Em nosso estudo 23,6% dos pacientes relataram como motivos da não reconstrução dificuldade no acesso ao serviço de saúde relacionado a falta de vagas para consultas e exames e seguimento pós operatório demonstrando a ineficiência da estrutura ambulatorial e hospitalar que temos hoje disponível não só em nosso município assim, como também em todo país. Conclui-se que: A análise das causas de não reconstrução pode contribuir para planejamento das ações e oferta de serviços de saúde, e para potencializar a reconstrução em menor tempo. Visto que durante o tempo com estoma o usuário depende de dispositivos e assistência multidisciplinar especializada, além dos benefícios por afastamento do serviço, onerando o sistema.