A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Paixão e morte Na Morte de Jesus, sobrepondo-se às causas

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Paixão e morte Na Morte de Jesus, sobrepondo-se às causas"— Transcrição da apresentação:

0 Cristologia Aula 10 Paixão e morte

1 Paixão e morte Na Morte de Jesus, sobrepondo-se às causas
históricas imediatas - o Sinédrio, Pilatos, os soldados - há uma causa de nível mais elevado que só pode ser conhecida pela revelação: o plano e a disposição de Deus que permitiram os actos nascidos da cegueira dos homens para realizar o desígnio da nossa salvação. Deus quer que o homem se arrependa do pecado e expresse o seu arrependimento interior com obras externas de penitência, obras de entrega à vontade divina. As penas derivadas do pecado ordenam-se à reparação do mesmo. Deus permite-as porque são medicinais e se ordenam a um bem maior: a vida so- brenatural.

2 Paixão e morte No plano divino, a dor purifica a alma, tira o
obstáculo da própria vontade que nos afastou de Deus, serve, com a ajuda da graça, para reparar a desordem do pecado no homem. Com a obra salvadora de Cristo, o sofrimento, sequela do pecado original, passa a ter um sentido novo. A reparação plena dos pecados dos homens dá-se pela Paixão e Morte de Cristo. Deus Pai não é causa directa da Morte de seu Filho. Permitiu-a porque daí viria um bem maior. Entregou Cristo à Paixão e Morte as dispôs, segundo a sua eterna vontade, para reparar os pecados do género humano. Valor imenso da salvação das almas para Deus.

3 Paixão e morte Autores da Paixão de Cristo (sua causa eficiente): os que tinham a intenção de O matar, O condenaram e Lhe fizeram sofrer os tormentos que causaram a sua morte. Por detrás deles actua Satanás, homicida desde o princípio (cfr. Jo 8, 44). Mas também os pecadores são autores da Paixão: “a Igreja não hesita em impu- tar aos cristãos a mais grave responsabilidade no suplício de Jesus” (CCE 598). Nostra aetate 4: “Ainda que as autoridades dos judeus com os seus seguidores reclamassem a morte de Cristo, o que se perpetrou na sua paixão não pode ser imputado indistintamente a todos os judeus que viviam então nem aos judeus de hoje (...). Não se podem apontar os judeus como reprovados por Deus e malditos, como se tal coisa se deduzisse da Sagrada Escritura”.

4 Paixão e morte Cristo aceitou livremente a sua Paixão e a sua Morte,
por amor a seu Pai e aos homens, que o Pai quer salvar. Entregou-se, livre e voluntariamente, à Paixão, por nosso amor. Mas essa entrega não significa, de modo algum, que se matou a si mesmo, mas apenas que não impediu, podendo fazê-lo, a acção dos que O condenaram à morte. Flp 2, 8: “Humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz”. Trata-se de uma obediência vivida por amor. O verdadeiro amor a Deus mostra-se, cumprindo livremente a sua vontade.

5 Paixão e morte Jesus padeceu por parte dos judeus, dos gentios e dos que o seguiam (Judas, Pedro, abandono...). Padeceu na sua alma: todos os pecados dos homens, tristeza e temor perante a morte certa, queda de Judas, escândalo dos seus discípulos, humilhações, injustiças, burlas e insultos. Padeceu no seu corpo: flagelação, coroação de espinhos, crucifixão, agonia na cruz até à morte.

6 Paixão e morte “Mérito” é o direito a um prémio ou retribuição por uma obra realizada. Em relação a Deus, o homem propriamente não tem qualquer direito perante Deus. Se se pode merecer algo diante de Deus, é porque Ele, prévia e livre- mente, estabeleceu retribuir algumas acções nossas nascidas do amor. Na Escritura não aparece a palavra, mas sim o seu conteúdo. Todas as acções de Cristo são meritórias (nascem do seu amor e liberdade) e obtêm do Padre a nossa salvação. Mas, na sua Paixão, mereceu de modo particular. Cristo mereceu a vida sobrenatural para todos os homens e, para todos também, a graça que tira o pecado: ofereceu-se por nós como nossa Cabeça.

7 Paixão e morte Satisfação = reparação de uma falta ou ofensa, mediante a entrega de alguma compensação. Com Deus, analogia: significa a acção que Deus requer do homem para cancelar o seu pecado (arrependimento, obras de penitência). CCE 615: “Pela sua obediência até à morte, Jesus realizou a acção substituta do Servo sofredor, que oferece a sua vida como sacrifício de expiação, ao carregar com o pecado das multidões, que justifica carregan- do Ele próprio com as suas faltas (cfr. Is 53, ). Jesus reparou as nossas faltas e satisfez ao Pai pelos nossos pecados”.

8 Paixão e morte A Paixão de Cristo satisfaz pelos pecados do mundo. É uma satisfação vigária: “Ele justo, pelos injustos” (1 P 3, 18). O Filho de Deus, Santo e Justo, mas feito solidário por amor connosco, pecadores, representando-nos a todos e levando as penalidades do nosso pecado, como vítima do pecado, intercede por todos para cance- lar a nossa falta. Assim se devem interpretar alguns textos da Escritura como 2 Cor 5, 21 (“Àquele que não tinha conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós”) ou Gl 3, 13 (“nos resgatou da maldição da Lei, feito maldição por nós”).

9 Paixão e morte Sacrifício é o oferecimento feito a Deus de algo pró-
prio, sinal da entrega interior a Deus e da renúncia a si mesmo, para nos reconciliar com Ele. O valor do sacrifício exterior está em ser sinal do sa- crifício interior ou espiritual (entrega da alma a Deus por amor), elemento principal do sacrifício. A Paixão é um sacrifício, porque nela Cristo se oferece voluntariamente a seu Pai para reconciliar os homens com Deus. Por parte dos que o crucificaram, a Paixão não foi nenhum sacrifício, mas iniquidade; mas por parte de Cristo, que padecia livremente e por amor, foi um acto supremo de entrega, um verdadei- ro sacrifício.

10 Paixão e morte Cristo não só mereceu que Deus Pai nos outor-
gue a graça, sim também que o próprio Cristo é quem no-la comunica. Como a vida das varas procede da vide, a salvação de cada um procede da nossa Cabeça. A causa eficiente principal da graça da salvação só pode ser Deus; mas Deus produz esta graça em nós mediante a humanidade de Jesus Cristo, que é o instrumento da divindade para comunicar - e não só para merecer - todas as graças aos homens. As acções realizadas por Cristo no passado têm um poder divino e alcançam, com a sua eficiência, toda a história.

11 Paixão e morte A contemplação da Paixão de Cristo move-nos a amá-lo, dado que Ele nos deu provas da verdade e da grandeza do seu amor. Move-nos à contrição, à conver- são, a evitar o pecado (apreciamos mais claramente a sua malícia), a seguir Cris- to e a imitá-lo e à generosidade para abraçar a vontade de Deus (mesmo que, por vezes, suponha carregar a cruz). A Paixão de Cristo ensina-nos o sentido da dor: Jesus não eliminou os nossos sofrimentos, nem nos evita a morte, mas transformou-os. Agora essas penalidades não são uma simples pena do pecado, antes servem de purificação e de mérito, são participação da sua cruz e da sua obra redentora, são caminho da salvação e da verdadeira vida.

12 Ficha técnica Bibliografia Slides
Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) Slides Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com


Carregar ppt "Paixão e morte Na Morte de Jesus, sobrepondo-se às causas"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google