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Profa. Dra. Rosana Carneiro Tavares

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Apresentação em tema: "Profa. Dra. Rosana Carneiro Tavares"— Transcrição da apresentação:

1 Profa. Dra. Rosana Carneiro Tavares
A Psicologia Social na América Latina Profa. Dra. Rosana Carneiro Tavares

2 Resgate histórico DÉCADA DE 1950
A Psicologia Social: disciplina no curso de Filosofia da USP, após a vinda de Otto Klinenberg (EUA). Primeira obra de Psicologia Social (Otto Klinenberg- 1959) a ser traduzida para o português. Modelo norte-americano: comportamento social dos animais, motivação, comportamento emocional, psicologia diferencial, fatores sociais e culturais na personalidade, interação social etc. PUC-SP funda o seu Instituto de Psicologia: sob a direção do Prof. Enzo Azzi , que trouxe da Itália um laboratório de psicofísica (base da psicologia experimental).

3 Resgate histórico DÉCADA DE 1960:
Regulamentação da profissão e criação de cursos de psicologia (1962). Golpe Militar (1964): levou ao questionamento sobre as práticas psicológicas e a de metodologias que pudessem empreender a transformação da sociedade (ação em comunidades). Movimentos Universitários (1968): Questionamentos sobre o ensino e o papel da academia e contribuiu para uma reflexão crítica sobre a função da universidade em países de terceiro mundo. Crise da Psicologia Social: percepção da inviabilidade da tendência positivista, na análise dos fenômenos sociais.

4 Crise da Psicologia Social
Alguns professores começavam a questionar a sua prática em toda a Europa: França: Críticas feitas por Moscovisci. Inglaterra: Desenvolvimento da Teoria da identidade Social (Tajfel), e o crescimento do movimento da antipsiquiatria. França e Inglaterra é o berço das críticas mais incisivas ao modelo reproduzido da PSO (Foucault, Goffman, Deleuze, Guattari). Brasil: Desenvolvimento da Psicologia Comunitária (mas ainda sem perspectiva crítica)

5 DÉCADA DE 70 – REVISÃO CRÍTICA
Se questionava como a psicologia social poderia ajudar a criar uma nova sociedade - movimento de resistência à ditadura militar. Crise da PSO na América Latina, segundo Lane (1984) assume o caráter político (de militância e defesa dos menos favorecidos). Prática nas comunidades: teoria ainda marcadamente de perspectiva individualista. Primeiro livro brasileiro de psicologia social (1972) é de Aroldo Rodrigues.

6 Silvia Lane - Psicologia Social Crítica
Afirmava que só havia um livro em português (Otto Klinenberg). Propunha aos alunos ir a campo e fazer pesquisas. Revisão críticas dos conceitos e preceitos da psicologia. Necessidade de superação da PSO tradicional também no plano teórico.

7 PSO Latino Americana Ruptura real com a visão de uma psicologia harmônica, adaptativa e individualista sobre o homem e a vida social. Compromisso com a transformação social da realidade. Congresso da Sociedade Interamericana de Psicologia - SIP (1979): críticas incisivas e propostas concretas de redefinição do modelo da PSO LA: Criação do Núcleo de Psicologia Comunitária (reuniu profissionais de toda a AL) e de Associações nacionais de PSO.

8 DÉCADA DE 1980 Se caracterizou por dois aspectos:
Intercâmbio intenso entre os países da América Latina - intervenção não assistencialista e uma atuação que desenvolvesse a consciência e a autonomia de grupos marginalizados social e economicamente. Melhor definição metodológica: melhor sistematização da Pesquisa Participante como método de estudo de processos psicossociais onde a história de indivíduos e grupo é registrada, é testada enquanto práxis científica.

9 Questão de método Como pesquisar o comportamento social do homem historicamente situado? Como captar não a relação de causa-efeito entre variáveis mas o processo que ocorre em situações que necessariamente são multideterminadas? Estudos de caso (relato de história de vida e a observação participante) eram procedimentos que permitiam analisar processos psíquicos. Trabalhos em comunidade levaram os psicólogos a aprofundar a questão da psicologia na comunidade, da prática comprometida e da sistematização do saber.

10 Início da Idéia de uma Perspectiva Latino-Americana
A Crise da Psicologia Social: Insatisfações sentidas pelos psicólogos sociais europeus e latino-americanos concernentes a aspectos teóricos e metodológicos da Psicologia Social dominante; Na América Latina, a crise da Psicologia Social assume uma dimensão política, pois a idéia de uma perspectiva latino-americana surgiu nos anos 1970, época em que se viviam os movimentos de resistência e oposição às ditaduras militares que tinham chegado ao poder com o apoio dos EUA.

11 Institucionalização da Perspectiva Latino-Americana
Anos 1960: Criação da Associação Latino-Americana de Psicologia Social (ALAPSO) por Varela e A. Rodriguez, formados nos EUA. O objetivo desses autores era aplicar e desenvolver o tipo de Psicologia Social aprendido por eles em seus estudos de doutorado realizados nos EUA. 1979 em Lima: a representatividade da ALAPSO foi questionada e proposta a criação de Associações Nacionais. Ano de 1980: Rompimento de um grupo de psicólogos com a ALAPSO e a criação da Associação Brasileira de Psicologia Social – ABRAPSO. Essa associação, juntamente com outras desenvolvidas no interior dos países latino-americanos, surgiu em contraposição à Psicologia Social veiculada na ALAPSO.

12 A perspectiva latino-americana
Concepção: representa um conjunto de esforços de psicólogos sociais com a finalidade de desenvolver estudos sobre conceitos psicossociais (Representações sociais, saúde mental, identidade, consciência social, subjetividade), em perspectiva universal e não dicotomizada. Objetivo: abrir caminhos teóricos e metodológicos comprometidos com os grandes problemas sociais vividos na América Latina, em busca da transformação da realidade.

13 Principais Autores da PSLA
Inácio Martin-Baró. Esse autor defendia a não neutralidade da ciência e o compromisso político do pesquisador; Outros nomes: Sílvia Lane; Bader Sawaia; P. Guareschi; A. Ciampa; Leoncio Camino. Áreas de Estudo que Permitiram o Desenvolvimento da PSLA: Psicologia Comunitária (da comunidade, na comunidade, com a comunidade) Psicologia Política.

14 Conceitos Centrais à PSLA
Psicologia da Linguagem: O estudo da linguagem é citado como um avanço proposto pela PSLA, fundamentalmente os baseados na psicologia sócio-histórica de Vigotski. Vigotski: mostra a mediação que a linguagem exerce na constituição do psiquismo humano, em especial, da consciência, além da ênfase dada ao papel da ideologia nos significados;

15 Conceitos Centrais à PSLA
Identidade Social: Como um conceito inserido nas relações interindividuais e concomitantemente reprodutor e transformador. Um exemplo de utilização da identidade para compreender essas relações foi apresentado por Ciampa (1987), que enfatiza a identidade como metamorfose, um conceito capaz de compreender o sujeito como transformador e autor de sua história social.

16 Conceitos Centrais à PSLA
Processo Grupal: O estudo desse processo iniciou- se com base nas investigações clássicas de K. Lewin, mas esses estudos tendiam a considerar o grupo como algo estável e reificado - visão topológica. As críticas levantadas sobre essa concepção de grupo foram desenvolvidas com base em pesquisas que mostram o grupo se processando ao longo de um certo período, a fim de permitir a análise de relações de dominação e de poder e ajudar os indivíduos a desenvolver suas consciências e seus potenciais críticos e transformadores.

17 Posicionamento Metodológico da PSLA
A perspectiva latino-americana caracteriza-se pela negação do método experimental e da quantificação como estratégias válidas de análise dos fenômenos psicossociais; Defende a utilização de procedimentos de coleta e análise de dados qualitativos; Os principais tipos de pesquisa são: Estudos de Caso; Relatos de História de Vida, utilizando a técnica da análise do discurso; Pesquisa Participante; Pesquisa- Ação.

18 Posicionamento Metodológico da PSLA
Segundo os defensores da perspectiva latino-americana, as pesquisas desenvolvidas por eles permitem estudar a subjetividade do indivíduo se manifestando no conjunto de suas relações sociais e no cotidiano de suas ações (Lane, 2001). Estudos da PUC-SP: Nexin (Dialética singular/particular/universal; sofrimento ético-político, afetividade como categoria de análise e de intervenção política). Objetivo: Consolidar um referencial teórico de análise do fenômeno psicossocial como ético-político, superando a dicotomia entre a vida interna e externa.

19 Quadro Comparativo das Perspectivas em Psicologia Social
Aspectos Comparáveis Perspectiva Americana Perspectiva Européia Perspectiva Latino- Americana Teórico Comportamento e Cognição dos Indivíduos Relações entre os grupos Manifestação da subjetividade do indivíduo Metodológico Defende a experimentação e quantificação Adota postura multimetodoló- gica Nega a experimenta- ção e a quantificação.

20 Psicologia Social Apesar da diversidade nacional, sociopolítica e cultural da psicologia nos países da América Latina, existem pontos comuns a ela nesses países que proporcionam alguns sinais de identidade própria. São eles: forte compromisso com os setores mais desfavorecidos da sociedade e orientação para a mudança social; rejeição da concepção mecanicista da pessoa derivada do positivismo, e reconhecimento da capacidade de ação. busca de métodos participativos de intervenção, que envolvam as pessoas em seu próprio processo de mudança.

21 O Surgimento da Psicologia Comunitária no Brasil
Qual era o contexto econômico e político do Brasil e da América Latina? O golpe militar de tem grande relação com o seu surgimento, pois o período de extrema repressão e violência (uma reunião de cinco pessoas já era considerada subversão) fez com que, individualmente, os profissionais de psicologia se questionassem sobre sua atuação junto à maioria da população. (CAMPOS, 2009). Nessa mesma época - nos EUA e em outros países da América Latina a expressão “psicologia comunitária” se referia à atuação do profissional de psicologia juntamente as comunidades carentes. No entanto, se constituía um trabalho de cunho assistencial e manipulativo.

22 a Psicologia Comunitária no Brasil
O trabalho do psicólogo comunitário: Atuação que objetiva despertar consciência crítica em um sujeito, ou em uma comunidade. O serviço de psicologia na comunidade é feito a partir de visitas domiciliares, entrevistas, mapeamento da realidade comunitária do local. Prática que rompe com o modelo tradicional clínico - pretende estar mais próxima da situação em que o indivíduo está inserido, configurando-se um modo de fazer psicologia não-elitista.   “Enfim ela delimita seu campo de competência na luta contra a exclusão de qualquer espécie”. (SAWAIA,1994).

23 A psicologia social comunitária é o ramo da psicologia que estuda os fatores psicossociais que permitem aos sujeitos desenvolver, fomentar e manter o controle e poder sobre seu ambiente individual e social, para solucionar problemas que afligem, e conseguir mudanças nesses ambientes e na estrutura social.

24 Qual o papel do Psicólogo Social?
Perito ou Facilitador de mudanças? Em relação ao método utilizado, destaca-se a Pesquisa Ação Participativa. Há também metodologias próprias: modelo de intervenção, elaborado por Irizarry e Serrano, que defende a interdependência entre o processo de pesquisa e o de intervenção.

25 modelo de intervenção (Irizarry e Serrano)
Se fundamenta em alguns passos: 1. Familiarização com a comunidade. 2. Identificação de necessidades e recursos. 3. Reuniões com setores da comunidade. 4. Trabalho coletivo e estabelecimento de metas a curto e longo prazos.

26 A PSICOLOGIA SOCIAL E UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM PARA A PSICOLOGIA

27 De que homem estamos falando?
América Latina Oscila entre o pragmatismo norte-americano (homem concreto - empírico) E a visão abrangente de um homem que só era compreendido filosófica ou sociologicamente (homem abstrato) Superação da crise Constatação de que a tradição biológica da Psicologia não foi suficiente. Homem é sócio-historicamente constituído (criatividade/transformação)

28 Que Homem é esse? Dualidade físico X psíquico:
concepção idealista do ser humano organicismo onde homem e computador são imagem e semelhança um do outro Nenhuma das duas tendências dá conta de explicar o homem criativo e transformador. Busca de uma Psicologia Social que partisse da materialidade histórica produzida por e produtora de homens.

29 A Psicologia Social e o materialismo histórico
O positivismo, ao enfrentar a contradição entre objetividade e subjetividade, perdeu o ser humano, produto e produtor da História, se tornou necessário recuperar o subjetivismo enquanto materialidade psicológica. Quando as ciências humanas se atêm apenas à descrição, seja macro ou microssocial, não conseguem captar a mediação ideológica e reproduzem como fatos inerentes à “natureza” do homem.

30 Materialismo histórico e lógica dialética:
pressupostos epistemológicos para a reconstrução de um conhecimento que atenda à realidade social e ao cotidiano de cada indivíduo; permite uma intervenção efetiva na rede de relações sociais que define cada indivíduo (objeto da Psicologia Social).

31 A ideologia nas ciências humanas
O positivismo, na procura da objetividade dos fatos, perde o ser humano. Visão do Homem: socialmente determinado (sociologismo) ou causa de si mesmo (biologismo) Papel da Psicologia Social: recuperar o indivíduo na intersecção de sua história com a história de sua sociedade.

32 A partir das críticas à Psicologia Social “tradicional” observa-se...
Dois fatos fundamentais para o conhecimento do indivíduo: o homem não sobrevive a não ser em relação com outros homens - dicotomia indivíduo X grupo é falsa. a sua participação, as suas ações, por estar em grupo, dependem fundamentalmente da linguagem que preexiste ao indivíduo como código produzido historicamente pela sociedade.

33 O resgate destes dois fatos empíricos permite ao psicólogo social se aprofundar na análise do indivíduo concreto, considerando a imbricação entre relações grupais, linguagem, pensamento e ações na definição de características fundamentais para a análise psicossocial.

34 Toda Psicologia é social
Isto significa que não se pode conhecer qualquer comportamento humano isolando-o ou fragmentando-o, como se existisse em si e por si. Também não se está negando a especificidade da Psicologia Social que é a de conhecer o indivíduo no conjunto de suas relações sociais.

35 Sendo assim... que social é esse?
Não é algo natural e evidente. Mas sim o resultado de uma construção histórica decorrente de lutas entre forças contraditórias. E qual é a realidade social brasileira? E a goiana?


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