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PublicouMaria da Assunção César Camilo Alterado mais de 8 anos atrás
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Mack Leo Pedrozo Marcelo Soares Ochoa
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Reflexões “Distante é um lugar que não queremos ir.” “Impossível é o que não queremos fazer.” “Nossos sonhos são premonições de nosso futuro.” “Nós somos os únicos responsáveis pelas nossas próprias limitações (conceitos, medos, resistências e inseguranças).” Segundo um conhecido ditado popular: “Prevenir é melhor do que remediar” Adaptado para as empresas poderia ficar assim: “Prevenir é melhor e mais barato do que remediar”
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Atualmente: O trabalho industrializado, mecanizado e a automação aliada a uma busca desenfreada pela produtividade e qualidade, vêm impondo condições insalubres e prejudiciais à saúde humana como um todo; O trabalho é caracterizado por atividades que exigem pouco das funções musculares e fisiológicas (de pouco gasto calórico), com intensa repetitividade e altos níveis de estresse; O trabalho sentado ou parado, só com movimentos fixos, é o começo de muitas dessas lesões, principalmente nos membros superiores;
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O estresse causado pela produção sob pressão; Atividades que exigem força, mas sem a alternância de movimentos e com predomínio de solicitações unilaterais, mesmo sem exigência de força, também tornam-se vilões; O trabalhador, por sua baixa aptidão física, é propenso a desenvolver as chamadas doenças ocupacionais, ou lesões ocasionadas pelos esforços repetitivos; Esta baixa aptidão física deve-se ao sedentarismo humano, que leva a uma deteriorização das funções orgânicas;
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Como conseqüência, altos índices de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho afetam acentuadamente a produtividade das empresas, impedindo-as de falar em Qualidade de Vida no Trabalho e abalando seriamente seus níveis de competitividade; Tais aspectos levaram a implantação da ginástica durante o horário de trabalho, como uma das soluções encontrada pelas empresas para lidar com as graves conseqüências deste contexto.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, para considerar-se um sujeito saudável é necessário que se perceba nele: “... uma condição de bem estar que inclui não apenas o bom funcionamento do corpo mas também o vivenciar uma sensação de bem-estar espiritual (ou psicológico) e social, entendido este último (...) como uma boa qualidade nas relações que o indivíduo mantém com as outras pessoas e com o meio- ambiente.” (MENDES, 2000).
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Palavras comuns: GINÁSTICA: Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade (CAÑETE, 1996); Conjunto dos exercícios corporais sistematizados para esse fim (FERREIRA, 1999). LABORAL: Relativo ao labor, ao trabalho.
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Palavras comuns: ERGONOMIA: Conjunto de estudos que visam à organização do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina. Ciência da configuração do trabalho adaptada ao homem. L.E.R. (Lesões por esforços repetitivos): Lesões que acometem os membros superiores por sobrecargas provocadas pelo trabalho repetido, sem pausas e repouso adequados à recuperação física. São doenças progressivas e, em muitos casos, irreversíveis.
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Definições: “Momento único em que o trabalhador torna-se o centro das atenções, a coisa mais importante, preocupando-se consigo mesmo, com o seu corpo e com o seu bem-estar. Com sua prática regular e constante cria um espaço onde as pessoas exercem várias atividades e exercícios que estimulam o auto- conhecimento, levando à ampliação da consciência e da auto- estima, melhorando o relacionamento consigo, com os outros e com o meio” (SCHARCOW apud CAÑETE, 1996).
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Definições: É a prática voluntária de atividades físicas realizadas pelos trabalhadores dentro do próprio local de trabalho, durante a jornada diária. Tem como objetivo minimizar os efeitos adversos da atividade profissional e buscar uma melhoria das condições de saúde e bem-estar dos trabalhadores, através de exercícios físicos orientados. Trata-se de um programa implantado em empresas, que consiste na utilização de pausas com exercícios programados segundo objetivos específicos, que levam em consideração as atividades e demandas físicas existentes nos mais diversos setores. Tem duração de 7 a 12 minutos, sendo aplicada duas vezes por dia, durante toda a semana.
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Alguns aspectos: A Ginástica Laboral consiste em exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho atuando de forma preventiva e terapêutica, nos casos de D.O.R.T./ L.E.R.; É aplicada sem levar o trabalhador ao cansaço, sendo de curta duração, trabalhando mais no alongamento e na compensação das estruturas musculares envolvidas nas tarefas operacionais diárias; Também denominada de ginástica de pausa, ginástica do trabalho, ginástica compensatória e atividade física na empresa/trabalho.
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Objetivos: Promover bem-estar físico e psíquico, despertando o interesse por um estilo de vida sadio e ativo; Aliviar tensões por stress e por fadiga muscular ocasionadas pelas posturas inadequadas; Desenvolver hábitos adequados, melhorando a condição física e corrigindo vícios posturais;
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Objetivos: Contribuir na redução de consultas médicas e acidentes de trabalho; Reduzir o risco de lesões provocadas por trabalhos repetitivos, ou de doenças por traumas cumulativos; Promover a integração, socialização e descontração do grupo, motivando o ânimo para o trabalho em equipe.
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Breve retrospecto: O primeiro registro data de 1925, na Polônia, chamada de ginástica de pausa e destinada a operários. Após 1925, foram feitas várias experiências na Holanda, Bulgária e Alemanha Ocidental. No Japão, em 1928, os funcionários dos correios já freqüentavam sessões, diariamente, buscando a descontração e o cultivo da saúde. Atualmente um terço dos trabalhadores japoneses exercita-se nas suas empresas. Na Europa, países como França, Bélgica e Suécia adotam a ginástica, realizando muitas pesquisas sobre o assunto.
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Na Rússia, 150 mil empresas envolvendo 5 milhões de empregados praticam a ginástica de pausa segundo a atividade e cargo. Mais recentemente, nos Estados Unidos, centenas de empresas tem investido em programas que promovem o condicionamento físico em seus empregados. No Japão existe um programa de rádio e televisão, chamado Rádio Taissô, que consiste em um tipo de ginástica rítmica, com séries de exercícios específicos acompanhados por música.
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NO BRASIL, em 1973, a primeira tentativa de implantação foi realizada pela Escola de Educação Física da FEEVALE, com a elaboração de um projeto denominado “Projeto Educação Física Compensatória e Recreação”, nunca concretizado praticamente. Já em 1978, a FEEVALE em convênio com o SESI, elaborou e executou uma experiência pioneira com o “Projeto Ginástica Laboral Compensatória”, aplicado em cinco empresas do Vale do Sinos (inclusive na Plastisul de Sapucaia do Sul), visando a formação de hábitos e atitudes contrárias à fadiga. Atualmente, são diversas as empresas que se utilizam da ginástica laboral como forma de melhorar a sua produtividade e incrementar a sua competitividade empresarial.
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Classificação conforme o horário de aplicação: Ginástica laboral preparatória Ginástica laboral compensatória Ginástica laboral relaxante (MENDES, 2000)
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Classificação conforme o objetivo que se pretende: Ginástica corretiva: visa equilibrar o antagonismo muscular; Ginástica de compensação (compensatória): visa prevenir vícios posturais; Ginástica preparatória (preparação): visa preparar para atividades de força, velocidade e resistência; Ginástica terapêutica: visa aplicar atividades terapêuticas prescritas (MENDES, 2000).
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GINÁSTICA PREPARATÓRIA Conceito: É um conjunto de exercícios físicos realizados antes do início da jornada de trabalho. Objetivo: Preparar o funcionário para suas tarefas aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados pela tarefa e despertando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho.
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GINÁSTICA COMPENSATÓRIA Conceito: São atividades físicas realizadas durante as pausas da jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional e aproveitando para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e às posturas inadequadas dos postos operacionais. Objetivo: Impedir vícios de posturas habituais do trabalhador e atingir as sinergias musculares antagônicas ativas durante trabalho, proporcionando a compensação e equilíbrio funcional com redução da fadiga.
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GINÁSTICA RELAXANTE Conceito: É baseada em exercícios de alongamento, realizada normalmente no fim do expediente. Objetivo: Oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido lático e prevenindo as possíveis instalações de lesões. “Devemos aplicar a atividade física laboral de maneira que as pessoas levem para casa o que tem de bom no trabalho e tragam para o trabalho o que tem de bom em casa” (GRÜNSPAN, 2001)
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GINÁSTICA DE DESCONTRAÇÃO Conceito: Pode ser realizada em qualquer horário da jornada de trabalho, normalmente é realizada no meio da jornada. Objetivo: Descontração, integração, socialização entre os trabalhadores e motivação para o trabalho. Também objetiva a quebra da monotonia das atividades.
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Comissão Multidisciplinar para avaliação das atividades Profissional Educação Física Médico Fisioterapeuta Técnico em Segurança do Trabalho Representante dos Trabalhadores Assistente Social Psicólogo Desenvolvimento Humano e Organizacinal EQUIPE DE TRABALHO
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Dificuldades para implantação: Convencer a direção da empresa que a pausa de 10 a 15 min para a ginástica não prejudica a produtividade; Desconhecimento dos participantes quanto à importância da ginástica interferindo em sua adesão ao programa; O descrédito quanto aos resultados da ginástica, considerando que são aulas de apenas 10 minutos (pausa-ativa);
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Dificuldades para implantação: Dificuldade em encontrar um local adequado para as aulas, considerando que a empresa não é uma academia. Os recursos existentes no local de trabalho devem ser explorados; Resistência dos funcionários para o que pode ser visto como “mais uma atividade” somada à rotina de trabalho; Não adesão dos altos escalões na prática das atividades;
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Benefícios Gerais: Motiva uma mudança para o estilo de vida ativo com a realização de atividade física regular, reduzindo o sedentarismo; Fortalece o relacionamento social e o trabalho em equipe, melhorando o relacionamento interpessoal; Reduz os afastamentos por motivo de saúde, a procura ambulatorial e os acidentes do trabalho;
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Benefícios Fisiológicos: Libera movimentos bloqueados pelas tensões emocionais, aumentando a amplitude e a tonicidade muscular, melhorando a coordenação motora; Aprimora a agilidade, a coordenação, o ritmo e a força, melhorando a mobilidade e flexibilidade músculo articular; Provoca o aumento da circulação sangüínea a nível da estrutura muscular melhorando a oxigenação dos músculos e tendões, diminuindo o acúmulo do ácido láctico e eliminando toxinas presentes no organismo;
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Benefícios Fisiológicos: Diminui as inflamações e traumas; Compensa as estruturas mais utilizadas durante o trabalho e ativa as que não são requeridas, relaxando- as e tonificando-as; Promove a redução das dores provocadas pelas atividades exercidas, prevenindo lesões musculares; Desenvolve a consciência corporal, melhorando a postura no trabalho;
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Benefícios Fisiológicos: Aumento de produtividade, com os trabalhadores declarando terminar a jornada menos cansados; Relaxa e diminui a tensão muscular desnecessária; Diminui o esforço na execução das tarefas diárias; Facilita a adaptação ao posto de trabalho; Melhora a condição do estado de saúde geral.
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Benefícios Psicológicos: Melhoria da concentração e a qualidade do sono; Ameniza o estresse, diminuindo a ansiedade e a depressão; Melhora o bem-estar físico e mental, reduzindo a fadiga e melhorando a auto-estima; Favorece a mudança da rotina; Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários.
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Benefícios Sociais: Favorece o contato pessoal; Promove a integração social; Melhora o relacionamento, Desperta o surgimento de novas lideranças; Favorece o sentido de grupo – sentem-se parte de um todo; Permite e incentiva a socialização, melhorando o ambiente de trabalho e a imagem da empresa;
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Recomendações: A fadiga muscular pode ser reduzida distribuindo-se o tempo de pausa durante a jornada de trabalho; Paradas curtas e freqüentes são melhores do que uma única parada longa; Não é adequado forçar o trabalho nas primeiras horas da jornada, evitando as pausas, para ficar a maior parte do tempo livre no final;
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Recomendações: Evite trabalho estático. Dê preferência ao trabalho dinâmico; O trabalho dinâmico permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos, como no caso de uma pessoa andando ou virando o volante de uma empilhadeira; Trabalho estático é aquele que exige a contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada postura;
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Recomendações: O trabalho estático é altamente fatigante e sempre que possível deve ser evitado; Não sendo possível esta modificação, as pausas devem ser de curta duração e com elevada freqüência, para permitir relaxamento muscular e alívio da fadiga; O trabalho deve ser aliviado por meio do enriquecimento da tarefa, alternância de posturas ou melhoria do posicionamento de objetos, ferramentas e postos.
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“ Todo conhecimento tem uma inscri ç ão corporal e se ap ó ia numa complexa intera ç ão sensorial. O conhecimento humano nunca é pura opera ç ão mental. Toda ativa ç ão de inteligência est á entretecida de emo ç ões ” (ASSMANN, 1996). “ Toda ativa ç ão das emo ç ões por motivo de vivências corporais (tais como a pr á tica de exerc í cios e desportos recreativos ou atl é ticos, sentimentos como a amizade e a solidão, o calor e o frio, a tranq ü ilidade e o medo), acarretam conhecimentos e experiências profundas e inesquec í veis que aflorarão em outras situa ç ões similares ” (OCHOA, 2000).
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Bibliografia CAÑETE, Ingrid – Humanização: desafio da empresa moderna; a ginástica laboral como um caminho. Porto Alegre/RS. Artes e Ofícios, 1996. DIAS, Maria de Fátima M. Ginástica Laboral – empresas gaúchas têm bons resultados com ginástica antes do trabalho. Revista Proteção, nº 29, RS, 1994. ESCOBAR, Maria I. C. A experiência com a ginástica laboral nas empresas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1995. Faculdade de Educação, UFRGS. MENDES, Ricardo A.Ginástica Laboral: Implantação e Benefícios nas Indústrias da CIC. Curitiba/PR. CEFET/PR, 2000. OCHOA, Marcelo S. Benefícios da utilização de ginástica laboral em empresas: um estudo de caso. Santa Maria: UFSM/PPGEP, 2002.
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