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PublicouHenri Medeiros Alterado mais de 9 anos atrás
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Avanços no Tratamento da Encefalopatia Hepática
XV Workshop Internacional de Hepatites Virais de Pernambuco Recife, Junho de 2011 Avanços no Tratamento da Encefalopatia Hepática Mário Reis Álvares-da-Silva Professor Adjunto-Doutor de Hepatologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil
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Declaração de conflitos de interesse
Nos últimos 12 meses exerci atividades para Bayer Healthcare (consultor) Biolab-Merz (consultor e speaker) Janssen-Cilag (speaker) MSD (consultor, speaker e investigador) Roche (consultor, speaker e investigador) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Encefalopatia hepática – aspectos gerais
Síndrome neuropsiquiátrica Complicação frequente da cirrose Amplo espectro de sinais e sintomas Secundária à lesão hepática grave Doença hepática aguda Doença hepática crônica Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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As apresentações clínicas da EH crônica têm padrão peculiar
EH episódica EH persistente EH mínima * * * dias a meses dias a meses dias a meses * nível clínico de detecção Bajaj et al, Alim Pharmacol Ther 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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O controle da amônia envolve duas principais enzimas
Glutaminase (PAG) Glutamina Glutamato + NH3 Glutamino-sintetase (GS) Glutamato + NH3 Glutamina Gln e Glu doadores ± receptores NH3 Gln seria reservatório ± fonte de NH3 Wright et al, Liver Int 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Metabolismo da amônia NH3 NH3 50% 50% sangue enterócito Gln PAG 80%
Nitrogênio (dieta) sangue enterócito bactérias glicose, AG cetonas Gln PAG 80% NH3 NH3 NH3 bactérias glicose, AG cetonas Gln PAG 20% NH3 NH3 NH3 50% 50% NH3 – 20% Excreção renal Ureia – 80% Wright et al, Liver Int 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Metabolismo intra-hepático da amônia
Hepatócitos perivenulares Hepatócitos periportais Y Y PAG GS Krebs Gln Ureia NH3 Ciclo da ureia Veia porta Veia hepática PAG Gln= Glu + NH3 GS Glu + NH3 = Gln Wright et al, Liver Int 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Metabolismo intra-hepático da amônia
Hepatócitos perivenulares Hepatócitos periportais Y Y PAG GS Krebs Gln NH3 Ureia Ciclo da ureia Shunts PS NH3 Wright et al, Liver Int 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Quais as consequências do aumento de amônia?
Efeito tóxico central Cérebro não remove amônia Não tem ciclo da ureia Metabolismo alternativo - GS Glutamato + amônia = glutamina Barreira HE é impermeável a glutamato Vaquero & Butterworth, J Neurochem 2006 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Citocinas pró-inflamatórias Hiponatremia
Astrocitose Alzheimer tipo II Permeabilidade da BHE GABA mIns Gln Gln Glutamina NH3 Metabolismo glicogênio Citocinas pró-inflamatórias Hiponatremia Blei, J Hepatol 2004; Shawcross et al, J Hepatol 2004; Vaquero & Butterworth, J Neurochem 2006 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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EH Metabolismo interórgão de amônia e alvos do tratamento NH3
Rins NH3 Intestino amônia sérica Fígado Translocação bacteriana Músculos quimiotaxia neutrófilos ROS Bactérias na circulação EH pressão portal Estado pró-inflamatório Cérebro Neuroinflamação Jalan, J Hepatol 2010; Shawcross et al, Hepatology 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Lactulose na prevenção de novo episódio de encefalopatia
Pacientes com episódio EH recente Randomizados 1:1 LACT VO ou PLA 14m Proporção de pacientes com EH LACT 19,6%; PLA 46,8% p=0,001 Efeito surgiu com 4 meses de uso EAs LACT adesão ao tratamento Limitação: estudo aberto Sharma et al, Gastroenterology 2009 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Rifaximina parece ser uma droga promissora
Antibiótico de amplo espectro Absorção oral mínima (0,4%) Baixo risco de indução de resistência Revisão de todos estudos disponíveis Útil em EH leve a moderada Mais efetiva que lactulose ± outros atbs Bucci & Palmieri, Curr Med Res Opin 1993; Más et al, J Hepatol 2003; Jiang et al, Eur J Gastroenterol Hepatol 2008; Lawrence & Klee, Pharmacotherapy 2008 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Rifaximina parece ser uma droga promissora
Rifaximina 550 mg bid (n=140) Cirrose ≥ 2 EH nos últimos 6 m Placebo (n=159) RIF 550 mg 2x/dia O USO DE LACTULOSE ERA PERMITIDO DURANTE O ESTUDO – 91% dos pacientes estavam recebendo lactulose no baseline e seguiram usando durante o estudo 6 meses Bass et al, NEJM 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Rifaximina na prevenção de novo episódio de encefalopatia
ECR duplo-cego RIF vs PLA Desfecho 1ário novo episódio EH Risco EH 58% RIF vs PLA HR 0,42 (IC 95% 0,28-0,64) – P<0,001 EH RIF 22% vs 46% PLA NNT=4 Não houve EAs importantes NS da droga foram desprezíveis RIF 550 mg 2x/dia O USO DE LACTULOSE ERA PERMITIDO DURANTE O ESTUDO – 91% dos pacientes estavam recebendo lactulose no baseline e seguiram usando durante o estudo Bass et al, NEJM 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Rifaximina na prevenção de novo episódio de encefalopatia
91% dos pacientes usavam LACT RIF+LACT é superior à LACT Efeito notado com 28 dias de tratamento Análise posterior - grupo com RIF tempo hospitalização e custo Mar10: aprovada para uso RIF 550 mg 2x/dia O USO DE LACTULOSE ERA PERMITIDO DURANTE O ESTUDO – 91% dos pacientes estavam recebendo lactulose no baseline e seguiram usando durante o estudo Bass et al, NEJM 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Encefalopatia hepática mínima: esta condição não deve ser ignorada
Alterações fisiopatológicas ≅ EH clínica Induz lesão do sistema nervoso central Preditor de EH clínica no futuro Afeta atividades diárias, expõe a riscos Piora a qualidade de vida Diagnóstico por testes psicométricos Al Sibae & McGuire, Ther Clin Risk Manag 2009; Romero-Gómez, Expert Opin Pharmacother 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Saída para acostamento Cruzar canteiro central
Encefalopatia hepática mínima afeta a capacidade de dirigir 15 Controles (n = 67) 13,1*† Cirróticos sem EHM (n = 27) 11,9*† 12 Cirróticos com EHM (n= 51) Cirróticos com EH (n = 22) 9 8,2*† 7,9 Mediana 6,7 6 5,8*† 4,7 4,3 3,4 3 2,0*† 1,8 1,0 1,4*† 1,5 0,9 0,7 Colisões Excesso de velocidade Saída para acostamento Cruzar canteiro central *P < 0,01 vs controles. †P < 0,01 vs pacientes cirróticos sem EHM. Bajaj et al, Am J Gastroenterology 2009 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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LOLA no tratamento da encefalopatia hepática mínima
ECR duplo-cego LOLA IV ou PLA IV Cirrose Child-Pugh A (n=40) PHES, CFF, posturografia, NH3, pNH3 Houve melhora postural e PHES Houve Δ NH3 em cirróticos com LOLA Não houve diferença significativa vs PLA Schmid et al, Liver Int 2010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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LOLA no tratamento da encefalopatia hepática mínima
TheraPeutic efficacy of ORal L-orniThine-l-aspartate On liver cirrhosis and minimAL Encephalopathy – a sinGle center placebo contRolled doublE-blind study EHM - PHES ± Flicker / EEG quantitativo PHES / Flicker Cirrose sem EH clínica LOLA 5g 3x/dia Placebo 3x/dia LD-QOL, SF-36; estado nutricional; escalas psic LD-QOL 60 Álvares-da-Silva et al - NCT clinicaltrials.gov 2009 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Variação dos testes diagnósticos entre a visita inicial e final do estudo
Variável LOLA n=28 P PLACEBO n=35 V1 V5 zNCT-A 6,9 ±4,9 6,6 ± 16,2 0,91 7,2 ± 4,6 4,6 ± 5,1 0,007 zNCT-B 3,4 ± 3,4 1,5 ± 2,3 0,01 4,6 ± 4,8 2,0 ± 3,1 0,001 zTSSD 0,01 ± 1,07 0,32 ± 0,84 0,09 -0,13 ± 0,65 0,27 ± 0,90 Flicker 42,2 ± 5,8 45,2 ± 5,8 0,02 42,4 ± 5,2 45,4 ± 6,2 0,006 Amônia 49 (39-76,5) 54 (44-70,5) 0,58 34,5 (27,8-56) 43 (32,8-75,3) 0,68 Álvares-da-Silva et al (Mai0 2011)- NCT clinicaltrials.gov 2009 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Principal estudo em EHM foi recentemente publicado
ECR duplo-cego rifaximina VO vs PLA Dx EHM – PHES (n=42) Droga oferecida por 8 semanas (550 mg bid) Avaliação por PHES, capacidade de dirigir Avaliadas citocinas inflamatórias e QOL Grupo RIF – melhora significativa PHES, capacidade de dirigir, QOL, >IL-10 Bajaj et al, Gastroenterology 2011 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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Mensagens para guardar
EH e EHM expõem os cirróticos a risco Tratamento ainda tem limitações Não há bons estudos em EH epis ou persistente Prevenção de novo episódio de EH Lactulose – benefício em 4 meses Rifaximina – benefício em 30 dias Tratamento da EHM – rifaximina Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil
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