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A Atividade Docente na Aula de Matemática

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Apresentação em tema: "A Atividade Docente na Aula de Matemática"— Transcrição da apresentação:

1 A Atividade Docente na Aula de Matemática
Vanessa Sena Tomaz Doutora em Educação – Educação Matemática Coltec/UFMG

2 Atividade Docente Atividade que consegue captar toda a ação do homem na sua complexidade, com suas contradições Uma atividade em constante transformação

3 Estrutura da Atividade Docente

4 Novos Apontamentos para a análise da Sala de Aula
A sala de aula tem que ser vista como uma microcultura,onde as pessoas interagem e produzem saberes e partilham práticas; O trabalho do professor em sala de aula faz a diferença na aprendizagem do aluno, mas a aprendizagem pode ocorrer sem que o aluno participe de situações explícitas de ensino A atividade docente é uma atividade humana e portanto tem que ser analisada no nível dos motivos, das ações e das operações Ao participar de uma atividade, os alunos desenvolvem sintonias para possibilidades e restrições de ações no ambiente que permitem a eles participarem de outras atividades, entre elas as propostas pelo professor. (Ecologia da Aprendizagem - linguagem de Greeno) As características do ambiente ‘favorecem’ um determinado tipo de interação entre um sistema e os indivíduos inseridos no ambiente. Aprendizagem é estar sintonizado para possibilidades e restrições de ações nos sistemas de atividades.

5 Aprender é uma experiência de Identidade
Identidade: formas com as quais as pessoas compreendem e sustentam suas posições nos mundos nos quais elas vivem. (BOALER,2000) A aprendizagem numa atividade humana pode também ser vista como uma experiência de identidade (Boaler,2000), Essa experiência considera as formas de conhecimento e de participação na atividade nas quais as pessoas tiveram acesso e as formas que elas interconectaram com o desenvolvimento de suas identidades já construídas. Essa identidade é caracterizada pelas regularidades da atividade do indivíduo na sua trajetória de participação dentro de uma comunidade, ou entre comunidades.

6 O que é preciso saber para ensinar?
O Ensino é um Ofício Universal (Gauthier) Ofício sem saberes: Basta conhecer o conteúdo Basta ter talento Basta ter bom senso Basta seguir a intuição Basta ter a experiência Basta ter cultura Saberes sem ofício: Saberes que são pertinentes em si mesmo, mas que nunca são reexaminados à luz do contexto real e complexo da sala de aula Retira-se o seu objeto real: um professor, numa sala de aula, diante de um grupo de alunos que ele deve instruir e educar de acordo com determinados valores

7 Um Ofício feito de Saberes
Ensino é uma mobilização de vários saberes que formam o que Gauthier chama “reservatório”. Saber disciplinar Saber curricular Saber das ciências da educação Saber da tradição pedagógica Saber experiencial Saber da ação pedagógica: mais necessário `a profissionalização do ensino e constituem um dos fundamentos da identidade profissional do professor A profissionalização do ensino tem não só uma dimensão epistemológica, mas também uma dimensão política A qualidade de um saber x reconhecimento social da profissão

8 QUESTÕES OU TEMAS QUE AFLIGEM O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
Sujeitos

9 O suporte metodológico para a pesquisa na formação do professor de matemática
Investigação em Educação Matemática: caracteriza-se como uma práxis que envolve domínio do conteúdo específico(a matemática) e o domínio de idéias e processos pedagógicos relativos à transmissão/assimilação e/ou à apropriação/construção do saber matemático escolar. Fiorentini e Lorenzato(2006) Investigação da própria prática: é um processo fundamental de construção do conhecimento sobre essa mesma prática e, portanto, uma atividade de grande valor para o desenvolvimento profissional dos professores que nela se envolvem ativamente (Ponte, 2002)

10 Investigação Acadêmica x Investigação sobre a Prática
visa resolver problemas profissionais e aumentar o conhecimento relativo a esses problemas, tendo como referência a comunidade profissional Acadêmica visa aumentar o conhecimento acadêmico, nas áreas e disciplinas estabelecidas na respectiva comunidade - a comunidade acadêmica

11 O Processo de Investigação
Discussões referentes aos saberes disciplinares(matemática, Ed. Matemática), curriculares(Ed. e da Ed. Matemática), das ciências da educação e da tradição pedagógica Vivências na escola e na sala de aula Discussões teórico-metodológicas no campo da Educação Matemática Definição do tema de investigação Elaboração do Projeto de Investigação Levantamento de dados: registro das aulas e/ou outras atividades, entrevistas Revisão e/ou escolha de um referencial teórico Processamento e organização dos dados Análise dos Dados Triangulação entre referenciais teóricos, dados e contexto escolar Redação do Texto Apresentação dos resultados

12 Por que investigar a prática de sala de aula contribui para a formação do professor de Matemática?
Toma como ponto de partida problemas relacionados com o aluno e a aprendizagem e com as suas aulas, a escola ou o currículo; Disposição para questionar; Domínio de savoir faire Assume-se como autêntico protagonista no campo curricular e profissional; Toma a intervenção pedagógica como modo privilegiado de desenvolvimento profissional e organizacional; Esforça-se para a construção de um patrimônio de cultura e conhecimento dos professores como grupo profissional; contribui para o conhecimento mais geral sobre os problemas educativos Produz conhecimento novo

13 As questões de investigação
Podem surgir a prática: Caso projetos de trabalho e sistematização do conhecimento matemático Problemas e situações do cotidiano em sala de aula Professor generalista x professor especialista Por que e como ensinar números racionais? Como os alunos reagem às aulas de resolução de problemas e modelagem matemática? Que aspectos da minha prática me identifica como professor? Matemática e Inclusão social: como isso ocorre em sala de aula? Matemática e identidade do aluno x identidade do professor Como os alunos pensam matematicamente? Outros....

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15 Trecho da aula: Soma de ângulos
O exercício proposto: Na figura RVS = 40o e SVT = 70o C R D S 40o 70o T V quanto mede RVT? Se VC é a bissetriz de RVS e VD é a bissetriz de SVT, quanto mede CVD? Situação atual Retângulo desenhado pela professora no quadro representa a situação simplificada proposta e sua evolução à medida que a discussão vai fluindo. 4m 4m 4m m Fig Fig fig. 4 Situação simplificada .. . . .

16 Mesmos alunos, diferentes percepções
A professora inicia a aula discutindo um problema sobre a média de consumo de água. Aula de matemática – turma 706 – Dízimas Periódicas – gravada em cassete. “O gasto mensal de água da casa de Mauro é 7 m3. A família de Mauro é composta de 9 pessoas. Qual é o gasto médio mensal por pessoa na família de Mauro?” Telma: o que vocês pensaram na hora que eu falei que 7 m3 é o gasto da família...a família é composta por 9 pessoas e eu queria o gasto por pessoa? Alan: oh...se 9 pessoas gastam 7 m3...1 pessoa vai gastar quanto?...vai ser x...então x vai ser igual a 7 vezes 1 dividido por 9... Telma: teve gente que fez de outra forma? Rodrigo: eu peguei 7 mil litros e dividi por 9...

17 Episódio 5: definição da natureza das grandeza que estão sendo comparadas
Telma: agora nós vamos fazer o consumo médio diário por pessoa...((passam-se alguns segundos)) Telma: consumo médio diário de água por pessoa...então se eu estou falando em consumo eu estou falando em... Alunos: ((falam ao mesmo tempo e não foi possível compreender)) Telma: em ...que unidade? Aluno 2: dinheiro... Telma: não... Aluno 3: dia...dia... Telma: não...consumo...consumo é dia? Sônia: não...consumo é litros...

18 Telma: litros...((a professora, desde o exemplo inicial fez a conversão de metro cúbico para litros, apesar da pergunta que os alunos tinham que responder era o consumo de litros de água por mês, por dia ou por pessoa. Os alunos acabaram seguindo o exemplo da professora e convertendo a unidade de metro cúbico para litro)) Sônia: o outro é dia... ((vários alunos falam ao mesmo tempo entre eles e com a professora)) Telma: (...) qual outra grandeza... Aluno3: dia... Telma: não... Aluno2: pessoas... ((segue discussão...vários alunos falam ao mesmo tempo)) Aluna1: professora?...professora? Telma: eu vou pegar....ela falou que ela poderia pegar o consumo mensal...e dividir pela quantidades de dias...que o meu era 31...aí está (cada um o seu) eu vou optar por fazer por este consumo médio da Copasa... ((a professora acaba induzindo o raciocínio dos alunos para o uso do ‘método da regra de três’))

19 Três Anos Depois... O que aconteceu com esses alunos?
Retorno para a Escola e assumo duas turmas de 3º ano do Ensino Médio. Nessas turmas há alunos que participaram da pesquisa Os alunos apresentam sérios problemas com manipulação algébrica e numérica, capacidade de argumentação, dificuldade de trabalhar em grupo, envolvimento com as aulas e empatia com a Matemática. O que aconteceu com esses alunos?

20 Estratégias para retomar a participação dos alunos...
Definir limites, indicar rotinas, esclarecer objetivos, apresentar planejamento Assumir a autoridade docente Utilizar o livro didático em sala para leitura de textos matemáticos Selecionar conteúdos que proporcionem a retomada de conteúdos anteriores não aprendidos Melhorar a interação professor-aluno, aluno-aluno propondo atividades desafiadoras para os alunos que requeiram deles criação, comparação,argumentação, sistematização Acompanhar face-a-face o registro das atividades dos alunos Propor situações matemáticas de manifestação verbal dos alunos Criações situações de trabalho coletivo Abrir espaço para discussão de questões atuais que emergem da sala de aula Partilhar experiências de vida...

21 O que dizem alguns alunos sobre a investigação
Hoje vejo que ser professor é muito mais que ser um profissional do ensino, é doar-se, é participar de uma vida em formação, é entregar-se naquilo que acha ser divino, mesmo com tantos desinteressados. Acreditar nestes alunos, dos quais sou professor, é antes de tudo acreditar em mim mesmo. Américo Archanjo Mamedes(2005)

22 O que dizem alguns alunos sobre a investigação
Percebi durante todo o processo, a importância do professor estar atento às reais necessidades de seus alunos e estar sempre disposto a buscar soluções positivas após perceber resultados negativos. O mais importante de toda esta experiência é o de perceber que sempre estaremos predispostos a passar por situações conflitantes na sala de aula das quais teremos que buscar alternativas que nos ajudem a solucioná-las. Passei a interpretar e valorizar o que considerava como negativo, como um indicador que sinaliza e demonstra que algo não está bem e talvez seja ora de investigar, refletir e refazer o que não está bom. Magali (2006)


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