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SOCIOLOGIA E MODERNIDADE

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Apresentação em tema: "SOCIOLOGIA E MODERNIDADE"— Transcrição da apresentação:

1 SOCIOLOGIA E MODERNIDADE
TEORIAS SOCIOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS Sociologia: Modernidade e Questão Social Docente: Pierre Guibentif Discente: Luísa Almeida de Eça

2 Modernidade “A modernidade, pode-se dizer, rompe o referencial protetor da pequena comunidade e da tradição, substituindo-as por organizações muito maiores e impessoais. O indivíduo sente-se privado e só, num mundo em que lhe falta o apoio psicológico e o sentido de segurança oferecidos em ambientes mais tradicionais”(GIDDENS, 2002: 38). “A modernidade é inerentemente globalizante”, afirma Giddens (1991: 69).

3 Contextualização A década de 8O
Foi um período bastante marcante para a história do século XX segundo o ponto de vista dos acontecimentos políticos e sociais: é eventualmente considerada como o fim da idade industrial e início da idade da informação. Os anos 80 foram considerados a Era da Informação. A ascensão de aplicativos de computador e processamento de dados. Política neoliberal (1), Reagan nos Estados Unidos da América (elevado crescimento económico, mas também de significativa elevação da dívida pública) e Margaret Thatcher no Reino Unido (fez reavivar a economia britânica, mas ao mesmo tempo aumentaram os índices de pobreza ), traçaram a política neoliberal que hoje é apanágio da maioria dos países capitalistas. A 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento económico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas. _________ (1)O neoliberalismo, teve seu início com a queda do muro de Berlim (1989). Foi promovido pelo FMI, por economistas liberais como Milton Friedman, por seguidores da Escola de, Chicago, entre outros, sendo por eles apontada como a solução que resolveria parte dos problemas económicos mundiais, reduzindo a pobreza e acelerando o desenvolvimento global.

4 A década de 8O Nova fase de tensão nas relações entre os Estados Unidos e a União Soviética, este periodo ficou conhecido como II Guerra Fria. A Era Gorbachev na União Soviética, o colapso económico da União Soviética, Perestroika (série de medidas de reforma económicas) e Glasnost ("liberdade de expressão“). A URSS inicia a retirada de suas tropas do Afeganistão. Fim da Guerra Irão-Iraque (1988). Dissolução da União Soviética, Revoluções de 1989. Queda do Muro de Berlim. Primeiro grande marco do fim da Guerra Fria e do conflito Capitalista X Socialista (1989). O Protesto na Praça da Tiananmen, na República Popular da China, em que manifestantes pró-democracia exigiam reformas políticas. Os manifestantes foram esmagados pelo Exército de Libertação Popular (1989).

5 A década de 90 A década de 90 começou com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, sendo esses seguidos pela consolidação da democracia, globalização e capitalismo global. Lançamento da estação espacial MIR, da União soviética; Fatos marcantes para a década foram a Guerra do Golfo e a popularização do computador pessoal e a Internet. O Século XX que se notabilizou pelos inúmeros avanços tecnológicos, conquistas da civilização e reviravoltas em relação ao poder. No entanto, esses anos podem ser descritos como a "época dos grandes massacres", já que nunca se matou tanto como nos conflitos ocorridos neste periodo. O historiador Eric Hobsbawn considera, de maneira figurada, o século XX como o período entre a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, e o Colapso da União Soviética, em Hobsbawn chama esse período de "Era dos Extremos".

6 Séc. XXI Atentados com aviões terroristas destroem o World Trade Center e parte do Pentágono (11/11/01). Início da Guerra do Afeganistão e fim do governo taliban no país. Independência de Timor-Leste (2002). A China atinge um crescimento económico sem precedentes. Crise financeira afeta o mundo no final da década. A Internet consolida-se como veículo de comunicação em massa e armazenagem de informações, a Internet como as redes sociais. Fim da Guerra do Iraque, Revolução pró-democracia na Tunísia (2010). Grécia entra em crise interna alarmando toda a Zona do Euro. Onda da protesto atinge o mundo árabe. Independência do Sudão do Sul (2011).

7 Sociologia Contemporânea
A sociologia contemporânea caracteriza-se, sobretudo, por sua tentativa de superar as dicotomias típicas da sociologia clássica, tais como: indivíduo versus sociedade; objetivismo versus subjetivismo; explicação versus interpretação; estrutura versus acção; determinismo versus contingência

8 Teorias Sociológicas Contemporâneas
1. Teorias sistémicas contemporâneas Niklas Luhmann Teoria funcionalista dos sistemas 2. Teorias interaccionistas contemporâneas Randall Collins Teorias dos rituais de interaccção Harold Garfinkel Etnometodologia 3. Teorias de acção racional George C. Homans Teoria da troca James C. Coleman Teoria da escolha pública Michael Hechter Teoria da solidariedade grupal Raymond Boudon Individualismo metodológico 4. A articulação Acção-estrutura Pierre Boudieu Teoria da prática Anthony Giddens Teoria da estruturação Margaret Archer Perspectiva morfogenética Jungen Habermas A Teoria da acção comunicativa

9 Teorias Sociológicas Contemporâneas
Teorias sistémicas A teoria funcionalista dos sistemas de Niklas Luhmann ( ) Teorias interaccionistas contemporâneas A teoria dos rituais de interacção de Randall Collins (n.1941-) Teorias da acção racional A teoria da escolha pública de James S. Coleman ( ) A articulação acção-estrutura A teoria da prática de Pierre Bourdieu ( ) A teoria da estruturação de Anthony Giddens (n ) A teoria da acção comunicativa de Jürgen Habermas (n.1929-)

10 Teorias Sistémicas A Teoria funcionalista dos sistemas de Niklas Luhman
Sistema e ambiente: a questão da redução da complexidade Definições (teoria geral dos sistemas de Luhmann): — a acção humana organiza-se e estrutura-se em sistemas sociais; — sistema social é toda a inter-relação significativa da acção de diferentes pessoas; — a inter-relação entre as acções faz-se através da comunicação; — a comunicação opera através de códigos simbólicos; — os sistemas sociais existem em ambientes multidimensionais; — os ambientes dos sistemas sociais colocam problemas de complexidade. Tese: Um sistema social só funciona caso se desenvolvam no seu âmbito mecanismos de redução da complexidade nas relações sistema-ambiente.

11 Conceptualizações de Parsons e Luhmann sobre os “sistemas sociais”
Para Luhamnn o sistema social apoia-se numa série de eventos relacionados uns com os outros, ou mesmo de operações. Em relação aos seres vivos, esses processos são fisiológicos, no caso dos sistemas psiquicos os processos são ideias. Em termos de relações sociais são comunicações, são formadas de acordo com o ambiente, no qual esses eventos e operações ocorrem, e que não pode ser integrado nas suas estruturas internas. Contrastando com seu mentor anterior Talcott Parsons define os sistemas sociais por meio da presença de normas e padrões de valores partilhados colectivamente.

12 Teorias sistémicas A teoria funcionalista dos sistemas de Niklas Luhmann
Luhman trata três tipos de sistema social que não podem ser separados pois encastram-se uns nos outros, são: Os sistemas de interacção são sistemas simples de co-presença, baseados na linguagem e na interacção entre indivíduos. Os sistemas organizacionais são sistemas de regras. Coordenam as acções dos indivíduos de acordo com condições específicas. Os sistemas societais são sistemas mais abrangentes com códigos de comunicação altamente generalizados de modo a reduzirem a complexidade das sociedades. As principais dimensões da “diferenciação” A diferenciação constitui o processo básico de redução da complexidade nas relações com o ambiente, através de incrementos de complexidade do sistema, é um tipo particular de divisão social, tanto pode integrar ou provocar interdependência mas retira a autonomia social pois uns dependem de outros. As dimensões da diferenciação são a nível estrutural e funcional. A dimensão estrutural consiste na diferenciação de mecanismos e processos; A dimensão funcional tem como objectivo contribuir positivamente para o desenvolvimento/reprodução do sistema, e resulta da diferenciação de funções.

13 Teorias interaccionistas contemporâneas A teoria dos rituais de interacção de Randall Collins
Rituais de interacção: componentes, processos e resultados Componentes: — agrupamento (co-presença) de indivíduos; — barreiras a estranhos; — focalização mútua (consciência do outro); — partilha emocional. Processos: — acção em comum (incluindo formalidades estereotipadas); — estímulo emocional; — intensificação retroactiva; — efervescência colectiva. Resultados (incrementos de): — solidariedade grupal; — energia emocional individual; — simbolização da relação social; — normas de moralidade; — reforço emocional da correcção moral.

14 Teoria da Acção Racional A Teorias de Escolha Pública de J. Coleman
Actores sociais individuais, auto-interessados, calculistas e maximizadores de recursos. Os indivíduos agem com objectivos, sendo esses objectivos moldados por valores e preferências. Os fenómenos macro-sociais devem ser explicados a partir da acção dos indivíduos – individualismo metodológico. Actores e recursos: elementos básicos da teoria de Coleman. Os actores têm recursos e interesse nos recursos dos outros. A organização social produz-se em torno de transacções entre aqueles que têm e aqueles que procuram recursos, directamente ou através de intermediários. Definição de recursos em Coleman: “direitos de agir”, que podem ser dados em troca de outros direitos de agir.

15 A Teoria da escolha pública de James S. Coleman (1926-1995)
Conceitos de actor e Recursos definidos Emergência e configuração de normas Dilema free-riding Individualismo metedológico Existe uma transacção nos recursos Recursos – direitos de agir (se tenho dinheiro posso comprar coisas, se tenho poder posso agir de determinada maneira) Há limites em sociedade Porque é que um individuo que tem direito de agir como lhe apetecer e aceita as normas da sociedade? Porquê? As normas existem porque são vantajosas para os individuos. Eles reconhecem as que são vantajosas para eles. Os individuos abdicam do direito de agir se houver Autoridade – conjuntiva e disjuntiva Externalidades negativas – são aspectos exteriores à própria transacção Os actores agem com um objectivo Têm valores e um conjunto de preferências Os free-riding não estão interessados em seguir as normas e representam custos Criam problemas O individuo é o único capaz de agir/intervir numa sociedade Fazem as sociedades existirem Actores: individuais e colectivos Actores corporativos: estruturas primordiais e actores intencionais (actores corporativos) – tem sistemas formais

16 A articulação acção-estrutura A Teoria da prática de Pierre Bourdieu
A importância de três conceitos: habitus, espaço social, campo. Habitus: sistema de disposições duráveis e transferíveis, adquiridas por socialização. Disposições: mecanismos generativos das interpretações e das acções com o formato de esquemas accionáveis por analogia. Citação: habitus é “sistema de disposições duráveis e transferíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona em cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de acções” (Bourdieu, 1972: 178). Estrutura, incorporação e acção (prática) - A estrutura do espaço social é incorporada como habitus de classe. - Os efeitos de trajectória explicam as variações entre habitus pessoal e habitus de classe. - A acção (prática) dos agentes é estruturada pelo habitus. - O habitus de classe gera estilos de vida seme lhantes entre agentes com o mesmo posicionamento relacional (classe). - O habitus reajusta-se quando há mudança social e na trajectória individual.

17 A articulação acção-estrutura A teoria da prática de Pierre Bourdieu
Espaço social: espaço multidimensional de posições sociais relacionalmente definidas, a que correspondem diferentes volumes e tipos de capital Capital: posses sociais relacionalmente definidas (metáfora económica). Tipos de capital Capital económico: recursos económicos associados a uma posição social [factores de produção e bens económicos]. Capital cultural: recursos culturais associados a uma posição social [competências, credenciais e bens culturais]. Capital social: recursos relacionais associados a uma posição social [relacionamentos sociais, sociabilidades]. Capital simbólico: recursos simbólicos associados a uma posição social [honra, prestígio, reconhecimento]. Classes: conjuntos de agentes sociais com a mesma posição no espaço social e, portanto, detendo volumes e tipos de capital semelhantes.

18 A articulação acção-estrutura A Teoria da Estruturação de Antony Giddens
Comparação dos modos de articulação entre acção e estrutura propostos por Bordieu e Giddens: Segundo Bourdieu a acção dos agentes é estruturada pelo habitus. O conceito de habitus é usado para articular acção e estrutura, através de uma concepção mais racional, orientada pelos interesses dos agentes que consoante a sua classe social, agem de formas diferentes. Defende que a estrutura tb estrutura uma subjectividade, e que o realidade da estrutura não é um mundo externo ao qual se opõem a subjectividade externa do agente, isto porque a subjectividade tb é estruturada. Argumenta que a subjectividade tb é estruturada por disposições, e que essas são o resultado das diferentes experiências de vida dos agentes em função das diferentes posições que ocupam nos vários campos. Para Giddens a estrutura é simultaneamente condição e resultado da acção, resultando nesta dualidade a predominância do conceito de acção por esta ser real, enquanto a estrutura é virtual, sendo portanto a acção que materializa a virtualidade da estrutura. A estrutura constitui-se pelas propriedades do sistema que são as regras que existem como conhecimento partilhado e orientam a acção. Giddens tem portanto uma concepção mais interpretativa de acção e Bourdieu uma concepção mais racional.

19 A articulação acção-estrutura A Teoria da Acção comunicativa de Habermas
Síntese da teoria da actividade comunicacional: A comunicação compartimentou-se em vários domínios/modalidades diferenciadas; o que está em jogo é restabelecer mediações entre estes domínios.  (a) Comunicação padronizada, nos sistemas (económico e político), por um lado/comunicação que deve apoiar-se na experiência actual e nas potencialidade dos meios habituais de expressão, no que Habermas chama Lebenswelt (= Lifeworld), por outro lado. (b)Diferenciaram-se âmbitos de comunicação profissionalizada segundo as principais finalidades de entendimento: arte (entendimento sobre a melhor expressão da subjectividade de quem fala); ciência (entendimento sobre o que é o mundo); moral / direito (entendimento sobre a relação entre os que participam na comunicação).

20 Apontamentos conclusivos
Uma das características de sempre da Sociologia é a ausência de um corpo teórico unificado. Pelo contrário, ao longo da história da disciplina multiplicaram-se teorias gerais concorrentes. Designada por isso como pluriparadigmática, a sociologia beneficiaria, segundo alguns autores, do pluralismo teórico que a caracteriza, pois tal pluralismo permitiria o desenvolvimento de um permanente escrutínio crítico das propostas concorrentes em consequência dos debates por essa concorrência suscitados (Silva, 2006: 36-7 e 52-3). Hoje são necessárias estratégias de unificação teórica eficazes que permitam reduzir (o que é diferente de anular) a pluralidade teórica na Sociologia e atribuir sentido lógico claro às oposições que entretanto emergiram. Este foi o objectivo do chamado “novo movimento de síntese” que marcou os debates sociológicos nos anos 80 e 90 do século XX.

21 São bem visíveis em dois dos campos de renovação teórica que integraram aquele movimento de síntese: o campo do debate sobre as ligações micro-macro, por um lado, e o campo das novas teorias sobre a articulação acção-estrutura, por outro (o primeiro com centro nos EUA, o segundo na Europa). No primeiro caso, a estratégia de unificação teórica mais comum foi a reducionista, propondo-se diferentes modalidades de redução do macro ao micro, em termos menos radicais, de “microtradução dos macrofenómenos” (Collins, 1987: 197). No segundo, a estratégia dominante privilegiou a fusão dos termos da oposição entre acção e estrutura, colocando-os numa mesma categorização conceptual, de que é exemplo o chamado “teorema da dualidade da estrutura” (Giddens, 1976: ).

22 Também, as teorias da estrutura social e as teorias da acção social constituem duas tradições teóricas diferentes de explicação da ordem social. Para a primeira, a ordem social tende a ser explicada como o resultado da existência de forças sociais emergentes que constrangem, externamente, o potencial de autonomia individual; para a segunda, como o resultado da existência de condições de eficácia da acção que limitam, internamente, a variabilidade desta, pelo que o resultado agregado dos actos individuais tende a ser padronizado.

23 A Sociologia é a ciência da permanente modernidade, isto é, dos sistemas e dos processos de mudança social. Pode dizer-se que a permanente modernidade coloca a Sociologia perante uma situação que lhe é normal e que tem necessidade de olhar a normalidade: uma situação, mais do que de “crise”, de desafio constante.

24 Bibliografia básica (de referência)
ALEXANDER, Jeffrey C. (1987), Sociological Theory Since 1945, Londres, Hutchinson. BAERT, Patrick (1998), Social Theory in the Twentieth Century, Cambridge, Polity Press. HABERMAS, Jürgen, “A modernidade. Um projecto inacabado ?”, Crítica. Revista de pensamento contemporâneo, nº 2, Nov (publ. orig. 1981). RITZER, George, e Douglas J. Goodman (2004), Sociological Theory, 6.ª ed., Nova Iorque, McGraw-Hill. SCOTT, John (1995), Sociological Theory. Contemporary Debates, Cheltenham, Edward Elgar. TURNER, Jonathan H. (2003), The Structure of Sociological Theory, 7.ª ed., Belmont, CA, Wadsworth-Thomson (ed. original 1974). Wikipédia livre:


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