Fórum Econômico Mundial e Fórum Social Mundial. Um outro mundo é possível.

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1 Fórum Econômico Mundial e Fórum Social Mundial. Um outro mundo é possível.

2 O que são fóruns? Fóruns são espaços de debate e articulação de ideias, onde os atores envolvidos buscam soluções para diferentes problemas e/ou apresentar propostas que viabilizem o alcance de seus objetivos. Na Ordem Econômica atual, é comum que as lideranças políticas e econômicas busquem se organizar para dinamizar a economia por meio de propostas cada vez mais liberais. Por outro lado, há grupos também bem articulados que buscam estabelecer discussões e propostas de cunho social, visando a redução de desigualdades sociais e a amenização de problemas criados no sistema capitalista. Essa dualidade possibilitou a criação de dois fóruns anuais com características ideológicas distintas: O Fórum Econômico Mundial (FEM) e o Fórum Social Mundial (FSM).

3 Fórum Econômico Mundial O Fórum Econômico Mundial também é conhecido por Fórum Mundial de Davos, pois ocorre anualmente na comunidade de Davos, na Suíça; contudo, sua sede situa-se em Genebra. O Fórum reúne diferentes líderes da economia mundial, como presidentes, primeiros-ministros, ministros de economia dos países, presidentes de bancos centrais, diretores e funcionários de alto escalão do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A instituição foi criada em 1971, porém com o nome de Fórum Europeu de Gerenciamento. O Fórum Econômico Mundial caracteriza-se como uma importante ferramenta de análise por parte de investidores estrangeiros que buscam ampliar seus mercados nos diversos países do mundo.

4 FEM Os assuntos que são discutidos no FEM: De ordem econômica: o impacto da globalização e da ampliação dos mercados em países emergentes, a regulamentação de mercados financeiros e a incorporação de novas tecnologias. De outras áreas: meio ambiente, a paz e os conflitos mundiais e educação. Tais temas são discutidos, entendendo que o bom desenvolvimento de políticas nestas áreas influencia na melhoria da capacidade competitiva dos mercados.

5 Brasil no FEM. Em 2014, a presidente do Brasil Dilma Rousseff participou do Fórum e fez um discurso pautado em promessas de combate à inflação, abertura de investimentos privados e controle de dívidas públicas. As falas foram essenciais para conceder maior confiança a investidores e empresários estrangeiros. De acordo com o Relatório 2013-2014 do Fórum Econômico Mundial, os fatores que mais dificultam as negociações entre os países/instituições para com o Brasil são as regras tributárias, legislação trabalhista restritiva e oferta inadequada de infraestrutura, o que torna o Brasil um país menos competitivo no cenário internacional.

6 Brasil no Ranking global da competitividade e atração de investimentos. 2015

7 FEM – Edição 2016. A quarta revolução industrial, que implicará a perda de 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos nas principais economias mundiais, foi o tema principal do Fórum Econômico Mundial, que se realizou em janeiro de 2016 na cidade de Davos, Suíça. Além da perda de 5 milhões de empregos nos próximos cinco anos em todo o mundo, a quarta revolução industrial provocará “grandes perturbações não só no modelo dos negócios, mas também no mercado de trabalho nos próximos cinco anos”, indica um estudo da entidade que organiza o Fórum de Davos. Depois da primeira revolução (com o aparecimento da máquina a vapor, da segunda (eletricidade, cadeia de montagem) e da terceira (eletrônica, robótica), surge a quarta revolução industrial que combinará numerosos fatores como a internet dos objetos ou a “big data” para transformar a economia e se se concentra nos novos produtos e processos derivados dos avanços ocorridos na fronteira da ciência, como a convergência entre info, nano, bio e neuro tecnologias, que possuem aplicação em praticamente todas as áreas do conhecimento, como a química, a física, a biologia, a medicina, a engenharia, a computação etc.

8 Fórum Social Mundial O Fórum Social Mundial faz oposição ao Fórum Econômico Mundial. O primeiro Fórum Social Mundial teve objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos que, desde 1971, defende as políticas neoliberais em todo mundo. O primeiro FSM ocorreu na cidade de Porto Alegre em 2001, contando com mais de 20 mil pessoas de 117 países diferentes. Em 2004, o fórum passou ocorreu pela primeira vez fora do Brasil, na cidade de Mumbai na Índia.

9 FSM O Fórum Social Mundial (FMS) é um encontro anual internacional articulado por movimentos sociais, ONGs e pela comunidade civil para discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e, sobretudo, contra desigualdades sociais provocadas pela Globalização. É caracterizado por ser não governamental e apartidário, apesar de alguns partidos e correntes partidárias participarem ativamente dos debates e discussões. Normalmente, dentre os principais eixos temáticos das discussões do fórum, encontram-se temas como militarismo, guerra, paz, informação, cultura, meio ambiente, economia, exclusão, direitos e igualdade social. O lema do fórum é: “um outro mundo é possível”, baseado na premissa de se reverter os problemas resultantes do processo de globalização

10 FSM Se, por um lado, o Fórum Econômico Mundial representa as forças capitalistas e incentiva a atuação de políticas econômicas liberais, favorecendo as grandes empresas, por outro, o Fórum Social Mundial representa a resistência de grupos sociais perante as consequências deste processo. Contudo, o FSM não se resume à protestos contra instituições multilaterais e contra os impactos negativos da globalização. O fórum mobiliza milhares de pessoas e discute seriamente soluções para entraves em relações de poder, Estado e sociedade civil, ética, sustentabilidade, segurança e agricultura familiar, entre outros, visando a democracia participativa e a justiça social.

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