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Saúde mental e espiritualidade

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Apresentação em tema: "Saúde mental e espiritualidade"— Transcrição da apresentação:

1 Saúde mental e espiritualidade
Curso de Extensão - SAÚDE E ESPIRITUALIDADE Promoção: Depto. Cirurgia – Fac. Medicina UFMG Apoio: NASCE – UFMG Saúde mental e espiritualidade Fabricio H. A. de Oliveira e Oliveira Médico (UFMG) Especialização em Dependência Química (UNIFESP) Residente em Psiquiatria (I. Raul Soares – Rede -FHEMIG) Especialista em Medicina do Tráfego (Fac. Ciências Médicas – MG) Este modelo pode ser usado como arquivo de partida para apresentar materiais de treinamento em um cenário em grupo. Seções Clique com o botão direito em um slide para adicionar seções. Seções podem ajudar a organizar slides ou a facilitar a colaboração entre vários autores. Anotações Use a seção Anotações para anotações da apresentação ou para fornecer detalhes adicionais ao público. Exiba essas anotações no Modo de Exibição de Apresentação durante a sua apresentação. Considere o tamanho da fonte (importante para acessibilidade, visibilidade, gravação em vídeo e produção online) Cores coordenadas Preste atenção especial aos gráficos, tabelas e caixas de texto. Leve em consideração que os participantes irão imprimir em preto-e-branco ou escala de cinza. Execute uma impressão de teste para ter certeza de que as suas cores irão funcionar quando forem impressas em preto-e-branco puros e escala de cinza. Elementos gráficos, tabelas e gráficos Mantenha a simplicidade: se possível, use estilos e cores consistentes e não confusos. Rotule todos os gráficos e tabelas.

2 Objetivos PARTE 1 PARTE 2 PARTE 3 Aspectos Históricos e Conceituais
Aspectos Clínicos Aspectos Psicológicos e Educacionais Revisão de Literatura Estudos de Casos Clínicos Introdução ao tema da Filosofia da Ciência e Espiritualidade

3 Uma Breve Introdução

4 Introdução Desde tempos imemoriais, crenças, práticas e experiências espirituais têm sido um dos componentes mais prevalentes e influentes da maioria das sociedades Profissionais de saúde, pesquisadores e a população em geral têm cada vez mais reconhecido a importância da dimensão religiosa/ espiritual para a saúde

5 Introdução No começo dos anos 1960 os estudos eram dispersos e nesse período surgiram os primeiros periódicos especializados, entre os quais o Journal of Religion and Health. A partir de então, estudos realizados sobre espiritualidade e religiosidade em amostras específicas (por exemplo, enfermidades graves, depressão, transtornos ansiosos) mostraram pertinência quanto à investigação do impacto dessas práticas na saúde mental e na qualidade de vida.

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7 Aspectos Históricos e Conceituais

8 DAS VARIAS FORMAS DE ESTUDAR A HISTORIA DA PSIQUIATRIA
ORIGENS DA ESPECIALIDADE – FINAL SEC. XVIII ESTUDOS DE PARES DE CONCEITOS OPOSTOS EM PERMEIO ÀS QUESTÕES RELATIVAS AO PROBLEMA “MENTE-CÉREBRO” - ENDOGENO X EXOGENO - PSICOSE X NEUROSE - FORMA X CONTEUDO ETIMOLOGIA HISTORICA E COMPARATIVA (ESTUDO DE TERMOS EQUIVALENTES EM DIFERENTES CULTURAS) PALEONTOLOGIA COMPORTAMENTAL (ESTUDO DOS COMPORTAMENTOS E ALTERAÇÕES CEREBRAIS ENVOLVIDAS EM DIFERENTES CULTURAS), ETC. HISTORIA DAS DISCIPLINAS (POR EX. PSICOFARMACOLOGIA, PSICOTERAPIAS, PSICOPATOLOGIA, ETC.) EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES (SEM ANTOLOGIA OU BIOGRAFIA ESPECÍFICA) E SUA RELAÇÃO COM OS HOMENS, ETC. FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

9 DA ANTIGUIDADE ASPECTOS HIPOCRATICOS
A) DEMONIZAÇÃO DA DOENÇA: SENHOR PUNE NABUCODONOSOR REDUZINDO-O A UM LOBO, POR EX.) X INICIO DE UMA TENTATIVA DE “BIOLOGIZAÇÃO” DA DOENÇA, E DA CRENÇA EM SEUS MECANISMOS PSICOFISIOLOGICOS, COM A PERGUNTA SIMBÓLICA: “QUE DEUS OFENDI, E QUE ENTIDADE ME PUNE, E PELO QUÊ?”) com HIPOCRATES B) ARISTÓTELES (CARDIOCENTRICO – CORAÇÃO COMO CENTRO DAS FUNÇÕES EMOCIONAIS) X HIPOCRATICOS (CEREBROCENTRICO – CEREBRO COMO CENTRO DAS FUNÇÕES MENTAIS) FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

10 DA ANTIGUIDADE ASPECTOS HIPOCRATICOS
NA OBRA DE HIPOCRATES DADOS SOBRE HISTERIA EPILEPSIA – “SOBRE A DOENÇA SAGRADA” INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS DESCRIÇÃO DOS QUADROS DE DELIRIUM (ANTIGA FRENITE) DESCRIÇÃO DAS FOBIAS, PSICOSES PUERPERAIS, DENTRE OUTROS ESTADOS, ETC. DESENVOLVIMENTO DE METODOS PSICOTERÁPICOS E RUDIMENTOS DA PSICOEDUCAÇÃO. FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

11 Galeno (121 d.C.-201 d.C.) DA ANTIGUIDADE
SEC. XX a.C. MARCA ACENSÃO DE ROMA SOBRE A GRECIA FRASE DO XENOFOBO CATÃO: “ MEDICINA, COMO A TRAGÉDIA, É UMA ARTE GREGA”. DESTAQUE DE MUITOS MÉDICOS GREGOS NO IMPÉRIO ROMANO Dentre outros, Areteus da Capadócia (segundo autor, 1º a falar da diferença entre; Melancolia – doença – e reação depressiva psicologicamente compreensivel), até GALENO. Galeno (121 d.C.-201 d.C.) Nasce em Pergamo,falece em Roma. Dissecou macacos “freneticamente” Descrições dos pares cranianos (chegou aos 7, dos 12), e chegou a estudar os ventrículos cerebrais. Ênfase no estudo do sistema cardiovascular Descreveu os delírios dos alcoolistas e a “patomímia” (atual simulação de doenças) Propôs a existência de 3 tipos de melancolia e diferentes tipos de psicoses. Reafirma, com Hipócrates, a existência da Doença “melancolia” Sintomas cardinais: medo e falta de ânimo, embora as variações individuais. FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

12 Tipos Psicológicos : De Hipócrates a Galeno
“segundo a teoria hipocrática da doença, o diagnóstico´- olhar e ver através de ´- é feito pela observação dos 4 humores. (bile, fleugma, sangue e bile negra), correspondentes, respectivamente aos elementos naturais, fogo, água, ar e terra. Saúde, equilíbrio dos fluidos X Doença, o desequilíbrio. Os 4 elementos regulariam as emoções e “todo o caráter” do indivíduo, cuja predominância definiria seu tipo. HUMOR QUALIDADES ELEMENTO PERSONALIDADE SANGUINEO QUENTE, UMIDO AR OTIMISTA, FALANTE, IRREPONSÁVEL, GORDO COLÉRICO QUENTE, SECO FOGO EXPLOSIVO, AMBICIOSO, MAGRO FLEUGMATICO FRIO, ÚMIDO ÁGUA LENTO, CORPULENTO, PREGUIÇOSO MELANCÓLICO FRIO, SECO TERRA INSTROSPECTIVO, PESSIMISTA, MAGRO Tab. 1 – Teoria dos Humores de Galeno FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

13 DAS PRÉDICAS MEDIEVAIS AO DESENCADEAMENTO DA LOUCURA
IDADE MÉDIA ALTA IDADE MÉDIA QUEDA DO IMP. ROMANO EM 476 AO ANO 1000 BAIXA IDADE MÉDIA 1300 ATÉ QUEDA DE CONSTANTINOPLA “CREIO PORQUE É ABSURDO” (TERTÚLIO) MODELO DE “SANIDADE MENTAL” – Fruto das vitória das forças benignas (de Deus, anjos, arcanjos) contra as forças malévolos da “Satanás” e seus “demônios”. Embora no renascimento, obra Medieval – publicação do “Malleus Maleficarum” (Martelo das Bruxas) por Henrich Kramer e Iacobus Sprenger (teólogos dominicanos) Inspirado na bula Summis desiderantes (Inocêncio VIII de 1448) Manual de critérios diagnósticos para reconhecimentos de Bruxas e Bruxarias em Três Partes 1ª: Reafirma a existência do demônio; e ação principalmente em casos de sexualidade exacerbada (destaque para as mulheres “nelas estava aberta a possibilidade de transformação em bruxas e de conjunção carnal com o demônio”); esta sessão ainda ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces. 2ª: Descrição das formas de maleficio resultantes da ação do demônio 3ª: Ensinos sobre as forma de interrogatório e condenação. (“técnicas de anamnese ”) AÇÕES DA INQUISIÇÃO POR 150 ANOS, MILHARES DE MULHERES MORTAS ( À PECHA DE BRUXAS, DO QUE HOJE SERIAM AS PSICÓTICAS OU HISTÉRICAS DE FREUD) FONTE: CLÍNICA PSIQUIÁTRIA VOL. 1. (USP)

14 Algo em comum com o Manual de Critérios diagnósticos da CID-10 para identificação dos “Anômalos”?
Ver referencia da Ver. Brasileira de Psiquiatria – Proposta para o cid 11

15 PARACELSUS PROPOS QUE O SER HUMANO TEM UMA ALMA DIVINA QUE HABITAVA UM CORPO ANIMAL ORIGENS DOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS: “QUANDO OS INSTINTOS SUPLANTAVAM O ESPÍRITO”. MÉDICO SUIÇO REJEITOU A TEORIA HUMORAL

16 Aspectos Históricos : Mitos e Verdades
A ideia de que religião e psiquiatria sempre estiveram em conflito é senso comum. A alegada oposição entre a iluminada medicina e a teologia obscurantista, assim como entre o médico humanista e o religioso cruel, tem sido profundamente questionada. (Kroll, 1973; Vandermeersch, 1991)

17 Aspectos Históricos: Mitos e verdades
No Ocidente, organizações religiosas proveram alguns dos primeiros cuidados aos portadores de sofrimento mental 1º Hospital - construído em Valência, na Espanha, em 1409, dirigido por religiosos. Grupos religiosos fundaram e mantiveram hospitais psiquiátricos nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na Alemanha e nos Países Baixos, entre outros. No Brasil, várias das primeiras instituições de tratamento psiquiátrico também foram construídas e mantidas por grupos religiosos católicos e espíritas.

18 Aspectos Históricos: Mitos e verdades
A partir do séc. XIX Intelectuais anti-religiosos Religiosidade como um “estado social e intelectual primitivo” Médicos como Charcot e Maudsley Desenvolveram críticas e tomaram como patológicas várias experiências religiosas

19 Aspectos Históricos: Mitos e verdades
Freud: postura de desvalorização da R/E Grande influencia sobre comunidade médica e psicológica Enfatizou a influência irracional e neurótica sobre da religiosidade sobre a psique humana Sobre a religião, em 1930, em O mal estar da civilização: “desvalorização da vida e distorção da visão do mundo real de uma maneira delirante – o que pressupõe uma intimidação da inteligência”. Embora outros , como Jung, valorizassem este lado, a postura negativa era predominante.

20 Aspectos Históricos: Mitos e verdades
Final dos anos 1980, o psicólogo Albert Ellis, fundador da terapia racional emotiva, grande influência sobre a terapia cognitivo-comportamental afirmou: religiosidade “é, em muitos aspectos, equivalente a pensamento irracional e distúrbios emocionais”, então, “a solução terapêutica elegante para problemas emocionais é ser não religioso [...] quanto menos religiosa elas [as pessoas] são, mais saudáveis emocionalmente elas tendem a ser”. No entanto, essas enfáticas declarações acerca da espiritualidade e da religiosidade em saúde mental não eram baseadas em estudos bem controlados, mas principalmente na experiência clínica e na opinião pessoal.

21 A sofisticação intelectual faz do ateísmo algo elegante no final do Séc. XIX e começo do Séc. XX

22 Aspectos Históricos: Mitos e verdades
Segundo Lukoff et al. (1992), um fator que pode ter contribuído para essa atitude negativa em relação à religiosidade seria a existência de um “abismo religioso” entre profissionais de saúde mental e seus pacientes. Psiquiatras e psicólogos tendem a ser menos religiosos que a população em geral e não recebem treinamento adequado para lidar com questões religiosas na prática clínica. Por esse motivo, têm frequentemente grandes dificuldades de entender pacientes com comportamentos e crenças religiosas. “A personalidade do terapeuta é o grande fator curativo da psicoterapia” Jung

23 Diminuindo o “Religious GAP”
Falta de Treinamento Lacuna entre prática e os conhecimentos sobre a importância da R/E para a vida dos pacientes e de sua abordagem no contexto clínico O número de estudos que investigam a relação entre R/E e saúde tem crescido exponencialmente. Hoje existem, literalmente, milhares de estudos na área. Grande carência de textos de boa qualidade sobre o tema em língua portuguesa se constitui num marcante fator limitador na educação continuada nesse tópico pelos profissionais de saúde em nosso país. (Moreira-Almeida)

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25 E o que é Espiritualidade? E Saúde?
Conceito de Saúde da OMS “bem estar bio-psico-social” e não somente a ausência de enfermidades. E o tema, é relevante? Espiritualidade e Religiosidade são a mesma coisa?

26 Crenças espirituais pelo mundo
País Temos uma alma (%) Há vida após a morte (%) Índia 81 66 Estados Unidos 96 Indonésia 99 Brasil 82 71 Paquistão 100 Bangladesh 56 Nigéria 97 88 Rússia 67 37 Japão 51 México 93 76 Filipinas 86 Alemanha 45 Egito Fonte:

27 Envolvimento Religioso do Brasileiro
Dimensões da religiosidade % Filiação Católico Protestante Espírita Outras Sem religião 68 24 2 1 5 Frequenta mais de uma religião 11 Frequência a serviços religiosos ≥ 1 vez por semana 1 a 2 vezes por mês Algumas vezes por ano Raramente Nunca 37 18 14 12 O quanto a religião é importante em sua vida? Muito importante Um pouco importante Indiferente Não é importante 83 4 Fonte: Moreira-Almeida

28 Espiritualidade e Religiosidade
Sistema organizado de crenças, práticas e símbolos desenvolvidos para facilitar a proximidade com o sagrado ou transcendente” (Koenig et al., 2001) “Relação com o sagrado ou o transcendente (Deus, poder superior, realidade última)” “É o aspecto institucional da espiritualidade. Religiões são instituições organizadas em torno da ideia de espírito” (Hufford, 2005) “Referente ao domínio do espírito (Deus ou deuses, almas, anjos, demônios) [...] algo invisível e intangível que é a essência da pessoa”

29 Religiosidade Intrínseca e Extrínseca
Religiosidade Intrinseca Religiosidade Extrínseca A religião tem um lugar central na vida do indivíduo, é seu bem maior. 2) Outras necessidades são vistas como secundárias, de menor importância e, na medida do possível, são colocadas em harmonia com sua crença e sua orientação religiosa. 3) Tendo aceitado uma religião, o indivíduo procura internalizá-la e segui-la integralmente. 1) a religião é um meio utilizado para obter outros fins, como consolo, sociabilidade, distração e status. 2) Sua religião é aceita de modo superficial ou é adaptada para atender suas necessidades e seus objetivos pessoais. Fonte: Allport e Ross

30 “Coping” não tem uma tradução exata para a língua portuguesa, mas pode significar lidar, manejar, adaptar- se ou enfrentar. trata-se de um processo de interação entre o indivíduo e o ambiente, com a função de reduzir ou suportar uma situação adversa que exceda os recursos do indivíduo. Fonte: Moreira-Almeida et al. (2009)

31 Definições de coping religioso e espiritual (CRE)
Estratégias de coping religioso- -espiritual positivo -espiritual negativo O CRE positivo abrange estratégias que proporcionam efeito benéfico ou positivo ao praticante como: • procurar o amor e a proteção de Deus ou maior conexão com forças transcendentais; • buscar ajuda e conforto na literatura religiosa; • buscar perdoar e ser perdoado; • orar pelo bem-estar de outros; • resolver seus problemas em colaboração comDeus etc. O CRE negativo envolve estratégias que geram consequências prejudiciais ou negativas ao indivíduo, como: • a crença em um Deus punitivo; • questionar a existência, o amor ou os atos de Deus; • delegar a Deus a resolução dos problemas; • sentir insatisfação ou escontentamento em relação a Deus ou sua instituição religiosa Fonte: Koenig (2001)

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33 Uma Revisão de Literatura

34 Pubmed - 23/09/2011 TERMOS USADOS (GERAL/DE REVISÃO) ANXIETY
DEPRESSION MAJOR BIPOLAR SCHIZOPHRENIA DRUG ABUSE MENTAL HEALTH ( / 11.385) 8681/ 1.009 1662 / 153 / 1607 2574 / 359 8703/ 1089 1048 / 113 SPIRITUALITY (473/82) 48 /11 2 / 0 79 / 16 6 / 1 12/ 4 4 / 1 Esta é outra opção para um slide de Visão Geral.

35 RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE TRANSTORNOS BIPOLAR E ESQUIZOFRENIA
Investigações sistemáticas a respeito da relação entre RE e transtorno bipolar são recentes e em pequeno número. Esses estudos apontam, em sua maioria, que pacientes bipolares tendem a apresentar maior envolvimento de RE e um uso mais frequente de CRE Comparados a pessoas portadoras de outros transtornos mentais. relação frequente e significativa entre sintomas maníacos e experiências místicas e modificações na intensidade da fé após o início do transtorno. Maior frequência de uso de coping Outros estudos investigaram o papel de crenças e práticas religiosas sobre a doença mental. Apontaram: 1) uma especial importância de aspectos religiosos e místicos na vida de pacientes bipolares e esquizofrênicos, 2) bem como a maior frequência com que utilizam suas crenças religiosas para lidar com situações de estresse e com sua doença (CRE)

36 RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E TRANSTORNOS ANSIOSOS
17 estudos Alguns com melhora Outros com piora Outros indiferente Fator mais importante: o tipo de religiosidade: INTRÍNSECA mais correlacionada a menores níveis de estresse Conclusão Mais pesquisas serão necessárias para esclarecer estas e outras questões, mas os poucos estudos parecem promissores Estudos mais voltados para Tecnicas de meditação Questões ainda sem resposta: As abordagens religiosas para tratar ansiedade são efetivas somente em pessoas religiosas? Ou pessoas não religiosas podem se beneficiar? Quais as formas eficazes de encorajamento e envolvimento espirituais capazes de tratar problemas de ansiedade?

37 RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E SUICÍDIO
Diversos estudos apontam a religião como importante fator protetor contra pensamentos e comportamentos suicidas. Entretanto, a relação entre religião professada e taxas de suicídio é controversa. Envolvimento religioso com menor frequência de suicídio Koenig (resumo de 1 século de pesquisas) Não encontraram associações seguras entre determinada filiação religiosa e risco de suicídio.

38 RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E SUICÍDIO
Entretanto, dados consistentes encontrados: Relacionava maior envolvimento religioso com menor frequência de suicídio. Muitos estudos indicam que o nível de envolvimento religioso em uma dada área é inversamente proporcional ao número de mortes por suicídio. Possíveis mecanismos: uma rede social de apoio, outros mecanismo crenças na vida após a morte, Autoestima e objetivos para a vida, modelos de enfrentamento de crises, significado para as dificuldades da vida, Uma hierarquia social que difere da hierarquia socioeconômica da sociedade, além de desaprovação enfática ao suicídio Algumas considerações Hoje se sabe a importância que a religião tem para a vida do individuo Diferença desta importância para indivíduos diferentes da mesma religião Grupos religiosos podem sofrer forte influencia das crenças religiosas de gerações anteriores

39 RELIGIOSIDADE, ESPIRITUALIDADE E USO/DEPENDENCIA DE SUBSTANCIAS
Relação inversa entre religiosidade e uso/abuso de substâncias Existe uma correlação forte, consistente e inversa entre religiosidade e uso/abuso de álcool e outras drogas, tanto entre adolescentes quanto entre adultos Três estudos brasileiros envolvendo milhares de adolescentes constataram que fatores religiosos estão fortemente associados com menor frequência de uso de drogas, Bem como indivíduos assíduos em serviços religiosos são menos suscetíveis a Iniciar ou continuar fumando, fazer uso excessivo de álcool e outras drogas.

40 OS "10 MELHORES ESTUDOS" EM ESPIRITUALIDADE E "SAÚDE MENTAL"
Eles foram escolhidos baseados em estudos, análises estatísticas e debates entre os autores das descobertas e integração com outras pesquisas na área. Um rápido sumário descreve cada citação. Idler, E. L. e Kasl, S. V. (1997). A religião entre idosos deficientes e não-deficientes: estudo cruzado nas práticas de saúde, atividades sociais e bem-estar. Journal of Gerontology. 52B: Sumário: Estudo cruzado feito entre 2812 idosos participantes em um estudo epidemiológico em Yale. A freqüência religiosa foi positivamente relacionada a menor ingestão de álcool e não-fumantes. A freqüência religiosa significantemente relacionada a menor depressão e maior otimismo, mas apenas em pessoas fisicamente incapacitadas. Fonte: Koenig. Espiritualidade no cuidado com o paciente

41 OS "10 MELHORES ESTUDOS" EM ESPIRITUALIDADE E "SAÚDE MENTAL"
Willits, F.K., Crider D.M. (1998). Religião e bem-estar: Homens e mulheres de meia idade. Review of Religious Research, 29: Sumário: Estudo de trinta e sete anos sobre religião e bem-estar; entrevistadas 2806 pessoas em 1947 e 1650 re-entrevistados em A freqüência a igrejas e crenças religiosas tiveram significante relação à satisfação de vida e satisfação com a comunidade. Das 1984 pessoas que no ano de 1947 tinham participação e crença religiosa enquanto adolescentes tiveram melhor satisfações em sua carreira (1984). Concluído que as tradicionais crenças religiosas eram mais consistentes relacionadas a bem-estar. Fonte: Koenig. Espiritualidade no cuidado com o paciente

42 OS "10 MELHORES ESTUDOS" EM ESPIRITUALIDADE E "SAÚDE MENTAL"
Koenig, H.G., George L.K. e Peterson, B.L. (1998). Religiosidade e remissão da depressão em pacientes idosos doentes. American Journal of Psychiatry, 155: Sumário: Estudo de 47 semanas seguidas em 87 pacientes com desordens depressivas. Para cada 10 pontos aumentados na religiosidade intrínseca (IR), houve significante 70% de aumento na velocidade da remissão da depressão. Entre um subgrupo de pacientes cujas doenças físicas não melhorava ou piorava (n=48), a cada 10 pontos aumentados na escala IR eram associados com mais de 100% de aumento na velocidade da remissão. Fonte: Koenig. Espiritualidade no cuidado com o paciente

43 Aspectos Clínicos

44 A Espiritualidade do Paciente e as Decisões Médicas
dieta cooperação com o tratamento médico, Receber quimio ou radioterapia, aceitar transfusão de sangue, vacinar crianças, cuidado pré-natal, tomar antibióticos e medicamentos, mudar o estilo de vida, aceitar o encaminhamento a um psicólogo ou psiquiatra, bem como retornar à consulta médica. Fé em Deus ficou em segundo lugar de sete fatores que mais comumente influenciaram a decisão de aceitar quimioterapia. Crenças religiosas podem conflitar com tratamentos médicos e psiquiátricos, afetar tomadas de decisões no fim da vida, como doação de órgãos ou retirada de alimentação ou suporte ventilatório. Certos grupos fundamentalistas não acreditam em medicações antidepressivas ou psicoterapia. Muitos religiosos podem buscar apenas tratamentos religiosos e recusar um tratamento médico concomitante (Koenig, 2007; Pargament, 1997).

45 Quando “não se indica” a coleta da Historia Espiritual
para realizar procedimentos de curta duração, Papanicolau tratar um resfriado uma dor de cabeça outro problema menor Na sala de emergência e Admissão em uma UTI. E os “melhores” momentos?..

46 Quando seria mais “indicado” colher a historia espiritual?
 Durante a entrevista clínica de um paciente novo. Em pacientes com doenças crônicas e graves, bem como quando tenha havido morte e o luto estiver presente. Quando o paciente recorre ao hospital por um problema novo ou exacerbação de uma condição antiga. Quando da admissão em uma casa de repouso ou instituição de longa permanência, bem como em hospice. Durante a realização de um check-up para manutenção da saúde. Especialmente quando decisões médicas precisam ser feitas e que poderiam afetar as crenças religiosas/espirituais do paciente.

47 4 Casos Clínicos

48 Caso 1 – Do Budismo Motivacional
Paciente 35 anos “A minha tolerância é zero” Iniciada ao Budismo do Norte de Minas na infância Interrompeu suas atividades aos 13 anos “para namorar”, e “acabou tendo filhos cedo” Veio para Belo Horizonte para “ganhar a vida” Empregou-se como auxiliar de “serviços Gerais”, enfadada da atividade, começou a orar para mudar e profissão O Ritual dela: 01 hora de manha e um a hora a tarde Membro da linha da “Ação e Reação” A retomada da Religião “Tava tudo muito difícil” A distorção cognitiva-conceitual (A explicação da Patroa)

49 Caso 2 – Universitária de Medicina com Pais Evangélicos Ortodoxos
18 anos Recém egressa na universidade Vem do Interior para Estudar Perfil de Pais muito ortodoxos Chega ao Pronto Socorro em Coma alcóolico Se nega a conversar sobre religião E aí, como abordar a Espiritualidade desta paciente?

50 Caso 3 – Um “Espírita-Equizofrênico”
47 anos Aposentado pelo INSS devido ao quadro de Esquizofrenia Relato de inadaptação ao trabalho Espírita de berço Alega ter “abandonado” o Espiritismo, pois percebeu melhora com o remédio, “passei a ver e ouvir só coisas boas” Apresenta inúmeros relatos “paradigmáticos” de sua mediunidade, embora ainda não confirmada pelos envolvidos A Supervisão do caso e o viés em Psiquiatria pela Psicanálise E aí, como abordar a Espiritualidade desta paciente? Diagnóstico diferencial entre experiências espirituais e psicóticas não patológicas e transtornos mentais: uma contribuição de estudos latino-americanos para o CID-11 Moreira-Almeida A, Cardeña E Rev. Bras. Psiquiatr. 2011, 33 (suppl.1): s21-s28 Ver Revista de Psiquiatria Clínica, Moreira Almeida (2011) para proposta de diagnóstico diferencial para o Cid-11 / 33 (suppl.1): s21-s28

51 Caso 4 –” “A via crucis – De remédio em remédio, de “religião em religião, e de namoro em namoro”
Solteira, atriz, renda de 10 a 15 salários mínimos Católica “não praticante” Iniciou com psicanalise, aos 25 anos Queixas de labilidade de humor associada ao término de seus relacionamentos. Inapetência, aumento de peso, ansiedade e medo de ser deixada sozinha. Ficou grávida, abortou. Mais um ano de psicanálise Sugestão de um amigo: Psicoterapia de grupo e praticar a doutrina do Santo Daime Rompeu relacionamento, após viagem aos EUA, novo rompimento Internada. Uso de Diazepam, amitriptilina, sem melhora. Troca pra ISRS, depois Venlafaxina, sem melhora. Tentou o Espiritismo, terapia e vidas passadas, sem resultado. Iniciou medicação para emagrecer, com piora do quadro. (após morte de um companheiro idoso, muito rico). Inúmeros outros parceiros. (Dançarina em boate) Usou antipsicótico, submetida a sessões de ECT. (Inúmeros outros relacionamentos frustrados) Melhorou com IMAO. Fonte: (Mari, & Pita) Psiquiatria por meio de Casos Clínicos. Adaptado. (Ed. Manole)

52 Caso 4 –” “A via crucis – De remédio em remédio, de “religião em religião, e de namoro em namoro”
Situação de “estabilidade” Usando Sertralina em situações de Estresse Encontrou emprego estável, relacionamento estável com um músico, mudou-se para o interior. Parou de cantar e passou a ser modelo. Uso constante de maconha associada a praticas de Ioga e Vegetarianismo Aos 34 anos, torna-se especialista em música indígena sul-americana “A paciente acredita que a medicação tenha sido fundamental e a psicoterapia lhe tenha proporcionado o entendimento de sua vida.” Fonte: (Mari, & Pita) Psiquiatria por meio de Casos Clínicos. Adaptado. (Ed. Manole)

53 A história espiritual – CSI-MEMO
Suas crenças religiosas/espirituais oferecem conforto ou são fontes de estresse? Você tem crenças espirituais que podem influenciar suas decisões médicas? Você é membro de alguma comunidade espiritual ou religiosa, e ela oferece apoio? Qual? Você tem outras necessidades espirituais que gostaria que alguém as atendesse? (Koenig, 2007)

54 Como abordar significado existencial em um paciente não religioso
Como abordar significado existencial em um paciente não religioso? (Koenig, 2007) Como o paciente está lidando com a doença? O que dá significado ou propósito na atual situação da doença? O que ou quais crenças culturais são usadas e que podem influenciar o tratamento? Quais são os recursos sociais disponíveis para apoiá-lo em casa ou no hospital? Obs.: e se o paciente não tem uma religião? Se ele é agnóstico ou mesmo ateu, de que maneira se pode acessar informações relevantes concernentes a crenças culturais que possam influenciar minha prática clínica? É importante termos em mente que não só crenças religiosas/espirituais influenciam e impactam condutas médicas, etc. a proposta de antes aplicar o questionário a si mesmo


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