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PublicouCarlos Eduardo Lameira Fidalgo Alterado mais de 8 anos atrás
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Regulação e Concorrência1 Curso de Teoria da Regulação e Defesa da Concorrência Adriana Hernandez Perez aperez@fgvmail.br Monitor: Pedro James
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Regulação e Concorrência2 Organização do Curso Duas Partes: Teoria de Regulação; Defesa da Concorrência. Duas Provas: 10 de maio; 6 de junho. Trabalho: Apresentação do Caso Nestlé – Garoto; 4 de junho; (s/nota mas cobrado em prova).
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Regulação e Concorrência3 Trabalho 5 grupos representando: Empresas notificadoras: Nestlé- Garoto; Autoridade (Cade/SEAE/SDE); Empresas concorrentes: Kraft, Masterfoods, Cadbury, etc; Distribuidores: supermercados; Consumidores.
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Regulação e Concorrência4 Fontes do Trabalho Fonte principal: CADE ( www.CADE.gov.br ) Em Processual, buscar: Ato de concentração 08012.001697/2002-89; Em Andamento de Processos, clicar documentos disponiveis: Votos dos conselheiros; Parecer SEAE e SDE; Lei 8.884/94: http://www.cade.gov.br/legislacao/8884lei.asp; Fontes secundarias: SEAE ( www.SEAE.fazenda.gov.br ) Guia de analise de concentrações horizontais: http://www.seae.fazenda.gov.br/central_documentos/guias http://www.seae.fazenda.gov.br/central_documentos/guias Material de leitura extenso…
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Regulação e Concorrência5 Ementa: Teoria de Regulação Ambiente regulatorio e instituições; As teorias de regulação; A nova teoria de regulação: informação assimétrica; Regulação de monopólios naturais; Regulação de serviços públicos com segmento competitivo: telecom. e energia; Regulação em paises em desenvolvimento.
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Regulação e Concorrência6 Ementa: Defesa da Concorrência Poder de mercado, competição e bem estar; Poder de mercado e definição de mercado; Acordos horizontais (formação de cartéis); Abuso de dominância: concorrência predatoria e acordos verticais; Competição predatoria e vendas casadas.
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Regulação e Concorrência7 Bibliografia Viscusi, W. K., J. M. Vernon & J. E. Harrigton Jr., Economics of Regulation and Antritrust, 2ª ed. – Cambridge, Mass.: MIT Press, 1995. Laffont, J.-J. & J. Tirole, A Theory of Incentives in Regulation and Procurement. Cambridge: MIT Press, 1993, cap 1. Laffont, J.-J. & J. Tirole, Competition in Telecommunications. Cambridge: MIT Press, 2000, cap 2, 3. Laffont, J.-J., Regulation and Development, Cambridge University Press, 2005, cap 1, 7. Motta, Massimo, Competition Policy: theory and practice, Cambridge University Press, 2004.
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Regulação e Concorrência8 Aula 1 Bibliografia: Viscusi et al., 1995, Cap 10; Laffont e Tirole, 1993, Cap 1.
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Regulação e Concorrência9 Parte I: Regulação Econômica Definição: Interferência direta do Estado em variáveis decididas por agentes econômicos através do uso de seu poder coercitivo.
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Regulação e Concorrência10 Por que Regular? 3 explicações: 1.Analise Normativa como teoria positiva; 2.Teoria da Captura; 3.Teoria econômica de regulação: grupos de interesse.
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Regulação e Concorrência11 1. Análise Normativa como teoria positiva Análise normativa: Investiga quando regulação deve ocorrer; Análise Positiva: Investiga o que ocorre de fato na economia. Explicação: Regulação ocorre qdo deve ocorrer.
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Regulação e Concorrência12 Análise Normativa Nem todos os mercados geram alocações pareto ótimas. Dois casos: Presença de Externalidades: agentes não levam em conta efeito de suas decisões individuais no bem estar dos demais, levando a consumo exagerado (externalidade negativa) ou abaixo do ótimo (externalidade positiva). Exemplos: fumo em lugares publicos, bebida e direção: imposição de cotas. Produção de CO2: imposição de taxas sobre a produção de CO2. Monopolio Natural: foco do curso.
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Regulação e Concorrência13 Análise Normativa: o Monopolio Natural Eficiência produtiva: Industria caracterizada por uma tecnologia cujo custo somente é minimizado com a atividade de uma unica empresa. Ineficiência alocativa: Uma vez monopolista, a empresa tem incentivo em reduzir volume de produção e praticar preço mais elevado que seu custo marginal.
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Regulação e Concorrência14 Analise Normativa como teoria positiva Explicação: Regulação ocorre qdo deve ocorrer, isto é: No caso de Monopolio Natural: Como existe um monopolio natural, uma regulação corretiva é elaborada para resolver o problema de ineficiência alocativa. Caso geral: Sempre que houver falha de mercado, regulação corretiva é elaborada.
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Regulação e Concorrência15 As Criticas Não explica como a sociedade consegue se organizar para elaborar a regulação corretiva; Evidência de regulação em mercados onde não ha falha aparente: Exemplo: regulação de origem de capital em empresas competitivas; Reformulação da teoria: falha dos Reguladores.. Falha de Mercado SociedadeRegulação
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Regulação e Concorrência16 2. Teoria da Captura Reguladores são capturados pelas industrias: Criticas: evidência que nem toda regulação é pro-industria. Exemplos: regulação trabalhista, gratuidade de transporte urbano para pessoas acima de 65. Industria Regulação
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Regulação e Concorrência17 3. Teoria Econômica de Regulação Stigler (1971): Regulação responde a grupos de interesse que agem para maximizar suas rendas; Grupos usam poder coercitivo do Estado para distribuir renda a seu favor.. Consumidores Sindicalistas Produtores Concorrentes Potenciais Politicos Eleitores Regulação
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Regulação e Concorrência18 Teoria Econômica de Regulação (cont.) Stigler e Pelzman: Caracteristicas dos grupos de interesse mais mobilizados: Maior percepção de preferências; Menor custo de organização; Maior potencial de ganho per capita. Grupos com muitos membros sofrem com problema de carona / free-rider: maior dificuldade em implementar mudanças regulatorias.
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Regulação e Concorrência19 Teoria Econômica de Regulação (cont.) Becker: foco no competição entre grupos de interesse: O que importa é o nivel de influência relativa entre os grupos, que competem a la Nash pela influência na regulação da industria; Grupos onde o problema do carona é mais severo perdem influência relativa; Equilibrio de influências final não é Pareto Otimo: grupos poderiam atingir mesmo nivel de influência relativa com menos recursos. Implicações: Grupos com maior potencial de ganho são os mais mobilizados; Em monopolio natural, grupos tem maior potencial de ganho que em um mercado competitivo.
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Regulação e Concorrência20 Parte II: Ambiente Regulatorio e Instituições O regulador esta sujeito a 3 tipos de restrições: 1.Restrições informacionais: foco do curso; 2.Restrições transacionais; 3.Restrições administrativas e politicas.
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Regulação e Concorrência21 1. Restrições informacionais Problema de controle do regulador sob as empresa regulada; 2 tipos: Risco moral: dificuldade em controlar o comportamento/atividades da empresa frente aos incentivos regulatorios. (variavel endogena não observada pelo regulador) Seleção adversa: Dificuldade em discernir a tecnologia (custos) da empresa regulada. (variavel exogena não observada pelo regulador) Se o serviço deve ser provido independente do custo, empresas de baixo custo vão pretender ter custos altos para aumentar sua renda (renda informacional).. A Nova teoria de incentivos sugere uma resposta ao problema do regulador.
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Regulação e Concorrência22 2. Restrições transacionais Contratos são incompletos; Contratos são revogaveis (low commitment); Garantias aos contratos é custosa. (Mais sobre restrições transacionais no fim do curso)
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Regulação e Concorrência23 3. Restrições administrativas e politicas Alcance do regulador é limitado: ANEEL regula a industria de energia eletrica, mas não pode interferir na industria de petroleo, apesar da complementariedade dos produtos; Instrumentos do regulador são limitados: Reguladores podem ser impedidos fazer transferências que cubram os custos fixos da empresa regulada. Regulação é sujeita a revisão periodica; Regulação envolve requisitos processuais: A transparência da administração publica exige a adoção de ritos processuais muitas vezes lentos.
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Regulação e Concorrência24 Importante: Restrições administrativas e politicas podem ser endogenas. Governância regulatoria que: limite os instrumentos; limite o alcance; Imponha revisoes periodicas; Ritos processuais … podem ser uma solução da sociedade (miriade de grupos de interesse) para limitar o poder do regulador, que pode ter seguir uma agenda distinta daquela propria agenda.
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Regulação e Concorrência25 Parte III: Instrumentos Regulatorios e Esquemas de Incentivos Uso de informações contabeis e sobre demanda para elaborar esquemas de incentivos; Problema com aferição de custos: empresas normalmente são multiprodutoras… como alocar custos às atividades reguladas? Se manipulação dos custos é limitada, uso de medidas de subcustos; Se não, uso da metodologia de Fully Distributed Costs.
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Regulação e Concorrência26 Informações sobre demanda: relevante quando a empresa regulada atende à população e qualidade dos serviços é importante. Exemplo: Qualidade não observada do transporte urbano pode ser aferida pela demanda por transporte. Demanda é proxy da qualidade dos serviços, na ausência de outras medidas mais diretas.
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Regulação e Concorrência27 Esquemas de Incentivo 2 situações: A empresa regulada produz para o Estado (ex: construção da barragem de Tucurui, construção do novo prédio do Tribunal Superior Eleitoral, compra de armamentos de ponta etc); A empresa regulada produz para terceiros (população, distribuidores e geradores de energia, operadores de telefonia movel, etc).
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Regulação e Concorrência28 Esquemas de incentivo: A empresa regulada produz para o Estado O regulador reembolsa ou não parcela das despesas da empresa regulada; Regra de reembolso: b mede o poder do esquema de incentivos.
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Regulação e Concorrência29 Aplicação da regulação Regras simples: Não atribuem poder ao regulador; Regras que exigem informações levantadas pelo regulador: Regulador julga e seleciona as informações a serem usadas na aplicação da regra; Atribui poder ao regulador. Regras complexas: Aparentemente, reguladores conseguem aplicar regras complexas; Mas abusos devem ser evitados…
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Regulação e Concorrência30 Parte IV: Esquemas de incentivo comuns Esquemas de incentivo refletem: Instrumentos; Instituições regulatorias; e O principal problema enfrentado pelo regulador. 2 linhas de esquemas de incentivo: Transferências entre regulador e empresa regulada permitidas ou não; Poder dos incentivos.
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Regulação e Concorrência31 Distinção entre intenções e aplicação do regime: transferências podem ser proibidas formalmente, mas empresa regulada pode estar recebendo: Subsidios diretos, empréstimos governamentais a baixa taxa de juros, garantias governamentais quando no mercado de crédito privado, oferta de insumos publicos a preços favoraveis, etc. Efeito no poder do esquema de incentivos.
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Regulação e Concorrência32 Regulação quando transferências são proibidas Empresa regulada produz para terceiros: 1.Regulação baseada nos custos dos serviços (CS); 1.Regulação com incentivos; 1.Price-caps.
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Regulação e Concorrência33 1. Regulação baseada em custos dos serviços (cost of service regulation) Preço p é tal que: Taxa de Retorno + estrutura de preços
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Regulação e Concorrência34 O regulador deve ter: Informações sobre custos operacionais + custos fixos ; Problema: como medir custos fixos e atribuir uma taxa de retorno ao capital razoavel? Informações sobre a demanda (pois regula serviços para terceiros).
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Regulação e Concorrência35 Revisões regulatorias e lags: Preço é fixo nova revisão regulatoria; Quanto maior o lag entre revisões, maior o periodo de tempo em que preço é fixo: Regime interim proximo a Fixed fee. Dificuldade de coesão sobre método de aferição dos custos (ou mudanças inesperadas) podem alongar periodo entre revisões. Lags e revisões podem introduzir incentivos.
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Regulação e Concorrência36 2. Regulação com incentivos Sliding Scale plans: Geralmente implementado via mecanismo de reajuste automatico de taxa de retorno; Custo é usado como medida de performance: a Empresa regulada absorve parte dos beneficios derivados de reduções no custo. Muito frequente. Exemplo: New York Telephone Company, 1986.
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Regulação e Concorrência37 3. Price Caps Preço maximo a ser cobrado por um produto ou; Preço médio maximo a ser cobrado por uma cesta de produtos. Teoricamente, não deve ser baseado em informações contabeis, mas exige conhecimento sobre custo e demanda: Cap muito alto: preço de monopolio regulação inoperante; Cap baixo: inviabilidade do negocio nenhuma empresa participa. Formulas comuns de reajuste de preço (IPCA): IPCA – X; X : ganhos esperados de eficiência IPCA – X + Y; Y : reajuste de preços de insumos (transferência integral de certos custos) IPCA – X + Y – S;S : indice de reclamações (ma qualidade).
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Regulação e Concorrência38 A convergência entre regimes regulatorios Fatores: Frequência das revisões regulatorias via: Periodicidade de revisões (lags); Requisição de revisão; Governância regulatoria; Compromisso com politica regulatoria (ratchet effect): Empresa é penalizada quando revela ser eficiente ou investe em atividades ligadas à redução de custos; CS protege a empresa regulada do pouco compromisso (do governo/regulador) com a politica regulatoria. Regulação baseada nos custos dos serviços (CS) Price Cap
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