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PublicouLorenzo Vala Alterado mais de 9 anos atrás
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ARTE E ESTÉTICA Prof. Nilson Faria 02/04/2017
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O que é estética? Quando falamos em estética, geralmente vem à nossa mente a noção de arte ou de gosto (belo ou feio). Realmente a estética envolve tudo isso. Podemos dizer que a estética é o campo da filosofia que discute as noções de belo, feio e o gosto das pessoas. 02/04/2017
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Onde utilizamos a estética?
Em praticamente tudo. Em nosso dia a dia, quando nos vestimos, escolhemos roupas a partir de concepções estéticas. Em nosso trabalho, não apenas na decoração dos ambientes, mas na própria realização das atividades. Por exemplo, na Gastronomia existe toda uma estética para apresentar os pratos, pois como dizem alguns gastrônomos a primeira forma de comer é com os olhos. 02/04/2017
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Estética e arte Porém, acima de tudo, é o campo que discute uma das formas específicas de conhecimento humano: a arte. Arte é uma forma de conhecimento muito específica pois ela é consiste em uma interpretação que o artista faz do mundo. A arte mexe com a imaginação, com aquilo que pode acontecer e não com aquilo que de fato é. Não existe arte verdadeira ou falsa, mas formas de interpretar o mundo. E... a quantidade de interpretações que se pode fazer do mundo são múltiplas. 02/04/2017
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Sobre a arte O valor de uma obra de arte não está no copiar a realidade, mas na representação simbólica que artista faz do mundo. Arte é uma forma de conferir sentido à realidade, como classificar algo como bom ou ruim. É uma forma de transformar a experiência em objeto de conhecimento, representando-a simbolicamente. 02/04/2017
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Obras de arte: relação artista/público
Para criar uma obra de arte, o artista parte da intuição. Isso significa que ele parte do conhecimento geral do mundo para então transferi-lo para a obra de arte. O Público faz o movimento contrário. Observa primeiro a obra para então atingir o mundo representado na obra. Para isso é preciso treinar a nossa sensibilidade. 02/04/2017
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A Educação da Sensibilidade
A educação da sensibilidade requer o contato com muitas obras de arte. Por isso os museus são tão importantes. 02/04/2017
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Ferramentas para entender a arte: Disponibilidade
Disponibilidade é querer entender a arte. Para tanto, é preciso, em primeiro lugar, deixar de lado preconceitos e também o medo de fazer papel de bobo. É querer deixar a obra revelar seus sentidos para nós. 02/04/2017
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Ferramentas para entender a arte: História e História da Arte
A história possui uma importante função, pois ela contextualiza a obra de arte. Isso significa que a história nos mostra valores e condições que influenciaram o artista, no momento em que ele produzia. A história da arte situa a obra nas técnicas e na sucessão de escolas e tendências artísticas ao longo do tempo. 02/04/2017
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Algumas formas de arte: Arte figurativa
Representa um lugar, pessoa ou objeto de modo que não impeça sua identificação. Pode ser realista ou estilizada. 02/04/2017
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Algumas formas de arte: Arte abstrata
Cria uma figura que pode apenas existir na imaginação do artista, não tem a preocupação em representar o real. Muitas vezes se utiliza de figuras geométricas. 02/04/2017
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Algumas formas de arte: Arte moderna
Sua principal preocupação é com a mensagem transmitida pelo artista e as formas utilizadas na elaboração da obra. 02/04/2017
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Algumas formas de arte: Arte contemporânea
Designa um movimento diversificado de obras de arte, iniciado nos últimos 30 ou 40 anos. Não existe uma unidade dentro dele, pois as concepções estéticas são plurais, assim como as técnicas e formas utilizadas. 02/04/2017
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Algumas formas de arte: Arte de vanguarda
Pessoas que produzem uma arte fora de alguma corrente artística de seu tempo. Experimentam novos estilos e maneiras de fazer arte. 02/04/2017
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Sobre a estética: o belo
Já vimos que a estética é o ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo. Mas afinal o que é o belo? Beleza é algo objetivo? Muda de acordo com o tempo? Muda de acordo com o lugar? Muda de pessoa para pessoa? A essas e outras questões que muitos filósofos se dedicaram a responder ao longo da história. 02/04/2017
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O belo para Platão (Séc. V a.c.)
Para Platão, o belo está ligado a uma essência universal. O belo não depende de quem observa, pois está contido no próprio objeto. Esse é o ideal das Academias de Arte. Elas tentam fixar regras para a produção artística a partir de uma determinada concepção de belo. 02/04/2017
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O belo para David Hume (Séc. XVII)
A Beleza é algo pessoal. Portanto, não pode ser discutido racionalmente. Como diz o ditado popular: “Gosto não se discute”. 02/04/2017
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O belo para Immanuel Kant (Séc. XVIII)
O Belo é universal porque julgar algo é uma faculdade de qualquer ser humano. Todavia o critério de avaliação não é a razão, mas os sentimentos. 02/04/2017
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O belo para Georg Hegel (Séc. XIX)
Para Hegel a arte, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo (dialética). Portanto, a produção de uma obra ou a definição de algo como belo depende mais da cultura de uma determinada época. O que é considerado feio em certo período pode ser belo em outro. 02/04/2017
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O belo para a fenomenologia (Séc. XX)
A fenomenologia é uma corrente filosófica atual. Para os fenomenólogos a obra é única e pode ser entendida por meio da experiência estética. Cada coisa tem uma forma singular de beleza. Não existe único de estética para se avaliar tudo. 02/04/2017
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Mas... e o feio? A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a discussão do que seja o belo. O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas maneiras. Em uma primeira, pode surgir como forma (estilo artístico feio). De outra maneira, pode aparecer como tema retratado (algo que não seja bonito de ser apreciado). 02/04/2017
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Isso significa que uma obra de arte pode ser feia?
A resposta é NÃO. Não é nesses termos que se avalia uma obra de arte. Elas são avaliadas de acordo com a sua originalidade e capacidade de mexer com nossas sensibilidades. Uma obra somente é feia se o artista não atingir os objetivos a que se propôs ao criá-la. 02/04/2017
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Sobre o gosto O gosto, dentro da estética, não é sinônimo de preferência. Não devemos optar pelo que preferimos em detrimento do que somos. Agindo dessa maneira fechamos possibilidades de melhorar e experimentar situações novas. Para educar nosso gosto devemos querer conhecer mais do que preferir. 02/04/2017
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O que é ter gosto? É saber julgar (uma obra de arte) sem preconceitos.
É deixar a arte modificar nossa concepção de arte e superarmos o individual para chegarmos ao universal. Mikel Dufrenne (Atual) – arte se entende com olhar livre. Está além do saber e da técnica. 02/04/2017
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Sobre a educação do gosto
Ela ocorre dentro da experiência estética. Para tanto não devemos impor nossas regras à arte. Deve-se deixar que as obras apresentem as suas próprias. Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa fácil. Deve-se começar com obras mais próximas de nós, que agradem ao nosso gosto para depois apreciar obras mais complexas. 02/04/2017
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Para finalizar... A vida humana possui diferentes dimensões, especialmente no nosso tempo, que é caracterizado pela fragmentação. A filosofia se ocupa em entender profundamente a totalidade da vida humana, tentando unir essa diversidade em um todo coerente. A estética e arte, nesse sentido, são setores de grande importância para nossas vidas, pois estão presentes em nossos julgamentos. Em especial, o nosso tempo requer uma educação e conseqüente valorização das artes, em detrimento de um mundo dominado pela técnica e pela ciência. 02/04/2017
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Obrigado pela atenção... 02/04/2017
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