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Benigna Maria de Freitas Villas Boas

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Apresentação em tema: "Benigna Maria de Freitas Villas Boas"— Transcrição da apresentação:

1 Benigna Maria de Freitas Villas Boas
Avaliação Formativa: Em busca do desenvolvimento do aluno, do professor e da escola Benigna Maria de Freitas Villas Boas DANIELA CAMILA GIRALDELO JULIANA FELIPPE FRANCISCO

2 Autora: Benigna Maria de Freitas Villas Boas
Benigna Maria de Freitas Villas Boas é pedagoga, mestre em Educação pela Universidade de Houston, Texas, doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e pós-doutora pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres. Nasceu em Bonfim, Minas Gerais, e mora em Brasília desde Atualmente é professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, onde atua em cursos de formação de professores e no curso de mestrado em Educação. Membro do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico, tem desenvolvido pesquisas sobre esse tema, com várias publicações importantes na área.

3 Origem da reflexão: A construção ainda incompleta do conceito de avaliação formativa manifestada em três diferentes situações originou este texto. 1) Pesquisa sobre “A avaliação nos cursos de formação de profissionais da educação no Distrito Federal: Confronto entre a teoria e a prática”. Avalia-se tanto a parte de conhecimento como a formativa. 2) “Nova proposta” de avaliação implantada nas escolas da rede pública do Distrito Federal para “superar sua visão estática e classificatória” e “resgatar sua função formativa”, de modo que assuma “um caráter inclusivo, capaz de infundir no aluno a confiança em si mesmo e estimulá-lo a avançar sempre”.

4 3) A terceira situação refere-se a um projeto de avaliação formativa de uma escola de educação infantil e fundamental do Distrito Federal da rede privada, que vem se empenhando no desenvolvimento da avaliação por objetivos, denominada pela equipe de “avaliação formativa”. As três referem-se apenas à avaliação do desempenho do aluno; nenhuma considera a avaliação do trabalho pedagógico de cada turma/ disciplina e a da escola, no conjunto, nem a avaliação da atuação do professor e de outros profissionais da escola. Cardinet adverte que a avaliação formativa requer profunda mudança de atitude pois “o erro do aluno não é mais considerado como uma falta passível de repreensão mas como uma fonte de informação essencial, cuja manifestação é importante favorecer”.

5 - Em alguns países esta sendo adotado a avaliação externa/ padronizada e por mais que eles queiram levar em conta a avaliação formativa é a avaliação somativa que prevalece. Os autores Harlen e James apontam as características da avaliação formativa. (p. 181), e afirmam que, diferentemente da avaliação somativa, que pode referir-se tanto a norma quanto a critério, a formativa leva sempre em conta onde o aluno se encontra em seu processo de aprendizagem, em termos de conteúdos e habilidades. O julgamento de suas produções e o feedback que será oferecido ao aluno levarão em conta o aluno e não apenas os critérios de avaliação. As circunstâncias individuais devem ser observadas se a avaliação pretende contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem e para o encorajamento do aluno.

6 Os dados obtidos nas observações do professor sobre o aluno, indicam que atividades precisam ser refeitas, quem, individualmente ou em grupos, necessita refazê-las ou se é possível dar continuidade ao trabalho. O Programa Nacional de Avaliação implantando na Inglaterra e no País de Gales desde 1988 e ainda em desenvolvimento prevê a combinação dos resultados dos testes padronizados e da avaliação feita pelo professor. Contudo, afirmam Black e Wiliam, todos os recursos têm sido postos sobre os testes externos e nenhuma estratégia foi desenvolvida para a inclusão dos resultados da avaliação formativa. É evidente que o compromisso político com os testes externos para promover a competição obteve prioridade, enquanto o compromisso com a avaliação formativa sempre foi marginal.

7 Construindo o conceito de Avaliação Formativa
- Avaliação formativa: Promove o desenvolvimento do aluno, do professor e da escola. - Trabalho Pedagógico. - Os profissionais da educação que atuam na escola, precisam ter a oportunidade de se desenvolverem e se atualizarem. Todas as dimensões do trabalho escolar são avaliadas. Abandono da Avaliação Unilateral, Classificatória, Punitiva e Excludente. Dimensões de Aprendizagem dos alunos: -Cognitiva; -Afetiva; -Psicomotora.

8 Como desenvolver a avaliação formativa
Obstáculos: -Tendência mundial de valorização dos testes externos padronizados, que enfatizam a competição entre alunos e escolas. Falta de recursos para o desenvolvimento da avaliação formativa. -Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9394/96 Art. 12, inciso V: Estabelecimentos de ensino terão a incumbência de “prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento”.

9 Art. 24, inciso V: define a “Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”. - Alunos limitados à recuperação; Existência de dois grupos diferentes: “Maior rendimento” e “Menor rendimento”. - Eliminar esse tipo de discriminação através do trabalho pedagógico, onde as práticas avaliativas apóiem a aprendizagem de todos os alunos em todos os momentos.

10 LDB 9394/96 Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; Art. 13 Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; - Os estudos de recuperação podem ser inseridos na proposta pedagógica segundo a função formativa de avaliação.

11 Planejamento da Avaliação Formativa
- O desenvolvimento da avaliação formativa compreende os aspectos: Planejamento da Avaliação; Auto-avaliação pelo aluno; auto-estima dos alunos e procedimentos variados de avaliação. Planejamento da Avaliação Formativa - Constante reflexão; - Opção feita por toda a equipe pedagógica e registrada no Projeto Político Pedagógico;

12 Formulação do Plano pela equipe pedagógica:
- Justificativa pela sua adoção; - Abrangência: quais as atividades e quem será avaliado. (O aluno individualmente, um grupo de alunos que trabalham juntos, o trabalho de toda a escola, o professor etc.); - Finalidades; - Procedimentos em cada situação; - Como serão registrados os resultados e o que será feito com eles. Avaliação Diagnóstica: -Para que avaliar o grupo de alunos com quem vou trabalhar? - Quem são eles? -Qual sua procedência? -Qual sua faixa etária? -Que experiências de aprendizagem possuem?

13 -O Plano deve ser constantemente analisado e reformulado, quando necessário.
Avaliar o processo: - Está cumprindo seus propósitos iniciais? - Que obstáculos existem? - Como superá-los? - O desempenho do aluno; - Selecionar e avaliar os conteúdos (informações, capacidades, habilidades e atitudes) considerados fundamentais para o prosseguimento dos estudos.

14 Definir como serão trabalhados as modalidades informal e formal:
Avaliação Informal - Opiniões que o professor forma sobre o aluno no decorrer da interação e deve estar relacionada com o desempenho do aluno. - Pode contribuir para que o professor conheça melhor cada aluno e como está se desenvolvendo seu processo de aprendizagem; Observações sistemáticas e entrevistas. Avaliação formal - Provas, testes e produções, não só escritas, mas oral, estética, corporal, gráfica etc.

15 Auto-avaliação pelo aluno:
- Os alunos devem compreender os principais propósitos da aprendizagem; - Perceber o que fazer para adquiri-la; - A auto-avaliação proporciona discussão e reflexão sobre a aprendizagem entre professor e aluno. Melhoria da aprendizagem do aluno e do desenvolvimento do trabalho. Auto-estima dos alunos: “O principal usuário das informações fornecidas pela avaliação para a melhoria da aprendizagem é o próprio aluno” p.195

16 Aspectos negativos: - Obsessão pela competição e medo do fracasso por parte dos alunos com baixo rendimento. Aspecto positivo: - Os aspectos negativos podem ser evitados, mas para isto é necessário a instalação da cultura de sucesso, baseada na crença de que todos podem aprender. -Concentrar nas dificuldades dos alunos; - Mostrar como eles podem superar suas dificuldades. - Não fazer comparações entre os alunos;

17 Procedimentos variados de avaliação:
- Considerar o nível de desenvolvimento dos alunos, a disciplina, o ano e o tipo de trabalho realizado. - A autora cita três procedimentos de grande contribuição para a avaliação formativa - Entrevista; - Observação; - Portfólio.

18 A entrevista de ser planejada:
- Aproxima professor e alunos; - Relacionamento amigável entre o professor e o aluno para que os dois se sintam à vontade; - Perguntas claras e compreensíveis; - Ouvir o aluno de forma paciente e respeitosa; - Possibilita um conhecimento mais pessoal do aluno. A entrevista de ser planejada: - Definir seus objetivos; - Em que momento ela será realizada; - Como será feita a anotação das informações; - Quantos alunos serão entrevistados por dia.

19 - os registros podem ser feitos durante ou após as observações.
Observação: -Investigar as características individuais e grupais dos alunos. Libâneo... - O professor só pode tirar conclusões após observar os alunos em diversas situações, de forma que ele tenha uma avaliação fundamentada. -Anotar separadamente os fatos observados, dos comentários e análises do professor. - Os resultados são de uso exclusivo do professor para que ele saiba como agir com determinadas crianças; - As observações não devem ser convertidas em notas, nem repassadas diretamente para os alunos. - os registros podem ser feitos durante ou após as observações.

20 Planejamento da Observação:
1° Passo: - Organizar a sala de aula - Definir o momento de fazer observações 2° Passo: - Estabelecer o alvo e os objetivos da observação: Sugestões: - Quantos alunos observar de cada vez? -Quem observar? - Onde observar? - Quando observar? - Por quanto tempo observar?

21 3° Passo: - Organização dos registros de observação; - O caderno de observação deve ser um instrumento fácil e flexível para que possa ser usado em várias situações escolares e por diversos professores; Dicas… - Como organizar as folhas de registro? - Onde manter o caderno de registro? - Que quantidade de anotações deve ser feitas? - O que anotar?

22 - Como anotar? -Quando anotar? - Como usar as folhas de observação? - Como anotar comentários sobre necessidades individuais? - O que fazer com as folhas de observação já completas? 4° Passo: - Observação dos registros; 1- O que analisar? - Todos os alunos foram observados? - Estão as observações restritas a determinados alunos, áreas curriculares ou categorias? - As informações coletadas estão contribuindo para o desenvolvimento do trabalho ou há necessidade de replanejamento das observações?

23 2 – Quando analisar? 3 – Como analisar? 4 – Porque analisar? - A avaliação formativa é a que usa todas as informações disponíveis sobre o aluno. - Portanto, a utilização de provas escritas para decidir a trajetória de estudos do aluno deixa de considerar os diferentes estilos e manifestações de aprendizagem. O potfólio é outro procedimento de avaliação muito rico, pois é onde são guardadas todas as produções do aluno, as quais apresentam as evidências da sua aprendizagem. Como construí-lo? Como avaliá-lo?

24 Articulações finais: Este texto procurou discutir a avaliação formativa como a que favorece não só o desenvolvimento do aluno mas também o do professor e o da escola. A decisão política de o Brasil aderir aos testes nacionais externos e padronizados pode trazer consequencias drásticas para o trabalho escolar, pois os testes externos são mais valorizados do que a avaliação formativa o que cria competição entre alunos e escolas e até o caso de professores ensinarem aos aluno como responderem as questões dos testes. Surge, então, a necessidade de explorar na sala de aula o potencial da avaliação como parte do trabalho desenvolvido por cada aluno, para a elevação dos seus níveis de desempenho.

25 Como implementar a avaliação formativa?
Em primeiro lugar, o “que fazer” e o “como fazer” devem brotar das escolas e não dos gabinetes do MEC e das secretarias de educação. Em segundo lugar, os recursos para a educação devem dirigir-se diretamente às escolas públicas, não devendo ser alocados em projetos elaborados por pessoas externas a elas. Em terceiro lugar, deve ser dada atenção especial à formação continuada dos profissionais da educação, para que se atinjam os dois primeiros itens.


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