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PublicouAmadeu Pais Lisboa Alterado mais de 8 anos atrás
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes e histórico da hospitalidade no Brasil
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes e histórico da hospitalidade no Brasil Conceito tradicional de Hospitalidade: é a oferta de alimento, bebida e acomodação a pessoas que não são membros habituais do lar.
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Celia Maria de Moraes Dias Outra definição de hospitalidade Oferecimento de acolhida- abrigo, leito, bebida ou alimento a pessoas que não os possuem ou estão temporariamente distantes do próprio lar. Abrange tanto os atos espontâneos e graciosos, como a relação comercial, com a contrapartida do pagamento.
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Celia Maria de Moraes Dias Hospitalidade Nosso círculo- dever Necessitados- “bom samaritano” Amigos- afeição Bem-estar do hóspede e anfitrião –entretenimento e segurança –também serve para observar hóspedes perigosos
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Celia Maria de Moraes Dias Hospitalidade A hospitalidade generosa do anfitrião tem como recompensa maior prestígio na comunidade A hospitalidade propicia a troca e o benefício mútuo para anfitrião e hóspede.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil A generosa acolhida das famílias no Brasil, retardou o início da hospitalidade comercial. Os religiosos ofereciam pouso nos hospícios das ordens, especialmente os capuchinhos. Nas casas bandeiristas do XVII já era presença constante o quarto de hóspedes- “parte isolada/secundária”.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil O quarto de hóspedes existia por todo o país: –Pernambuco- casa do Pátio de S. Pedro de Olinda, do XVII –São Paulo- casas estudadas por Luiz Saia, com a “fachada constituída pela varanda entre a capela e o quarto de hóspedes.”
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil Descrições de viajantes, acentuam a hospitalidade dos moradores, especialmente no interior, onde os moradores, distantes das aglomerações urbanas cosmopolitas do litoral, sentiam falta de oportunidades para conhecer as novidades.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil Brasil no imaginário: Os viajantes relatam idéias de: Paraíso perdido Exotismo da fauna e flora Beleza e sexualidade& docilidade e ingenuidade O reverso do paraíso.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil As idéias mudaram hoje? Qual é a imagem que fazem do Brasil no exterior? Que imagem desejamos? O que fazer para mudar?
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil Cartas de recomendação eram necessárias na cidade, mas não no campo. Viajantes estrangeiros- orgulho hospedar, amabilidade. Mas, além do prestígio, hospedava-se também por interesses políticos e materiais.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil Hospitalidade privada: Improvisação no receber, pouca variedade de alimentos e inabilidade no seu preparo. Anfitrião ou hospitaleiro? Hospitalidade comercial: improvisação, péssimos serviços e preços altos.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil Preço não dependia da variedade de comida chamada, mas do tratamento do hóspede e do asseio da toalha. “Os ovos aqui não são caros, senhor, mas os monarcas mui raros!”
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes da hospitalidade no Brasil “Hospedagem casada”- o viajante só recebia acomodação e alimento se utilizasse outro serviço, como: guia, escravos, aluguel de mulas. Ou, variante: não cobrança de hospedagem, só o pasto e milho dos animais. Gas X pernoite?
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- Rio de Janeiro Vinda da família real – 1808 – novos serviços, incluindo-se hotéis. Mesmo em 1812 dicionário Morais e Silva não registrava o termo hotel- galicismo. 1817- anúncio Hospedaria do Reino do Brasil e, 4 meses depois, o mesmo estabelecimento passa a chamar-se Hotel Royaume du Brésil.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- Rio de Janeiro XIX- classificações oficiais e de viajantes mostram a existência de hotéis junto a casas de pasto. Tabernas, estalagens, casas de pasto e hospedarias forneciam hospitalidade – alimentação e hospedagem.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- Rio de Janeiro Após a chegada da corte observa-se dois tipos de hospedagem: 1.Tipo primitivo de albergue português, similar ao auberge e 2.Estabelecimentos procurados por estrangeiros, similares à hôtellerie francesa- chateaux.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- Rio de Janeiro 1890- primeiro hotel do império, segundo Almanaque Laemmert. Donos dos hotéis neles habitavam com família- comodidade e economia & honestidade e qualidade. Estes cuidavam dos serviços administrativos, caixa, cozinha e sala. Telefone- Filadélfia- 1877 (D. Pedro II). Brasil- 1879- já há em vários hotéis. 1882- eletricidade e elevadores- hotéis brasileiros.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- Rio de Janeiro A fase pioneira vai de 1808 a 1908- com a inauguração do Hotel Avenida- 220 quartos- maior do Brasil. Surge uma fase de incentivo fiscal à construção de hotéis. 1907- decreto 1160 isenta de impostos os 5 primeiros grandes hotéis do Distrito Federal (RJ). O Brasil entra na rota do turismo organizado mundial, em 22/7/1907, o vapor Byron chega ao Rio, em grupo organizado pela agência Cook.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- São Paulo Século XVIII- Richard Burton faz a primeira classificação dos meios de hospedagem (p. 50 HAH): Pouso, rancho, venda, estalagem ou hospedaria. Só mais tarde viriam a se estabelecer os hotéis. Até por volta de 1850 o paulistano médio não se hospedaria em hotéis, sob risco de ser acusado de promiscuidade ou mesmo suspeição de imoralidade.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- São Paulo Affonso de Freitas afirma que até 1852 apenas existiam dois restaurantes, que ofereciam hospedagem apenas aos que tivessem cartas de apresentação (tessara hospitalitas?)- o do Charles e o do Fontaine. O Almanach, de 1858, aponta 6 deles, alguns designavam café e bilhares, como o Hotel Recreio Paulistano, que não oferecia hospedagem.
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Celia Maria de Moraes Dias Hotel (?) no Século XIX- RJ Denominação hotel elevava o conceito do estabelecimento. Diversos tipos: - Casas de pasto- refeições e, subsidiariamente, quartos. - Estabelecimentos de hospedagem- procuram se afastar do centro comercial- oferecem atenção, luxo, tranquilidade, equipamentos e serviços, além de refeições aos hóspedes (hospitalidade?)
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Celia Maria de Moraes Dias Hotel (?) no Século XIX- RJ - casas que exploravam lenocínio e usavam o nome hotel para mascarar a atividade proibida. - pensões de caráter familiar, algumas grandes e luxuosas, passaram a denominar-se hotéis.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- São Paulo Affonso de Freitas nota que a vida coletiva dos hotéis apresentava aspecto de promiscuidade intolerável e incompatível com o recato dos paulistas. As reservas só abrandavam após o convívio e a amizade. “Só se conhece verdadeiramente uma pessoa após comer junto uma saca de sal.” Ditados e dizeres de hospitalidade- ou inospitalidade?
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- São Paulo Primeiros hotéis só hospedavam forasteiros. Pessoas não tão importantes para serem recebidas nas residências da elite paulistana de então. Assim, hotéis desenvolvem serviços: aluguel de dependências para festas e bailes e abertura dos restaurantes ao público não hospedado. Começam os eventos- marco do segmento principal do turismo de negócios e eventos da capital.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XIX- São Paulo 1865 - Pedro Taques ironiza a hospedagem graciosa: Hóspede mais de três dias Instalado em casa alheia Pagando com cortesia Almoço, jantar e ceia Afora o quarto que habita, Má visita.
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Celia Maria de Moraes Dias Similar a antiga citação latina: “Hóspede e peixe, a partir do terceiro dia, cheiram mal”. Após 1862, com a instalação da primeira via férrea, surgem os primeiros estabelecimentos hoteleiros. Século XIX- São Paulo
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Celia Maria de Moraes Dias A partir de 1870: rápido desenvolvimento urbano, novas condições econômicas, empregos, aumento da classe média- pragmática e novidadeira- novos bairros. Novos comerciantes e profissionais, novos serviços e atividades. Perdem parte do significado as relações pessoais- criam-se condições para os hotéis de classe. Século XIX- São Paulo
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Celia Maria de Moraes Dias 1878- Beco da Lapa (hoje Miguel Couto), instala-se o primeiro hotel de luxo do Brasil, o Grande Hotel, com: candelabros a gás escada de mármore branco mobiliário elegante sala de banho correios e telégrafos serviços Século XIX- São Paulo
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 1 o. surto de hotelaria: 1923- Copacabana Palace, inspirado no Carlton, de Cannes, é ritziano típico, tem: 223 apartamentos e área de 13.000 m2, enquanto o Méridien tem 500 apartamentos em 1.100 m2. O Copa possui duas vezes mais funcionários do que o Sheraton, p. ex.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Glória- construído durante 3 anos, primeiro prédio em concreto armado do país e maior da América do Sul- 9000m2. Construído para comemoração do 1o. Centenário da independência, é inaugurado em 15/8/1922- também é ritziano e tem 650 aptos- 400 decorados de maneira diferente, com estampas e estilos variados (tons dos tapetes persas combinam com a cor da decoração). 750 funcionários- 250 moram no hotel ou nas redondezas.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Patisserie, flores naturais, mobiliário de época, fruteiras Sèvres e Limoges, esculturas em mármore, marfim e bronze, quadros e tapetes persas. O casal Eduardo e Maria Clara Tapajós-- ela se encarrega da decoração e do staff do hotel-- mora desde o casamento, no hotel, propiciando assim atendimento individualizado, detalhes de requinte e “a sensação de sentir-se em casa” ao hóspede (folheto do hotel).
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX - Hotelaria e Turismo Após 1940 ocorre novo surto de desenvolvimento, especialmente em cidades como as capitais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. É a época dos hotéis-cassinos: Parque Balneário e Atlântico - Santos; Quitandinha- Rio de Janeiro; Grande Hotel- Araxá; Quisissana - Poços de Caldas, Águas de São Pedro.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 1946- decreto federal fecha os cassinos. Ocupação hoteleira cai bruscamente. Estagnação do turismo e da hotelaria. Piora em seguida com a febre imobiliária (especialmente em Santos, com a construção de dezenas de prédios - 2 a. Residência - até 1960).
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Após 1964- estradas, meios de transporte rodoviário se modernizam. Transporte aéreo tem importância fundamental. 18/11/1966 - decreto lei 55 cria a Embratur.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Meados da década de 1970 presenciam a decolagem da imagem e do produto Brasil. 1975 - Congresso Mundial da ASTA traz mais de 5.000 agentes norte-americanos ao país. Inaugura-se o Hotel Nacional, em São Conrado FISET, FUNGETUR, FINAM E FINOR, incentivos fiscais, trazem hotéis Com incentivos e financiamento chegam as primeiras multinacionais.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Outubro de 1971- Hilton: –torre com 400 apartamentos –nova filosofia hoteleira –revolução nos serviços Holiday Inn- primeiros anos da década de 1970 Rio Sheraton- 1974 Intercontinental- 1974 1975- Méridien e Club Méd 1977- Novotel
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Cadeias Nacionais: 7/9/1971- Sesquicentenário da Independência No Rio, Tjurs comemora o lançamento do Hotel Nacional, a custos de US$ 75 milhões, sendo 17 milhões em incentivos.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 23/10/1978- a resolução normativa CNTur no. 1118 estabelece o Regulamento Geral para Classificação Hoteleira. Vigorou até 1990 e apresentava um sistema misto, constando de itens obrigatórios e pontuação e avaliava aspectos: –construtivos –equipamentos –instalações e serviços
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Classificava hotel, hotel de lazer, hotel residência, pousada e hospedaria de turismo. Segue-se um período de auto- regulamentação (?)
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 1996 - surge nova classificação, passam a coexistir a classificação da Embratur- de 1 a 5 estrelas e a da Abih- de 1 a 6 asteriscos. Seis anos de dura convivência - o mercado utiliza, na prática, a antiga classificação da Embratur, ou o Guia 4 Rodas.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 2002, surge a classificação conjunta da Embratur/ Abih,que inclui a gestão ambiental.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Booms hoteleiros: ´40- Perspectiva do crescimento das estações termais e dos cassinos ´90-> em curso: expansão do mercado imobiliário e dos investimentos- alternativa à especulação financeira dos anos de inflação.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Anos 1990- crescimento devido à redução das taxas de inflação, aumento dos prazos de financiamento, desregulamentação do transporte aéreo, aumento do nível de atividade e expansão das feiras e convenções.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo 18 mil meios de hospedagem, do pequeno ao grande, do básico ao luxuoso Oferta de 1,1 milhão de quartos, tomando-se por base uma média de 60 quartos por hotel. Com esse potencial, a Indústria hoteleira assume o seu papel de grande gerador de empregos, oferecendo mais de 500 mil vagas diretas 1.600.000 indiretas.
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Celia Maria de Moraes Dias Século XX- Hotelaria e Turismo Essa “indústria” possui patrimônio imobilizado em torno de US$10 bilhões; Receita bruta em torno de U$ 2 bilhões Propicia arrecadação de mais de US$ 400 milhões em impostos e taxas Relativamente a grandes eventos: Ocorre, em Salvador, o Forum Mundial de Turismo para o Desenvolvimento Sustentável- entre 1 e 6/12/04; Planejado, para 2007, no Brasil, novo Congresso da Asta, orçado entre U$ 600 e 700,000.00.
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Celia Maria de Moraes Dias Raízes e histórico da hospitalidade no Brasil One minute paper: dê seu conceito de hospitalidade e especifique sua contribuição para a aula de hospitalidade no Brasil. Quais são as características e elementos distintivos da hospitalidade? Quais são as características e elementos distintivos de uma hospitalidade brasileira? Ou regional? Ou local?
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